Polissuco da decepção.



- Sophie precisa sair de perto daquela assassina! – Harry disse desesperado. Estava sentado em frente à lareira, na sala comunal de Grifinória. Fitava Hermione de uma maneira estranha, como se pedisse a garota por uma solução. Ron apenas balançava a cabeça confirmando a
fala do amigo.


 - Por Mérlin, Harry! Já te disse que essa sua hipótese é ilógica, quantas vezes vou ter que repetir isso? – Hermione revirou os olhos. Estava cansada de ter que repetir a mesma ladainha de sempre. Nos últimos dois meses tentava e tentava – em vão – convencer aqueles dois ogros teimosos e burros que Bonnie não era a culpada e muito menos Sophie, como pensavam os outros alunos. Fofocas, como ela odiava fofocas! As noticiais correm por Hogwarts de uma maneira incrível e claro, sempre com a história sendo distorcida cada vez mais.


- Mione, pare de ser cabeça dura! Eu e Harry vamos ter que repetir que aquela Donk é a herdeira de Salazar quantas vezes? – Ron disse frustrado. Agora foi a vez de Harry concordar com um aceno de cabeça. Hermione a qualquer momento explodiria com os dois, sua cabeça doía e ela não conseguia se concentrar no livro que estava lendo.


- Desisto de falar qualquer coisa com você dois. Enquanto não entenderem que estão paranóicos, não vou conversar com vocês. Devíamos estar nos focando em descobrir o real herdeiro, não acusar uma inocente! – A morena disse esperançosa. Esperava que com esse discurso os amigos acreditassem no absurdo no qual vinham insistindo há dois meses. Não conseguia entender como eles não enxergavam o óbvio!


- Mione, pelas barbas de Mérlin! – Ron gritou – Você não vê o óbvio? Ela fala com cobras – sussurrou – Não se lembra do clube de duelos? – disse incrédulo. Harry segurou a respiração ao ver o olhar de morte que Hermione lançara aos dois.


- Ronald... Billius... Weasley, nunca, entendeu? NUNCA duvide da minha inteligência! – a morena fechou o livro, levantando-se da poltrona na qual há poucos minutos estava sentada, fulminando o ruivo com o olhar – As únicas pessoas incapazes de enxergar qualquer coisa aqui são você dois! – apontou para o moreno e Ron – Não repetirei mais nenhuma vez o que vou dizer agora. Durante DOIS MESES tentei convencer vocês dois sobre o absurdo que estavam pensando, mas nada consegue convencer trasgos quando esses se recusam a OUVIR. Então, – suspirou – vou provar que vocês estão errados. – disse Hermione, abrindo um sorriso. Ron e Harry se entreolharam, receosos da ideia que estava por vir.


- Como? – Harry perguntou, arqueando a sobrancelha. Ron balançou a cabeça concordando.


- Bem, antes de mais nada, Ronald, pare de balançar a cabeça concordando com algo que nem foi dito – Hermione disse, fazendo Ron corar – Então, faremos o seguinte: vamos ter que quebrar, no mínimo, umas cinqüenta regras da escola para provar que estou certa, se
toparem, podemos fazer isso agora, a poção polissuco, a qual tive a iniciativa de fazer, já está pronta. E, quero a promessa de vocês dois que, depois que eu provar que estou certa, vão me ajudar a encontrar o verdadeiro culpado, além de pedir desculpas para a Donk. Entendido? – A garota perguntou, pronta para escutar um sonoro sim e correr depois para o dormitório. Estava com uma dor de cabeça enorme, precisava descansar.


- Feito. – Harry disse risonho. Mais uma vez, Ronald concordou com a cabeça, fazendo com que Hermione lhe lançasse um olhar de reprovação.


- E se você não nos provar nada? – Ron disse em tom de desafio, tentando evitar ficar constrangido novamente por causa do olhar que recebera há pouco.


- Isso não acontecerá – a morena revirou os olhos – Mas, caso aconteça, algo que duvido, faço a lição de vocês pelo resto do ano. – Ron e Harry não esconderam a felicidade de pensar em tal probabilidade e ambos concordaram com um aceno de cabeça. Hermione só revirou os olhos e se jogou na poltrona, desistindo de conversar com aquelas criaturas.


