O Baile de Primavera
“O amor é um vício de um gosto amargamente doce”
- Maggie Lynn -
Finalmente, o baile de primavera!
As mesas do salão principal deram lugar às mesas de guloseimas, a pista de dança bem no núcleo do salão e – o que não podia faltar – o globo espelhado.
Todas as meninas com quimonos compridos de cetim e cada um deles tinha um lindo e delicado bordado oriental. Todas elas estavam com um leque e a maioria deles eram enfeitiçados – tipo os da Sweet Scanadal, os leques que escutam e vêem tudo. E por falar nela, com certeza ela estava nesta festa, vestida a caráter e tão naturalmente como uma aluna comum.
- Ai, cadê Mikaella, hein? – resmungou Michelly já impaciente.
Kyra e Belle estavam ao seu lado, não impacientes, mas ansiosas para ver Mikaella e o que ela ia aprontar desta vez.
Não demorou muito e lá estava ela, descendo as escadas, com um quimono lindo e bem diferente. Seu quimono não fugia muito do padrão dos outros, a manga comprida boca de sino, mas o comprimento do quimono era curto acima de seu joelho.
- Ela precisa se exibir – disse Michelly ríspida bufando de raiva.
Kyra e Belle boquiabertas.
- Como se você não conhecesse sua irmã – disse Belle.
- É Michelly, esqueceu que o nome dela é Mikaella? – falou Kyra.
- Ela é realmente incrível – disse Belle.
- Quando crescer quero ser igual a ela – comentou Kyra.
- Calem a boca – sobressaltou-se Michelly.
Mikaella é uma exibida, e já ta na hora de cortar as asinhas dela, pensou Michelly e depois saiu para procurar por Alex que até agora não tinha visto.
A intenção de Mikaella não era exatamente se exibir, mas mostrar que ela é diferente de qualquer garota daquela escola. Por isso ela é o alvo predileto da Swee Scan. Mikaella tem estilo, tem classe, ela linda e polêmica.
Kyra e Isabelle que acenavam para Mikaella com certo entusiasmo. Mikaella respondeu com um sorriso radiante.
- Pode me dar essa honra? – disse Thomas, com a mão estendida formalmente.
Mikaella pôs sua mão por cima da dele.
- Toda essa formalidade é da Itália e acho que estamos numa festa oriental – disse Mikaella irônica.
Thomas riu.
- Eu sou italiano – falou Tommy.
- Oh, me desculpe monsieur Guthrie – Mikaella sorriu.
A festa não foi tão diferente de todas as outras que já teve em Wiztron. Exceto o tema exótico.
E parece que Thomas Guthrie realmente resolveu mudar – mais do que devia. Mikaella se sentia sufocada e também sentia falta do garoto que nunca tinha beijado. Agora ele tem mais tentáculos que uma centopéia. Se ela quisesse um drink ele dizia “espere aqui que eu pego para você”. Ótimo, que lindo, mas gentileza tem limites como toda a capacidade do ser humano.
- Tommy, eu quero mais um drink – disse Mikaella chacoalhando a taça vazia.
- Espere rapidinho – dizendo assim ele se virou para multidão em direção ao bar.
Mikaella respirou de alívio. Agora que ele estava meio longe ela estava livre para fugir.
Mikaella não sabia para que direção estava indo, ela só via pessoas, pessoas, e pessoas. Era nauseante. A única coisa que iluminava o salão era o globo espelhado dependurado no teto, com suas luzinhas oscilantes e dançantes.
- Mika, Mika, MIKA! – gritou uma voz, e por mais que ele gritasse sua voz não passaria de um murmuro baixo.
Por entre todos aqueles rostos, Mikaella tentou encontrar quem a chamava até que ela foi puxada.
- Lucas! – disse Mikaella calorosamente – Era você que...
- Aqui está muito barulho! – interveio Alex aparecendo do nada – Eu nem consigo ouvir meus pensamentos...
