31 de Outubro



POV autora:

  Rabicho fora feito como fiel do segredo.
  Já fazia dois meses que os Potter estavam "presos" na casa em Godric's Hollow.
  Tiago realmente odiava isso. Não podia ir trabalhar, não podia sair, não podia nada. Ele gastava seu tempo com Harry e Lily.
  Lilian gostava de ver seu marido brincando com Harry. Gostava de assistir Tiago ensinando quadribol ao pequeno Harry, mas não gostava nada, nadinha, de vê-lo voando naquela vassoura.
  Sirius os visitava regularmente, porém andava ocupado ajudando a Ordem.
  Todos ficaram muito abatidos quando souberam de Frank e Alice no St. Mungus, mas foi esse o motivo de terem feito o feitiço Fidelius. Voldemort havia escolhido Harry.
  Remo estava na França, ainda estava cuidando de uma missão que fora designada a ele. Rabicho os visitava também, já que era o próprio fiel. Continuava o mesmo burro de sempre.
  Alvo Dumbledore os escrevia de vez em quando para saber como estavam as coisas. Tiago, Lily e Sirius decidiram não contar a ninguém que mudaram o fiel.
 
POV Harry:

  Eu estava dormindo em meu berçinho.
  Não sei porque, mas eu nunca saia de casa, meus pais nunca me levaram pra fora dessa casa.
  O mais estranho é que eu sempre tinha o mesmo sonho quando dormia.
  Uma estrela dourada brilhava no céu. Era a única ali, ou pelo menos, a única visivel. Era dourada, tão bonita. Ficava fabulosa no céu da noite. E o céu era azul-escuro. Mas com aquela estrela lá, o céu era deixado de lado.
  Ela parecia tão perto eu poderia pegá-la. Entretando quando eu esticava a mão para agarrá-la, ela estava longe.
  Era sempre o mesmo sonho. Toda vez que eu dormia, toda noite. Sem falta,
sempre.
 
Porém eu gostava desse sonho. Ficaria triste se não o tivesse.
  Abri os olhos para acordar. Dito e feito.
  Mas eu ainda estava em meu berço, ainda tinha grades aqui. Berrei por minha mãe, (leia-se: chorei).
  Ela rapidamente chegou aqui em meu quarto sorrindo.
- Como vai querido - perguntou enquanto me tirava dali.
- Taiva sonhanhu - eu falei feliz.
- Sonhando? Com o que? - ela perguntou quando chegamos a sala. Meu pai estava ali, sentado no sofá.
  Antes de eu poder responder, ela me colocou sentado no sofá, de frente para meu pai, e foi para a cozinha. Estava a tanto tempo aqui, que já conhecia a casa toda.
- E ai, campeão? - falou meu pai sorrindo para mim - o que sua mãe tava falando com voce?
- Soble meu sonho - é de certa forma, eu falava alumas coisas certo. A maioria, eu falava errado...
- Sonho? O que voce sonhou? - perguntou ele ainda sorrindo para mim, aquele sorriso eu-tenho-32-dentes.
- Tinha uma etela nou cénhu, e o cénhu era ecscuro - eu respondi. Eu não sei como ele traduzia minha fala, parecia que eu tava regredindo a falar certo.
- Ta certo - ele disse, bagunçou meu cabelo, pelo menos deixou mais bagunçado, levantou-se e foi para a cozinha onde minha mãe estava.
  Fiquei o olhando até não ser possivel olhá-lo, por causa da porta e da parede. (dã).
  Olhei para a janela. Lá fora estava escuro como breu, então estava de noite.
  Um ponto dourado aparecu de repente, e sumiu.
Eu estava imaginando coisas?
Claro que não Harry, eu sou real, disse uma voz. Pareceu próxima.
Cade voce?
Do seu lado, respondeu o ninguém.
  Olhei para o lado. 
Não tem ninguém aqui.
Ah, mas eu estou aqui Harry, não se preocupe.
Quem é voce?
Sou sua aura, quem mais seria?
Minha aura? O que viria a ser isso?
Aura? É sua energia interior, onde sua alma está, onde sua magia
se concentra. Como voce é criança demais, sua aura é branca. Mas pode ficar mais escura como tempo.
Como?
De acordo com as coisas ruins que voce faz. Geralmente a aura das pessoas é cinza, está na média. Não sou todos que tem aura negra.
Alguém tem uma aura boa?
Por enquanto, ninguém vivo.
Mas voce não disse que minha aura era branca? Isso é bom não é?
Repetindo o que lhe disse, porque voce é criança demais, crianças não são consideradas.
Eu poderei te ver?
Quem sabe, um dia talvez, agora voce irá ficar ocupado..., e a voz foi sumindo.
  Ok. Ou eu estou louco ou a minha "aura" realmente falou comigo. Sinceramente prefiro a segunda opção, nao quero ser louco.
  Olhei para minhas mãozinhas.
  Que estranho. Parecia ter uma "cobertura" dourada sob minha pele. Era fina, mas brilhava o suficiente para ser visivel.
  Ela sumiu quando meus pais voltaram para a sala.
- Ainda parado ai Harry? - perguntou minha mãe docemente.
  Minha mãe me segurou no colo sorrindo. Meu pai sorria para nós dois. Aqui parecia tudo sorrisos e covinhas...
  A atmosfera mudou de feliz para apavorante de repente.
  Senti algo estranho dentro de mim e uma força vindo de fora da casa.
 
