Verona, a cidade do amor



Capítulo 2 – Verona, a cidade do amor

        - Minha bela Ginny! Onde estás tu, ó doce Ginevra ? – Gritou Harry da sacada do quarto do hotel deles, na certa tentando imitar algum cavalheiro galanteador italiano e... bem, sem muito sucesso nessa parte, mas fazendo Ginny dar um sorriso tímido em resposta. Ela ficou encarando o noivo por um tempo, pensando em como seria a estadia deles lá, mas tudo o que pensou, não chegava nem perto de como realmente seria... Não havia se dado conta disso, até... bem, até o celular dele tocar. Ginny só revirou os olhos, em sinal de leve irritação, quando já adivinhava quem seria. Subiu as escadas vagarosamente, esperando o que estava por vir já, mas querendo adiar o inevitável.
        Como havia, corretamente, suposto, era o sócio dele. Tinha vontade de esganar esse sócio.


        - Ótimas notícias Ginny! Era Barny e ele nos convidou para uma exposição de vassouras, das mais antigas as mais atuais, a alguns quilômetros daqui, em Veneto! Uma oportunidade única! – Exclamou, fazendo exagerados sinais com os braços.


- Quilômetros? Em Veneto? Que... ótimo, mas e o nosso passeio ? Quer dizer que não vamos dar uma volta famosos barcos românticos agora?

        - Querida, procure entender! Os barcos estão aqui há anos, e essa exposição é única! Nós passaremos maravilhosos momentos juntos, você verá!

        - Claro. Se você diz... – Disse ela pensando que o passeio seria sim ótimo, pra ele.

CARTAS PARA JULIETA – D/G

         - Bom senhores, essa é uma spirit 46, uma das primeiras vassouras com o interior revestido com fibra do coração de dragão, uma raridade! Passem a mão, sintam a suavidade!... – Exclamava o vendedor que estava apresentando as vassouras, com eficiência.

          A cada palavra do vendedor, Harry fazia comentários entusiasmados, sempre soltando uns: “Oh!”ou uns “Ah! Sério?” E sempre desatento a sua, cada vez mais desapontada, noiva, que tudo que ouvia era: Blábláblá Oh! Blábláblá.

        Depois de muita enrolação, que parecia ter durado um século na percepção de Ginny, o passeio adorável chegou ao fim.
        Quando ambos entravam no carro, o celular de Harry tocou novamente. Ginny, amaldiçoou toda a geração do querido sócio de Harry pela segunda vez ao dia. O cara num tinha o menor bom senso, poxa, era para ser a lua de mel deles.

        - Ah sim. Sério? Legal! Vou sim. Certo. – Ela ouvia a conversa de seu noivo com desagrado. Coisa boa num era. Claro que não.

        - Amor, quem era ? – Perguntou Ginny na maior cara lavada, com fingido interesse.

         - Era o Barny! Nos convidou para ir a uma fábrica de produção de balaços! 120 quilômetros daqui.

         - Escuta Harry, e se você for sozinho ?
         - Você tem certeza ? Me sinto péssimo. Desculpe se a viagem não está sendo nada como planejava, mas isso é muito importante para mim e...                                                               
         - Tenho certeza sim. Você vai e eu vou visitar o que eu quero. Acho que vou na antiga casa da Julieta Capulet...                                                                                                              - Ótimo! Você faz o que quer, eu faço o que quero e tudo certo! – Disse demonstrando o mínimo interesse pelo que ela queria dizer ou fazer.

        - Claro. – Murmurou ela, com um leve sorriso desapontado brincando em seus lábios rosados.

        - Mas eu confesso que achei que você fosse ir sabe, você sendo artilheira da Holly Head Harpias e tudo mais.
       
        - Eu estou em Verona, farei coisas em Verona certo ? – Disse, não querendo dizer que enjoara de quadribol graças a ele, que não sabia falar em outra coisa.

        - Claro. Bom, se você está feliz eu estou feliz! – Ele falou, sem demonstrar o mesmo que suas palavras diziam.

Em resposta ela lhe deu um sorriso amarelo, que para variar, as verdadeiras intenções dele, não havia sido percebidas.

CARTAS PARA JULIETA – D/G

         Harry estava descendo as escadas e indo em direção ao carro vermelho alugado lá. Verona era uma cidade em que a maior parte da população era trouxa e apesar dos poucos bruxos existentes por lá, não podia se usar vassoura como meio de transporte. Ia ser meio estranho se um trouxa estivesse andando na rua e uma vassoura passasse voando por ele.

        - Volta logo ok? – Ginny murmurou abraçando o noivo.

        - Relaxa amor – Disse ele se desvencilhando do abraço dela. – É rápido. Divirta-se por aí, já estou com saudades. – Disse Harry nem um pouco preocupado com a futura esposa. Parecia que havia dito aquilo por puro peso na consciência. E Ginny tinha certeza que era esse o motivo.

         Enquanto ele partia com o carro, ela sentou-se na calçada, pensando em seu próximo passeio, quando uma ideia passou por sua mente, fazendo com que ela abrisse um sorriso branco. Voltou correndo para o quarto para pegar seu caderno. Sua vida de procuradora de fatos estava prestes a mudar para escritora do Profeta Diário.


N/A: Fim do segundo capítulo. Espero que gostem, mas como eu disse antes, esses primeiros capítulos num tem ação, só vai ter mesmo quando o Draco aparecer. E no filme é a mesma coisa então... Acho que está bem parecido.
Comentários, por favor, qualquer tipo.

Beijos

Gabriela W. Malfoy

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