- Vamos lá para fora – Mikaella pegou a mãos de ambos e eles foram lá para fora. Na sacada.
Era uma típica noite, estava frio, e Mikaella só sentia frio nas pernas – já que estavam à mostra. Alex e Lucas a seguiram disciplinadamente como dois cãezinhos de guarda, evitando da qual maneira possível que qualquer garoto a tocasse.
Mikaella sentou-se no murinho apoiando-se com as mãos para não cair para trás e fitou os dois garotos que estavam ali na sua frente. Ambos de braços cruzados e com a expressão séria.
- Então... – começou ela como um incentivo para eles falarem.
Os dois olharam para ela, mas não disseram nada. Mikaella suspirou devagar.
- Qual de vocês me chamou? – perguntou ela franzindo as sobrancelhas.
- Eu – responderam os dois num uníssono.
- Claro que fui eu que chamei primeiro – retrucou Lucas.
Alex soltou uma risada sem humor.
- Eu preciso falar com você, Mika – disse Lucas.
Alex olhou para Mikaella com uma expressão perplexa estampada na cara e ela pôde ler em seus olhos “não acredito que você vai fazer isso”. Mikaella sorriu frustrada e sentiu seu coração apertar quando viu Alex virar de costas e sair sem dizer nenhuma palavra, era difícil e se ela pudesse dividiria a si própria em mil partes iguais.
Lucas se sentou ao lado de Mikaella – no murinho – seguindo o exemplo de apoiar com as mãos. Ele se atreveu em virar de lado o corpo e ver a altura em que estavam. Seria uma queda dolorosa, ou não – antes de chegar lá embaixo já estaria morto.
Ele pigarreou duas vezes endireitando o corpo.
Mikaella balançava as pernas como uma criança de quatro anos, seus olhos estavam presos no chão.
- Bom – começou ele, Mikaella despregou os olhos do chão e olhou para ele, ele pensava cuidadosamente em cada palavra. – Eu te conheço desde o segundo ano, mas acho que nunca tive coragem de falar com você. Não posso culpar o fato de eu ser da Astren e você da Bolts já que você é uma menina que fala até com os alunos da Valen – ele atropelou as últimas palavras para reprimir o riso.
Mikaella sorriu para não rir. Era muito raro os alunos de outras casas falarem com os alunos da Valen já que eles eram classificados como idiotas. E eles não são. Infelizmente, o Tommy é uma exceção. Mas o Benjamin e o Peter são um dos melhores. Ela sorriu ao pensar neles, há muito tempo não via o Benji e já estava ficando preocupada.
- Eu acho que – Lucas começou a falar novamente – durante esses anos eu absorvi confiança em você. Sabe? Isso é estranho até para mim te explicar...
Mikaella esticou o canto dos lábios em um sorriso.
- É fácil, é só ir ao ponto.
Lucas respirou fundo e pareceu contar até dez mentalmente. Depois ele voltou a olhar nos olhos de Mikaella, inclinando o ombro e levantando a manga de sua camisa ela pôde ver. Não é possível, pensou ela. Instintivamente ela levou sua mão a sua nuca sentido a marca da cicatriz que havia ali, fazia tanto tempo que ela havia se esquecido. Aliás, era uma cicatriz, só uma cicatriz, como todas as crianças têm cicatrizes nos joelhos ela tinha na nuca. Mas, agora, vendo ali na sua frente, Lucas com a mesma marca cravada nas suas costas, bem abaixo do ombro.
- Você sabe o que é isso – afirmou ele, mas sua voz era tão hesitante que parecia mais uma pergunta.
- Você não poderia deixar isso para outra ocasião? – perguntou Mikaella com a voz trêmula escorregando do murinho e voltando ao chão – Estamos numa festa!
- Mas é difícil falar com você, quando não é você que está ocupada sou eu que estou... Mikaella – ele disse seu nome, suplicando uma resposta para aquilo – Você sabe o que é isso, você tem uma igualzinha, eu vi no dia do treino, e você quase não prende seu cabelo pra trás.
