Uma Nova Espiã





6º capitulo - Uma Nova Espiã



Aqui estou eu de novo, depois de tanto tempo voltei a escrever as minhas memórias. Muitas coisas mudaram, eu não sou mais a mesma, mas o meu amor continua o mesmo, esse amor que está documentado em cartas com declarações de amor e muitas brigas, eu confesso. Tive muitos problemas com a nova 'profissão de Draco', além de brigas com a minha família, pois eles não aprovam o meu namoro, mas o pior de tudo é que eu me tornei à pessoa mais asquerosa do mundo, uma espiã para o Lord das Trevas.

Tudo começou em mais um encontro com Draco nas visitas à Hogsmeade. Dessa vez, o encontro seria na Casa dos Gritos:



- Gina? – Draco perguntou, intrigado – É você?



- Não, é a Pansy! – brinquei – É claro que sou eu, Draco. Não reconhece mais o amor da sua vida?



A face de Draco se iluminou, foi quando um sorriso malicioso pairou no canto dos seus lábios. Ele deixou os seus olhos percorrerem de uma forma apreciadora, o provocante vestido negro de mangas compridas pelo joelho que eu usava, antes de olhar para o meu rosto. Eu instantaneamente, senti-me toda fraca quando retribui o olhar, absorvendo a sua bonita forma. Ele estava a usar as suas vestes tradicionais e elas ficavam tão bem nele... Eu não podia deixar de admitir que adorava quando ele usava preto. Ou seja, eu o adorava sempre, pois ele sempre estava de preto.



Ele chegou perto de mim, me abraçou muito forte e me beijou profundamente...



_Gina, eu preciso que você faça uma coisa pra mim...



_Ah, Draco... Eu não vou me vestir com aquelas fantasias de trouxas de novo! Já falei pra você para de ser tão tarado...



_Não é isso, Gina. - ele me disse, sério.



_Então você quer apanhar de novo ? - eu exclamei feliz - Porque não falou antes? Accio chicote - eu disse e o chicote apareceu na minha mão. - HAHAHA... Vem meu escravo...



Horas depois de uma tortura muito agradável...



_Gina, não era isso que eu queria te dizer.



_Então fala... O que você quer?



_Você sabe que como um Comensal da Morte eu tenho os meus deveres à cumprir e que cada dia mais eu ganho a confiança do meu Lord, né?



_Não que eu fique orgulhosa com isso... Mas... Sim, eu sei.



_Então, eu queria pedir uma coisa bem simples pra você...



_Tá, o que?



_Não é nada muito difícil é bem fácil na verdade...



_Ok, Draco. Diz logo o que é...



_Não é nada demais mesmo...



_FALA LOGO DE UMA VEZ! - eu gritei fazendo o Draco dar um pulo na cama. Eu odiava quando ele tentava me enrolar.



Draco abaixou a cabeça e pediu:



_Você poderia espionar o Potter?



_O que Draco?! - dessa vez fui eu que pulei na cama - Eu acho que eu não ouvi direito. - Eu não podia acreditar no que eu estava ouvindo, como ele podia ter coragem de pedir para eu espionar alguém!



_Por favor meu amor, eu preciso saber todos os passos do Potter para ser o braço direito de meu Lord!



_Como se não bastasse tudo o que eu passo por você! Todas as recriminações da minha família... Os alunos de Hogwarts olhando torto pra mim, pois muitos sabem que você é um Comensal e os que não sabem, desconfiam! E como sua namorada devo está armando um plano maléfico contra eles... Você pensa o quê?! Que isso tudo é fácil pra mim?! Mas só pra você saber Draco Malfoy, é muito difícil!



_Eu achei que você me amasse Gina... Por isso agüentava essas coisas por mim...



_Por Melin! Draco, como você tem coragem de duvidar do meu amor?



_Não é isso, Gina...



_Quer saber?



Eu sorri pelo canto dos lábios, voltei a me aproximar o meu corpo do dele e chegando perigosamente com meus lábios perto dos deles, voltei a falar num tom baixo e feminino, antes de soltá-lo:



- Esqueça Malfoy, esse jogo não funciona mais comigo. Eu não caio mais nessa conversa de fazer coisas por amor. Agora... - dei um passo para trás e virei indo em direção à porta – Já tá na minha hora.



