Tudo ao mesmo tempo
Cap. 20
Tudo ao mesmo tempo.
Todo mundo pensa que é fácil, mas a realidade é bem diferente. Pensa que eu gosto de ser uma mãe solteira? Não. Pensa que eu gosto de mudar de pais outra vez? Não. Pensa que eu sou feliz estando longe da minha filha? Não.Não. Não e não.
Mas o que eu posso fazer? Sou apenas uma mulher, que tem um ótimo emprego, uma filha de oito quase nove anos para criar e um ex-namorado que ainda amo, prestes a se casar com outra. Traumatizante a minha vida? Nãããoooooo, imagiiiiina...
Eu juro que não sei mais o que fazer. Tudo bem, fugir nunca é a melhor solução, mas sinceramente, não vai fazer diferença nenhuma. Estamos a dois dias das férias de Sophie, o que significa que vou passar quase dois meses inteirinhos com ele.
Hoje foi a apresentação de Sophie. Ela estava linda e foi perfeita em sua atuação. Scorpius ficou quase tão agitado quanto ela durante a peça, ele agarrava a minha mão e falava coisas desconexas, até que no final ele desmaiou. O Senhor Malfoy deu uma cajadada na cabeça dele para faze-lo acordar.
-Não banque o trouxa Malfoy. Honre o nome que carrega.
Foi o que ele disse. A família em peso estava lá ( e ninguém reparou que minha mãe aumentou o auditório) e Sophie parecia bastante orgulhosa. Queriamos fazer uma festa para comemorar, mas parece que os pais do Brian pensaram o mesmo, o que significa que ela foi para lá, e largou todos os tios e avós babões por nossa conta. Sério, todos os homens da família estavam sentados de cara emburrada, porque... a garotinha deles tinha um namorado.
Era patético, eu sei. Mas o que posso fazer?
Homens são idiotas. E isso era porque eles não sabiam toda a verdade. Sophie havia prometido ao pai que não beijaria aos oito anos. A questão é que Scorpius esqueceu que tem uma filha completamente manipuladora. Para nós, as mulheres da família, ela dizia : "Eu só vou beijar quando tiver nove". Na verdade era engraçado. Eu havia dado meu primeiro beijo aos nove anos também. Pensei que Sophie faria isso antes de mim. Claro, eu não havia contado a ele... O que ele diria?
Estavamos prestes a passar uma semana em Paris, Sophie queria que as amigas conhecessem o pai dela. Depois voltariamos para a festa de aniversario dela. E dois dias depois partiriamos para um tour em Roma. As férias de verão mais perfeitas que alguém poderia ter, e eu estava tentando engolir. Ia ter que aturar a viajem pra não me prejudicar. Ai, como é difícil ser eu as vezes...
-Rose, será que você pode pelo menos tentar finjir que está prestando atençao?- falou Lily.
-Hum? O que foi?
-Ai! Não sei porque eu insisto em tentar conversar com você...- ela rolou os olhos.
-Desculpa Lily, eu estava perdida em pensamentos...
-Jura? Ninguém aqui reparou...-disse Brenda.
-Ai gente...É que... Bem, vocês podiam ao menos tentar me entender neh? Eu estou em uma situação complicadissima...
-E eu estou tentando convidar você para ser madrinha do meu bebê!- disse Lily.
-Ai meu Merlin, está falando sério?- eu estava radiante.
-Nem pense nisso Lily! A Rose vai ser madrinha do meu bebê!- gritou Brenda.
-Mas não vai mesmo! Eu escolhi primeiro!
-Escolheu nada!
-Escolhi sim!
-MENINAS!- eu gritei. Elas me olharam assustadas. Eu sorri - Não estamos mais no primeiro ano sabia? Eu seria madrinha das duas. Pronto.
-Jura?- elas disseram ao mesmo tempo.
-Juro!- eu falei sorrindo.