POV autora:

  De repente Harry chorava e se segurava mais forte a sua mãe. Tiago Potter correu para a janela.
- Lilian! É ele! Corra! Vá! Eu o atraso... - disse Tiago desesperado.
- Tiago - murmurou Lilian lágrimas escorrendo livremente pelos olhos.
- Por favor, Lílian, vá - implorou Tiago de olhos marejados - nada vai acontecer comigo.
  Deram um beijo apaixonado.
- Agora vá, fuja com Harry - pediu Tiago.
  Lilian lançou um último olhar ao marido, e correu escada acima, fechando a porta num baque surdo, no exato momento que se ouvia da porta de entrada:
- Bombarda! - e a porta explodiu batendo na parede próxima.
  Voldemort entrou, mas assustador do que nunca. Aparencia de uma cobra.
  Parou na sala de estar, onde estava Tiago com a varinha, preparado para lutar.
- Ora, ora. Tiago Potter, nos encontramos novamente - disse Tom sarcástico.
- Ora, ora, Tio Voldie - disse Tiago devolvendo a gentileza.
- Vejo que ainda não aprendeu a me respeitar moleque - disse Voldemort nervoso - mas eu sou muito gentil. Só acontecerá uma morte hoje, se voces entregarem seu filho e se juntarem a mim.
- Está louco se pensa que isso vai acontecer - disse Tiago.
- Então terei de matá-lo - concluiu Voldemort.
  Tiago apontou sua varinha para Tom. Voldemort apontou sua varinha para Tiago.
- Estupefaça! - berrou Tiago, mas Voldemort simplesmente se defendeu com um feitiço escudo.
- Crucio - falou Tom calmamente.
  Mas anos de treino de quadribol, criaram ótimos reflexos. Tiago desviou.
- Vamos Potter, isso não é brincadeira. Enfrente a morte - disse rindo maléfico.
- E onde está a morte? Só estou vendo um idiota - falou Tiago, não podendo evitar um sorrisinho.
- Predelescto! - gritou Voldemort enfurecido. 
  Tiago não conhecia o feitiço. O feitiço foi rápido demais. De repente, ele se via preso. Preso dentro de um cubo. Não era muito grande, cabia no máximo tres pessoas ali. Era de vidro, mas não podia ser quebrado, muito menos desfeito com um feitiço. Tiago não conseguia fugir.
- Viu como sou gentil? - disse Tom ironico - Agora, vou subir para o andar de cima. Talvez sua mulher seja mais esperta e entregue seu filho...
- Ela não vai! - interrompeu Tiago.
- Ou talvez ela não tenha a mesma sorte que voce, de ficar preso numa caixa - falou rindo.
  Deixando Tiago Potter na sala, que estava furioso, subiu as escadas lentamente.
  No andar de cima, tinha três portas, somente uma estava fechada.
- Alohomora - murmurou, ouviu a porta destrancar e lentamente a abriu.
  Riu, ao entrar, da ridicula cena que tinha ali. Lilian estava de braços abertos, na frente de um berço. No berço, Harry, que segurava nas grades de pé.
- Lilian Potter - disse Voldemort - Saia da frente, não preciso matar voce.
- Não, por favor, tenha piedade, deixe Harry em paz, por favor - ela chorava, ainda de braços abertos na frente do berço. Ela esquecera a varinha lá embaixo.
- Saia, saia da frente sua tola - disse Voldemort impaciente.
- Por favor, me mate no lugar de Harry, tenha piedade - implorava Lilian.
- Predelescto - disse Voldemort sem paciencia para ficar ouvindo a Lilian implorar.
  O mesmo cubo ou caixa que prendeu Tiago, prendeu Lilian.
  Somente mexendo a varinha, Tom Riddle tirou a caixa onde Lilian estava presa, de frente do berço e deixou-a no canto do quarto.
  Lilian gritava desesperada da caixa, mas nenhum som era ouvido. Lágrimas quentes caiam de seus olhos vermelhos de tanta agua salgada que saia. Sua voz já estava falha, pois ela dera um berro de dor.
- Harry! - esse grito fora alto demais, pode ser ouvido do lado de fora. Mais lágrimas.
  Voldemort caminhou até Harry.