 


**


 


Dormitório Feminino – 12:00h


  “Querido diário, sim, eu ainda não consegui pensar em um nome decente para você, afinal, aconteceram milhares de fatos estranhos e perturbadores, os quais estão ocupando por completo minha mente. Esses devaneios não me deixam, nem por um segundo, parar para respirar em paz, sem falar que só agora eu encontrei tempo para contar minhas preocupações e divagações para você.


  Ah, diário! Sinto-me tão inútil e cada vez mais me irrito com isso. Não consigo entender minhas amigas para poder ajudá-las. Bonnie está mais louca que o normal, não para de escutar vozes. Só tenho uma explicação para isso, Bonnie está perdendo os únicos 0,0000001% de juízo que um dia teve. Temo ter que interná-la no St. Mungos. Eu juro que estou tentando escutar essas malditas vozes vindas do além, mas não ouço nada!


  A situação para mim e Bonnie só está piorando. Somo vaiadas pelos corredores enquanto alguns alunos de Sonserina nos aplaudem. Confesso estar muito irritada com tudo isso. Bem, você deve está se perguntando o motivo pelo qual todas essas manifestações estejam ocorrendo. Pois bem, vou lhe explicar: Depois de uma detenção que eu e Bonnie tivemos com o desprezível do Lockhart, minha amiga começou a dizer coisas desconexas, algo como sangue, alguém querer matar. Foi nesse instante que a loucura de Bonnie começou. O pior é que toda vez que minha amiga reage dessa maneira, algo terrível acontece. Na primeira vez, um aviso foi dado, escrito a sangue na parede: ‘A câmara secreta foi aberta, inimigos do herdeiro, cuidado.’


  Agora, toda vez que Bonnie escutava essa maldita voz, ela começa a correr a esmo pelos corredores, até encontrar alguém petrificado! Andaram dizendo durante o último mês inteiro que eu, isso mesmo, EUZINHA sou a herdeira de Slytherin e resolvi matar a todos os nascidos trouxas da escola. O mais ridículo disso tudo é que minha mãe se enquadra no seleto grupo que eu pretendo liquidar e NINGUÉM leva isso em consideração. Contudo, desde o clube de duelos, o foco das fofocas mudou, passou a ser Bonnie. Antes, diziam que ela era muito estúpida para ser a herdeira, todavia, após presenciarem minha amiga conversando com uma cobra depois que o idiota do Malfoy a conjurou para atacar meu irmão, tudo mudou. Já escutei cada absurdo, desde que ela é maquiavélica e se faz de idiota até que eu era quem conversava com a cobra e pedi para Bonnie, minha fiel escudeira, chamar toda a atenção para si convencendo a todos que era ela quem falava com o réptil. Sério, estou frustrada.


  Acredito que o diretor Dumbledore vem abafando sobre a Câmara, uma vez que nada apareceu no Profeta Diário nem mamãe me mandou uma carta. Acho que o diretor suspeita de mim e de Bonnie, ele até nos perguntou se queríamos contar algo que nos incomodava. Acredita que a idiota da Donk quase falou para ele sobre as vozes? Ela não tem ideia que ouvir vozes que ninguém mais escuta é visto como loucura?


  Granger e Longbottom parecem ser os únicos que acreditam em nós duas, ao contrário do trasgo do meu irmão que, assim como a maioria, acredita em nossa culpa. O idiota do Harry não acredita na inocência da Bonnie, já até discutimos. Aquele protótipo de bruxo veio tirar satisfações no corredor comigo, querendo saber o motivo pelo qual eu ainda andava com uma assassina. Ficou batendo o pé, jurando que só podia ser ela a herdeira de Slytherin. Você já deve imaginar o que aconteceu, né diário? Pois é, eu e Harry tivemos uma briga feia, como nunca tivemos antes. Ele tentou azarar Bonnie, mas, não me pergunte o motivo, eu acabei me jogando na frente dela, recebendo a azaração em seu lugar. Passei duas noites na ala hospitalar, recusando-me a falar sobre quem havia feito aquilo, permitindo apenas que Ginny e Bonnie me vissem. Depois desse acontecimento, estou sem falar com Harry até hoje e não trocarei uma palavra sequer com ele, até ouvir um pedido de desculpas direcionado à Bonnie.