- Porque eu gosto de dividir ele ao meio – disse Mikaella, saiu como um sussurro porque ela quase não encontrava sua voz.
Ele suspirou pesadamente.
- Por favor, Mikaella, me ajuda – suplicou Lucas.
Mikaella olho nos olhos de Lucas sem dizer nada. Há anos ela nunca se preocupou em ajudar a si mesma por causa da porcaria dessa cicatriz. Mas agora não era a si mesma, era o Lucas.
Ela o abraçou e sussurrou:
- Prometo tentar. – Mikaella desenrolou o abraço demoradamente. – Agora vai lá curtir a festa – disse ela agora mais animada – Fiquei sabendo que a Marina Mackfield ta afim de você – disse ela sorrindo e depois se foi.
Não foi fácil achar o Alex no meio daquela multidão, porém, ele estava destacado de todo mundo, quase ninguém ficava sentado nos bancos do bar. E Alex estava lá, debruçado no balcão com a metade da taça de cristal com hidromel envelhecido, ele fitava a taça e com a ponta do dedo ele contornava a borda do cristal.
Mikaella se aproximou devagar, hesitante. Talvez ele tivesse concentrado num ritual dele com ele mesmo. Mika riu pelo nariz ao pensar nisso.
- Alex – ela chamou e ele olhou automaticamente parando o dedo sobre a taça.
Alex ergueu a taça e bebeu tudo num gole só. Enquanto ele se recuperava Mikaella esperava em silêncio.
- Você demorou – disse ele por sim com a voz seca.
- É. O que o Lucas tinha para me falar era importante.
Mikaella esperou mais um pouco, mas Alex não disse nada.
- O que houve? – perguntou ela.
Alex travou o queixo e seu maxilar dilatou.
- Discuti com a Michelly – disse ele entre dentes.
- Mas... – O coração de Mikaella acelerou. – Por causa d...?
- Você! – exclamou Alex antes de ela terminar a pergunta – Por causa de você!
Era a segunda vez que Mikaella escutava aquela frase de acusação – “por causa de você” – e isso latejava em sua cabeça. Vindo do Alex a facada era mais dolorosa.
- Ela disse que eu passo mais tempo com você do que com ela – dizia ele com a voz amargurada –, e sabe... Ela tem razão. – Ele riu brevemente, um riso sem humor. – Ela disse que era melhor se eu me afastar de você... E sabe... – Ele deu uma breve pausa. – Ela tem razão! – Alex olhou nos olhos de Mikaella, os olhos umedecidos, a boca trancada como se ela tivesse reprimindo todos os músculos da face para não poder derramar uma lágrima sequer.
- Então porque você não me esquece! – soltou Mikaella. Imediatamente ela se levantou, tentando manter a expressão séria, mas a sua voz já havia revelado tudo. Ela não pôde segurar as lágrimas por muito tempo.
Ela se virou, deixando Alex para trás.
Ela praticamente saiu correndo do salão, depois dessa – com certeza – essa fora sua pior festa. Era coisa demais pesando em sua mente. Os problemas de Lucas, e agora isso vindo do Alex.
Ela sentiu aquela mão – grossa, quente e macia – segurar seu braço, fazendo parar de andar rápido.
- Mikaella...
Prontamente ela tirou o seu braço da mão de Alex.
- Há um porém – continuou ele antes que ela fugisse de novo.
Com Mikaella ainda de costas, Alex delicadamente segurou seus ombros, deslizando aquelas mãos quentes nos seus braços até encontrar suas mãos. Mikaella sentiu um breve arrepio.
- Eu não tenho forças para ficar longe de você – sussurrou ele perto do seu ouvido – Eu não vou ficar longe de você. Eu sei que Michelly tem razão, porque pra mim você já se tornou um vício. Um vício que eu me entreguei de corpo, coração e alma. Um vício que eu sei que nunca vou me libertar, e eu não quero me libertar. – Ele deu um suspiro suave, mas Mikaella pôde sentir sua respiração em sua nuca – Mikaella... Eu te amo.
