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Narrado por Hermione Granger


Quase dez anos depois, eu consigo entender
Que eu tinha que continuar fosse com ou sem você
Nem sei como cheguei aqui
Mas saiba que eu estou feliz
A sua falta quase me matou,
Hoje eu tenho tudo o que eu sempre quis.


Draco foi o exemplo perfeito de como podemos nos enganar com algumas pessoas quando estamos apaixonados, e também a prova de que algumas pessoas nunca mudam, que filho de peixe, peixinho é.

No final do nosso sexto ano, Dumbledore nos deixou, foi assassinado por Snape e, embora tenhamos descoberto que as intenções deste eram boas, as de Draco não eram. Ele arquitetou toda a morte de Dumbledore, calculou friamente cada passo, conseguiu burlar a segurança de Hogwarts e enchê-la de Comensais da Morte.

Ele foi realmente uma cobra. Depois disso pude entender o por quê daquela carta tão sem explicações: ele só estava me usando para conseguir informações. Talvez ele tenha visto que eu era inútil para os seus planos, ou talvez eu realmente tenha lhe falado alguma coisa importante, e aí, ele simplesmente me largou.

Harry, Rony e eu largamos a escola no ano seguinte, e nos dedicamos à busca das Horcruxes, foi uma tarefa árdua e muito perigosa, mas a guerra finalmente acabou, e o bem venceu. E depois disso pudemos finalmente viver em paz.

Em todo esse tempo que passamos juntos, pude perceber a pessoa boa que tinha ao meu lado. Nunca vou sentir por Rony o que senti por Draco um dia, mas eu também o amo, e o respeito, e tenho por ele uma amizade pura que jamais acabará, e com ele, jamais sofrerei. Estamos casados há oito anos e, depois de várias tentativas, estou grávida do nosso primeiro filho. É uma menina, e se chamará Rosie Weasley, a nossa princesa.

Eu não posso dizer que já não sinto nada por Draco, eu ainda o amo, da maneira suja e egoísta que se pode amar alguém, mas graças ao Rony, aprendi que nem sempre podemos ter o que nos faz feliz, mas podemos ser felizes com aquilo que temos, e isso basta.

Em quase dez anos, jamais tornei a ver Draco Malfoy.

 
Narrado por Draco Malfoy
1997,
Ainda me lembro de tudo
o que eu quero esquecer!


Embora hoje eu não tenha comigo a única pessoa que eu queria ter, sei que a vida foi misericordiosa comigo. Há dois anos eu me casei com uma boa mulher, Astoria, que me compreende e não me julga pelos meus erros do passado e que agora está esperando aquele que me dará um novo sentido para viver, meu filho Scorpius Malfoy.

Não quero ser injusto com Astoria, e espero nunca machucá-la, mas não posso evitar pensar em Hermione, em como eu desejei que fosse o ventre dela que guardasse meu filho, que fosse ela que sustentasse uma aliança com meu nome na mão esquerda. Mas temos que abrir mãos de algumas coisas quando fazemos escolhas erradas.

Eu abri mão de Hermione para vê-la viva e feliz. E embora eu não a tenha a meu lado, ela vai me acompanhar pra sempre nos meus sonhos e no meu coração. Porque eu amo essa mulher. Eu amo Hermione Granger da forma mais pura que se pode amar alguém.

Nunca mais voltei a vê-la e, talvez dessa forma, possa esquecer todos os erros que ainda insisto em lembrar.

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Nem todas as histórias podem ter finais felizes quando já começam erradas. Mas quando o destino decide unir duas pessoas através de um sentimento tão nobre quanto o amor, não há como escapar, mesmo que isso ocorra da maneira mais imprevisível, mesmo que a união se faça apenas com os frutos dessas duas almas... Rose e Scorpius que o digam.
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