Resolution
Disclaimer: porque é que não fui eu a ter a ideia brilhante de escrever sobre um feiticeiro com uma cicatriz?
Have you met Miss Jones?
Fanfic by Nalamin
Chapter 9: Resolution
- Edwin! Edwin, espera! Não me faças correr atrás de ti, por favor! – exclamava Cissa, tentando apanhar o passo do rapaz, que acabara de subir as escadas duas a duas. – Edwin, vá lá!
- Cissa, volta para o salão!
- Não sem falar contigo! Importas-te de parar? – ele começou a andar mais depressa. Cissa começava a ficar irritada. – Eu lanço-te um feitiço, Edwin! – ameaçou Cissa, chegando ao 5º andar. Ele não parou. – Ok, tu é que pediste. Petrificus Totalus!
Edwin estacara de repente. Cissa abrandou o passo, demorando-se a chegar perto dele e colocar-se a sua frente, de braços cruzados, sorrindo. Ele olhava-a, zangado.
- Não me olhes assim, eu avisei-te. Finite. – acrescentou, acabando com o encantamento. – Podemos falar agora? – Edwin suspirou.
- Cissa, por favor! Eu já disse tudo. Não vou fazer mais figura de estúpido.
- Edwin, acalma-te. E não, não disseste tudo.
'We started as friends
But something happened inside me
Now I'm reading into everything
But there's no sign you hear the lightning, baby
- Que queres que te diga mais? Que sou apaixonado por ti, desde…por Merlin, nem sei desde quando!
You don't ever notice me turning on my charm
Or wonder why I'm always where you are
- Edwin, eu não fazia ideia! Porque é que nunca me disseste nada?
I've made it obvious
Done everything but sing it
(I've crushed on you so long, but on and on you get me wrong)
I'm not so good with words
And since you never notice
The way that we belong
I'll say it in a love song
- Sei lá, Cissa…Sempre que achava que encontrara o momento perfeito, acobardava-me. – respondeu, aproximando-se da morena, que nada disse. – Ouve, Cissa, eu não espero nada em troca. E desculpa ter-te envergonhado lá em baixo.
- Não tens por que pedir desculpa pelo que sentes, Edwin. – disse Cissa. – E não me envergonhaste, não te preocupes. – ele sorriu fracamente.
- Obrigado, Cissa. Por estares aqui e por termos esclarecido tudo. – Cissa sorriu de volta.
- És meu amigo, era o mínimo que eu podia fazer. – Fez uma pequena pausa. – Tenho pena que o sentimento não seja mútuo. – Ele olhou-a confuso.
I've heard you talk about
How you want someone just like me
But everytime I ask you out
We never move pass friendly, no no
- A sério? Gostavas de sentir o mesmo por mim? – Cissa riu e encolheu os ombros.
I've made it obvious
So finally I'll sing it
I'm not so good with words
And since you never notice
The way that we belong
I'll say it in a love song
- Porque não gostaria? És bonito, jogas Quidditch, és…
Cissa não conseguiu terminar pois Edwin acabava de a silenciar com um beijo. Após o choque inicial, Cissa correspondeu, deixando que ele a enlaçasse pela cintura e aprofundasse o beijo. Era um beijo calmo e, da parte dele, apaixonado. 'O que é que eu estou a fazer? Não posso fazer isto, eu não gosto dele desta maneira! Hum, mas ele beija tão bem…CISSA! Acaba com isto, estás a enganá-lo!'
- Edwin… - chamou Cissa, baixinho, interrompendo o beijo. Ele suspirou e afastou-se um pouco.
- Cissa…dá-me uma oportunidade. – pediu ele, olhando-a nos olhos.
And sing it until the day you're holding me
I've wanted you so long but on and on you get me wrong
I more then adore you but since you never seem to see
- Edwin, eu não quero fazer-te perder tempo. Se eu te desse uma oportunidade, era isso mesmo que ia acontecer.
- O tempo que se gosta de perder não é tempo perdido*. Eu gosto de estar contigo! Por favor, deixa-me tentar! – A morena suspirou.
- Não vai mudar nada, Edwin.
- Não sabes isso, Cissa. – Fez uma pausa. – Há…há outra pessoa?
