Prefácio




- Por Merlin, Dor, você tem mesmo que ouvir essa música? – Paul Meadowes perguntou com um sorriso.


Dorcas e o pai estavam a caminho de uma festa para buscar Marlene McKinnon, que para variar, havia desobedecido e saído de casa sem permissão.


As condições climáticas não ajudavam muito para que Paul enxergasse bem a estrada, mas ele dava seu melhor. Sempre parava nos sinais e, por incrível que pareça, parecia lidar muito bem com todo aquele nevoeiro. Argh, outono é mesmo uma época estranha!


- Papai, não brigue com a Lene, certo? – Dorcas pediu, enquanto jogava a cabeça de um lado para o outro ao ritmo da música – Não é como se ela tivesse feito algo realmente feio. A mamãe é uma exagerada, você sabe!


Paul riu e tirou uma das mãos do volante para bagunçar o cabelo da filha.


- Você sempre protege sua irmã, impressionante! – Paul balançou a cabeça e parou em um sinal que havia acabado de ficar vermelho.


- Na verdade é ela quem sempre me protege. – Dorcas corrigiu – Mas não fuja do assunto, prometa que não vai brigar com ela!


- Eu atravessei a cidade para buscar sua irmã nessa festa. Não acha que ela merece um sermão, pelo menos?


- Não, não acho! – Dorcas sorriu – O sinal abriu, papai!


Paul sorriu para a filha e avançou com o carro em direção ao cruzamento.


Tudo o que aconteceu depois foi bem rápido. No momento em que o BMW preto avançou no sinal verde, uma caminhonete desgovernada veio em direção a eles, e bom... O resultado dessa cena não foi agradável para ninguém.




.*.*.*.




A música alta invadia todos os cômodos daquela casa, e era por isso que mesmo estando no quarto, Marlene podia ouvir tudo com uma clareza quase ensurdecedora. É claro que isso não a incomodava, afinal, como prestar atenção em todo o barulho quando se está ocupada demais descendo as mãos pelas costas despidas de um jogador de Quadribol para lá de disputado?


Definitivamente, Marlene podia se considerar uma sortuda! Não era qualquer uma que podia dizer que já esteve no quarto de Jason Smooter, e melhor, prestes a fazer... Ah, você sabe!


As mãos de Marlene estavam novamente na nuca de Jason, agarrando seus cabelos, enquanto ele a beijava com ferocidade, e as mãos dele passeavam livres por suas pernas. Céus, como seu coração batia rápido! Isso nunca havia acontecido antes, e só podia significar que estava começando a sentir algo realmente forte por aquele rapaz.


Jason agora distribuía beijos e mordidas pelo pescoço de Marlene, enquanto ela se ocupava em cravar as unhas em suas costas, deixando rastros vermelhos por todo o local. Aquelas marcas demorariam a sair dali, com certeza!


Tudo estava quente demais, ela estava perdendo totalmente o controle, até que...




“Cause I'm doing things that I normally won't do. The old me's gone I feel brand new. And if you don't like it fuck you…”


 


- Argh, meu celular. – Marlene gemeu de desgosto.


- Não precisa se irritar, Lene, simplesmente ignore! – Jason disse, encarando a menina com um olhar divertido.


Marlene sorriu para ele, e realmente pensou em ignorar a música que tocava, anunciando mais uma chamada. Ia beijá-lo novamente, quando o celular começou a tocar mais uma vez, fazendo-a revirar os olhos, impaciente.


- Espera, deixe-me atender a Dorcas, antes que ela tenha um ataque dos nervos! – Marlene disse e pegou o celular que estava sobre a mesa de cabeceira. – O que foi, Dor?


- Lene?


­- Não, a rainha da Inglaterra! – Marlene disse com impaciência – Claro que sou eu, retardada! Diz de uma vez o que você quer!


Dorcas riu com dificuldade ao ouvir a irmã “xingá-la”, e isso não passou despercebido pela mais velha.


- Dor? Você está bem? – Marlene perguntou alarmada.


- Houve um acidente, Lene, e... – Dorcas parou um instante, e Marlene pôde ouvir uma tosse seguida por um gemido de dor – O papai, ele... Ah Lene...


- Dorcas, você está mesmo me assustando! – Marlene já estava sentada na cama, e encarava Jason com os olhos alarmados. O rapaz, que estava tão confuso quanto ela, não desviava o olhar da expressão assustada da jovem – Você está bem?


- Não... Lene, eu acho que não tenho muito tempo aqui.


- Escute aqui seu projeto de criança mal feito, pare de dizer que não tem muito tempo! Que droga, onde foi esse maldito acidente? Dorcas, por Merlin, onde você está?


- Eu não sei... Eu... Lene, eu amo você!


A última coisa que Marlene ouviu depois disso foi um suspiro e o som de algo caindo, provavelmente o celular.


- Dorcas? Dor? – ela chamou, inutilmente – DORCAS?


- Marlene, por Merlin, o que aconteceu? – Jason perguntou preocupado, segurando o rosto dela entre as mãos – Fala comigo, Lene!


- A Dor... Eu... – Lene tentou formar uma frase que fizesse sentido, mas nenhuma palavra vinha em sua mente.


- Lene, o que aconteceu?


Marlene respirou fundo e encarou os olhos castanhos de Jason, tentando encontrar algum sentido em toda aquela confusão.


- Eu acho que...


- Você acha o que?


- Eu acho que a Dorcas morreu, Jason! – Marlene conseguiu colocar para fora, extremamente apavorada.














~*~












N/A: Heeeey!


Aqui estou iniciando mais uma fic auhauhauha espero que tenham gostado do prefácio e do pequeno suspense.


Essa cena foi mais para que entendessem que Dorcas e Marlene, aqui, são irmãs. Filhas da mesma mãe e de pais diferentes... Acho que notaram isso, mas não custa esclarecer.


No primeiro capítulo vocês já verão os marotos na história e tudo mais... Enfim, aguardem *-*


Comentem certo?!


XoXo,


Mily.

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