-Bem, então isso significa que teremos mais uma data em comum...- disse Richard abraçando Brenda pelas costas e passando a mão carinhosamente pela barriga dela.
-O que? Como assim?- eu perguntei.
-Elas chamaram você para ser madrinha, conscidentemente eu e Andrews chamamos o Scorpius para ser padrinho. Então não há real motivo para termos dois batizados, se levarmos em conta que os bebês provavelmente nasceram no mesmo mês.
-Ai merlin! Eu havia me esquecido disso!- disse tia Gina. - Além de ter a mesma data de casamentos, corremos o risco de ter a mesma data de nascimento...
-Não mãe...Isso não vai acontecer.- disse Lily - Brenda está duas semanas a minha frente. Corremos o risco de ter o mesmo mês, mas a mesma data, se Merlin quiser não.
Todos nós sorrimos. Era muito divertido ter a família reunida na mansão Weasley, e mesmo sem a presença do nosso elo de ligação, os Malfoy também se sentiam bastante a vontade. Estavamos contando cada minuto até a chegada de Sophie. Scorpius havia mandado ela voltar as nove para casa, ela fiz birra e chorou, mas com todos da família a favor dele, não teve jeito. Pontualmente as nove, a campahia tocou. Minha mãe foi abrir, e deu de cara com os pais de Brian.
-Boa noite, viemos trazer Sophie em casa.-disse a mãe. Eles pareciam assustados, mas isso era normal quando se entrava naquele condomínio. Primeiro porque todas as casas ali eram mansões imperiosas. Segundo que todos os moradores eram bruxos, o que dava uma certa excentricidade ao local. E terceiro que certamente eles não deviam estar entendendo porque haviam vassouras e bolas de quadribol espalhadas no playgraund da entrada. Minha mãe apenas sorriu sem graça.
-Boa noite, gostaria de entrar?
-Não, obrigada, mas precisamos voltar para os convidados. Apenas viemos deixar essa doce menina em casa.- disse o pai.
-Aqui não é a minha casa.- Sophie disse - Eu moro em um apartamento no centro de Londres. Aqui é a casa dos meus avós.
-Hum. Sim. Bem, mesmo assim. Até logo Sophie. -disse a mãe com um sorriso visivelmente forçado. Ela se virou para minha mãe.- Tchau.
E saiu apressadamente de lá.
Assim que fechou a porta, mamãe nos olhou.
-Scorpius, acho que assustamos eles...- ela disse. Em seguida todos cairam na gargalhada, inclusive Sophie.
-Vovó... Isso foi planejado não é?- ela falou enquanto sorria.
-Claro que não! Pra que eu iria querer assustar a família do seu quase namorado?- minha mãe respondeu calmamente.
-Hum... Bem, deixa pra lá...- Sophie falou - Mãe, estou cansada...Podemos ir pra casa? -ela bocejou exageradamente.
-Claro filha...- eu falei estranhando. Sophie nunca queria ir pra casa...
-Pai, você vem?-ela perguntou. -Porque eu acho que preciso ir no colo sabe...
Todos os olhares recairam sobre ela. E depois passaram longamente para Scorpius.
-Se a minha Julieta precisa de colo, quem sou eu para negar?- ela disse sorrindo. eu apenas rolei os olhos, e peguei a bolsa.
-Gente, foi ótimo estar com vocês, mas eu preciso ir.- eu falei me despedindo de todos. Imediatamente todo mundo começou a levantar e se despedir. Eu me senti culpada por estar encerrando a noite tão cedo, mas estranhamente Sophie estava com sono.
Quando chegamos em casa, Sophie foi correndo para o quarto. Ela era tão cara de pau, que nem se deu ao trabalho de finjir que estava cansada. Eu sabia que era apenas uma desculpa para arrastar Scorpius até lá em casa, como ela vinha fazendo muito ultimamente.
-E então, sozinhos outra vez...-disse Scorpius se jogando no sofá.
