Raiva de fogo
POV's Autora.
Harry já estava com três anos. Filho de Tiago. Era meio magricela, usava óculos, cabelos pretos e rebeldes e, a única diferença que o mostrava ser filho de Lílian, olhos verde vivo.
Os Potter já tinham se mudado a muito tempo da casa de Sirius, é claro. Mudaram-se para a famosa Mansão dos Potter. Sirius ia para lá todo dia, Remo também. E a melhor amiga de Lily, que estava no Brasil por um tempo, Marlene ia lá também.
Marlene e Sirius se davam... Bem, de certo modo. Apesar da brigas...
Harry estava assombrosamente poderoso. Ninguém tinha deixado ele com raiva demais, já que o próprio Dumbledore pedira tal coisa, poderia ser desastroso.
A Ordem da Fênix já que Voldemort fora "embora para sempre" a dois anos atrás. Realmente, o mundo mágico já era outro. Calmo, 'organizado'. Vários Comensais estavam agora em Azkaban.
Sirius tinha sido inocentado, já que os próprios Potter disseram ter Rabicho como fiel do segredo, mas aquele rato estava foragido.
Tiago e Sirius continuavam como aurores no Ministério, Marlene é medibruxa no St. Mungus e Remo procurava emprego, já que ninguém o aceitava por seu "probleminha cabeludo". Lilian era uma excelente auror antes do ocorrido com Voldemort, mas não voltou mesmo assim. Preferia ficar em casa.
POV's Harry:
Acordei. Mas um dia.
Era realmente mágico o mundo em que eu vivia, não podia deixar de pensar nisso toda manhã que eu acordava.
Outra coisa que eu penso quando acordo, o sonho. O sonho. Sempre o mesmo, sempre igual.
Quer saber, hoje vou tirar satisfações com minha mãe, ela deve saber a respeito disso, é a bruxa mais inteligente que já conheci.
Dúvido que ela saiba sobre isso Harry, falou a minha Aura.
Ah, bom dia Aura.
Mesmo sua mãe sendo inteligente, Harry, ela provavelmente não vai saber sobre isso. No mundo mágico, os estudos não se extendem até sonhos, pelo menos, não se extendem muito.
Não importa, tô cansado desse sonho. Cansei de enxergar essa estrela no céu escuro da noite. É cansativo.
Eu sei Harry, eu sou você. Estou dentro de você.
Mas, Aura, eu já sei disso a muito tempo. Tenho três anos, mas não sou burro.
Sei que não Harry, Aura disse. Apesar de sua voz ser só um pensamento em minha cabeça, ela parecia sorrir com a conversa.
Me levantei da cama, e mudei meu pijama para uma roupa qualquer com um estalo de dedos. Isso era tão comum para mim. Mágica.
Desci as escadas de dois em dois degraus e cheguei a cozinha correndo. Minha mãe estava lá, mas meu pai, Sirius, Remo e Marlene também.
- Oi, gente - falei animado.
- Hei, hei. O baixinho chegou - falou meu padrinho animado. Sentei ao seu lado, meu padrinho Sirius era simplesmente fantástico.
- Quem disse que eu sai? - perguntei sorrindo.
- Voce não estava aqui Harry, querido - falou minha mãe rindo.
- Isso é o que voce pensa mãe, minha aura estava aqui, pode apostar - falei sorrindo.
Não sei porque, mas parece que toda vez que digo algo haver com minha aura, eles ficam estranhos.
- Certo, certo - falou ela.
Marlene, Remo e meu pai estavam estranhamente quietos. Cadê as brigas constantes de Sirius e Marlene? Ou Remo repreeendendo meu pai e meu padrinho? Meu pai elogiando minha mãe corada?
- Alguma coisa errada? - perguntei.
- Nada não. Bem - disse minha mãe e ela sorriu de repente - hoje vamos na casa dos Weasley, Harry.
- Weasley? - quem seriam?
- São amigos nossos - falou minha madrinha Marlene. Não sei porque, mas ela e Sirius eram minha madrinha e padrinho, mas não eram casados. Tem caroço nesse angu.
- Legal. Amigos bruxos? - perguntei animado. Acabei recendo um olhar de reprovação de minha mãe.
- Não importa se são bruxos ou não Harry - falou ela.
- Eu sei que não, só perguntei. Por que se forem bruxos, significa que posso fazer mágica! Tipo assim - falei e conjurei um pãozinho com um estalo de dedos.