  Outro problema que vem me incomodando é Ginevra. Minha amiga está MUITO estranha. Ela some por longas horas e, quando reaparece, não se lembra de nada que fez nesse tempo. A ruiva está se isolando, não conversa com ninguém, some nos corredores e me evita como um lobisomem evita a lua cheia.


  Como se não me bastasse todos esses problemas preenchendo minha mente, eu e Bonnie estamos em detenção até segunda ordem. Tudo culpa daquele professor infeliz. Isso mesmo, estou falando de Lockhart. Eu e Bonnie estamos sendo obrigadas a ajudá-lo a responder milhares de cartas de fãs. Até agora não consigo entender como aquele cara pode ter tantos fãs! Ele não sabe realizar nem um simples feitiço de levitação! Eu sei, diário, você deve estar se perguntando por que eu levei uma detenção... Simples! Questionei a capacidade daquele egocêntrico e, ao perceber que ele fugia de minhas perguntas, eu o enfrentei sem medo e Bonnie, toda lesada, meteu-se no meio da discussão. Resultado? Uma detenção tão desconexa e ruim que nem mesmo o patético do Longbottom merecia como prêmio por ser mais idiota que a Bonnie. Falando nela, não consigo entender como ela pode estar gostando dessa detenção... É tão patético! Todos os dias, rogo todas as pragas imagináveis e conhecidas, amaldiçoando o Lockhart pela detenção que está me obrigando a cumprir. Estou tão furiosa e preocupada ao mesmo tempo que só agora percebi estar escrevendo em você como se estivesse tendo uma conversa normal com uma pessoa de verdade! Loucura! Pura loucura! Devo estar perdendo o meu juízo também, só pode! Porque, vamos ser sensatos, ninguém em sã consciência conversa com um caderno de capa rosa.


  Enfim, esse desabafo já passou dos limites e Bonnie deve estar desesperada por aí, tentando me encontrar. Afinal, ela vive com medo de ficar sozinha e não consegue desgrudar de mim. Ela está pior que piolho de hipogrifo! Pelas barbas de Mérlin! Perdi toda a minha privacidade. Até para ir ao banheiro Bonnie me carrega junto ou então me acompanha. Quase nunca ficamos sozinhas, estamos sempre juntas! O engraçado é que, apesar de reclamar, eu até gosto de passar algum tempo com ela, dentro de limites, é claro! Bonnie é uma grande amiga, sei que posso confiar minha vida àquela idiota que, de à minha maneira, tanto respeito.


  Por falar na Donk, acabo de escutar sua voz chamando por mim e bem, não vai demorar para que ela descubra que estou escondida debaixo da minha cama. Um esconderijo tão óbvio! Mas, devido ao fato da minha amiga ser muito esperta, tinha certeza que ela demoraria a me achar. Consegui afastá-la por cerca de duas horas e olha que isso é um grande avanço! Desde que Bonnie começou a escutar vozes do além, o máximo que ficamos separadas foram cinco minutos, duração do meu banho.


  Com toda a certeza, ela deve estar muito, mas muito desesperada mesmo. Vou finalizar por aqui e encontrá-la, antes que a coitada sofra um ataque cardíaco. Mas, e a vontade de continuar debaixo dessa cama? Tão sossegado! Infelizmente, eu ainda conservo alguns resquícios de bondade dentro de meu coração. Definitivamente, com Bonnie ao meu lado o tempo todo, estou descobrindo que não sou tão impaciente e má o quanto eu acreditava ser.


Lembrar de:


--> Continuar a ignorar o Harry;


--> Continuar a evitar o Longbottom;


--> Matar as aulas inúteis de DCAT ou infernizar a vida de Lockhart nas detenções;


--> Achar um modo de comprovar minha inocência e a de Bonnie;


--> Pensar em um nome para você;


--> Descobrir o problema da Ginny;


--> Pedir ao Dobby vinte caixas de sapos de chocolate para esquecer os problemas;


--> Mandar uma foto da Winky, elfa doméstica do Sr. Crouch, para Monstro.”


