Untitled
Disclaimer: aunt Jo, it's all yours!
N/A: Pensamentos de Cissa: 'pensamento aqui xD'
Pensamentos de Draco: 'pensamento aqui xD'
Have you met Miss Jones?
Fanfic by Nalamin
Chapter 7: Untitled
Sentada no telhado da torre de astronomia, Cissa absorvia os últimos raios de sol daquela tarde de Novembro. Não pensava em nada, limitava-se a relaxar e a apreciar o silêncio daquele lugar. Como era bom ter aqueles momentos só para si, em que nada a perturbava; como era bom curtir aquela tranquilidade, ouvir o chilrear dos pássaros e…
- Por aqui, Jones? – 'Oh não! Porque é que não fiquei invisível?'
- Andas a perseguir-me, Malfoy? – perguntou, friamente.
- Claro que não, não sejas absurda. – respondeu ele, cruzando os braços e sentando-se na extremidade oposta do telhado. Cissa revirou os olhos e não respondeu. Durante todos aqueles anos de convivência aprendera a controlar (minimamente) a sua paciência (e raiva) no que tocava a Draco Malfoy. E ele parecia ter reparado nesse facto.
- Gosto mais de ti quando estás irritada, Jones. – Cissa riu amargamente.
- Tu gostas de mim, Malfoy?
- Ambos sabemos que não, Jones. – respondeu , sorrindo de lado.
- Estava só a confirmar. – afirmou Cissa, ainda rindo.
- Pensas que algum dia vai mudar, Jones? Bem sei que querias que fosse verdade.
- Pois enganas-te, Malfoy. Ninguém deve gostar tão pouco de ti como eu. – disse, com desprezo.
- Vês? Já nem consegues dizer que me odeias.
- Cala-te, Malfoy! Porque é que vieste para aqui encher-me a paciência? – perguntou Cissa, já irritada.
- Já te expliquei, Jones. Gosto de te ver irritada.
- Sabes de que é que eu gostava, Malfoy? – perguntou, depois de um suspiro irado.
- De quê, Jones?
- Que agisses comigo como ages com outra pessoa qualquer. Como se eu fosse invisível, como se eu não pisasse o mesmo chão que tu pisas todos os dias.
- Não era capaz de fazer tal coisa, Jones. Não contigo. – respondeu ele, sorrindo de lado.
- Rrrrrr – fez Cissa, exasperada. – Mas porquê?
- Ora, Jones, tu és especial. – respondeu, encolhendo os ombros.
Cissa olhou para ele longamente. ' O que raio se passa aqui? O que é que ele pretende com toda esta conversa, para além de me pôr os nervos em franja? Será que ele pretende mesmo qualquer coisa? O que poderá ser?' Estava tão concentrada nas perguntas que, apesar de estar a olhar para Draco, não reparou que ele a olhava de volta. 'O que é que se passará dentro daquela cabeça? Porque é que ela já não me insulta como antes? Porque é que ela está com aquele olhar desfocado?'
- Estás a sentir-te bem, Jones? – perguntou, a medo. Cissa acordou do seu 'transe'.
- Optimamente, Malfoy. Estás preocupado com o meu bem-estar?
- Claro que não, Jones, mas parecias uma zombie. E eu não quero ser acusado de homicídio nem nada que se pareça. – Cissa riu.
- Claro que não queres. Diz-me, foi por isso que tentaste, estupidamente, e não conseguiste matar o professor Dumbledore? Ou foi simplesmente cobardia? – ele olhou-a mortalmente. No entanto, se se olhasse com atenção, poderia ver-se a dor espelhada por detrás aquele olhar cinzento penetrante.
- Cala-te, miúda idiota, não fazes ideia do que estás a falar! Não sabes nada sobre o que se passou naquela noite!
- Por acaso, Malfoy, até sei. – respondeu, levantando-se. - Mas não te preocupes, eu não disse a ninguém. Nem a Daphne. De qualquer modo, as pessoas não precisam que eu lhes diga o que se passou para que saibam que não passas de um rapazote mimado e cobarde, com um grave distúrbio narcisista. – fez uma pausa. – Mas pronto, em tua defesa, suponho que estavas apenas a fazer o trabalhinho que o teu amo te encomendou. - terminou Cissa, sarcástica, dirigindo-se ao alçapão.
- Eu não sou lacaio de ninguém, Jones. – disse ele, irritado, imitando-a e descendo também pelo alçapão. Cissa deu um sorriso amarelo.
