Improvisation, Invitation, Dec
Disclaimer: idem idem, aspas aspas...
Have you met Miss Jones?
Fanfic by Nalamin
Chapter 8: Improvisation, Invitation, Declaration
'Eu devia estar a preparar as coisas para o Lord das Trevas. Mas nããoo, ando a correr atrás de uma maluca masoquista!'
Draco Malfoy não conseguia deixar de se perguntar por que raio andava a correr atrás da Jones. E por que é que ainda não a apanhara.
Cissa chegou rapidamente à ala hospitalar, onde entrou de rompante. James e Tom encontravam-se lado a lado nas últimas camas da esquerda. Andou até eles, desejosa de descobrir se estavam gravemente feridos.
- Thomas! James! Oh Merlin, estão bem?
Tom apresentava uma série de cortes e lacerações na face, e tinha o braço esquerdo ao peito. James parecia estar igual ou pior. A sua cabeça estava ligada, tinha o nariz claramente partido e uma tala no braço direito.
- O que é que vocês foram fazer? – perguntou Cissa, sentando-se na cama do irmão. Ao olhar para a mesa-de-cabeceira, viu uma garrafa de Skeele-Gro. – Qual de vocês está a tomar Skeele-Gro? – os rapazes não lhe responderam. Cissa suspirou, tentando manter a calma. – Respondam-me, ou terei de vos arrancar a informação à força.
- Sou eu, Narcissa. – respondeu James, com um suspiro. – A minha perna esquerda está desfeita.
- Quero a história toda! Com pormenores!
- Cissa, nós estamos aleijados, precisamos de… - começou Tom.
- Que se dane o descanso! Quero saber exactamente o que é que aqueles filhos da mãe vos fizeram.
- Não estás a pensar ir fazer alguma coisa em relação a isso, pois não, Cissa? – perguntou James, olhando-a.
- Não. – respondeu, devolvendo o olhar ao primo.
- Ela está a mentir, Tom. – disse, virando-se para o primo. Cissa olhou-o ferozmente.
- Não era preciso ter o teu Dom para descobrir isso, James. Cissa, olha para mim. – a custo, a morena desviou o olhar do primo. – Ouve-me com atenção. Tu não vais fazer nada, percebeste?
- Claro, maninho. Não te preocupes.
- Isso é fácil de dizer. – suspirou. – Está quase na hora de jantar. Se calhar devias descer.
- Não tenho fome e não saio daqui enquanto não me contarem o que aconteceu.
- És tão teimosa! – exclamou James.
- Dá-te por contente por eu te estar a pedir com educação. – retrucou Narcissa. – Comecem a falar. - Tom suspirou.
- Estávamos perto das estufas a falar das aulas de Estudos dos Muggles, quando a Carrow apareceu. Deve ter pensado que concordamos com aquilo que ela afirma e então começou a falar dos muggles que se consideram videntes, que afirmam possuir Dons, que vai ser o tema da nossa próxima aula. Claro que disse que eles roubaram - de alguma maneira que ele não explicou, claro – os supostos Dons, aos feiticeiros. Mas aqui o nosso amigo James, decidiu partilhar a sua experiência de vida. – James revirou os olhos.
- Eu disse-lhe que aquilo que ele dizia não era completamente verdade, que eu conhecia uma muggle que era efectivamente vidente e que não tinha roubado o Dom a ninguém. Ele começou a discutir comigo, a dizer que isso era impossível.
- E tu quase que falavas do teu Dom. – Cissa arregalou os olhos.
- O quê? James!
- Ele disse quase, Cissa. – admoestou James.
- Ok, e depois?
- Depois começámos a discutir, o Tom, muito estupidamente, decidiu intervir e é isto. Aqui estamos. – Cissa suspirou.
- O que é que eles fizeram com vocês? Estão com óptimo aspecto, não haja dúvida.
- Cruciatus, claro. E uns feitiços de decapitação. Ah, e o sectumsempra. – Cissa estava muito irritada.
