Surprises



Disclaimer: sim, J.K, é tudo (infelizmente) teu. Excepto, é claro, a Narcissa & Cia. 8D









Have you met Miss Jones?
Fanfic by Nalamin


Chapter 16: Surprises


- Boa tarde, Mr e Mrs. Bancroft. Como estão? - 'Fantástico. Venho para casa para aturar isto.' - Ms Turner, como vai? Mr Troy, gosto em vê-lo. - ' Meu Merlin, porquê eu? Onde é que estão o Tom e Claire?'. - Mr Nashville! Vanessa, Jessica, há quanto tempo! - 'Arghhh, odeio esta gente'. - Jack Senior! Violet! – 'Finalmente!'. Cissa abraçou os pais de Jack, agradecendo a Merlin por finalmente estar ali alguém que conhecia e gostava.


- Que saudades, Cici! – respondeu Violet. – Estás lindíssima!


Uma coisa que Julie Barclay sempre fizera na perfeição era a escolha dos vestidos magníficos que Cissa tinha de usar em todos os eventos sociais que a mãe promovia. Era a única parte boa daquelas noites entediantes que passava a ouvir falar do último caso que Madame Blanche tivera com um dos estagiários do Ministério. E naquela noite de consoada, estava mesmo bonita. O vestido comprido prateado e sem alças caía-lhe na perfeição. Os pequenos diamantes incrustados ao longo de todo o vestido faziam-no brilhar, tal qual uma estrela. E o seu longo cabelo apanhado num coque frouxo, deixando alguns caracóis soltos, só acentuava mais o brilho do vestido.


- Ora, obrigada. Todos os créditos para a minha mãe, como sempre. – voltou-se para o homem. – Jack Senior, há algum dia que não me faça sentir completamente deselegante? – elogiou, sorrindo. Ele riu.


- Parece-me que não estás recordada das férias que passávamos na costa, minha querida. – 'Oh céus, pode crer que me lembro!' – Violet riu.


- Sim, Cici, lembras-te daqueles calções horríveis que ele usou no ano em que fomos ver a final da Taça Mundial de Quidditch? – Cissa anuiu. – Ele ainda os usa aos fins-de-semana.


- Jack, eu teria vergonha! – gracejou Cissa.


- Não digas nada à tua mãe, ainda me faz uma vistoria às gavetas.


- Oh querido, só Merlin sabe como precisavas de uma intervenção da Jules. – Violet olhou em volta. – Mas onde é que está o Jackson?


- Sim, vinha mesmo atrás de nós. Ah, ali está ele! Jack, filho, vem dizer olá a Narcissa!


Cissa olhou na direcção para onde Jack Senior falava e não pôde deixar de se espantar. Nunca vira Jack tão elegante. Era, sem dúvida, um dos rapazes mais bonitos que conhecia, mas vestido daquela maneira…Merlin. Envergava um smoking simples, apenas com o pequeno pormenor de que o casaco, ao invés do convencional preto, era prateado, exactamente da mesma cor do seu vestido, e ele trazia-o pendurado no braço direito. Não trazia gravata e tinha os primeiros botões da camisa desabotoados, o que deixava adivinhar o que Cissa sabia ser um tronco muitíssimo bem constituído. E aquele sorriso perfeito que ele tinha no rosto completava o conjunto. Estava deslumbrante e parecia que não tinha feito esforço nenhum para tal. ' Ao contrário de mim, que demorei séculos até pôr este cabelo como deve de ser'.


- Olá, Ci. – cumprimentou ele com um sorriso. – Antes que possa perguntar alguma coisa, mãe – disse, voltando-se para a mãe e revirando os olhos enquanto ela lhe penteava o cabelo. Cissa sorriu. -, demorei porque fui guardar os casacos.


- Ohh, já viste, Cici? O meu pequeno cavalheiro. – Cissa riu.


- Sem dúvida, Violet. Vamos, então? O jantar vai ser servido em breve.


- Sim, querida, vamos. Mas, Narcissa…penso que vem ali mais alguém. – disse Jack Senior, apontando para as descomunais portas de madeira que davam entrada para a mansão.


- Oh…bom, então vão indo que eu já vou ter convosco, sim?


- Claro, Cici, até já. – Cissa sorriu em resposta e ia-se voltar para ir receber os restantes convidados, quando Jack lhe agarrou o pulso.


- Narcissa...- começou, puxando-a para mais perto. – Desculpa. – disse, sincero. Cissa sorriu levemente.


- Tudo bem, não te preocupes. Mas…


- Mas… - encorajou Jack, aproximando-se mais um pouco.


- Mas podias ter dito isso mais cedo. Senti a tua falta. – Ele sorriu, alegre.


- Óptimo. – Cissa riu e deu-lhe uma palmadinha no peito, fingindo indignação.


