Aula,brigas,confissões.

Dormitório Feminino – 11:00h

  “Hoje, definitivamente, estou de péssimo humor! Ginny conseguiu acabar com minha paz interior, com toda a serenidade que papai me passou! Como aquela ruiva teve a coragem de vir falar sobre o patético do Longbottom? Que raios se passaram na cabeça de Ginevra para meter aquele... aquele... aquele cara de sapo na conversa? Ah sim! Comecei a xingar meu irmão, o amor não correspondido da Weasley. Ela começou a falar que eu não devia ficar irritada com aquele trasgo, enfatizou que ele só fez o que fez por amor, por querer me proteger, nem preciso dizer o quanto detestei esse papo dela. A raiva que eu não tinha, a vontade de azarar aquele imbecil que há pouco havia desaparecido começou a ressurgir, na verdade, se eu encontrá-lo pelos corredores do castelo não sei o que sou capaz de fazer! Espero conseguir cumprir aquilo que papai e mamãe me pediram: não azarar ninguém.

  Sobre papai e mamãe, devo confessar que fiquei muito feliz e, de certa forma, aliviada! Aqueles dois são tudo para mim, principalmente papai. Tinha ficado apavorada com a possível rejeição deles devido à minha seleção, uma Potter em Sonserina e, mesmo assim, amada pelos pais! Tirando o trasgo do Sirius, minha família, incluindo o padrinho, me amam do mesmo jeito, estou muito contente! Quanto ao Almofadinhas, bem, só não dou um jeito de colocar uma coleira naquele pulguento devido à atitude de mamãe, como eu queria ver a cara dele ao receber e ouvir um berrador de Lilly Potter!

  Querido Diário, estou revoltada com a atitude de Ginny... Como ela teve coragem de defender meu irmão? Eu sou a melhor amiga dela! Ah, claro! Ela é louca por ele... O que Ginevra viu naquele trasgo? Ela insiste em ficar falando nos sapinhos daquele idiota. A falta de cérebro é compensada na beleza dos olhos! Beleza essa que deve ter hipnotizado minha amiga, só pode! Vivo alertando-a sobre como Harry é desprezível, mas ela vive destorcendo tudo e, para piorar, hoje me vem com a bomba: Longbottom.

  Você deve estar se perguntando quem é esse tal de Longbottom... , vou contar. O nome completo é Neville Longbottom, filho de Alice e Frank Longbottom, amigos de Hogwarts de meus pais. Esse menino, cuja aparência, devo confessar, assemelha-se a de um sapo, é um dia mais velho que Harry. Conheço esse trasgo desde que me entendo por bruxa, deveríamos ser amigos de infância. Deveríamos apenas, pois ele é tão limitado, seja como bruxo ou como ser pensante, que me da náusea. Devido a sua falta de confiança em si mesmo, ele não é muito sociável, justificando o fato de não andar em meio ao trio patético: Weasley, Granger e Harry. Bem, Ginny começou a fantasiar que Neville é apaixonado por mim e que eu deveria corresponder. Prefiro beijar um diabrete a ter que começar a namorar! Aquela ruiva, definitivamente, é muito precoce! Quando eu começar a pensar nessas coisas, tenho certeza absoluta, preferirei beijar um explosivin a ter que realizar qualquer tipo de contato com o Longbottom!

  Poderia ficar horas escrevendo, mas, Bonnie pode voltar do corujal a qualquer instante e não quero que ela me veja escrevendo em um caderno rosa. Estou curiosa sobre defesa contra as artes das trevas, um tal de Gilderoy Lockhart será nosso professor. Ginny me falou que sua mãe é uma fã desse homem, sobre o qual nunca ouvi falar.

Lembrar de:

--> Matar Harry bem lentamente;

--> Encontrar um feitiço para mudar a cor da capa desse diário;

--> Passar longe do Longbottom;

--> Mandar uma carta para papai, mamãe, padrinho e deixa um recado MUITO simpático para Sirius”

**

  - Posso saber o nome da Senhorita? – Sirius disse galanteador.

  - Katie Simpson. – Uma mulher com curvas generosas, cabelos encaracolados, olhos cor de mel respondeu.

  - Sou Sirius Black – sorriu – Nunca lhe vi por aqui, é novata no ministério?