 


**


 


- Eu não vou tomar essência de Crabbe, Mione! – gritou Ron totalmente revoltado e indignado. Ele cruzou os braços frente ao peito, mostrando-se irredutível. Hermione revirou os olhos, buscando paciência e Harry segurou o riso.


- Tudo bem, Ronald, você pode trocar com o Harry e tomar de Goyle, o que acha? – perguntou Hermione, dessa vez rindo do amigo. As orelhas de Ron ficaram vermelhas de uma vez.


- Eu topo trocar, Ron. Crabbe, por mais idiota que seja, é menos imbecil que o Goyle. – Harry ironizou. O Weasley encarou sua poção, voltou a olhar para Harry, depois encarou novamente a poção e por fim deu de ombros.


- Que seja Crabbe mesmo, saúde. – Ron disse carrancudo. Harry e Hermione se olharam e riram do amigo. Ronald deu as costas a eles, emburrado, pegando a poção e bebendo-a em um só gole. O Potter e a Granger apenas fizeram o mesmo, dando inicio a primeira parte de seu
plano.


  Hermione esperava que desse certo, se não, além dos seus deveres de casa que por si só já eram enormes, seria obrigada a fazer o dos amigos, que com certeza são maiores que os dela, uma vez que eles deixam acumular. Ela olhou para cima, fitando o teto, fechou os olhos
esperando a magia acontecer e pediu a Merlin que lhe ajudasse.


 


**


 


- Sophie, você sumiu! – Bonnie disse dengosa, esfregando os olhos chorosos.


- Bonnie, por Mérlin – revirou os olhos – eu estava no dormitório e pode ir parando de gritar, estamos no salão comunal, tente parecer uma pessoa normal. – Sophie suspirou. Bonnie parecia que a qualquer momento começaria um choro. – Ah não, Bonnie, não, sem choros por
favor. Não gosto de ver ninguém chorando. Engula todas essas lágrimas ai e venha comigo.


- Desculpe, Sophie. Mas estou com tanto medo! Sei que a qualquer momento vou escutar aquela voz, eu sei! – gemeu, os olhos se enchendo de lágrimas – Não quero escutá-la sozinha. – murmurou, sentindo um calafrio percorrer-lhe o corpo.


- Que seja, vamos procurar por Ginny. Vocês duas estão muito estranhas ultimamente. – disse Sophie, procurando acalmar a amiga. Se Bonnie começasse a chorar no meio do salão comunal, com certeza todos olhariam para as duas e as fofocas se iniciariam. Odiava fofocas!
Coisa de gente estúpida e desocupada!


- Sophie! – um menino gritou enquanto adentrava no salão, fazendo Sophie retirar os olhos da Donk para voltá-los ao dono da voz.


- Desde quando você me chama pelo meu nome, Goyle? – a ruiva ergueu uma sobrancelha. Aquilo estava lhe cheirando encrenca.


- Er... – começou, tentando dizer alguma desculpa qualquer.


- Desde que descobrimos que você e Bonnie estão eliminando os nascidos trouxas dessa escola. – Pansy disse rapidamente, tentando tirar a atenção do amigo.


- Já disse mil vezes que não somos as res... – parou rapidamente ao observar Crabbe, Goyle e Pansy – Desde quando vocês dois andam com ela? – apontou para a menina – e pior, sem o Malfoy? – os três começaram a gaguejar – Goyle, desde quando você usa óculos?


- Bem, eu estava lendo, óculos de leitura, você sabe. – disse o garoto, pegando os óculos e guardando-os no bolso da calça.


- Bonnie, vamos embora, nunca pensei que os grifanos chegariam a tanto. – mirou Pansy, que na realidade era Hermione apenas – Que os dois seriam idiotas a tal ponto, eu não duvidaria, mas, até você, Granger? Só não denuncio esse absurdo porque meu pai não merece o desgosto de saber que seu filho é incapaz de quebrar regras sem ser pego. – disse puxando uma Bonnie incrédula, a ruiva mirava os três com mágoa. A Potter caçula saiu arrastando uma Donk ainda perdida e totalmente desiludida para fora do salão de Sonserina, deixando três alunos em choque.


- Como ela soube? – Ron perguntou amedrontado – Vai ter retorno, não vai? Harry, ela me assusta, não vou ter paz! – sua voz beirava o desespero total.