- Se eu pudesse…
- Vejo que estão muito mais calados agora, Mr. Barclay, Mr. Solomon. O castigo serviu-vos de lição, espero. - Ao ouvir a voz daquela mulher, Cissa saltou da cama do irmão.
- Cissa…
- Prima, não faças isso…
- Sua…. – começou Cissa.
- Professora Carrow, ainda bem que a encontro! – exclamou Malfoy, sarcástico, entrando na ala hospitalar e colocando-se entre Narcissa e a Carrow. Cissa olhou-o mortalmente.
' Pull me back again
I need you to
Hold me from my sin
- O que é que quer, Mr. Malfoy? – pergunto Carrow, enfadada. 'Mas que raio estou eu a fazer?'
- Pediram-me, professora, para lhe dizer que o Professor Carrow andava à sua procura. – respondeu Malfoy, altivo, de braços cruzados sobre o peito, encarando a mulher. Carrow nada disse, virando simplesmente as costas e desaparecendo pelo corredor. Malfoy olhou para Cissa.
- Porque é que fizeste isso, Malfoy? Não tinhas de te meter! – Draco olhou-a, com falsa indignação. 'Ora aí está uma excelente pergunta…'
- E isso é maneira de agradecer por te ter salvo a vida, Jones? – Cissa estava tão zangada que só faltava pegar fogo.
Hold me back again
I need you to
Pull me from my sin
Before I give in'
(Pull Me Back – The Red Jumpsuit Apparatus)
- Cala-te, idiota! – exclamou, aproximando-se do rosto do rapaz. – Fizeste-o porque estás do lado deles e não ias gostar que eu destruísse uma das tuas aliadas. Suponho que o teu mestre não ia gostar de tal insubordinação. – acrescentou.
Draco agarrou-a pelos braços e aproximou-a ainda mais de si, irado. Como é que ela se atrevia?
- Tu não sabes nada sobre mim, Jones. NADA!
Cissa olhou-o, assustada. Não tinha medo dele, mas a maneira como ele dissera aquilo, tão intensamente…deixara-a sem palavras. Ele retribuía o olhar, num misto de fúria e…outra coisa qualquer que Cissa não conseguia afirmar com certeza do que é que se tratava. Draco continuava a agarrá-la firmemente, mas sem a magoar. Tom, que observava a cena, sorria discretamente. Porquê? Por duas razões: primeira, ele tinha a certeza de que, se ninguém interviesse rapidamente, aqueles dois ficariam ali para sempre. A segunda, dava origem à primeira: Tom conseguia ver nos olhos de Draco aquilo que Cissa não era capaz de descobrir.
- Mr. Malfoy! Ms. Jones! O que é que pensam que estão a fazer? - exclamava Madame Pomfrey, vinda do seu escritório. – Já lá para fora! - Draco largou Cissa devagar e afastou-se.
- Madame Pomfrey, o meu primo…- tentou argumentar Cissa, vendo Malfoy a sair da ala hospitalar.
- O seu primo está óptimo, Ms. Jones, só precisa de descansar. E isso é impossível consigo aqui a causar distúrbios! Volte amanhã.
Cissa suspirou, acenou a James e a Tom e saiu atrás do Malfoy. Ele encontrava-se um pouco mais à frente, no fim do corredor, encostado a uma janela, de mãos nos bolsos. O que é que tinha acontecido ali dentro? Aquela acusação que lhe fizera tinha despoletado aquela ira. Mas, ainda há poucos minutos, o havia acusado da mesma coisa, de ser fiel às Trevas, a Voldemort. O que mudara? Mas agora, vendo bem as coisas, não fora uma acusação muito justa, embora toda a gente, incluindo ela própria, a achasse verdadeira. Não tinha como ter a certeza, porque nem o Potter sabia, de quais tinham sido as suas verdadeiras intenções quando cometeu a imprudência de tentar matar Dumbledore.
