Sluggy's Parties Are Jinxed

Sluggy's Parties Are Jinxed



Disclaimer: It's all yours, dear J.K.









Have you met Miss Jones?
Fanfic by Nalamin


Chapter 24: Can Some Tell Me Why Sluggy's Parties Are Jinxed?


Passaram-se algumas semanas até que eu tornasse a ver ou a falar com o Malfoy. E se não fosse a festinha mensal do Slughorn não creio que o voltasse a ver, já que ele não aparecia às refeições (pelo menos enquanto eu me encontrava no salão) e desistira do Quidditch. Não que não estivesse contente, muito pelo contrário. Apenas me preocupava com o facto de ele poder contar aquilo que vira a alguém. Mas as semanas correram e nada mudou. Uma vez ou outra perscrutei os pensamentos de algumas pessoas, tentando descobrir se sabiam de algo. Fiquei a descobrir que Luna Lovegood não voltara à escola depois das férias de Natal e que o pudim do jantar de ontem não estava nas melhores condições. Nada sobre o Dom. Estava sinceramente aliviada, embora não pudesse deixar de me questionar por que é que o Malfoy ainda não abrira a boca.


Estávamos na última semana de Janeiro e chovia a cântaros. Há já um par de semanas que eu não via o sol, o que começava a deprimir-me. Eu adorava o Inverno, adorava chuva, mas não em quantidades descontroladas. E se eu começava a enfadar-me com aquele tempo, Daphne estava completamente de rastos. Toda ela era sol e Primavera, e agora estava condenada a semanas seguidas de mau tempo. E de mau humor, porque, com Daphne, chuva e mau humor pareciam evoluir proporcionalmente.


O humor do meu irmão também não andava muito melhor, por alguma razão que eu desconhecia. Tentei melindrar Claire, mas ela também não fazia ideia. Para ela, dramas e depressões eram tão más quanto os NBF's e ela não estava para se preocupar também com isso. James também comentou que reparara no estado de espírito de Thomas e que, quando o questionara, ele dissera ser 'a pressão dos exames'. Foi realmente estúpido da parte dele ter respondido isso sabendo perfeitamente que James possui o Verita e, por isso, ninguém é capaz de lhe mentir. Fosse como fosse, James não insistiu e, portanto, ainda é desconhecido o motivo do mau humor de Thomas Barclay. Já o Blaise andava tão ou mais desaparecido que o Malfoy, e o Edwin afastara-se ainda mais de mim desde que me encontrara com o Malfoy à porta da cozinha.


Ao sábado, normalmente, todas as almas que habitavam Hogwarts, exceptuando, claro está, os fantasmas, aproveitavam para dar um passeio pelos jardins. Mas naquele sábado, os corredores, o salão, a biblioteca e as salas comuns albergavam os alunos que pouca vontade tinham de sair para a chuva que caía incessantemente lá fora. Entrei então na minha sala comum, abarrotada, vinda da biblioteca, onde deixara Daphne a estudar encantamentos com Erika.


Faltavam duas horas para a festa do Slughorn e como ele tinha pedido, de novo, para nos vestirmos formalmente, eu tinha de tomar banho e arranjar-me convenientemente. Então, uns dias antes, mandara uma coruja à minha adorada mamã a pedir-lhe que me comprasse um vestido adequado, vestido esse que chegara via coruja naquela manhã. Quando vi o dito, a primeira coisa que pensei foi que a minha mãe devia estar completamente bêbeda no momento em que adquiriu aquele vestido. Eu tinha a certeza que me tinha expressado claramente quando escrevi 'festa formal do meu chefe de equipa, Horace Slughorn, portanto, nada de muito vistoso ou muito curto', e também não havia qualquer sombra de dúvida na minha mente que aquele vestido era exactamente aquilo que eu tinha pedido para ela não comprar. Depois, pensei em mandá-lo de volta e exigir um novo, mas a festa iria realizar-se dali a algumas horas, portanto, não daria tempo. O que significava que eu ia ter mesmo de usar aquele vestido.


Suspirando, e já conformada com a minha sina, entrei no quarto, tomei o meu banho e quando sai do duche enrolada na toalha, fitei longamente aquela peça de roupa que, embora quatro dedos acima do joelho, com um só ombro, incrivelmente justa e tão prateada e brilhante como aquela que eu usara na festa de Natal em minha casa, era maravilhosamente bonita. Ainda assim, tinha de fazer alguma coisa àquele vestido. Nem morta me apanhavam com aquilo numa das festas do Slughorn.