Deixei ele falando sozinho e sai da Casa dos Gritos indignada! Mas no caminho encontrei um colega de Draco, o mesmo que uma vez apostou com Draco quem beijava mais em uma semana.



_Oi Weasley, posso te acompanhar?



_Não preciso de companhia, senhor...



_Bryan Christensen. Muito prazer. - Ele realmente 'se achava' o máximo, mas ele era do tipo que podia 'se achar'. Com grandes olhos verdes, longos cabelos negros e um porte que faria qualquer bruxinha desmaiar, ele realmente podia 'se achar'. Não que eu o achasse bonito, mas mesmo em uma 'discussão rotineira' tem que se prestar atenção com quem se estava 'discutindo'.



_Como eu ia dizendo senhor Christensen... Eu não preciso de companhia.



_Pode me chamar de Bryan, Virgínia Weasley.



Irritadíssima por esse cara folgado ter grudado no meu pé, eu fui rude como uma sonserina, afinal, anos de namoro com um sonserino com certeza influenciaram muito no meu comportamento.



_Dê o fora! Já te disse que quero ficar sozinha!



_Tá assim pelo o que o Malfoy te disse é?



_Ei! Como você sabe que eu estava com Draco?



_Hum... Como você sabe... Eu sou um Comensal da Morte e também o melhor amigo do Draco... Então não tem como eu não saber certas 'coisas de amigos' - ele falou com um sorrisinho ridículo no rosto.



_Se você sabe, me deixa em paz! Vai perturbar outra, que droga!



_Se eu fosse você Weasley, aceitava a proposta do Draco. - ele disse, repentinamente sério.



_Eu sei que você queria ser uma garota Christensen... Me desculpe te decepcionar, mas você não se chama Virgínia Weasley, então estou dispesando os seus conselhos.



_Não seja tola! Você vai acabar ficando sem namorado, sabia? Mas é melhor assim, Draco vai poder arranjar alguém da sua estirpe, não uma mulherzinha com discurso de boa menina.



_O que você tem a ver com a minha vida, hein? Vai brincar de matar trouxas inocentes, Christensen!



_Não seja ridícula, Weasley... Você acha que Draco não vai se cansar de você? Vai sim... Existem várias Comensais que fariam de tudo só por um beijo dele, garota. Ele vai acabar vendo a estupidez que ele fez desperdiçando o tempo dele com você.



Também deixei ele falando sozinho, mas fiquei com aquelas palavras na minha cabeça "Você vai acabar ficando sem namorado!" Eu sabia que Draco nunca ia ter coragem de fazer isso comigo... Quer dizer... Eu acho... E se ele tivesse?



Passei a semana toda com isso na cabeça. Quando chegou na sexta-feira mandei uma coruja para mansão Malfoy pedindo que Draco me encontrasse no mesmo lugar do último encontro às 14:00 horas no sábado, pois era quando teríamos outra visita a Hogsmeade.



Chegou sábado, acordei muito cedo pelo nervoso que me dava ao apenas pensar no que eu ia fazer dali pra frente. Fui até a Casa dos Gritos e para a felicidade do Draco, aceitei a proposta...



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Um mês se passou comigo espionando o Harry. Mas eu não conseguia saber muitas coisas sobre ele, já que eu só o via raramente, devido aos horários do Curso Especial de Auror em Hogwarts e os das minhas aulas de 7º ano serem sempre diferentes. De repente, eu tive uma idéia para poder espioná-lo mais de perto ainda...



Em um dia de domingo, eu estava passeando pelo gramado em direção ao lago quando vi Harry sentado embaixo de uma árvore, era a minha chance.



_Oi, Harry. Posso me sentar?



_É claro, Gina - ele sorriu.



_Como você está? - eu perguntei.



_Estou bem. As aulas de formação acadêmicas são muito difíceis, mas daqui a pouco eu me acostumo. Falando nisso, preciso ir a Hogsmeade comprar umas coisas que foram pedidas no curso de última hora.



_Posso lhe fazer companhia? Estou me sentindo sozinha. - menti pra ele, pois assim quem sabe no caminho eu podia botar meu plano em prática.