Suspirou. ' Maldita impulsividade! Devia ter ficado calada. Quem sou eu para julgar outra pessoa? Mesmo que essa pessoa seja o Malfoy. Não me devia sentir assim tão mal. Aff, vou ter de lhe pedir desculpas. Nunca pensei que este dia estivesse para vir. É claro que ele não vai aceitar, mas vou ficar em paz com a minha consciência'. Aproximou-se do rapaz e prostrou-se à sua frente, encostando-se à parede oposta. Ele olhava a noite, que começava a cair.
- Malfoy…- ele não a olhou. Cissa suspirou. – Não queria atacar-te daquela forma. Mas estava zangada, tu impediste-me de destruir aquela…mulher, e eu descarreguei em ti. Desculpa. – Draco sorriu de lado, ainda sem a olhar. Cissa revirou os olhos. – Importas-te de traduzir esse sorriso para palavras?
- A Jones a pedir-me desculpa. Estarei a sonhar? – Cissa riu.
- Não, Malfoy, estás completamente acordado. Fico feliz por saber que o meu pedido foi aceite. – Desencostou-se da parede. – Portanto, acho que vou jantar. – Virou costas e seguiu para a direita.
- Quem é que disse que foi aceite, Jones? Eu não proferi tais palavras. – disse ele, rapidamente acompanhando o seu passo.
- Claro, como é que eu depreendi tal coisa? - revirou os olhos. - Ok, Malfoy, qual é o teu preço?
- Como assim, Jones? – perguntou, fingido.
- Oh, vá lá, Malfoy, sei precisamente que tipo de pessoa é que tu és. – ele fechou a cara. 'Nem sequer imagina. Tal como todos os outros.'- Qual é o teu preço? - disse, desinteressada.
Draco pensou por um momento. O que poderia pedir-lhe? Precisava de ganhar um pouco mais de tempo.
- Sabes que não me vendo por pouco, Jones. – A morena olhou-o, exasperada.
- Limita-te a dizer o que queres, Malfoy. E rápido, que a esta onda de boa vontade pode estar a terminar. – avisou Cissa.
- Quero que me leves à festa do Slughorn, amanhã. – Cissa olhou-o, num misto de espanto, fúria e indignação.
- Mas é que nem penses! Começa a pensar noutra coisa, Malfoy.
- É isso que quero, Jones, e não vou voltar atrás. – respondeu ele, divertido.
- Bom, espero que gostes de viver decepções, porque isso nunca vai acontecer.
- Óptimo. – continuou ele, ignorando-a. - Estarei na sala comum às 18h em ponto. Mas ainda não acabei, Jones. – Cissa parou e virou-se para ele, confusa. – Eu disse que não me vendia por pouco. – ela revirou os olhos.
- Que mais queres? Testar a minha paciência até ao limite? – Draco sorriu de lado.
- Não, Jones, tenho o prazer de fazer isso várias vezes por semana.
- Então?
- Quando precisar de alguma coisa, digo-te, Jones. – Cissa olhou-o, desconfiada, e virou-lhe costas, seguindo em frente e tendo em mente uma bela refeição.
Chegaram finalmente ao salão. Rumaram à mesa dos Slytherin e sentaram-se o mais afastado possível, como era costume desde o dia em que se haviam conhecido há 3 anos atrás. Edwin, Zabini e Daphne, que já lá se encontravam, cumprimentaram-nos calmamente e continuaram a comer, não sem deixar, no entanto, de reparar que tanto Narcissa como Draco se abstinham de qualquer comentário em relação um ao outro. O mundo estava cada vez mais de pernas para o ar! Mas ninguém se queixou. Se aquela ia ser uma (talvez a única!) refeição pacífica, então o melhor era mesmo aproveitar.
- Porque é que estás a olhar assim para mim, Ed? – perguntou Cissa, apanhando o rapaz a fixá-la, aquando do término do jantar.
- Estás bem? – perguntou ele. Cissa ergueu uma sobrancelha.