- Por Mérlin, Ronald, cale a boca! – Hermione disse ríspida. – Ela descobriu porque um certo alguém esqueceu de retirar os óculos. – suspirou – Goyle com óculos para leitura, Harry, que ideia foi essa? – perguntou, balançando a cabeça como se quisesse negar aquele acontecimento ridículo. Hermione não esperou por uma resposta, saindo do salão comunal, ainda sem conseguir entender como seu plano perfeito pode ter falhado assim. Ron, aproveitando a saída da amiga, virou-se para Harry e perguntou:


- Ela ainda fará o nosso dever, não é mesmo?


 


**


 


  Ginny andava pelos corredores de Hogwarts apavorada, sentia calafrios lhe percorrerem o corpo. Precisava se livrar daquilo urgentemente. A cada passo que dava, olhava em todas as direções, precisava garantir que ninguém a seguia. Chegava a estar paranóica, como se tudo e todos estivessem contra ela. Escutava o sussurrar das paredes, algo se movia dentro das mesmas, escutava o som de passos, ou seria o rastejar? Apertou os passos, correndo descontroladamente. Não seria pega, não mesmo. Ela não era culpada de nada afinal. Precisava, precisava mesmo se livrar daquele objeto, antes que as coisas piorassem. Se é que isso era possível!


 


**


 


  Uma morena e uma ruiva andavam pelos corredores, indo em direção ao jardim, conversando sobre assuntos avulsos, uma vez que Bonnie sempre dizia coisas desconexas. Sophie tentava lhe corrigir e lhe explicar que o que falava não fazia sentido, mas a Donk sempre mudava de
assunto, o que gerava um revirar de olhos da garota Potter.


- Sophie, como você sabia que eram eles?


- Bonnie, você nunca presta atenção em nada? – suspirou – Me responda, desde quando o Goyle lê alguma coisa, ou melhor, desde quando aquele trasgo sabe ler?


- Não sei, nunca o vi lendo. – respondeu Bonnie dando de ombros – Mas, Sophie, isso não quer dizer nada! Ele pode ter ganhado o hábito de leitura com a Pansy. – disse, sorrindo satisfeita pela sua argumentação.


- Pelas cuecas mal lavadas de Mérlin, use o cérebro! – exclamou a ruiva, elevando os braços para o alto, em tom de clemência – Bonnie, a Parkinson nunca andou com aqueles dois idiotas sem o Malfoy por perto. E, do nada, ela resolve conversar com aqueles imbecis e ainda convence o Goyle a ler e o presenteia com um óculos de leitura? Isso é o cúmulo do absurdo! – disse Sophie, cobrindo o rosto com uma das mãos.


- Ué, isso é algo muito plausível! – Bonnie deu de ombros, provocando um rolar de olhos da ruiva.


- Muito, ainda mais quando os óculos de leitura são IDÊNTICOS aos óculos do meu irmão. – suspirou.


- Oras, mas o Goyle pode ter comprado o mesmo modelo. Não é só o seu irmão que pode ter aqueles óculos redondos. O que você diz é que não faz sentido. Não consegue argumentar contra mim, porque eu sempre sei o que falo. Já disse que faço pesquisas? Então, sei muito mais que você. – falou uma Bonnie totalmente indignada.


- E o que você me diz sobre o Malfoy e seus gorilas de estimação estarem no campo de quadribol nesse momento no treino do time da Sonserina? – perguntou Sophie, apontando para o campo de quadribol. Bonnie deu uma olhada e de repente sua expressão – que antes estava séria – tornou-se de surpresa.


- Por Merlin! Como eles conseguiram chegar lá tão rápido assim? Será que já sabem desaparatar? Nossa, que super! – exclamou a Donk, dando pulos de alegria e batendo palma.      Sophie suspirou e balançou a cabeça, não conseguindo acreditar na besteira que sua amiga falava.


 - Bonnie, por Merlin, entenda! Nós só aprendemos aparatação no sexto ano e pelo o que sei, Malfoy e seus gorilas estão no segundo. E outra, desde quando se pode desaparatar nessa escola? – disse a Potter impaciente, como se estivesse explicando a uma criança. Bonnie não retrucou, corou as bochechas violentamente.