POV Harry:

  Não sabia o que estava acontecendo.
  Minha mãe parecia estar presa, sua boca mexia mas nenhum som podia ser ouvido.
- Harry! - foi a única coisa que ouvi.
  Aquele homem, que mais parecia uma cobra, andou até. Por um momento senti que ele queria me matar.
  Comecei a chorar.
- Detesto choro de criança - falou aquela cobra/homem.
  Minha mãe olhava desesperada para mim.
  O homem estava a um metro de mim.
- Hoje, voce irá morrer Harry Potter - disse rindo de um jeito sinistro - voce é um tolo, e pensam que voce poderá me vencer. É um idiota quem acha isso.
  Eu não entendia o que ele queria dizer.
  Ele apontou uma coisa, que conheço ser uma varinha pois já vira a do meu pai, para mim. Senti medo.
- Avada Kedavra - disse ele, e uma luz verde veio em minha direção.
  Senti ela entrando em minha cabeça.
  Tudo aconteceu muito rápido.
  A luz verde voltou-se para o homem, no mesmo momento em que uma luz branca cobriu minha pele.
  O quarto explodiu e o homem aparentemente evaporou dali como se fosse levado pela luz verde que o acertou.


POV autora:

  Sirius Black estava com uma impressão ruim sobre essa noite. Decidiu visitar  os amigos. E foi em sua moto voadora.
  Ao chegar lá, encontrou uma parte da casa explodida.
  A primeira coisa que lhe veio a cabeça foi que 'aquele rato maldito' entregou seus amigos de bandeja a Voldemort.
  Correu para lá. Entrou pelo lugar onde devia ser a porta de entrada, correu para a sala de estar.
  Quando entrou no comodo, viu seu amigo preso em um tipo de caixa. Teria rido da cara dele, mas em tais circunstancias.
- Pontas! - gritou Sirius correndo para lá.
  Tiago abriu a boca e falou, mas não podia ser ouvido de fora.
- Não to ouvindo nada! - disse Sirius. "Pensa, Sirius, pensa, como voce pode tirar ele dai..." A resposta lhe veio a cabeça. Apontou a varinha para a 'caixa'.
- Escrespulus! - falou Sirius e a caixa foi lentamente sumindo, até que desapareceu totalmente.
- Sirius! - falou Tiago sem forças caindo no chão.
  Sirius correu e segurou o amigo pelo ombro para que ele não caisse.
- Por favor - disse Tiago rouco, os olhos vermelhos e inchados - cheque se Lily e Harry estão bem. Por favor.
- Mas é claro, deixe eu só te levar para fora - disse Sirius. O amigo ia protestar, mas foi levado pelo Almofadinhas - Sente ai, vou checá-los.
  Colocou Tiago sentado na grama sem forças e correu escadas acima.
  Entrando no quarto, viu Lily na mesma caixa.
- Escrespulus - e a mesma coisa aconteceu.
  Lilian parecia angustiada, os olhos mais vermelhos do que nunca, pelo choro excessivo.
- Sirius! - disse atirando-se nos braços do amigo - Por favor! O Harry... - lágrimas cairam sua voz ficou rouca - eu não consigo vê-lo, está atrás desses destroços! Por favor, Sirius!
