A gravidez




Hermione saiu de dentro da sala do médico com um enorme sorriso no rosto. Passou a mão ligeiramente pela barriga, aquela gravidez mudaria tudo que estava acontecendo em sua vida. Sabia exatamente o que precisava fazer, e o momento perfeito era isso.


Quando deixou o prédio onde ficava o hospital, foi diretamente para o seu carro e se dirigiu até o local onde ficava o ministério da magia. Dentro do elevador, do trajeto do átrio até o andar onde ficava o gabinete do ministro, ela ficou apenas encarando os pés, estava visivelmente nervosa.


Foi andando pelo corredor até que encontrou Lupin.


- Bom dia Hermione! – ele a cumprimentou sorrindo – O que a traz aqui?


- Bom dia Lupin! – retribuiu o sorriso – Eu preciso conversar urgentemente com o Rony e não posso esperar até ele chegar em casa.


- Ele está na sala dele! – falou – Agora eu tenho que ir, hoje é aniversário de Jordan e Tonks faz questão de que eu almoce em casa.


- Eu a entendo perfeitamente! – a morena balançou a cabeça afirmativamente – Nós aniversários da Julie, também peço para o Rony ir almoçar em casa.


Os dois se despediram e a mulher continuou o seu caminho. Como a secretária não estava sem sua mesa, ela resolveu bater na porta.


- Pode entrar! – ouviu a voz do marido do outro lado.


Entrou na sala e encontrou o ruivo separando alguns papeis dentro de vários envelopes.


- Mione! – ficou bastante surpreso em vê-la.


- Eu precisava muito falar com você? – disse isso rápido demais – Acabei de vir do St Mungus.


- O que houve Mione? – se levantou e caminhou até onde a esposa estava, parecia bastante preocupado – Você está doente? Está se sentindo mal?


- Não é isso! – explicou de maneira bastante calma – Para falar a verdade, acho que nunca me senti tão bem em toda a minha vida.


- Então o que você foi fazer no hospital? – quis saber – Foi conversar com a Gina?


- Também não! – tinha um enorme sorriso no rosto – Eu fui fazer um exame. Estou grávida!


Por alguns minutos, Rony ficou completamente sem reação, apenas olhava para a esposa.


- Você não vai dizer nada? – perguntou bastante receosa.


Ele apenas a abraçou, fazendo com que se levantasse do chão, e a rodou várias em torno de si. Naquele momento, todas as suspeitas que ele tinha de traição por parte da mulher havia desaparecidos, aquela era a prova que ele precisava de que Hermione queria ficar com ele apesar de tudo.


- Rony! – ela disse enquanto ele ainda a dava voltas a segurando.


- O que é? – perguntou sem parar a comemoração.


- Eu estou ficando enjoada com você me rodando desse jeito – isso fez com que ele parece, no mesmo momento, e a colocasse no chão – Obrigada!


- Desculpe-me! – estava com o rosto extremamente vermelho – É que eu fiquei muito feliz com essa noticia e não consegui me controlar.


- Tudo bem! – deu um selinho rápido nos lábios do marido – O que acha de irmos almoçar para comemorar a chegada do novo membro da família?


- Acho uma ótima idéia! – concordou – Mas antes eu preciso terminar de arquivar esses relatórios – apontou para sua mesa onde ainda havia várias folhas de pergaminhos.


- Está bem! – balançou a cabeça afirmativamente – Eu também preciso mandar uma coruja avisando que eu não vou almoçar em casa.


Cerca de vinte minutos depois, eles já haviam terminado suas atividades, então saíram para almoçar.


Harry estava lendo o profeta diário, pelo menos estava tentando, não conseguia parar de pensar na sua melhor amiga desde que ela havia sido bem cedo naquela manhã. Como a morena não disse nada a respeito de aonde iria, ele ficou curioso para saber, mal podia esperar a hora que ela chegasse.


Estava totalmente perdido em pensamentos que não reparou quando a governanta da casa se aproximou dele.


- Senhor Potter – disse fazendo com que ele a olhasse – Acabei de receber uma carta da senhora Weasley, ela disse que vai almoçar com o marido e só vem para casa mais tarde. Quando deseja que eu mande servir o almoço.


- Ela não vem! – tinha um tom de decepção em sua voz – Então ó precisa esperar a Julie chegar para servir o almoço, pelo menos eu não vou ficar sozinho nessa casa.


- Está bem senhor Potter! – respondeu antes de ir em direção a cozinha.


Não demorou muito para Julie chegar em casa. Ela correndo na sala e com um enorme sorriso no rosto, mas assim que encontrou o de olhos verdes, parou e desfez o sorriso.


- Onde está a minha mãe? – perguntou sem pensar duas vezes.


- Saiu para almoçar com o seu pai! – explicou – Parece que vamos ser nos dois hoje aqui.


- Então está bem! – estava bastante triste – Vamos almoçar logo, eu estou com fome.


- A refeição foi feita em silêncio. Harry, às vezes, percebia que a garotinha o olhava, mas que decidia, por fim, não falar nada.


- E então! – diz algum tempo depois – Como foi na escola hoje?


A ruivinha o encara, não estava esperando por essa pergunta.


- Foi legal! – volta a olhar para o seu prato, enquanto fica mexendo a comida com o garfo – A professora leu a minha história trouxa preferida.