-Pois é... Estranho como isso vem acontecendo com frequencia não acha?- eu falei tirando a sandália.
-Você acha? Eu nem havia reparado...- ele falou. Sério, ele estava deitado no meu sofá.
-Scorpius, eu estou falando sério!- eu joguei a sandália na cabeça dele. Ele sorriu. - Será que pode me dizer o que realmente está acontecendo?
-Simples querida Rosa...- ele levantou e veio até mim. - Eu estou mais do que disposto a te reconquistar...- ele falou. Seu tom de voz era tão sério, que eu fiquei arrepiada.
-Para com isso Scorpius!- eu falei no que eu pensava ser meu tom de voz confiante
-Você quer mesmo que eu pare Rose?- ele perguntou a um centímetro do meu rosto. Por um segundo eu quase sedi a ele, mas então em minha mente veio um fato. Isabelle Watlock.
-Sim. Eu quero que você pare Scorpius!- eu falei. Senti que alguma coisa nele gelou. Seus olhos de repente estavam mais frios do que nunca.
-Bem, então acho que chegou a hora de assumir a perda.- ele falou. Em seguida ele foi para o quarto de Sophie, passaram-se cinco minutos e ele voltou com ela em seu enlaço.
-Pai, não vai...Poxa!
-Sophie, é sério...Esquece.- ele falou sem se virar para ela.
-Mas papai...- ela tinha os olhinhos cheios de lágrimas.
-Infelizmente não depende só de mim.- ele me lançou um olhar gelado - Boa noite minha princesa.- ele disse a ela, deu um beijo em sua testa e foi embora. Sophie estava parada no meio da sala e chorava.
-Filha, o que aconteceu?...- eu perguntei. Nada. - Sophie...Você e seu pai brigaram outra vez? - Nada ainda. - Mon Pettit, qual é o problema?
-Qual é o problema?- ela soltou um riso gelado, eu nunca tinha visto Sophie daquele jeito. - O problema é você mãe!- ela gritou.
-Eu?- eu estava meio perdida.
-Sim, você! Porque sempre tem que estragar tudo?- ela disse ainda chorando, mas agora parecia ser de raiva.
-Sophie...Eu não sei do que você está falando!- eu respondi.
-Não sabe?- ela riu novamente. Aquilo estava me assustando. - Estou falando disso!- ela gritou apontando para minhas flores.
-O que tem as minhas flores?
-Não são as flores mamãe, são o valor que elas tem. O papai tem se esforçado tanto pra te provar que merece sua confiança...Custava muito admitir que ainda o ama? - ela soluçava e eu continuava tentando encaixar as peças daquele quebra cabeça.
-Sophie, venha...- eu a levei até o quarto, sentamos na cama - Me explica melhor sobre o que exatamente você está falando.
-Mãe...- ela respirou fundo - Nas últimas três semanas, eu e o papai temos feito de tudo para ele te reconquistar. Será que só você não percebeu que quem enviou as flores, os bombons, o vinho, os convites para a ópera, o jantar, tudo... Foi ele?
-Foi...- eu senti que não podia falar.
-Sim, foi ele.- ela falou - E tudo isso porque nós queremos ser uma família. Papai já tem até os documentos para mudar o meu nome, mas você não pode colaborar, não é? - a voz dela estava fria outra vez. Parecia tudo, menos a minha filhinha ali falando comigo.
-Documentos...- eu falei em um sussurro.
-Mãe, acorda! Eu sempre, a minha vida toda, quis ter o meu pai ao meu lado. E já que agora o encontrei, não vou perder a chance.- ela falou e se levantou da cama - E mais uma coisa...
-Sim...
-Se você for para a Bulgária, eu vou morar com o meu pai.
-O que? Mas Sophie...
-Mas o que mãe? Pelo menos ele ainda da mais valor a família do que ao trabalho...