Comecei a comer o pãozinho enquanto Remo dizia:
- Ainda fico impressionado com a facilidade que voce tem Harry - disse ela sorrindo.
- Valeu... Remie - acrescentei, rindo.
- Isso aí, afilhado! - falou Sirius gargalhando, parecia um latido.
Uma luz prateada saiu de mim. Bufei de raiva. Isso era uma das minhas mágicas que eu não conseguia controlar. Minha Aura era a culpada, a luz era ela.
Eu não gosto de ficar presa aqui, disse ela em sua defesa.
Tudo bem Aura.
Dessa vez, ela saira em forma de coruja, ficava voando a minha volta. Uma coruja feita de luz prateada voando a minha volta, completamente normal isso.
- Harry, voce ainda gosta de ficar fazendo esses animais saindo de voce? - perguntou meu pai.
- Na verdade, pai. Não sou eu, é minha aura. Algumas coisas não posso controlar, e de acordo com Aura, ela estava cansada de ficar presa aqui dentro. Por isso sai - falei naturalmente engolindo um pouco do pão depois.
- Como assim está cansada? - perguntou Marlene curiosa.
- Minha aura. Ela fala comigo, desde... Sempre. Ela me diz coisas, sussurra coisas, explica coisas. É bem esperta na verdade. Aura me ajuda a controlar meus poderes, me fala como fazer as coisas. Essa luz prateada é ela. Ela própria se mostrando, e ela estava cansada de ficar presa aqui dentro, por isso sai. Mas sempre volta.
- Ela fala com você Harry? - perguntou minha mãe.
- Fala, sempre fala - enquanto eu dizia, Aura voltou para dentro de mim. - Desde que eu me lembre, ela fala comigo. Deixe-me ver. A primeira vez que ela falou comigo... Quando eu tinha um ano talvez. Lembro-me perfeitamente dela se apresentando. Tinha perguntado quem era ela, ela disse "Sou sua aura, Harry". Ela me explicou o que eram auras. Quando perguntei se podia vê-la ela disse outro dia talvez, pois eu ia ficar ocupado.
- Ocupado com o que? - perguntou Sirius curioso.
- Eu não sei. Não me lembro. Só lembro que a próxima conversa que tive com ela, Aura disse "Vejo que está bem Harry". Quando perguntei porque não estaria, ela falou que acabei de ser atacado por bruxos das Trevas. Eu respondi "Então foi isso toda aquela agitação". Mas eu não me lembro que agitação. Que bruxo das Trevas - falei.
Todos pareciam estranhamente quietos.
POV's Autora:
Todos da cozinha ficaram aflitos, exceto Harry, este estava confuso. Lílian decidiu mudar rapidamente de assunto começando uma conversa com Harry sobre como conhecera os Weasley.
Quando todos estavam prontos aparataram em frente a casa dos Weasley. Harry também tinha aparatado, apesar de novo.
Em frente a casa tinha uma placa escrito: A Toca.
- Vamos pessoal - falou Lilian pegando na mão de Harry fazendo-o andar.
Quando eles chegaram a porta, Molly Weasley, uma mulher baixinha e gorducha, já os esperava.
- Lilian - saudou Molly feliz - Faz tanto tempo, desde os tempos da Ordem.
- Olá Molly, é bom vê-la de novo. Tiago meu marido você já conhece, Sirius e Remo também. Esta aqui - apontou para Marlene - é Marlene McKinnogon uma velha amiga, dos tempos de Hogwarts. Ela estava no Brasil durante esse tempo, por causa da familia. Voltou faz pouco mais de um ano.
- Ah, é um prazer querida. E você deve ser Harry, não? - perguntou Molly olhando para o pequeno Harry.
- Sou sim - falou ele. Uma coisa que pegara por influencia de Sirius e Tiago era nao ser timido.
- Muito bem, entrem, entrem. Minha familia está no quintal - falou ela e os guiou até lá.
Chegando no jardim, tinham algumas cadeiras conjuradas. Lá estava a familia Weasley. Arthur Weasley sentado em uma das cadeiras. Ao seu lado sua familia.
- Sentem, sentem - falou Molly, e ela mesma sentando ao lado do marido - Estes são Carlinhos, Gui, Percy, Rony e Gina - dizia enquanto indicava.