Não podia alterar a forma do vestido. Com a minha sorte, ainda ficava bastante pior do que estava agora. Portanto, esforcei-me por aceitar que iria ficar bastante justo. No entanto, tirei-lhe aquela alça ridícula. O meu peito não era enorme, mas era o suficiente para sustentar um vestido sem alças. Em seguida, tratei de me livrar de todos os brilhantes, deixando apenas uma fila deles na bainha. E por último, e de modo a não dar muito nas vistas, mudei a cor do vestido de prateado para verde-escuro, uma cor que eu usava o tempo todo e que, por isso, na qual ninguém iria reparar.


Ligeiramente mais satisfeita com o aspecto do vestido, vesti-o, olhando-me no espelho em seguida. Por Merlin, a minha mãe devia andar com as minhas medidas na carteira, porque nunca uma peça de roupa se moldara tão bem ao meu corpo. Mas também era verdade que eu nunca vestira uma coisa tão justa. Fosse como fosse, tinha de admitir que me ficava mesmo bem.


Sentando-me depois ao toucador, apanhei o cabelo num coque frouxo, deixando alguns dos meus caracóis naturais caírem livremente, emoldurando-me o rosto. Calcei-me rapidamente, pus um pouco de gloss e saí do quarto, chocando com Blaise logo de seguida.


- Mr. Blaise Zabini, seja bem aparecido! Há quanto tempo não passas algum tempo na nossa companhia? Bem sei que somos reles mortais, mas ainda assim…


- Ora, princesa, tenho tido coisas para fazer. – olhou-me de alto a baixo, assobiando em aprovação. – E onde é que vais assim vestida? Estás estupendamente bonita.


- Obrigada. Esqueceste-te da festa do Slughorn, Zab? – questionei, cruzando os braços.


- Claro que não, por quem me tomas? Mas hoje estou terrivelmente ocupado. – ri-me começando a dirigir-me às escadas.


- E por acaso a tua ocupação hoje chama-se Anna? – perguntei, parando e voltando-me para o encarar. Ele olhava-me surpreendido. – Ela e as amigas estavam a contar o acontecimento fantástico a Erika na biblioteca. Não pude deixar de ouvir, tal não era a algazarra. – expliquei.


- Tu sabes que elas ficam loucas aqui com o mestre. – respondeu ele sorrindo. – Até tu, princesa. – tornei a rir e virei-lhe costas, acenando.


- Até eu, Blaise.


Atravessei a sala comum e saí suscitando aqueles olhares com os quais eu não me sentia nada confortável. Palmilhei rapidamente os corredores, tentando chegar a horas ao escritório do professor. Não que ele não me perdoasse o atraso, mas a educação Barclay ensinou-me que aquela coisa de ser chique chegar atrasado, na verdade era simplesmente má educação. E eu podia ser impetuosa, mas não era mal-educada.




 


- Narcissa, minha querida aluna! Bem-vinda! – exclamou Slughorn, cumprimentando-me assim que entrei na sala.


- Boa noite, professor. Peço desculpa pelo atraso. – respondi, sorrindo.


- Ora ora, não tem qualquer problema. Vejo que hoje não vens acompanhada. Onde está Draco? – perguntou, soando ligeiramente desapontado.


- O Malfoy só foi meu acompanhante naquela noite, professor. Nós dois não temos uma relação amistosa. Não temos uma relação sequer. – expliquei, querendo acabar rapidamente com aquela conversa. – Professor, por acaso não viu por aí o Adam Sanders? – ele olhou-me confuso. Claro, não era uma das jóias da sua colecção, portanto, ele não fazia ideia de quem ele era. – O rapaz de dançou comigo na outra noite. – elucidei-o.


- Não, minha querida, creio que não. Mas entra, fica à vontade!


Oferecendo-lhe um último sorriso, entrei na sala. Detive-me para falar com alguns conhecidos, pelos quais descobri que Adam estava doente. Segui depois para a mesa das bebidas, disposta a arranjar um copo de sumo de abóbora. Os meus olhos deambulavam pela sala, pensando que tinha de mandar uma carta a Adam desejando as melhoras, quando reparei num enorme piano colocado num canto mais afastado, em cima de uma plataforma mais elevada. Será que Slughorn chamara uma banda? Isso sim seria interessante.


- Jones. – chamou uma voz, à minha direita. Olhando para o dono dela, fiquei ligeiramente surpresa. Neville Longbottom prostrara-se a meu lado, um pouco atrapalhado. – Narcissa. Bom, não sei ao certo como…


- Cissa está óptimo, Neville. – tranquilizei-o. - O que se passa?


- Nada. Só queria dizer-te que…aquilo que disseste no dia em que fomos todos para as masmorras… - Cissa olhou o chão. – Aquilo ajudou mesmo os mais novos. Tentei explicar-lhes como era e pelo que iam passar, mas acho que só perceberam mesmo quando falaste. – fez uma pausa. - Acho que só queria agradecer-te, sabes. Por eles.