Ela saiu batendo a porta do quarto. Eu estava pasma. Quando minha filha havia se tornado aquela pessoa fria? Estaria eu estragando a vida do meu bem mais precioso? Meus pensamentos atingiram minha mente como um turbilhão, e eu não sabia o que fazer. Chorei. Chorei tanto que parecia sufocar, mas não sabia realmente o porque. Não havia uma exatidão. Eu chorava por tudo. Uma dor lascinante rachou meu peito, e foi como se eu tivesse perdido toda a minha razão. Será que era isso? No final, depois de tudo que eu passei, eu terminaria sozinha? Era mesmo injusto não permitir que Sophie tivesse a família completa... Senti implicito nas palavras dela, que ao deixar Scorpius ir, eu a estava perdendo também, e tudo porque?
Adormeci sem notar, acordei no meio da noite assustada com um pesadelo. Eu havia sonhado que estava sozinha em um lugar escuro e sem saída, e letras luminosas formavam as palavras "sua escolha". Eu gritei por ajuda, mas não havia ninguém lá para me salvar do abismo em que eu estava.
Sem querer permitir que aquele pesadelo se tornasse real, resolvi tomar uma decisão. Levantei da cama, e sem realmente pensar, fui até o armário de vassouras, ele ficava por dentro do meu closet. Peguei a minha velha companheira Nimbus e voei pela janela do quarto sem medir as consequências. Vaguei sem rumo até ver os primeiros raios do dia, me dei conta de que estava muito longe de casa. Pousei no alto de um morro e permaneci ali por mais algum tempo, vi o sol nascer e os moradores da aldeia começarem a sair para trabalhar. Respirei fundo e decidi que era hora de voltar. Aparatei.
-Mãe? É você?- eu ouvi a voz de Sophie assim que meus pés tocaram o chão. Ela parecia chorar.
-Sim...- eu respondi em voz baixa. Ela veio correndo em minha direção e me abraçou com força.
-Me desculpe mãe...Não vai embora, por favor...- ela chorava tanto que seu corpo inteiro tremia.
-Ei...Calma pequena...- eu falei acariciando a cabeça dela, peguei-a no colo e a aninhei em meus braços como a muito não fazia. Sussurrei palavras de conforto até ver que ela estava um pouco mais calma. - Agora me diz o que foi...Você teve um pesadelo?
-Não...-ela falou fungando com o rosto ainda enfiado no me pescoço - Eu acordei e fui te pedir desculpas, ai você não estava lá e em lugar nenhum e...e....
-Calma...- eu falei quando ela soluçou outra vez - Amor, você é a razão da minha vida... Eu jamais iria a lugar algum sem você...
-Mas...E a Bulgária? E as coisas feias que eu te falei?
-Você não me falou coisas feias, apenas disse o que pensa e o que está sentindo. Isso é uma coisa boa, acredite...- eu falei passando a mão na cabeça dela, sentia sua respiração ficar mais leve - E sobre a Bulgária...Bem, eles teram que arranjar outra pessoa...- eu disse sorrindo.
-Jura?- ele esticou o corpo para olhar nos meus olhos.
-Prometo.- eu falei. - Filha, eu só aceitei ir para lá, porque queria fugir do seu pai...- eu disse.
-Fugir do papai?- ela parecia horrorizada - Porque?
-Bem, eu...- eu abaixei a cabeça, mas ela me puxou pela testa e me fez levantar.
-Fala...
-Eu ainda amo seu pai.- eu soltei de uma vez. Ela vez uma cara que beirava o comico. Um misto de descrença e graça.
-Você só pode estar brincando.- ela falou e fez força para sair do meu colo. Eu me joguei no sofá.
-Eu sei que é idiotice minha depois de todos esses anos...- eu comecei. Parecia que eu estava conversando com uma de minhas amigas. Sophie ergueu um dedo.
-Só me responde uma coisa: Porque os adultos sentem nescessidade de complicar tanto?