  - Vim trabalhar no departamento de relações internacionais do ministério, trabalho diplomático. Sou americana. – disse simpática.

  - Se quiser, posso lhe apresentar Londres. Tamanha beleza como a sua merece um tratamento especial. – disse sugestivo.

  - Na verdade, vida de diplomata é muito solitária. Sempre estou carente – disse roçando os dedos no peito do homem – não tenho tempo para compromissos, apenas encontros casuais e, pelo que percebo, você não está interessado em me mostrar a cidade, estou errada?

  - Acertou em cheio. Se quiser saber, os ingleses são muito ardentes entre quatro paredes. – rumou ao ouvido da mulher e sussurrou - Sempre quis descobrir o gosto de uma americana.

  Black aproximou-se da mulher, olhos azuis mergulhavam em olhos de mel, a distância era quase nula, as mãos de Sirius estavam na cintura da morena. Já as mãos de Katie estavam no pescoço do homem. Era atração física, era vontade de saborear o outro, o beijo seria, finalmente, selado. Lábios abriram-se, o contato parecia inevitável, contudo, antes do ósculo ser, efetivamente, realizado, uma coruja parda aproximou-se do casal.

  - Por Mérlin! Que susto! – Katie afastou Sirius, colocando uma de suas mãos sobre o peito.

  - Coruja maldita. – Sirius disse rispidamente – correspondência para mim? – disse surpreso.

  - Não acredito! – a mulher ria compulsivamente, Sirius murchou, a face do homem estava vermelha, não se sabe se de raiva ou vergonha. – Um berrador!

  - Não é o que parece... – disse desesperado.

  - Achei que conheceria um homem, não um filhinho da mamãe! – ironizou – Um moleque cantando de galo, mereço – suspirou - É melhor você ir ver o que a Sra. Black deseja, sua mamãe deve estar preocupada. Ela não lhe ensinou que não devia sair com desconhecidos? – Katie saiu andando, deixando um Sirius Black incrédulo perante seu primeiro toco.

**

   - O que você escrevia naquele caderno rosa, Sophie? – Bonnie perguntou curiosa enquanto as duas iam rumo à aula de defesa contra as artes das trevas.

  - Eu não escrevia nada! Por Mérlin, Bonnie, quantas vezes vou ter que repetir isso para você? – A ruiva bufou irritada. Detestava quando a sonserina morena perguntava sobre seu diário, não queria compartilhar com ninguém sobre a existência dele, afinal era um segredo dela, somente dela.

  - Só até falar a verdade! – A morena esboçou um sorriso.

  - Então não preciso repetir nada! – A ruiva falou, revirando os olhos. Como Bonnie conseguia ser insistente daquele jeito? Mas não daria o braço a torcer, não diria e ponto final.

  - Ué, por que não? – Bonnie parou de andar. Encarava a amiga com um olhar confuso.

  - Bonnie, use a cabeça, por favor. – revirou os olhos – Não vou precisar repetir nada porque já estou falando a verdade, entendeu? – Sophie disse impaciente.

  - Entendi, eu acho. – disse envergonhada.

  - Ótimo, assim podemos ir para a aula sem nenhum assunto pendente entre nós dua... – A Potter parou no meio da fala, avistara um moreno no corredor, o qual andava tranquilamente com seus dois super amigos ao seu lado – Eu vou matar esse idiota! – a ruiva disse colérica, indo em direção ao irmão.

  - Sophie, onde você está indo? A aula é para o outro lado, não? – Bonnie perguntou confusa enquanto seguia a amiga.

**

  - Pontas, EU VOU MATAR A SUA MULHER! – Sirius gritava. Os dois morenos se encontravam na sala de James, o qual se limitava a rir. – POR QUE DIABOS VOCÊ ESTÁ RINDO? – suspirou – Aquela mulher já estava no papo, eu ia me dar bem essa noite, cara. – disse frustrado.

  - Desculpe, Almofadinhas, mas, ver esse troço lhe seguindo – apontou para o berrador – me causa crises de riso. – o moreno segurou uma possível gargalhada – Não seria mais sensato você abrir isso aí? Um auror sendo seguido por um berrador por todo o ministério é ridículo. – suspirou.