Quando todos sentaram, Molly falou:
- Gui, Carlinhos, Rony, Percy, Gina. Estes são o Sr. e a Sra. Potter. Harry, filho deles. Sirius Black, Marlene McKinnogon e Remo Lupin. Nossos amigos - dizia ela para os filhos.
- Sabe, estou morrendo de sono. O quartel dos aurores da trabalho - falou Sirius colocando as mãos atrás da cabeça.
- Mas educação seu cão pulguento! - falou Marlene dando um tapa na cabeça do Almofadinhas.
- Por que fez isso Lene? Sabia que seu tapa dói? - falou ele esfregando a cabeça no lugar do tapa.
- Gente, esperei a vida toda para dizer isso... Mau jeito, Almofadinhas, mau jeito - falou Tiago sorrindo maroto.
- Isso é ironia cruel do destino - falou Sirius.
- Não isso é ironia cruel do destino - disse Harry e estalou os dedos. Os cabelos de Sirius de preto ficaram verdes.
Os Weasley a esse ponto estavam rindo.
- Pelas barbas de Mérlin, Harry Tiago Potter! Desfaça isso! - pediu Sirius irado.
Harry cruzou os braços, sorriu maroto e balançou a cabeça negativamente.
- Por que fez isso? - perguntou Sirius.
- Ora, voce não fez isso com meu pai em Hogwarts uma vez? Ironia cruel do destino - falou Harry sorrindo largamente.
- Ok, né? Vou ficar de cabelo verde por enquanto - falou Sirius.
- Meus deus, padrinho. Sem drama, sem drama - falou Harry e estalou os dedos, tirando aquela cor "exótica" dos cabelos de Sirius.
Se antes os Weasley estavam rindo, agora estavam estáticos, de tão impressionados.
- Ele consegue fazer isso tudo de mágica? - falou Arthur.
- Ah, é... bem... - disse Lilian sem jeito. Ela deu um tapa na própria testa e sussurrou para Harry - voce está tão ferrado quando chegar em casa, mocinho.
- Xiii.... A casa caiu - falou Harry. Ele levantou-se e sentou na grama entre a cadeira de Sirius e Tiago e falou para os dois: - Me salvem! Ela vai me tirar minha vassoura!
- Como se voce não fosse conjurar outra - falou Tiago.
- O que? Como se ela fosse deixar! Vai me proibir de usar mágica, tirar minha vassoura! Como se voce já não soubesse pai! - falou Harry zangado.
- Voce está certo. Está sem vassoura e sem mágica - falou Lilian antes que o marido falasse alguma coisa.
Harry cruzou os braços e encarou a árvore ao longe dali.
Os adultos começaram a conversar, mas Harry estava tão bravo que não percebeu que as crianças Weasley olhavam com curiosidade para ele.
POV's Harry:
Que saco! Sem magia e sem vassoura! Que grande droga!
E antes que eu pudesse reprimir minha raiva, uma árvore estava em chamas.
- Harry! - gritou minha mãe. Ok, instantaneamente a culpa é minha.
Mas eu não apaguei o fogo, muito pelo contrario, só aumentei. Minha raiva estava aqui dentro.
Como poderia ficar sem mágica? Era impossivel.
Minha mãe tentava apagar o fogo, meu pai ajudava. Todos os adultos ali ajudavam, mas ele permanecia. Eu fazia ele, e ele ficava enquanto eu queria.
Eu estava com raiva, quero poder usar mágica, então vou usar mágica quando eu quiser. O fogo aumentou, para o desespero dos outros.
De repente, minha Aura saiu de mim. Um monte de animais de uma vez, ela parecia estar se dividindo temporariamente.
Um cachorro, um gato, um cervo, uma raposa, uma coruja, uma fênix, um urso, uma pantera. Todos esses animais prateados, minha aura, voavam ou corriam em volta de mim.
- Harry! Pára! - esse grito da minha mãe tirou-me dos meus devaneios.
Eu ainda tinha raiva.
- Se voce não parar, Harry Tiago Potter... Estou te avisando!
Respirei fundo. Tudo pareceu parar instantaneamente. O fogo apagou, os animas prateados voltaram para dentro de mim e os adultos me olharam. Meus pais com reprovação.
Mas Aura me disse:
Parabéns, Harry. Está aprendendo a controlar sua raiva.
Entretanto, foi a última coisa que ouvi. Me deu um pequeno esgotamento mágico e eu desmaiei.
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