Daphe Lying, Narcissa Dying
Disclaimer: Ainda preciso de dizer a quem o universo HP pertence?
Have you met Miss Jones?
Fanfic by Nalamin
Chapter 14: Daphe Lying, Narcissa Dying
Último dia de aulas. Os alunos de Hogwarts estavam em frenesim com a ideia de voltar a casa no dia seguinte e de ter algum tempo de folga dos Carrow e de todos os seus amiguinhos. Apenas uma mão cheia de pessoas pareciam preferir os Devoradores da Morte à outra opção: Narcissa, Tom, Claire, Jack e Draco, porque já sabiam o que os esperava. Uma noite de natal chata, na companhia de todas as outras famílias ricas (leia-se de sangue puro) do mundo bruxo, sem qualquer tipo de possível escapatória e onde teriam de estar vestidos a rigor. Claro está que Jack, Narcissa e os irmãos não sabiam que, este ano, os Malfoy tinham sido convidados. E Draco também não fazia ideia de que iria passar o seu feriado favorito na casa e na companhia da arqui-inimiga que, depois daquele fim de tarde na varanda, já não parecia tão arqui-inimiga assim.
O relógio da torre batia a uma hora da manhã. Narcissa e Daphne, acabadas de sair de uma última 'sessão' com Amycius Carrow antes das férias, desciam as escadas muito calmamente. Não, não era por não estarem com pressa. Apenas o faziam porque a sua saúde, naquele momento, não lhes permitia andar num ritmo mais acelerado. Fora uma das mais duras 'sessões' a que Carrow as submetera. Narcissa, que tinha um corte enorme no pescoço, um braço dorido (Carrow partira-lho, mas Cissa consertara o estrago assim que se vira livre dele) e um joelho desfeito (a pouca energia que lhe restava, não permitiu a Cissa curar também a perna), amparava Daphne, que ameaçava desfalecer a qualquer momento. Teimosa, não deixara que Cissa a levasse à enfermaria para que Madame Pomfrey lhe pudesse tratar do ombro deslocado, do pé partido e das escoriações nas costas. Ao invés, pedira à morena para, com um feitiço, lhe sarar as feridas mais simples.
- Daphne, vamos parar por um momento. Tu não estás nada bem, daqui a pouco desmaias com dores! – exclamou Cissa, parando perto do salão e sentando Daphne num parapeito de janela. Daphne sentou-se e respirou fundo, olhando para a amiga.
- Tu também não pareces nada bem, deixa-me dizer-te. Estás a sangrar, Ci. - Cissa levou a mão ao corte no pescoço para onde a amiga apontava e, sem uma palavra, este deixou de sangrar. No entanto, continuava com muito mau aspecto.
- Isto vai parar a hemorragia, por agora. Depois faço um curativo decente.
- Por agora? Como assim, por agora? Não consegues fazer o que fizeste comigo? – perguntou Daphne entre esgares de dor. Cissa sentou-se a seu lado.
- Lembras-te de uma vez, há muito tempo, te ter dito que podia destruir a torre dos Gryffindor? - Daphne gargalhou.
- Ai , au, não me faças rir, Cissa, isto dói. É claro que lembro. Disseste que o podias fazer mas que, provavelmente, não terias energia para tal.
- Exacto. – Cissa suspirou e olhou para a noite. – Estou demasiado fraca. Hoje não consigo muito mais do que isto. – disse, apontado para o corte no pescoço. – Estás melhor? Podemos continuar? Já falta pouco para as masmorras.
- Acho que sim. Vamos lá.
Com a ajuda de Cissa, Daphne levantou-se devagar e ambas retomaram o passo, em direcção às masmorras. Alguns minutos depois, e entre muitos esgares e gemidos de dor, Cissa descalçou os sapatos a Daphne e ajudou-a a deitar-se na cama.
- Amanhã, se eu ainda não estiver bem, vais ter com Madame Pomfrey, ouviste?
- E tu vais agora ter com Madame Pomfrey. – respondeu Daphne, ajeitando as almofadas. - Estás a sangrar de novo.
Cissa suspirou, cansada, e foi até à casa de banho analisar o corte. Era bastante profundo e estava em muito mau estado devido a todos aqueles pequenos feitiços que Cissa efectuara para controlar a hemorragia. Não querendo piorar o estado do ferimento, a morena pegou numa toalha, molhou-a e colocou-a na ferida, fazendo pressão.
- Estás bem, Ci? – perguntou Daphne, da cama. Cissa riu e voltou para o quarto.
- Para dizer a verdade, já estive melhor. E tenho a certeza que tu também. Portanto, vê se descansas.
- Vou tentar. Vais à enfermaria?
- Sim, trato disto e depois venho dormir. Estou exausta e amanhã ainda tenho de voltar para Londres. – respondeu Cissa, despindo o uniforme.
- Ah sim, o Natal com os Nashville. Sabes que, se quiseres, podes fugir e vir ter comigo. – respondeu Daphne com um sorriso .
- Aposto que a minha mãe adoraria que eu fugisse para Paris a meio de uma das festas dela. E os meus irmãos e o Jack iam ser muito compreensivos, não haja dúvida. – respondeu, enquanto tentava vestir as calças sem deixar de fazer pressão na ferida do pescoço.
- Por falar em Jack, como é que estão as coisas? Já falaram? – Cissa encolheu os ombros.
- Ultimamente tem sido mais físico, se é que me compreendes. E se bom dia, boa tarde e boa noite contar como falar, nesse caso sim, já falámos.
- Não acredito que ele ainda esteja chateado!
- Ele é mesmo assim. Tenho é pena do Tom, o Jack deve ter-lhe feito a vida num inferno durante estas duas semanas. – respondeu Cissa, conseguindo finalmente vestir as calças, sem reparar no sorriso que Daphne dera ao ouvir o nome de Tom. – Já está. Vou ter com Madame Pomfrey. Não queres que lhe peça uma poção nem nada?
- Não, eu espero pelo restabelecimento da minha curandeira pessoal. – respondeu Daph com um sorriso.
- Está bem. Mas talvez passe pela cozinha. Daí já queres qualquer coisa, suponho. – comentou, vestindo o roupão.
- Muffins, Cissa, muitos muffins! – respondeu, alegre.
Cissa riu e saiu do quarto, fechando a porta atrás de si. Caminhou silenciosamente pelo corredor das camaratas até às escadas. Ia começar a descer quando sentiu uma enorme tontura. ' O que raio se passa?'. Respirou fundo e esperou até que passasse completamente. Continuou a descer as escadas e, no último degrau, a cena repetiu-se, desta vez fazendo com que tivesse de se agarrar ao sofá mais próximo para não cair. 'Aguenta-te, foi só uma tontura. Só tens de conseguir chegar lá acima de novo'. Cissa virou-se e, quando ia começar a caminhar, teve outra enorme tontura, que a fez cair de joelhos. A morena não sabia o que tinha e, se fosse alguma coisa grave, algum feitiço perverso que o Carrow lhe lançara, não estava ali ninguém para a acudir. 'Meu Merlin, e agora?'. Fechou os olhos na tentativa de se concentrar, acabando, no entanto, por mergulhar na escuridão total. Mas, no segundo imediatamente antes de apagar, tinha a certeza de ter ouvido alguém chamar por si.
Teria sido a Morte que clamara o seu nome?
N/A: Muahaha fi-la desfalecer! Será que é definitivamente ou vou dar uma de JK e trazê-la de volta à vida? :O
Love,
~ Nalamin
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