  - E dar o gostinho da vitória para a Evans? NUNCA!

  - Agora é Potter, Sirius. Lilian POTTER. – disse risonho – E esse troço vai abrir de qualquer maneira mesmo.

  - Usei um feitiço. – disse triunfante – Ele não vai abrir sozinho. Era para isso ter parado de me seguir também, mas aquela ruiva deve ter feito algo...

  - Almofadinhas – suspirou – Se você não conseguiu fazer para de ter seguir, é bem provável que isso vá falar algo. Você conhece minha ruivinha, difícil na queda. Acho melhor você abrir isso aí.

  - Me recuso a abrir, Pontas! – Sirius disse em forma de pirraça. No instante seguinte, o berrador começou a se despedaçar, berrando:

  “SIRIUS BLACK, VOCÊ É TÃO PATÉTICO! TIVE QUE RECORRER A UM FEITIÇO COMANDO DE VOZ PARA TER A CERTEZA QUE VOCÊ ME OUVIRIA! - o berrador tomou fôlego – ME RECUSO A ABRIR! – ironizou – TÃO PREVISÍVEL!

  ESPERO TER ACABADO COM UM FLERTE SEU, ESPERO QUE VOCÊ TENHA SIDO CABEÇA DURA O SUFICIENTE PARA PERMITIR QUE ESSE BERRADOR TENHA TE SEGUIDO POR TODO O MINISTÉRIO, COMO ESPERO! SÓ ESTOU LHE MANDANDO ISSO, CARO ALMOFADINHAS – o apelido foi dito com desdém – PARA VOCÊ APRENDER A NUNCA MAIS, NUNCA MAIS, ENTENDEU? MANDAR UM BERRADOR, PRINCIPALMENTE PARA A FILHA DOS OUTROS, SEU HIPÓCRITA!

  IR PARA SONSERINA É TRAIÇÃO PORQUE TODA A FAMÍLIA DA MENINA FOI DE GRIFINÓRIA, É ESSE MESMO O SEU ARGUMENTO? PARE COM ESSA HIPOCRISIA! QUEM ESCUTA ESSE SEU DISCURSO ATÉ ACREDITA QUE A FAMÍLIA BLACK, EM SUA TOTALIDADE, É ORIUNDA DE GRIFINÓRIA, POR MÉRLIN!

  AH, ANTES QUE EU ME ESQUEÇA: NEM PENSE EM VINGANÇA! CASO EU SUSPEITE DE QUALQUER PLANO SÓRDIDO, SIRIUS, EU JURO, ARRANCO FORA DE SEU CORPO QUALQUER POSSÍVEL MOTIVO DE FELICIDADE, FUI CLARA? – Black balbuciou um “foi bem clara”, o homem estava completamente contrariado. Em seguida, o berrado virou-se para James, dizendo docemente - Jay, adorei a carta que você mandou para Sophie, fiquei muito orgulhosa de você, meu amor! Já adianto que, ao chegar em casa, você verá o tamanho de minha felicidade e orgulho! Já estou com saudades! – o berrador começou a despedaçar-se deixando os dois homens em choque.

  - Pelo menos minha noite não foi por água abaixo, pelo contrário, hoje promete! – James disse maroto.

**

  - Ron, ganhe vergonha! Você dormiu já na primeira aula do ano! Já adianto a vocês dois – Hermione apontou para o ruivo e Harry – não vou emprestar anotação nenhuma para os dois copiarem! Espero que aprendam a ter responsabilidade!

  - Hermione, por Mérlin! Era história da magia, fora que não acostumei a acordar cedo ainda. – Hermione revirou os olhos diante da justificativa de Ron, deixando as orelhas do menino muito vermelhas – Harry, já sabe alguma coisa sobre o time de quadribol? – O ruivo virou para o moreno, buscando mudar de assunto.

  - Ainda n... – antes que Harry respondesse, uma menina ruiva, seguida por uma morena, interrompeu a conversa, separando o trio ao puxar o moreno pela gravata, buscando manter o olhar do irmão na mesma altura do seu, uma vez que a menina era mais baixa. Verde misturou-se no castanho, apreensão e vergonha para um, raiva e vingança para outro.

