This Is It!



Disclaimer: It's all yours, dear J.K.






Have you met Miss Jones?
Fanfic by Nalamin


Chapter 25: This Is It!


- O Draco está envolvido com ela. – disse Snape, sentando-se na cadeira em frente à secretária do Director, falando com o quadro deste último.


- Engraçado como o passado se repete sempre, mesmo que com subtis mudanças, não achas, Severus? – Snape lançou-lhe um olhar mortal. – Se isso é verdade, suponho que ele te tenha pedido algo.


- Pediu-me para lhe contar sobre ela. Draco sabe que ela esconde alguma coisa, mas não sabe o quê. Penso que deve querer cair de novo nas boas graças do Lord das Trevas revelando-lhe informação preciosa.


- Sabes, Severus, duvido que seja isso. Penso que Draco tem outro interesse em Narcissa. Um interesse puro. Já era tempo de alguém quebrar o gelo que envolve o coração daquele rapaz. – terminou, com um sorriso.


- O que é que quer dizer, Dumbledore? Que ele…a ama?


- Oh, tenho quase a certeza que sim. Penso que, apesar de todo o descrédito que os Malfoy têm sofrido por parte do seu Senhor, Draco tem pleno conhecimento dos planos de Voldemort. Não sabe o que Narcissa esconde, mas não é ignorante. Ms. Rosier descobriu facilmente a dimensão dos poderes da amiga.


- A Rosier sabia onde e como procurar. O Draco está a jogar às cegas! Não vou deixá-lo morrer só para descobrir o que Narcissa esconde. Fiz um juramento inquebrável, lembra-se?


- Perfeitamente, Severus. Mas também te comprometeste a proteger Narcissa.


- Eu sei. – respondeu Snape, amargamente. Fez uma pequena pausa – Não seria mais fácil contar-lhe a verdade? – Dumbledore riu.


- Severus, estamos a falar de Narcissa Jones, não de Harry Potter. Narcissa poderia cometer alguma…imprudência, se soubesse a verdade.


- O Potter já cometeu imensas.


- Que no fim acabaram por se voltar a seu favor. – acrescentou Dumbledore.


- Pura sorte!


- E uma razão, Severus. Todos nós conhecemos a razão do Harry. Mas Narcissa não possui uma. Narcissa luta do lado do Bem apenas e simplesmente porque é o lado do Bem. Não tem nenhuma razão pessoal, como o Harry, para se insurgir contra Voldemort. Mas talvez isso mude, em breve. Talvez o Draco a ajude a encontrar o motivo que necessita.




 


Trinta minutos mais tarde, eu e a doninha encontrávamo-nos sentados no telhado da Torre de Astronomia, silenciosos. Tinha parado de chover, embora as nuvens se mantivessem bastante compactas e, apesar de fria, a noite estava bastante agradável. Eu tremia ligeiramente, devido ao meu reduzido vestido, facto que não passou despercebido ao Malfoy. Fazendo uma coisa que eu não esperava, de todo, ele tirou a capa e colocou-ma sobre os ombros.


- Obrigada, Malfoy. – ele não respondeu. – Pela capa e por me teres tirado de lá. Parece que ultimamente a única coisa que fazes é salvar-me de situações…desconfortáveis. – Ele sorriu de lado.


- Ora, Jones, o meu gesto cavalheiresco não está desprovido de interesse. – disse ele, olhando-me. Retribuí o olhar, percebendo onde ele queria chegar, mas não respondi. – Antes que perguntes, Jones, o meu preço é a verdade.


Olhei o céu negro. Ele torturava-me. Se ele soubesse o quanto eu queria contar-lhe tudo! Bom, a verdade é que não fazia ideia de por que é que lhe queria contar tudo, mas isso até nem era relevante. O importante era que eu não podia fazê-lo. E já lho dissera.


- Não me ouviste naquele dia, Malfoy? Não posso. – respondi, ainda sem o olhar.


- Não podes ou não queres, Jones?


Desta vez enfrentei o seu olhar. Oh sim, eu queria. Contrariando tudo aquilo que eu sabia sobre ele, sobre mim e sobre tudo que me tinham ensinado, eu queria revelar-lhe aquilo que ele queria descobrir, eu queria que ele soubesse exactamente quem eu era e o que era capaz de fazer, queria que ele compreendesse por que o escondia e por que, às vezes, me causava tanto dano. Por isso, só lhe podia responder de uma forma.


- Não posso, Malfoy.


- O que é que te impede, Jones? – ri sem vontade. A pergunta certa seria: o que é que não me impede.


- Não entenderias.


- Põe-me à prova. – suspirei. Talvez a esta eu pudesse responder.


- A família. A educação. O respeito. O medo de desiludir uma pessoa. – fiz uma pausa. – O medo de que possas reportar a informação aos teus…superiores. – acrescentei. Ele reflectiu por um momento.


- É assim tão valioso o que escondes, Jones, para teres medo que chegue aos ouvidos do Lord das Trevas?


- Durante muito tempo pensei que não, que não era nada de especial. Mas depois percebi que, infelizmente, sim, é importante o suficiente para que eu tenha medo que chegue aos ouvidos do Lord. – confessei.


Subitamente, começou a chover. Ergui a mão direita e criei um escudo protector à nossa volta, para repelir a chuva. De novo, só reparei no que tinha feito tarde de mais. O Malfoy fixava-me de sobrancelha franzida.


- Mas que MERDA, Malfoy! Mas que grande MERDA! – olhei-o, verdadeiramente chateada. – Por que RAIO me fazes isto!


- Eu não te fiz nada, Jones. – respondeu ele, ainda de sobrolho franzido. – Tu é que fizeste aparecer isto do nada sem dizeres uma palavra.