- A garrafa de mead, o colar amaldiçoado… - à medida que mencionava cada coisa, contava pelos dedos, com um tom de falsa inocência. Ele olhava-a, espantado. 'Como é que ela sabe!'. - Sim, parece-me claro que sabes qual é o teu lugar. É óbvio que sabes o quanto vales. – respondeu, irónica.
- E tu, Jones, sabes o quanto vales? – perguntou ele, irritado, tentando claramente desviar sobre si a atenção. Cissa acedeu.
- Logicamente.
- Eu também sei o que vales, Jones. Nada. – retorquiu, enquanto desciam as escadas. Cissa riu.
- Perdoa-me, doninha, devia ter-me expressado melhor: sei o que valho para as pessoas que me são importantes. O que tu, ou qualquer outra pessoa pensa de mim, é-me completamente indiferente.
- Ora, Jones, as pessoas 'importantes' que mencionaste, sentem qualquer coisa por ti e, por isso, ficam incapacitadas de ver o que realmente vales. – Cissa olhou-o, num misto de divertimento e estupefacção.
- Sabes que o que acabaste de dizer não faz qualquer sentido, certo? Exactamente por sentirem qualquer coisa por mim e me conhecerem bem é que sabem como sou e o que valho. Malfoy Malfoy, parece que começas a fazer jus a essa cor de cabelo. Não que eu algum dia tenha duvidado, mas…
Tinham chegado ao corredor. Cissa apressou o passo. Apesar de se estar a divertir gozando com o Malfoy, sabia que se aquela conversa continuasse por muito mais tempo, as consequências não iam ser boas. Para o Malfoy, claro.
- Lembras-te do que disseste sobre pisarmos o mesmo chão? – perguntou ele, claramente ignorando tudo o que Narcissa dissera. - Estás enganada em relação a isso, Jones. Tudo o que eu piso vira ouro.
- Não, Malfoy, o que tu pisas é mármore e continua mármore mesmo depois de ser pisado por ti. Se se transformasse em alguma coisa, seria em mer…
- Narcissa, ainda bem que te encontro! Olá Draco! – interrompeu Slughorn, vindo do corredor à direita.
- Professor. – respondeu Draco, retribuindo o cumprimento.
- Olá, professor. Andava à minha procura? – perguntou Cissa, educada, perdendo a postura que adoptava quando discutia com Malfoy.
- Não particularmente, Narcissa, mas já que te encontrei, digo-te que a nossa festinha mensal do Clube dos VIPs está agendada para amanhã. Não te esqueças!
- Como poderia, professor? – disse Narcissa, com um sarcasmo que Slughorn não compreendeu, tal não era o seu entusiasmo.
- Bom bom, vemo-nos ao jantar, sim? Até já, crianças!
- Adeus, professor.
Assim que Slughorn se afastou o suficiente, Cissa suspirou cansada.
- Estou a ter um dia bestial, não haja dúvida. Primeiro tu, agora o Slughorn. O que virá a seguir?
- Cissa! Narcissa! NARCISSA!
Cissa virou-se para encontrar Daphne a correr na sua direcção. Draco também se havia voltado e olhado a prima com uma sobrancelha erguida.
- Daphne, o que é que passa? – perguntou Cissa
- Ci..Cissa…o..o.. – Daphne tentava falar, mas faltava-lhe o fôlego.
- Daphne, por Merlin, respira com calma! – A loira assim fez e, após uns segundos, tornou a falar.
- James e Tom foram apanhados pelos Carrow. Estão na ala hospitalar. – Cissa fechou o semblante e olhou o chão, não reparando que Draco também tinha feito um trejeito de raiva. Levantou a cabeça e olhou-o.
- Leva-a para a sala comum. Daphne, vais manter-te longe, ouviste?
- Cissa, nem penses nisso! Não vou deixar que te levem para os calabouços de novo! – Draco olhou para Cissa, intrigado.
- Não quero saber! Mantém-te longe! - Cissa começara a correr na direcção contrária, a caminho da ala hospitalar. Daphne olhou para Draco.
- Vai atrás ela, Draco, por favor! Tenho medo que ela cometa alguma imprudência. – Draco olhou-a com uma sobrancelha erguida. – Eu juro que vou para a masmorra, mas vai atrás dela! Agora!
Draco deu um último olhar à prima e correu atrás da morena. O que se iria passar a seguir? O que fariam os Carrow se Narcissa se lhes opusesse, se ficasse no seu caminho? Ela iria sair magoada, sem dúvida. 'E eu? Ficarei a olhar, impávido e sereno, sem fazer nada para os travar?'
Oh não, não ficaria. Mas é claro que ele ainda não sabia isso.
N/A: Aceitam-se sugestões para o título x) E opiniões sobre a fic também 8D
Love,
~ Nalamin
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