  - Escute bem, Harryzinho – desdenhou – a próxima vez que vossa senhoria resolver dar uma de Rita Skeeter e contar da minha vida para papai e mamãe, juro que lhe proporciono uma viagem só de ida para a enfermaria, entendido? – Harry balbuciou algo inaudível – Potter, não me irrite! Responda como um bruxo, não como um trasgo! Entendido? – o moreno acenou afirmativamente – Ótimo. Só não azaro você aqui porque papai e mamãe pediram para eu não vir discutir com você. Mas, que fique avisado: na próxima, eu posso, inocentemente, – suspirou – esquecer o que prometi para os dois. Boa aula para você, irmãozinho! – o tom de voz era meigo, a garota beijou o rosto do irmão. – Tchau Weasley, Granger. – disse em tom seco. – Vamos, Bonnie. – a ruiva disse puxando a morena, rumo à próxima aula.

  - Essa sua irmã me dá calafrios! – Ron disse, recebendo um olhar nada amistoso de Hermione e um suspiro de Harry.

**

  - Sophie, quem era aquele com quem você estava conversando? – Bonnie perguntou.

  - Meu irmão. – suspirou.

  - Adoraria ter irmãos, fui criada sozinha pela minha avó, não sei socializar muito bem por causa disso. Mas, acho que já estou melhorando, você não acha? – Bonnie disse risonha.

  - Ah, claro, Bonnie, claro. – a ruiva respondeu em meio a um sorriso amarelo.

  - Não vejo a hora de conhecer nossa amiga Ginny! – a morena disse animada - Por falar nisso, você ia, realmente, azarar seu irmão?  - sussurrou.

  - Lógico que não! – revirou os olhos – Mas ele, nem ninguém, precisa saber disso, não é mesmo? – respondeu em tom divertido. – Mas, Bonnie, o que isso tem em comum com Ginny? – Sophie perguntou surpresa.

  - Ué, nada. – respondeu dando de ombros – Quem disse isso?

  - Você. – revirou os olhos – Por Mérlin, Bonnie! Você me pergunta sobre meu irmão e depois me vem com um “Por fala nisso” – imitou a morena – Não entendi a relação. – disse confusa.

  - Nem eu entendi! – Sophie ergueu uma sobrancelha fazendo Bonnie abaixar a cabeça – Ah, você sabe que eu não sei me expressar muito bem. – sussurrou.

  - Mereço... – Sophie revirou os olhos – Bonnie, não fique assim! Esqueci desse detalhe, me desculpe. Agora, vamos para a aula conhecer nossa amiga Ginny? – disse tentando animar a amiga.

  - Vamos! Por que você não avisou antes? – A morena disse animada, começando a correr puxando a amiga pelo braço.

**

  Bonnie deixou Sophie sozinha no meio do caminho, Pansy Parkinson havia chamado a morena para conversar, causando suspeitas na Potter. Os primeiroanitas estavam inquietos, eufóricos, todos estavam ansiosos para conhecer o novo professor. Todos falavam do tão famoso funcionário de Hogwarts, ídolo para a grande maioria. A apreensão predominava no recinto, no entanto, certa ruiva, pertencente à Sonserina, estava mais preocupada em discutir com a amiga grifana sobre seu irmão. Sophie se encontrava exaltada, totalmente indignada.

  -Ginny, ele contou aos meus pais sobre minha seleção! Ele não tinha esse direito. – a ruiva disse para a amiga.

  - Calma, Sophie, talvez ele tenha feito isso apenas por estar preocupado com você. – Ginny tentava tranqüilizar a amiga.

  - Ginevra Weasley, já conversamos sobre isso. – suspirou – Te perdoo por ter citado o imprestável do Longbottom anteriormente, assim como peço desculpas por ficar insistindo nesse assunto toda hora. Já percebi que não existe maneira de abrir seus olhos sobre quem o trasgo do meu irmão é, uma vez que seus sentimentos platônicos melosos de amor não correspondidos lhe impedem de pensar com a razão. Não vou brigar com minha melhor amiga por causa daquele delator miserável. – Ginny estava prestes a retrucar a Potter mais nova, contudo, foi interrompida por uma Bonnie preocupada.

  - O professor não tem cabeça! – ela começou a choramingar, o semblante transparecia assombro.