- Não, não há ninguém. Sei sim, Edwin, sei que nada do que digas me vai fazer mudar de ideias. – Suspirou. – Ouve, eu não quero ser rude, mas nós sempre fomos muito próximos, eu tive todas as oportunidades do mundo para me apaixonar por ti e não o fiz. Não creio que só porque me revelaste os teus sentimentos, e acredita que tenho todo o respeito por eles, eu vá amar-te assim de repente.
- Ninguém está a dizer que tem de ser de repente, Cissa. Eu sou apologista da teoria de que o amor nasce e cresce e… - Cissa riu.
- Edwin, clichés? Tens a noção de que estás a falar comigo, certo?
- A culpa é tua. Se me desses uma chance eu não precisava de estar com estas falinhas mansas! – disse, exasperado. Cissa franziu a sobrancelha.
- E agora passámos à chantagem emocional? O que vem a seguir, Edwin? Vais implorar, de joelhos, aqui, no meio do corredor? – a morena começava a ficar um pouco cansada de tudo aquilo.
- Se for preciso. – respondeu, começando a ajoelhar-se.
- Edwin, fazes favor de te pôr de pé?
- Cissa, por favor! – Cissa estava realmente irritada.
- Edwin, se gostas assim tanto de mim, deves lembrar-te perfeitamente de como eu sou. Portanto, vou pedir-te mais uma vez: por favor, levanta-te. – Concedendo o desejo à morena, Edwin levantou-se, suspirando. – Obrigada.
But you never seem to see
I'll say it in this love song'
(Obvious – Westlife)
- Ok, Cissa, ganhaste. Mas eu não me vou 'desapaixonar' assim tão depressa. – ela suspirou. – E não há nada que possas fazer em relação a isso. – Cissa riu.
- Tens a certeza?
- Contigo, nunca tenho a certeza de nada.
- Ainda bem. Normalmente, é esse o erro da maior parte das pessoas. Vamos para a sala comum? – perguntou, começando a dirigir-se às masmorras. Ele seguiu-a, intrigado com o seu comentário.
- O que é que queres dizer com isso?
- Ora, quero dizer exactamente o que disse, Edwin. – O rapaz riu.
- Às vezes és tão misteriosa…
- Faz parte do meu encanto. – comentou, brincalhona.
Entraram na sala comum para a encontrar apinhada de gente, como era normal àquela hora. Procuraram por Daphne e os outros, mas eles não se encontravam ali.
- Bom, isto aqui está muito cheio, acho que vou dar uma volta. – Vendo que Edwin se voltara para a acompanhar, Cissa acrescentou: - Sozinha. Até amanhã, Ed!
- Até, Cissa.
Narcissa saiu da sala comum e, à primeira oportunidade, tornou-se invisível. Aquele dia tinha sido muito agitado e não estava disposta a correr mais riscos. Com a ideia de ir até à biblioteca ler um pouco em paz, seguiu para a esquerda e desceu a escadaria. Desviou-se de alguns alunos que por ali passavam e, vendo o caminho livre, abriu devagar a porta da biblioteca, entrando em seguida. Dirigiu-se à sua mesa favorita e sentou-se, levando consigo uma pilha de livros para se entreter.
Gostava tanto de ler! Por cima da sua cama, no seu quarto na casa da avó, tinha uma placa de madeira com a inscrição: "Um livro é um mudo que fala, um surdo que responde, um cego que guia, um morto que vive"#. Vira aquela citação num livro muggle que a avó lhe dera a ler e achara-a completamente correcta. Sorriu. Tudo o que Cecília lhe dera tinha sido positivo, bom, especial. Olhou pela janela. Como era possível que uma só pessoa, ainda que tão especial como Cecília fora, tivesse tanto impacto na sua vida? Agora que ela não estava ali, o seu mundo ficara mais pequeno, negro, triste. Suspirou. Agora só restava continuar em frente.
Porque um dia tem de se parar de fantasiar com o que poderia ter sido…e partir.
N/A: * - O tempo que se gosta de perder não é tempo perdido - Bertrand Russell
# - Um livro é um mudo que fala, um surdo que responde, um cego que guia, um morto que vive - Padre António Vieira
Parece que o nosso amigo Ed se revelou o azar (por enquanto....)
Espero que estejam a gostar. Eu gostei imenso de escrevê-la (:
Love,
~ Nalamin
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