  A ruiva agradeceu intimamente por Bonnie ter entendido que a amiga queria ficar em silêncio. Finalmente, chegaram aos jardins e se sentaram à sombra de uma árvore. Subitamente, Sophie se viu imersa em seus devaneios. Como Harry podia desconfiar tanto dela? Nunca dera motivos para pensarem que seria uma assassina ou que confraternizaria com uma. Segurava as lágrimas, não choraria, não por aquele idiota. Sentiu ódio, como Hermione permitiu que isso ocorresse? Logo ela, a mais sensata dos três, afinal, Ronald era um completo idiota. Suspirou e mirou a Lula Gigante, tão alheia aos acontecimentos do castelo. Independente de quem era o responsável por aquilo, Sophie tinha certeza, ele pagaria caro.


 Ergueu o olhar e fitou Bonnie, a amiga dormia profundamente. A ruiva riu, Bonnie não dormia direito a noite, devido ao pavor que tinha da misteriosa voz. Retornou o olhar para o lago, onde viu dois ruivos tramando algo enquanto liam um pergaminho velho. Lembrou-se de sua
conversa com Ginny, já tinha um plano de vingança.


- Fred, George! – a menina gritou enquanto levantava a si e uma Bonnie dorminhoca, a qual resmungou por ter sido acordada contra a sua vontade, correndo em direção aos gêmeos.


**


 


  Estava correndo feito louca, sem saber ao certo para onde iria. Foi quando viu o banheiro feminino, tão convidativo... Entrou no local sem pestanejar, olhando para trás, apenas para conferir se não havia alguém a seguindo. Quando viu que se encontrava só, tirou das vestes um livreto velho, surrado. Mirou-o com asco. Precisava se livrar dele de qualquer jeito.


- Espero que você cáia em uma privada, Tom. – disse jogando o livro para cima, mirando um box vazio.


Escutou um grito, um murmúrio. Não, isso não podia estar acontecendo, ela não podia ter acertado a Murta! Logo aquela fantasma escandalosa... Isso só pode ser o destino contra ela... Pregando-lhe peças sem graças... Mais um grito, Ginny, finalmente, saiu de seus devaneios, permitindo-se sair correndo daquele banheiro. Precisava sair de lá, não podia ser descoberta, não agora que finalmente teria paz...


 


**


 


  - Temos um trato, meninos? – Sophie perguntou firme, estendendo a mão para os gêmeos. Os ruivos trocaram mais um olhar, instante no qual Fred balançou a cabeça em sinal afirmativo para George. A ruiva sorriu.


  - Temos, ruivinha. – George disse apertando a mão da garota.


                                                                       **



NA:
Mais um capítulo! o//
Desculpem-me pela demora para atualizar, mas, infelizmente, acho que a ritmo de atualização por aqui vai ser de um capítulo a cada duas semanas. Quero aproveitar e dizer que a fic vai até a formatura de Sophie e que esse primeiro mistério logo logo será desvendado. Mesmo sabendo que todos já saibam do que se trata, adianto-lhes que ele será de extrema importância, afinal, em seu final, vai introduzir muitas coisas essenciais para o desenvolver da trama.
Bem, comentem, digam o que acharam bom e o que deve ser melhorado, gosto muito que comentem xD Enfim, para os que já comentaram, meus mais sinceros agradecimentos e espero que comentem novamente. Já aos que apenas lêem, comentem, pô, façam-me feliz ;D 
Inté daqui, no máximo, duas semanas! xD
 

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Comentários (2)

  • Kika.Cerridween

    Gente que loucura ...rsrsrrsrs Estou hiper curiosa pra saber como tudo vai acontecer ,mesmo sabendo do que se trata ...vc conseguiu criar uma nova expectativa de todo esse mistério .....capítulo muiiiito bom !!!xD   Aguardando o próximo .....

    2011-06-09
  • Prado Soares

    ei Felipe... amei o cap novo! to com do da bonnie, tadinha. gostei da sophie ter "descoberto" o trio sauhsauhsa qro só ver se a Mione fará os deveres dos meninos kkkkkkkk posta logo, viu? estou esperando anciosa o prox capitulo... bjz ;*

    2011-05-25
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