  - Bonnie, o que? – perguntou Sophie arqueando uma sobrancelha.

  - Pansy me disse no corredor que o professor não tem cabeça! Como ele vai falar? Imagine que horror! Fiquei com dó, não permitirei que ninguém tire sarro da cara dele pela falta de cabeça. – Bonnie respondeu chorosa, Ginny e Sophie reviraram os olhos. Ginevra, finalmente, entendeu o que a amiga falava sobre sua colega de quarto: avoada, mas de bom coração.

  - Bonnie, escute: a Parkinson é uma mentirosa. – Sophie respondeu, pronunciando com asco o nome da Sonserina do segundo ano.

  - Como você sabe? Você nem a conhece, Sophie. – Bonnie disse entre soluços.

  - Meu irmão disse. – a Potter suspirou, recebendo um olhar surpreso e uma risada marota de Ginny.

  - Não sei... – Bonnie pareceu ponderar.

  - Bonnie, o professor... – Ginny começou a explicar para a morena, que ainda encontrava-se desolada, no entanto, subitamente, Bonnie deu um gritinho agudo de felicidade, interrompendo a grifana.

  - Ele tem cabeça! – ela exclamou apontando para um homem que acabara de surgir na sala, esboçava um sorriso brilhante que percorria todo seu rosto, de orelha a orelha.

  - Olá meus caríssimos alunos, meus jovens fãs. Prometo ser atencioso com todos vocês, afinal, eu nada seria sem o carinho de meus admiradores.  Bem, caso queiram, por Mérlin, – colocou uma das mãos na testa dramaticamente – desculpem-me, mas deixarei de lado a humildade, tenho certeza que todos vão querer o que irei propor. – sorriu – Autógrafos!

  - Quém é esse trasgo? – Sophie perguntou para Ginny em um sussurro.

  - Ele é o...

  - O que isso importa? Nosso professor tem cabeça! – Bonnie exclamou contente, interrompendo novamente a Weasley.

  - Sei que todos vocês já me conhecem – passou a mãos por seus cabelos loiros – afinal, acredito ser mais conhecido até mesmo que o nosso queridíssimo professor Dumbledore. Contudo, como sou adepto à formalidade – riu – me apresentarei. Sou Gilderoy Lockhart – gritou – novo professor de defesa contra as artes das trevas de você – o sorriso brilhante ainda estampado no rosto.

**

 

 

Dormitório Feminino – 23:00h

  “Estou mais aliviada, querido diário! Conversei com Ginny e fizemos as pazes, se bem que nunca brigamos de verdade. Devo confessar que estou começando a gostar da Bonnie, parece ser uma amiga leal. Você deve estar se perguntando porque estou escrevendo nesse momento, sendo que Bonnie sempre me olha curiosa acerca de você. Mas, ela está dormindo e, por precaução, fechei o cortinado, então, barra limpa!

  Minha raiva para com Harry já diminuiu, já escrevi para papai, mamãe e padrinho e, seguindo conselhos de Ginny, não mandei correspondência alguma para Sirius. Mas, estou escrevendo aqui para dizer que conheci um trasgo: Lockhart. Esse ser é meu mais novo professor de DCAT e a única coisa que ele me ensinou hoje foi como seu ego é enorme e sem fundamento, uma vez que não reconheci real talento naquele acúmulo de egocentrismo.

  Ah, já ia me esquecendo, Longbottom veio me procurar hoje, acredita que ele estava com Mafalda? Disse que é uma gata adorável. Nem preciso dizer que agradeci e inventei uma desculpa qualquer para sair de perto dele. Confesso que te chamar de Querido Diário vem se tornando algo monótono, acredito que já está na hora de achar um nome para meu caderno cor de rosa favorito! Bem, vou deitar, afinal já está tarde. Tomara que as aulas de poções de amanhã sejam animadoras.

Lembrar de:

--> Alimentar Mafalda;

--> Dar um nome para você;

--> Ser gentil com Bonnie;

--> Passar longe do Longbottom.”


NA: Mais um capítulo! Acredito que o ritmo de atualização vai ser maior daqui para frente. Bem, a história começa a se desenhar e no próximo capítulo mistérios começam a surgir. Obrigado pelos comentários!  

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