- Calma, Lilian, calma - disse Sirius tentando, inutilmente, tranquilizá-la.
- Não Sirius! Voldemort lançou a Maldição da Morte - dizia ela solunçando alto - E depois tudo aconteceu muito rápido! Explodiu! Eu quero o Harry!
- Tudo bem, tudo bem. Deixa eu tirar esses destroços daqui, assim poderemos vê-lo.
  Tentado tirar com a maior pressa possivel, e prendendo as lágrimas que teimavam em cair.
  Ele só queria que Harry estivesse bem, mas tinha uma vozinha em sua cabeça que dizia: "Ele é muito jovem, essa explosão poderia matá-lo, se é que já nã morreu com a Maldição". Sirius queria gritar cala a boca para essa voz.
  Tirou a janela, último destroço, e pôde ver o berço. Incrivelmente o berço estava intacto.
  No berço, de pé, tinha Harry. Não tinha um arranhão se quer no rosto, e conseguia ficar de pé no berço, com ajuda da grade.
- Harry! - gritou Sirius e pegou o afilhado no colo.
- Tio Sirius - disse Harry feliz.
- Ah, que bom que está bem Harry! - disse Sirius abraçando o afilhado com mais força. Voltou para onde Lilian chorava baixinho no chão. Ela estava de cabeça baixa, não os viu voltando.
  Sirius abaixou-se ao lado dela.
- Mamãe - falou Harry.
- Oh! Harry! Harry! Meu querido! - e pegando Harry do colo de Sirius, abraçou-o com força. - Que susto me deu! Sinto muito por não ter conseguido lhe proteger naquela hora! Sinto muito!
- Lily - chamou Sirius - o Pontas está muito preocupado lá embaixo.
- Tiago - falou Lilian se lembrando que o marido também estivera em perigo. Correu, Harry ainda no colo, para o jardim o mais rápido possivel. Lá encontrou Tiago sentado secando lágrimas.
- Tiago! Tiago! - gritou Lilian.
- Lilian? - perguntou e levantou-se rapidamente. Correu até ela, lhe deu um beijo, abraçou ela e Harry, chorou em cima dos dois.
- Graças a Mérlin todos estão bem - disse Sirius - aquele rato asqueroso nos traiu.
- Cuidamos dele depois Sirius. Agora o que importa é Harry, não sabemos se ele está seguro, temos de falar com Dumbledore, avisá-lo - disse Lilian.
  Ele ouviram um CRAQUE!, e Dumbledore estava ali.
- Não será necessário, eu já sei que Voldemort veio aqui - disse calmo.
- Professor Dumbledore - disse Lilian aliviada.
- Estou surpreso Sirius - disse Dumbledore olhando para ele - aparece por aqui depois do que fez?
- Não foi ele - começou Tiago - Sirius não era o fiel do segredo.
- E quem era? Voces me falaram que seria Sirius.
- Era para ser ele, trocamos no último segundo. O escolhido foi Pedro Pettigrew - esclareceu Pontas.
- Entendo - disse Dumbledore. Ele olhou para Harry que dormia tranquilamente nos braços de Lilian.
- Harry está seguro, não está, professor? - perguntou ela.
- Por enquanto, está. Mas receio ter más noticias - disse Dumbledore calmamente.

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