- CALA-TE, MALFOY! MERLIN, É POSSÍVEL SER MAIS BURRA? – gritei eu, levantando-me e descendo pelo alçapão. Ele seguiu-me, como sempre.


' Why do I feel so weak
When you are near me
You've got me in too deep
So help me, baby


- Jones… - começou ele. Enfurecida, e já no fundo das escadas, virei-me para o encarar.


Your living in my dreams
Your always with me


- Por amor de Merlin, Malfoy, agora NÃO, ok? – virei-me para ir embora, mas segundos depois tornei a voltar-me para ele, ainda zangada. – Queres explicar-me por que é que é tão simples cometer estes erros na tua presença? Por que é que sinto que posso dar-me ao luxo de te mostrar aquilo que ninguém pode ver, logo a ti? – fiz uma pausa, fechando os olhos e levando as mãos aos cabelos, soltando-os. – Por que é que é tão fácil ser eu mesma perto de ti?


Your the dark in my light
Your the black in my white
And I'll always know
You got me where you want me


Sentia tanta raiva de mim mesma por ter cometido o mesmo erro que deixei escapar uma lágrima. Ele não disse nada, limitando-se a pegar-me no braço e a arrastar-me dali para fora, pelos corredores vazios.


- Onde é que vamos, Malfoy? – perguntei, estupidamente. Interessava alguma coisa para onde íamos? Desde quando é que eu ia a algum lado com Draco Malfoy? Mas a verdade é que ultimamente não tinha feito outra coisa.


- Para a biblioteca. - Fiquei ligeiramente confusa, mas, por alguma razão não o questionei.


Chegámos finalmente à pequena porta que dava entrada para a biblioteca. Ele sacou da varinha e destrancou a porta, abrindo-a e deixando-me entrar em primeiro lugar, entrando depois de mim e fechando a porta atrás de si. Descalcei-me e segui para a minha mesa favorita, sentando-me em cima dela, com as costas apoiadas na janela. Ele sentou-se na cadeira que se situava no extremo da mesma mesa e, cruzando os braços, começou a falar.


- Quanto aos primeiros motivos que apresentaste para não poder revelar o teu segredo, nada posso contestar. No entanto, quanto ao último, tenho uma palavra a dizer. – fez uma pausa, olhando para mim. – No ano passado, no momento em que me foi entregue a missão de matar Dumbledore, eu percebi imediatamente que não ela não me estava a ser atribuída pelos meus fantásticos serviços prestados ao Lord das Trevas, e muito menos pelos serviços prestados pelo meu pai. Muito pelo contrário, eu tinha sido escolhido para castigar o meu pai devido aos seus fracassos. – tudo aquilo eu já sabia, mas ouvia-o fascinada. – Independentemente dos motivos que levaram à minha escolha, eu tinha de cumprir a missão. E, claro, não há dia que passe em que não me lembres que, tal como o meu pai, fracassei. – desviei o olhar, envergonhada. – O que quero dizer é que há muito que vi que o Lord e os seus seguidores querem criar um mundo no qual eu não quero viver. E a única razão porque continuo associado a eles é simples: não quero viver nesse mundo, mas também não quero morrer neste. – confessou, o que me levou a olhá-lo de novo. - Por isso, há algum tempo que deixei de partilhar com os Devoradores da Morte as descobertas que faço. – olhou-me nos olhos. – Garanto-te, Jones, tudo o que revelares não irá parar aos ouvidos do Lord. Pelo menos, não pela minha boca.


Eu estava estupefacta. Draco Malfoy acabara de dizer que manteria o meu segredo secreto se eu lho revelasse. E alguma coisa me dizia que ele iria manter a sua palavra. Talvez fosse aquele brilho no seu olhar azul-acinzentado, ou a maneira como me revelara um pequeno segredo seu. Mas eu acreditava nele.


You got me tempted by what's forbidden
How can you be so sweet but ooh so unforgiving


Toda a minha vida eu tinha arquitectado mil razões, escrito argumentos, feito filmes, mas nunca tinha arranjado forma de alterar aquela verdade. Nem sequer perante mim própria. Eu sabia que era dona de um poder excepcional e que, provavelmente, com a minha idade, ainda possuía apenas metade daquele que o Dom me proporcionava. Sabia que todo o grande poder traz consigo grandes responsabilidades. E sabia que o que eu estava prestes a fazer era indubitavelmente irresponsável.


And I'm emotionally drained
I'm about to go into the sea
But I don't want it any other way


- Há muitos anos foi-me dito que, sempre que decidisse revelar-me a alguém, deveria advertir a pessoa que, quem procura a verdade, tem de estar disposto a sacrificar tudo por ela. – fiz uma pausa, olhando-o. – Preciso de saber se, quando souberes o que escondo, estarás disposto a arcar com as consequências, se estarás disposto a sacrificar tudo por esta verdade. – ele suspirou e devolveu-me o olhar.


- Vales a pena, Jones? – Tenho a certeza de que corei. Ele não devia ter feito a pergunta nestes termos, por Merlin!


- Diz-me tu, Malfoy. – articulei, sustentando o seu olhar. Ele sorriu.


You pull me close
I can't let go


- Estarei disposto a sofrer as consequências, Jones. – respondeu-me. E então, endireitando-me, respirando fundo e contando até três, revelei àquele que eu encarava como meu inimigo pessoal há 4 anos, o meu maior segredo.


My hands are tied
You're all that I know'.
(Where You Want Me – Blue)


- Eu tenho o Dom de Victoria.




N/A: What can I say? O cap fala por si (:


Love,
~Nalamin


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