_Pode. Mas eu não tenho hora para voltar. Além de comprar essas coisas, estou precisando andar um pouco.



_Tudo bem. Preciso disso também... Pensar em algumas coisas.



Eu e Harry ficamos andando por Hogsmeade durante um bom tempo. Fomos ao Caldeirão Furado tomar uma cerveja amanteigada. Harry comprou tudo que precisava. Conversamos sobre diversos assuntos. Eu tinha o poder de fazer Harry falar por um bom tempo. Eu acho que ele se sentia bem com isso e que pensava que eu era uma pessoa legal, compreensível... Para o azar dele.



Voltamos para o Caldeirão Furado...



_Gina, você não está bem... O que está acontecendo? - ele perguntou preocupado comigo.



Eu fiz uma cara de triste, é claro que isso fazia parte do meu plano...



_Eu estou confusa... - disse bem desanimada.



_Como assim confusa? - perguntou Harry interessado.



_Ah, Harry eu não quero te perturbar com os meus problemas. - eu falei, cínica.



_Que isso, Gina... Pode desabafar é pra isso que serve os amigos, não é? - ele sorriu tentando me animar (tadinho, estava caindo na minha conversa)



Eu esforcei um meio sorriso e comecei a contar a minha mentira.



_Como você sabe eu namorava até pouco tempo o Malfoy e dizia pra todo mundo que eu o amava, mas agora eu estou muito confusa.



_Mas confusa com o que Gina?



_Eu acho que eu amo outro, mas esse outro só me vê como uma irmã.



Harry olhou pra mim com uma cara que tinha entendido tudo e perguntou:



_E por acaso esse outro sou eu?



Eu finji que estava sem graça e balancei a cabeça confirmando que sim.



_Desculpa, Harry eu não devia falar essas coisas pra você, eu sou uma idiota mesmo, me descul...



Harry me calou. Delicadamente pôs seu dedo nos meus lábios, fazendo sinal para que eu parasse de falar. Ele se aproximou. Eu já sentia o hálito dele. Senti sua respiração.

Senti o coração dele batendo rápido. Devagar ele encostou seus lábios nos meus. Aos poucos nos beijamos. Ao contrário de Draco ele beijava calmamente, como se eu fosse a garota mais pura da face da Terra.

No momento em que nos soltamos, pude perceber que ele estava muito vermelho e sem graça pelo ocorrido. Mas Harry não parecia arrependido.



Eu ia começar a falar, quando ele me interrompeu.



_Harry, eu...



_Shhhi... Por favor, me deixa falar. Há muito tempo guardo esse sentimento só pra mim. Depois que você começou a namorar o Malfoy e enfrentar a todos por isso eu percebi que ti amava, mas não manifestei por respeito ao amor que você dizia sentir por ele. Jurei te esquecer porque vi o gesto de amor que você fazia enfrentando sua família. - ele respirou fundo - Mas nunca, em momento algum, deixei de te amar. Sempre que a via triste num canto queria correr pra te abraçar, te beijar. Mas nunca podia. Sabia que era errado. Sabia que você nunca permitiria.



_Harry, por favor... Não fa... (me bateu um pouco de arrependimento)



_Deixa eu terminar. Sempre te via de longe. Foi melhor quando nos tornamos amigos. Quando conversávamos. Eu sempre sonhava com o dia em que a teria em meus braços. Sempre te amei, Gina. Eu quero só uma chance pra te provar isso. Uma chance pra te provar que você pode ser feliz. Me deixa tentar?



Eu pensei bem, será que valia a pena magoar o Harry só pra espioná-lo? Mas agora eu não podia voltar atrás, eu comecei isso sabendo o que poderia acontecer e agora iria até o fim.



_Então, Gina. Quer namorar comigo?



_Sim. - eu menti.



E depois... Nos beijamos de novo, mas como ele beija mal! Fui acostumada a outro tipo de tratamento...



Foi isso que aconteceu, eu sei o que eu fiz foi errado, mas agora isso não importa. Mas tarde eu termino de escrever, pois eu estou muito ocupada agora.



Nota da autora: Esse capitulo ficou um pouco grande, mas muitas coisas mudaram na fic a partir dele. Queria pedir para vocês comentarem e agradecer a todos que já comentaram.



Beta Reader: Miss Sadmad

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