- Não tens de quê, Neville. – retorqui, olhando-o. Ele sorria levemente. – Se precisares de alguém para dar uma palestra ou duas sobre os efeitos nefastos dos Carrow na sociedade, é só chamar. – gracejei. – Não creio que exista alguém tão versado em 'Carrownês' quanto eu. – acrescentei. Ele riu.


- É pena seres Slyhterin. – comentou ele.


- É pena seres Gryffindor. – respondi, vendo-o sorrir e afastar-se para perto dos seus amigos.


Sorrindo, pousei e copo e preparava-me para passear pela sala mais um pouco quando o velho Sluggy se tornou a aproximar de mim.


- Estava a observar-te ali do canto, Narcissa – Merlin, aquelas palavras assustaram-me ligeiramente. A minha mente vagueou logo por caminhos incertos (leia-se: na minha mente formou-se a imagem de um Horace Slughorn voyeur). -, e vi que reparaste que pedi o piano emprestado ao coro da nossa escola.


-Reparei sim. Temos algum convidado especial esta noite? – perguntei, curiosa.


- Bom, a verdade é que pensei que talvez te sentisses tentada e tocasses um pouco para nós, Narcissa.


Congelei. Foi como me tivessem lançado o Petrificus Totalus ali mesmo. Cometera o erro, no ano anterior, de praticar piano na sala de música de Hogwarts, que não possuía porta e, por isso, ouvia-se tudo a 3 corredores de distância. Digamos apenas que tive o azar de o Slughorn estar num desses corredores num dia em que eu me encontrava a praticar. Desde que me ouvira nesse dia nunca mais deixara de me seringar sobre tocar numa das suas festas. Claro que ele não fazia ideia que eu odiava de morte a ideia de tocar em público. E é claro que nunca mais toquei na sala de música.


- Não…não me parece, professor. – consegui articular. – Há muito tempo que não pratico, não sairia nada de jeito, de qualquer maneira. – acrescentei, tentando esquivar-me.


- Ora, tu és incrivelmente talentosa, Narcissa, tenho a certeza que não te ias sair mal. E todos nós íamos adorar ouvir-te.


- Professor! – chamou uma voz, na outra ponta da sala. Graças a Merlin!


- Sim sim, vou já! Não saias daqui, Narcissa, que eu já volto para te convencer! – exclamou, com um sorriso, virando-me depois costas e seguindo na direcção da voz.


Assim que ele se encontrava fora da minha vista, fugi rapidamente para a varanda que as cortinas esvoaçantes e de cores garridas escondiam. Ainda bem que da sala era bastante difícil ver lá para fora. Assim, o Sluggy ainda andaria à minha procura durante algum tempo, acabando depois por desistir. Pelo menos por aquela noite.


O único problema era que dispensara o jantar porque ia àquela festa, e como ainda não tinha comido nada, estava esfomeada. Mas se voltasse para dentro arriscava-me a outro ataque. Espreitando através das cortinas, vi que o professor ainda se encontrava no outro extremo da sala, conversando alegremente com Flitwick e outro aluno. Sabendo que aquela era a minha oportunidade, tornei a entrar na sala e dirigi-me à mesa mais afastada. Comi sossegada durante alguns minutos, sempre observando o velho homem do outro lado da sala. Ia preparar-me para atacar uns pastéis de abóbora excelentes quando reparei que a conversa de Slughorn esmorecera e ele olhava em volta, possivelmente à minha procura. Infelizmente não pude ver mais nada porque o meu ângulo foi completamente obstruído por Draco Malfoy.


' Gotta make a little room for me to breathe
Gotta feeling that your about to pull me in too deep
The more I try to walk away
The harder it gets to believe that I don't need you


Realmente, era o que mais me faltava. E ainda por cima, limitou-se a ficar a tapar-me a visão do meu perseguidor, sem dizer qualquer palavra. Fixava-me. Com certeza pensava que o seu olhar me intimidava. Bom, a verdade era que me intimidava realmente, mas não do modo que ele pretendia. Eu não tinha medo dele. Apenas me sentia desconfortável quando ele olhava para mim com aqueles olhos azuis penetrantes.


You've got a hold on me
Got to find a release
(Where You Want Me – Blue)


Por cima do ombro dele vi que Slughorn já me avistara e aproximava-se rapidamente. Eu tinha de sair dali porque ele acabaria por me obrigar a ir para o piano, se tivesse outra oportunidade de me falar. O problema era que eu não tinha como! Se circundasse Malfoy pela esquerda, Slughorn alcançava-me rapidamente. Se o fizesse pela direita, só podia dirigir-me à varanda, e aí é que não tinha mesmo por onde fugir. Portanto, escolhi a única alternativa que me restava. Avancei na direcção do Malfoy e sussurrei:


- Tira-me daqui!

Compartilhe!

anúncio

Comentários (0)

Não há comentários. Seja o primeiro!
Você precisa estar logado para comentar. Faça Login.