- Muito engraçado, Mr. Sloper! – Cissa olhou por cima do seu ombro. Os convidados estavam mesmo a chegar. – Tenho de ir.


- Eu sei. – aproximou-se ainda mais da morena e inclinou-se para o seu ouvido. – Esse vestido…quero vê-lo no chão do teu quarto. – segredou, sorrindo e afastando-se em seguida.


Cissa riu e dirigiu-se à entrada, pronta para receber os últimos convidados.




 


- Ora ora, Jones, agora também fazes trabalho de elfo?


Cissa virou a cabeça com tal velocidade que até Merlin teria ficado com um torcicolo. No entanto, talvez fosse por ver a pessoa que falara, talvez fosse por ter virado a cabeça depressa, a dor dilacerante na ferida do pescoço voltou. Ia vacilar, mas no último momento lembrou-se de onde estava, de quem era (ou aparentava ser naquele momento), e de quem tinha à sua frente. Respirou fundo e, tentando controlar a dor, olhou-o nos olhos, enojada.


- Tu persegues-me, criatura? O que é que tenho de fazer para que me desampares a loja?


- E quem és tu, rapariguinha, para falares assim com o meu filho? – Narcissa Malfoy, loira e elegante, aproximou-se do filho e prostrou-se a seu lado. – Exijo falar com um dos Barclay, imediatamente. – Cissa, ainda combatendo a dor, aproximou-se ligeiramente da mulher que sabia ser a sua homónima.


- Está a falar com uma Barclay, Mrs. Malfoy. – Tanto Draco como a mãe não conseguiram deixar de fazer esgares de espanto. - E uma vez que está na minha casa, Mrs. Malfoy, deixe-me dizer-lhe que não admito faltas de respeito a mim ou à minha família e que não tenho qualquer problema em pô-la, a si e ao seu filho, fora da minha propriedade. Estamos entendidas?


- Rapariga insolente! Como ousas? Sabes com quem estás a falar?


- Claro que sim, Mrs. Malfoy, perfeitamente. E a senhora? Tem noção de a quem está a fazer perder tempo? - Draco olhava furiosamente para Cissa, mas a raiva de Narcissa Malfoy suplantava esse olhar, de tal modo que não foi capaz de formular uma resposta. – Penso que já chega de conversa por hoje. Permitem que vos indique a sala de jantar? – acrescentou Cissa. A dor no pescoço começava a piorar.


Mrs. Malfoy endireitou os ombros e, depois de mais um olhar de ódio, passou em frente a Cissa, andando depressa rumo ao salão. No entanto, Malfoy deixou-se ficar para trás e assim que a mãe desapareceu de vista, não tardou a dar ar da sua graça.


- Garanto-te, Jones…- disse, ameaçador, aproximando-se da morena. – Garanto-te que se voltas a falar assim à minha mãe…


- Não, Malfoy, NÃO OUSES AMEAÇAR-ME! – explodiu Cissa. – Eu não tenho de aturar as tretas da tua família dentro da MINHA PRÓPRIA CASA! – 'Por Merlin, já não aguento mais a dor…tenho de sair daqui'.


Cissa virou costas e andou o mais depressa possível até ao jardim das traseiras, sentando-se no baloiço que o tio Aled construíra para si há muitos anos e tentando relaxar. Que tipo de feitiço seria aquele que quase a fazia desejar estar numa sessão com o Carrow? A sua magia não funcionara. Tentara curar-se inúmeras vezes, mas o único resultado dessas tentativas foi uma grande perda de energia. 'Desta vez, o Dom não me valeu de nada. Se ao menos a avó estivesse aqui…'


- Narcissa? Estás bem? – perguntou James, vindo do interior da mansão.


- Olá. Não, nem por isso. – James aproximou-se rapidamente da prima e ajoelhou-se à sua frente.


- O que é que se passa?


- É esta coisa, esta ferida que não sara. Não consigo fazer parar de doer. Já para não falar que o Malfoy e a mamã acabaram de armar escândalo há 5 minutos atrás no meio do hall. Graças a Merlin que foram os últimos convidados. Parece que ninguém se lembrou de me avisar de que iria passar o natal com os Malfoy.


- Se te consola, - começou James, sentando-se a seu lado. – eu também não sabia. Aliás, acho que ninguém sabia.


- Como assim, ' ninguém sabia'? Eles foram convidados, a minha mãe tinha de saber.


- Pelo que ouvi das conversas de há pouco, foi o teu pai quem os convidou. Ouvi a tua mãe ralhar-lhe por não ter uma mesa 'com lírios brancos, como a Narcissa Malfoy gosta'. Portanto, acho que ela não sabia.


- Que esquisito. Que razão teria o meu pai para convidar os Malfoy?