- Até nisso você se parece com a Mione – sorri ao dizer isso – Lembro-me de quando ela ficava horas na biblioteca lendo.


- Meu pai sempre me diz isso – contou – Ele ás vezes ma chama de mini-Hermione, só que eu sou ruiva e tenho olhos azuis.


O moreno balançou a cabeça afirmativamente.


- Se você quiser! – começou um pouco receoso – Eu posso ler uma história para você depois que terminarmos de almoçar.


- Eu vou adorar! – sorriu, talvez aquele homem não fosse tão ruim quanto ela pensava.


Terminou de comer rapidamente. Em seguida, a menina foi até o seu quarto e pegou um livro de contos infantis para que o de olhos verdes pudesse ler para ela.


Quando Hermione chegou em casa já passavam das duas horas da tarde. Ela encontrou o amigo e a filha sentados no sofá rindo de alguma coisa bem divertida, não pode deixar de sorrir com essa cena.


- Mamãe! – a menina levanta do sofá e corre até a mulher, que a pega no colo.


- Oi minha querida! – caminhou em sentou em uma poltrona (tentava ficar o longe mais possível do moreno) – Você almoçou direitinho.


- Sim! – balançou a cabeça afirmativamente – E o Harry leu uma historinha para mim.


- Que bom! – sorriu para o amigo, que retribuiu o gesto – Julie, tenho uma novidade para te contar, acho que você vai gostar.


- O que é? – parecia bastante curiosa.


- Lembra quando o seu pai te disse que você ia ganhar um irmãozinho/ - viu a garota balançar a cabeça afirmativamente – Agora ele realmente está a caminho.


- E quando é que ele chega? – perguntou bastante animada – Vai demorar muito?


- Na verdade ele já está aqui? – pegou a mãozinha da filha e passou pela sua barriga – Mas ele ainda precisa de nove meses para poder crescer.


- Ele vai crescer dentro da sua barriga? – a viu balançando a cabeça afirmativamente – E como é que ele chegou até aí?


- Isso é uma outra história! – ficou ligeiramente vermelha ao responder isso – Se depender do seu pai, você só vai descobrir isso daqui uns trinta anos.


- Está bem! – não pareceu muito convencida com isso – Eu vou lá me cima fazer um desenho para o meu irmãozinho, quero começar agora para que ele esteja bem bonito daqui a nove meses.


- Está bem! - observou Julie ir correndo para o andar de cima da casa.


Agora ela estava sozinha com o moreno naquela sala, evitava a todo o custo olhá-lo, não sabia como iria fazer isso.


- Você não tem nada para me dizer? – perguntou de repente.


- E o que eu teria? – fingiu não entender do que ele falava.


- Algo como, por exemplo, que esse filho é meu e não do Rony – disse como se fosse a coisa mais natural do mundo.


- E o que te faz ter tanta certeza disso? – o olhou de maneira sarcástica.


- Você me disse que a única pessoa com quem você queria ter um filho nesse momento era eu – explicou com bastante calma – Além disso, você também disse que havia um feitiço que a impedia de ter um filho com o Rony.


- Feitiços falham e você sabe muito bem disso – respondeu simplesmente – Uma mulher sabe perfeitamente quando foi que engravidou, eu não sou exceção. Tenho certeza absoluta de quem é o pai do meu filho.


- Então olha dentro dos meus olhos e diz quem é! – parecia muito sério nesse momento.


- É o Rony! – mirava firmemente aquele par de olhos verdes.


Nesse momento ele se levantou do sofá e começou a caminhar em direção as escadas.


- Aonde você vai? – ela quis saber.


- Arrumar as minhas coisas, vou procurar um hotel para ficar até arrumar um apartamento – explicou – Não posso ficar aqui convivendo com isso.


Assim não podia mais vê-lo, Hermione começou a chorar.


O moreno esperou até o amigo chegar para poder ir embora, não queria parecer mal educado ao ir embora sem se despedir.


- Espero que você e a sua família sejam muito felizes! – foi tudo que ele disse para o outro antes de sair apressadamente pela porta.


O ruivo achou tudo isso muito estranho, foi para o seu quarto e encontrou a esposa sentada na cama e chorando.


- O que houve? – se aproximou dela preocupado.


- Eu estou um pouco enjoada – falou enxugando as lágrimas do rosto – Você sabe como eu detesto vomitar.


Embora soubesse que e mulher estava mentindo, a explicação dela fazia muito sentido. Antes de Julie nascer, a encontrou várias vezes chorando dentro do banheiro porque havia acabado de vomitar.


- Você sabe que isso logo vai passar – sentou-se ao lado dela e passou a mão pelos cachos do seu cabelo.


- Eu sei! – as lágrimas voltaram a cair pelo seu rosto – Mas isso é horrível.


Deu um beijo na testa da morena e depois, deu outro em sua boca.


- Você me faz um favor? – o homem balançou a cabeça afirmativamente – Me abraça, me abraça muito forte.


Foi que ele fez. Hermione ainda chorou por mais alguns minutos, mas aos poucos foi se acalmando. Continuaram daquela maneira até que a mulher adormeceu. Rony achou melhor deixa-la descansando e então desceu para jantar.

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