Capítulo I
Capítulo I
Depois de um ano conturbado, Hermione Granger finalmente têm o seu descanso. Sentada em uma poltrona na varanda da casa de seus pais, tudo o que ela não quer é pensar no que o sexto ano na Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts reserva pra ela. Mais, infelizmente, é só nisso que ela pensa. Desde que ela se despediu de seus amigos, Harry Potter, Ronald e Gina Weasley e Luna Lovegood, naquele dia ensolarado na estação de King’s Cross, nada mais ocupa a sua mente se não os pensamentos com o que foi e com o que será. O que mais a preocupava, porém, não era algo que lhe fizesse sentir medo, ou pudesse apresentar a ela algum perigo, era alguém que ela conhecia a cinco anos, era o seu melhor amigo, era Harry Potter. O que seria dele agora? Um mundo todo o pressionando, o medo e o perigo o rondando, a dor de perder novamente pessoas queridas, como o seu padrinho, Sirius Black, a sua única família. E tudo isso, por sua culpa, ele pensava. Estava cansado de perder pessoas amadas, pessoas que deram a sua vida para defende-lo, que não teriam morrido se Harry tivesse “facilitado” as coisas para o Lorde das Trevas, e tivesse morrido junto com seus pais, naquele 31 de outubro. Ele estivera distante no último ano, e Hermione entendia o porquê. Só não conseguia pensar em como as coisas iriam ficar depois de tudo o que aconteceu a tão pouco tempo. Agora, mais do que nunca, Hermione seria a amiga que Harry precisava, a irmã, a mãe. Chegou a hora, ela sabia, de parar de ser durona, e de cobrar, Harry não precisava de alguém para lhe pressionar, precisava de colo, de alguém que o entendesse, compreendesse, e Hermione seria esse alguém, estava decidida.
Após uma última semana de férias n’A Toca, Harry, Rony e Hermione estavam novamente em uma cabine no Expresso de Hogwarts, rumo ao sexto ano letivo na escola. O ar lá dentro era tão frio que parecia ter congelado o cérebro dos três. Dentro do trem, fora da cabine, ouvia-se a agitação dos alunos. E lá fora, o mundo parecia estar parado. O silêncio era cortante. O frio invadia o casaco de lã grossa de Hermione. Ela não precisava ser a melhor aluna de sua turma para saber que não, o frio não tinha congelado o cérebro de Harry. Era como telepatia, ela sabia o que se passava por trás dos cabelos negros do amigo, mais não podia fazer absolutamente nada para mudar o curso desses pensamentos.
- Então... Harry... não vai me contar como foram as suas férias?
- Dentro de uma semana essa já deve ser a milésima vez que você me pergunta isso... – e completa quando vê a expressão constrangida da amiga – Ah... você sabe né? O mesmo de sempre, tudo igual.
- Sei, mais... bom, você deve ter algo para nos contar, não é? O que essa cabecinha anda maquinando, hein? – ela sorri.
- Hermione, já chega ok? O que você quer? Que Harry vire pra você a cada um segundo e diga “Mione, estou pensando em como vou comemorar se ganharmos a Taça de Quadribol este ano”, “agora estou pensando no que eu vou comer daqui a uma hora” – retruca Rony.
- AH! Qual é o problema com vocês dois hein? – Hermione perde a paciência.
- Bom Hermione, acho que você sabe qual é o problema, não é? É o mesmo de seis anos atrás, o mesmo de sempre. O.K? – Harry se levanta e vai até a porta da cabine – Eu vou ali... – e sai.
Harry não voltara a cabine.
Depois que saíram do trem, Hermione, Rony e Gina seguiram sozinhos em uma carruagem até o castelo. Novamente silêncio. E dessa vez um silêncio constrangedor, principalmente para Hermione. Ela sabia o que havia feito, o que chateou Harry, mas sabia também que não tinha feito por mal. Mas como ele entenderia isso?
Depois do banquete no Salão Principal, Hermione esperou Harry na sala comunal da Grifinória. Todos foram se deitar, mais ela precisava ficar ali. Estava preocupada, e queria pedir desculpas... Foi quando o buraco no retrato da Mulher Gorda se abriu, e Hermione viu seu amigo entrar.