A pergunta ficou a pairar no ar, pois nenhum deles sabia a resposta. Narcissa mal conhecia ou via o pai e James só estava com o tio uma vez por ano, e as únicas palavras que lhe dirigia eram 'feliz natal'.


- Tenho fome. Vens para dentro? O jantar já deve ter sido servido. – disse James. Cissa suspirou, massajando o pescoço. Ainda não estava a 100%.


- Acho que não. – olhou o céu. – Está uma noite perfeita, acho que vou comer aqui fora. Onde é que estão o Tom e a Claire? Talvez eles queiram fazer-me companhia. – James riu.


- A tua mãe só os deixa mexer para pegar nos talheres.


- E como é que tu fugiste a tal castigo?


- Disse que vinha à tua procura. Mas afinal…-disse, levantando-se começando a dirigir-se para o salão. – Afinal parece que não te encontrei.


Cissa riu e seguiu o primo com o olhar até o perder de vista.




 


Algumas horas depois, findado o jantar e fumados os charutos, os vampiros (como Cissa gostava de lhes chamar, já que nada viam para além do sangue puro) da mais alta classe da sociedade bruxa dividiram-se em dois grupos: as senhoras juntaram-se num lado da sala para comentar as últimas novidades do catálogo de Madame Malkin; os senhores, juntaram-se em pequenos grupos, permutando entre eles durante toda a noite. 'Incrível. Isto é como observar o comportamento dos animais dentro do seu grupo.'


- Não me digas que estás de novo a compará-los com animais, Ci. – exclamou Jack, descendo as escadas e prostrando-se atrás da morena, agarrando-a pela cintura. – Olá. – acrescentou, sorrindo e beijando-a na face.


- Ora, que queres? – respondeu, sem o olhar. - Não consigo evitar. -terminou, voltando-se para Jack e pondo os braços em torno do seu pescoço. – Olá.


- O que eu quero é levar-te para cima. São quase duas da manhã, ninguém vai dar pela nossa falta. – Cissa riu.


- Excepto os teus pais, claro.


- Oh, não te preocupes com eles. Tudo o que importa é que eu esteja em casa amanhã às sete. – Cissa franziu o sobrolho.


- Não vais abrir os presentes connosco?


- Não, mudança de planos. Vou até Liverpool, passar o dia com os meus avós.


- Ah, então é mesmo melhor irmos para cima.


Sem hesitar, Jack pegou na mão de Cissa e levou-a escada acima, em direcção ao quarto da morena, que se situava no último piso da mansão.


- Sabes, agora que penso nisto, devíamos ter ido pela passagem da biblioteca. Esqueci-me de que era tão longe. – Cissa riu.


- A culpa é das tuas hormonas, Jack.


- Ora, não querias que elas ficassem quietas perante uma rapariga como tu, pois não? – respondeu ele, fazendo-a parar para que a pudesse beijar. – Sabes que mais? – acrescentou, interrompendo o beijo e fazendo a morena recuar, de encontro à parede. – Acho que não posso esperar até chegarmos ao quarto.


Cissa riu e deixou que ele a beijasse. Aqueles beijos eram, no mínimo, viciantes! Ora calmos e carinhosos, ora apaixonados e ternos, ora sôfregos e possessivos, ora agressivos e extremamente sexy. Mas não eram só os beijos. As mãos de Jack percorriam livremente o seu corpo, e sabiam exactamente o que faziam. Aquele território não era novidade para ele, portanto, ele sabia como, quando, onde e o que fazer para agradar, de modo que, depois de alguns minutos, as suas mãos deslizaram suavemente para o fecho do vestido de Narcissa, começando a desapertá-lo muito, muito lentamente.


'…Mas não resisto à tentação se não disseres a ninguém
Isto é apenas atracção convinha sublinhar bem
Antes de ultrapassar a linha que nos tem como amantes, ok?
Vieram noites de prazer e nunca foi preciso uma cama
O sentimento de alguém de quem sem crer se ama '


- Estás a dar comigo em louca. – disse Cissa, corada e respirando rápido.


- Eu sei. – respondeu ele, sorrindo e beijando-lhe o pescoço.


- Odeio-te por isso, sabes? – gracejou Cissa, fechando os olhos para sentir melhor os lábios dele na sua orelha.


- Odeias? Hum, isso não é nada positivo. – respondeu ele, beijando-a e continuando a desapertar o vestido da morena.


- Ora, porquê? – retorquiu Cissa, ainda de olhos fechados, deixando-o beijar a sua omoplata.


- Porque eu amo-te.


Cissa abriu rapidamente os olhos e entrou em modo alarme. ' Ama-me? AMA-ME? Mas eu pensava que o que nós tínhamos era uma coisa sem compromisso! OH MEU MERLIN, PORQUÊ EU? Como é que eu lhe vou dizer que…'


- Jack? Jack, pára por um momento. – Ele levantou a cabeça e olhou-a.