- Porque é que não haveria de estar?
- Não sei se reparaste, mas hoje estás muito calada. – A morena continuou a olhá-lo confusa.
- Cala-te Edwin, não estragues o momento! – advertiu Daphne, sorrindo. Cissa finalmente compreendeu ao que ele se referia e revirou os olhos.
- Vai ver se arranjas uma vida, Edwin. – respondeu-lhe, com um sorriso amarelo.
- Por Merlin, Fowles, essa tua fixação por Narcissa começa a tornar-se ligeiramente irritante. – comentou Zabini, entediado. – Todos sabemos que ela é apaixonada pelo Draco e vice-versa.
Toda a mesa, excepto Fowles (porque não gostou do que ouviu) e Draco (que parecia nunca rir, embora Narcissa o tivesse ouvido fazê-lo naquela mesma manhã, e que aproveitou a distracção dos outros para dar um grande pontapé a Zabini por debaixo da mesa), explodiu em gargalhadas. Entrando também no jogo de Zabini, Cissa disse:
- O quê? Tu ainda não sabes? Sobre mim e o Draco? – Tanto Edwin como Draco a olharam espantados.
- Tu e o Draco? – Cissa sorriu abertamente.
- Sim, descobrimos há pouco tempo que estamos completamente apaixonados um pelo outro. – respondeu Cissa, não reparando (ou não querendo reparar) no enorme arrepio que sentira quando proferiu estas palavras. Draco olhava-a, com uma sobrancelha erguida. – Não é, amor? – acrescentou, voltando-se para o loiro, que nada disse. – Ohh, ele é tão envergonhado!
Daphne e Zabini tentavam sufocar o riso, enquanto Fowles parecia ter acreditado na brincadeira de Narcissa. Draco decidiu intervir.
- Não era suposto ser uma surpresa, querida? Íamos dizer a toda a gente na festa de amanhã. – respondeu, sorrindo de lado.
- Não pode ser! – resmungava Edwin, baixinho. – O que é que viste nele, Cissa? – perguntou mais alto. Parecia...angustiado? Cissa franziu o sobrolho.
- Edwin… - começou Cissa.
- O que é que ele tem que eu não tenho? – Perguntou o rapaz, fazendo com que os mais próximos os olhassem, interessados. Cissa e Daphne encaravam-no, de boca aberta, completamente estupefactas. Draco esmagara a batata com uma força desnecessária e ficara de mau humor. Zabini limitara-se a gargalhar.
- Edwin…Eu...eu estava a brincar. Eu e o Malfoy só teremos alguma coisa no dia em as galinhas tiverem dentes. – respondeu Cissa, carinhosamente.
- Oh. Então quer dizer que vocês não….
- Não. – terminou Cissa.
- Nem nunca…
- Só por cima do meu cadáver. – alvitrou Draco.
- Sabes que isso se podia arranjar facilmente, Malfoy? – perguntou a morena. – E garanto-te que não ia ser preciso usar garrafas de mead com veneno ou colares amaldiçoados. – acrescentou baixinho, de maneira a que só ele ouvisse. O loiro sorriu de lado.
- Encantadora como sempre, querida. – respondeu ele.
- Desculpa, Cissa. Eu não queria envergonhar-te. – disse Edwin, muito depressa, levantando-se da mesa e saindo rapidamente do salão.
- Talvez devesses ir atrás dele, Narcissa. – afirmou Daphne. A morena olhou-a.
- É melhor, não é? Por Merlin, este dia pode ficar pior? – exclamou, exasperada, levantando-se e dirigindo-se ao Hall de entrada.
Talvez ficasse. Mas vendo bem, o que num momento achamos que é o pior que nos pode acontecer, no momento seguinte podemos achar que é o melhor.
Seria Edwin a sorte ou o azar?
N/A: Ui, nem sabem como estas duas últimas frases vão ser determinantes na trama 8D muahahah, curiosos? Keep reading, then! :D
Love,
~ Nalamin
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