-O que? - eu falei - Como assim?
-Mãe, você acabou de dizer que quer ir embora porque ama o papai. Eu pensei que as pessoas se afastavam quando deixavam de amar...
-Bem, em alguns casos essa é mesmo a realidade. Mas não no meu. Eu não queria ficar e ser obrigada a presenciar o casamento do seu pai com a Isabelle.
-MAS DE ONDE VOCÊ TIROU ESSA IDÉIA?- ela gritou visivelmente assustada.
-Eu não "tirei essa idéia" de lugar nenhum. Sua avó me contou...- eu falei.
-Mãe...Me diz que você não está falando da "conversa" que teve com a bisa Ciça na páscoa...
-Mas é claro que estou...
-Por Merlin, quando a vovó diz que a senhora é complicada, ela está coberta de razão...
-Porque?- eu ergui uma sobrancelha. Sophie suspirou e depois começou a falar como se eu tivesse cinco anos.
-Mãezinha...A bisa só disse aquilo, pra ver se a senhora tomava logo uma atitude e se declarava para o papai...Ele não vai realmente se casar com aquela sem noção...
-Não?- eu estava espantada, feliz e surpresa.
-Não. E se isso fosse acontecer, acha mesmo que eu permitiria?- ela cruzou os braços.
-Eu não pensei nisso...
-E...Se ele fosse se casar, porque estaria tentando te reconquistar?
-Ele está?
-Ai mãe! Fala sério! É tão óbvio que até a tia Luna já percebeu... Não achou estranho? Você diz "Poxa queria tanto rosas vermelhas nesse vaso..." e a casa aparece cheia delas. Você diz " Ai que vontade de comer bombom" e eles aparecem. Você diz...
-Ok, eu já entendi Sophie...Tudo o que eu queria, você contava e ele fazia. Mas vocês realmente pensaram que isso ia me reconquistar?
-Bem...Na verdade sim. - ela disse fazendo uma cara pensativa.
-Seu pai me magoou muito Sophie, não são presentes e palavras bonitas que vão me fazer perdoa-lo.
-Mas você não pode dar nem uma chance?
-Sophie...
-Porfavor mamãe, por mim...- ela abaixou a cabeça - Eu seria a criança mais feliz do mundo se tivesse vocês dois ao mesmo tempo...
Eu suspirei. Não podia negar isso a ela, na verdade não podia negar isso a mim mesma. Eu merecia essa chance. Meu coração implorava por isso, o problema era minha cabeça sempre racional demais, que não me deixava esquecer o passado.
-Tudo bem.
-Tudo bem o que? - Sophie ergueu os olhos.
-Eu vou dar uma chance ao seu pai.- eu falei.
-Jura?
-Prometo.
-Valeu mãe, você não vai se arrepender!!- ela se jogou em cima de mim e me abraçou, depois saiu correndo para o quarto. Voltou em um minuto - Mãe, eu te avisei que você e o papai são os pais representantes do baile?
-O que?- eu falei com a voz uma oitava acima.
-Hum... Acho que não falei. Mas bem, é isso. Ou seja, a senhora tem compromisso hoje a noite...- ela disse sorrindo.
-Mas Sophie...Eu não tenho roupa e...
-Não se preocupe, o seu vestido esta chegando da loja... Esqueci de te contar que eu comprei ele junto com a tia Lily...
-Ah... Bem... Então ta...- eu disse meio sem entender. Deitei no sofá e estiquei a perna, a noite mal dormida estava começando a fazer efeito. Meu corpo pesou e meus olhos não pareciam ter forças para se manterem abertos. Percebi que Sophie não parava de andar pela casa, e senti o cheiro do cereal quando ela tomou o desjejum. Comecei a pensar no que aconteceria agora, mas resolvi que não me importava. Se tudo desse certo, eu teria o amor da minha vida de volta. Isso era tudo que importava.
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