- O que foi? Magoei-te?


- Não, nada disso. – Cissa respirou fundo. – Jack...tu disseste que me amavas. – Ele sorriu.


- Verdade.


' Tento resistir a esta tentação
Por mais que eu queira tenho de dizer que não
Se entre nós não pode haver uma relação
Não passa mais do que uma forte atracção '
(Resistir à Tentação (O Crime do Padre Amaro) - Sam The Kid ft. Pac e Sp)


- Mas Jack...eu sei que não falámos realmente sobre isto, mas eu pensava que este…'entendimento' que nós tínhamos era uma coisa sem compromisso. – disse Cissa, tentando ser o mais doce possível. 'Ele vai odiar-me. Para sempre, possivelmente.'


- Cissa… - começou ele, agarrando-a pelos ombros e afastando-se ligeiramente. – O que é que queres dizer com isso?


- Oh Merlin…Jack, eu… - 'Tenho que escolher as palavras certas para causar o menor dano possível'. – Eu adoro-te, tu sabes disso, certo? – ele anuiu. – Mas não estou apaixonada por ti.


Jack reagiu como se lhe tivessem dado um enormíssimo murro no estômago. Afastou-se da morena e encostou-se na parede oposta, de olhos fechados e cabeça baixa. Durante alguns segundos ninguém disse nada, sendo Jack o primeiro a quebrar o silêncio.


- Então quer dizer que, durante este tempo todo, me usaste. – Cissa franziu o sobrolho.


- Usar-te? Como assim?


- Fui o teu brinquedo, não fui? Exibiste-me por toda a Hogwarts, tinhas-me a teu lado sempre que querias e ainda te dava sexo. Fui o teu brinquedo. – Cissa estava completamente indignada.


- Jack, como é que podes dizer uma coisa dessas? Eu não te exibia coisa nenhuma. Andava a teu lado como sempre andei. E gosto de pensar que te tenho a meu lado sempre que preciso porque és um dos meus melhores amigos. Quanto ao sexo, já te disse que pensava que isto era uma coisa sem compromisso! Aliás, pensei que tivesses vindo ter comigo à biblioteca nesse dia com esse mesmo propósito.


- Não, Narcissa, naquele dia fui à biblioteca para tentar descobrir se sentias o mesmo por mim! – respondeu ele, avançando para ela. – E quando me retribuíste o beijo...


- Oh Merlin, eu não sabia que era essa a tua intenção, senão nunca te teria beijado! Jamais era capaz de te dar falsas esperanças!


- Não sabias? Como não sabias? Eu pedi-te para me leres os pensamentos! – exclamou ele.


- E eu fi-lo, mas a única coisa em que pensavas era em beijar-me! Estavas tão concentrado nisso que eu não consegui alcançar mais nada!


- Duvido que te tenhas esforçado muito para o fazer.


- Ora, se era isso que querias que eu visse, pensasses isso! Não tenho culpa se a única coisa que vi foi ' quero desesperadamente beijar-te'!


- Porra, Narcissa, não ajas como se não soubesses o que sentia.


- Mas eu NÃO sabia, Jack! Posso ler pensamentos, mas não sou adivinha!


- Por Merlin, não me digas que não nos lês os pensamentos constantemente! A mim, ao Tom, à Claire…


- Tu estás a gozar com a minha cara, Jack? – disse Cissa, irada, aproximando-se dele. – É isso que realmente pensas de mim? Que eu ando por aí a ler os pensamentos de todas as pessoas a meu bel-prazer? Eu não invado a privacidade de ninguém, Jack, especialmente das pessoas de que mais gosto. Ofende-me e magoa-me que penses que eu era capaz de tal coisa. – acrescentou Cissa, afastando-se e começando a apertar o vestido. – Sabes que mais? Parece que me enganei em relação a ti. Julgava que eras perfeito, fora esse teu problema de ficares zangado durante quase uma vida. Julgava que tinhas tudo: a aparência, a inteligência, a integridade…E depois, isto. Compreendo que estejas magoado por eu não sentir o mesmo por ti, Jack, a sério que compreendo. Mas antes de mais nada, somos amigos. Bons amigos. E os amigos não fazem isto, não duvidam da lealdade e carinho uns dos outros. Senão, para quê ser amigos? – Suspirou. – Acho que precisas de crescer, Jack.


E dito disto, Jack viu o vestido prateado de Narcissa esvoaçar rapidamente pelo corredor em direcção ao quarto.






N/A: Pois é, o nosso amigo Jack também tem um dark side :o Keep reading, honeys (:


Love,
~Nalamin

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