- Harry! – ela o abraça, preocupada – Aonde você estava? Eu fiquei tão preocupada, me desculpe pelo que eu falei lá no trem, você sabe como as coisas estão ultimamente não é? Eu me preocupo tanto com você, pensando se você está be...
- Ok Hermione – diz Harry, sorrindo e tampando a boca da amiga com a mão – Tudo bem, eu te entendo. Eu estava por aí, como eu sempre estou... – e ri sem graça.
- Eu sei como você se sente Harry, e eu quero te ajudar, você não imagina o quanto. Afinal, amigos são pra isso, não é? – sorrindo.
- Claro que são e, olha, você já me ajuda bastante ok? E não estou falando dos trabalhos e deveres que você faz por mim – rindo – Você é a minha melhor amiga, e só isso basta. Não há ajuda melhor, ok? – e a abraça.
Enquanto Harry a abraça, Hermione sente algo diferente, como nunca sentiu antes, por ninguém e com ninguém. Ela não sabia explicar o que era, principalmente porque estava acostumada a receber abraços de Harry, mas em nenhum deles ela sentiu algo como aquilo. Um calor forte subindo pelo corpo, um arrepio na espinha, o coração batendo acelerado feito bateria de escola de samba, as pernas bambas, a vontade de não largá-lo nunca mais, sua voz até saiu diferente quando ela gritou “Harry!”... mas, epa! Essa não era a sua voz, ela nem mesmo havia aberto a boca... Mas é claro, lá vinha ela, Gina Weasley com seus cabelos cor de fogo esvoaçantes descendo pela escadaria do dormitório das meninas em direção a Harry e, oh meu Deus, ela pulou em cima dele! Quando Hermione se deu conta, não era mais ela quem estava envolvida naqueles braços musculosos, era “a outra”, Ginevra Weasley! E, quem ela pensa que é? Ele é MEU melhor amigo, sou EU quem está com ele há 5 anos, o aturando nos momentos bons e ruins e agora eu nem posso mais abraçá-lo em paz porque aparece uma... uma ruiva no cio e pula em cima dele como se ele fosse o último homem da face da Terra, Merlin, me dai paciência para que eu não pule no pescoço dessa...coisa!
- ...você não pode sumir por aí, nós estávamos preocupados, Hermione estava quase pra morrer.- e foi a voz dela que tirou Hermione dos seus pensamentos.- Ei! Hermione! Ta aí? – estralando os dedos freneticamente.
- Estou... – diz Hermione, forçando um sorriso – Bom, mais agora que Harry já tem companhia – fulminando Gina com o olhar – eu vou deitar. E vocês deveriam também, porque não pega nada bem chegar atrasado no primeiro dia de aula... Boa noite. – e sai a caminho do dormitório, antes de escutar o cochicho de Gina para Harry “o que deu nela? Acho que anos de livros empoeirados da biblioteca começaram a afetar a nossa amiguinha – rindo loucamente”
Quando Hermione deitou na cama naquela noite, os acontecimentos de minutos atrás ainda tiravam o seu sono. Que espécie de droga colocaram no meu suco de abóbora hoje no banquete? Será que Harry me deu uma Poção do Amor sem que eu percebesse? Mas porque ele faria isso? Deve ter sido brincadeira... Porque eu chamei a minha melhor amiga de “coisa” e disse que ela estava no “cio”? Porque eu senti vontade de matá-la? Ok que não foi a primeira vez, mais Harry nunca foi o motivo... Porque eu senti ciúmes dele? Porque os braços dele estavam tão musculosos e porque ele estava tão lindo e, ai meu Merlin, aqueles olhos... PÁRA HERMIONE, VOCÊ ESTÁ LOUCA? PIROU?! Harry é seu melhor amigo e ponto... Ronald colocou alguma coisa no meu suco, aquele ruivo, eu vou ma...
Mais então Hermione dormiu, e apesar de ter sido bem estranho, ela gostou muito de seu sonho.
N/A: E então, gostaram? Não achei muito bom, mais vou ter melhorar nos próximos. Acho que ficou meio pequeno também, mais o II já está a caminho e vou fazer um maior. Comentem, comentem, beeeeijos ;*
rosana franco: obrigada pelo comentário amor, e que bom que gostou. Bom aí está o primeiro capítulo, espero que goste também ;D
Comentários (0)
Não há comentários. Seja o primeiro!