Ela se virou lentamente e o encarou. Os cílios dela, longos e molhados pelas malditas lágrimas que passaram por ali. Lhe doía tanto ver Mikaella chorar, ele nunca sentiu isso por ninguém.
- Não faz isso comigo – falou ela quase sem voz – Por favor.
E ela foi para o salão comunal, mais uma vez deixando Alex para trás
***
13 de setembro, 09h40min
Querido diário,
Ele é o que mais quero, eu morreria para tê-lo e chamá-lo de meu, só meu, o meu Alex, e ao mesmo tempo, ele é o que mais quero longe de mim, o que mais tento evitar e não consigo porque sei que vou acabar desmanchando nos braços dele de novo.
O Lucas. Eu prometi ajudá-lo em uma coisa que eu nem sei por onde começar. Ele tem a mesma marca que a minha – a maldita marca que eu estava tentando esquecer e que tinha conseguido – só que a dele é no topo das costas, abaixo do ombro direito.
Uma coisa é diferente, duas coisas... aí é estranho. Poderia conviver com a minha o resto da minha vida sem se preocupar. Ela nunca me fez mal nenhum. Antigamente ela doía, não sei por que, ela ardia, queimava, mas isso foi passando aos poucos até que um dia eu num senti mais nada.
Ah, aquela festinha de primavera foi bem agitada, e não foi uma das melhores para mim. Eu sinto vontade de gritar! Mas porque gritar se eu tenho um diário?
Amanhã prometo conversar com ele sobre isso. E eu já tenho uma lista de interrogações.
E o Alex... Eu simplesmente desisto! Desisto de evitá-lo.
xo xo, Mika.
Era uma manhã ensolarada de domingo. Não fazia muito calor, mas o tempo estava quente. Mikaella fechou o diário e o colocou em seu devido lugar. Tinha tanta coisa para ela fazer hoje.
E por falar em hoje...
Mikaella pegou o diário de volta e escreveu:
Feliz aniversário para mim!
Mikaella sorriu.
Hoje – oficialmente – completaria 14 anos de idade. Será que se esqueceram do aniversário dela? Ninguém comentou nada, já ia dar dez horas da manhã e nem sua irmã lhe deu os parabéns. Será que eles estaria tramando uma festa surpresa? Não, não. Geralmente eles agem estranhos quando estão tramando alguma coisa, e ultimamente eles tem agido normal.
Mikaella suspirou. Dane-se, pensou ela, tenho coisas mais importantes para resolver do que a droga de um aniversário.
Ela foi para a biblioteca, onde havia marcado de se encontrar com o Lucas Remburg. Domingo, escola vazia, todo mundo na Wizoney. Desta vez o Tommy não foi com a Celine e nem com ninguém, ele disse que ia ficar no castelo estudando e mais cedo na mesa do café ele perguntou por que Mikaella tinha sumido da festa “Cólica mensal, sabe como é”, respondera Mikaella, isso era um assunto de meninas então ele não faria muitos interrogatórios.
Lucas estava sentado atrás de uma montanha de livros, todos com o mesmo gênero: símbolos.
- Uaaal! – exclamou Mikaella pela pilha de livros.
Lucas sorriu, se desconcentrando do livro.
- E este ainda é o segundo – disse ele gesticulando o livro que estava lendo.
Mikaella respirou fundo.
- Ok. Então... Onde você estava quando aconteceu? – perguntou Mikaella.
Lucas se desconcentrou do livro de novo e olhou para Mikaella.
- Na orla da floresta – respondeu Lucas.
Mikaella gesticulou para ele continuar falando, ela pegou um livro e ficou desfolhando descontraidamente. Lucas se debruçou na mesa tentando se lembrar da noite de semana passada.
- Eu tinha acabado de sair da festa nas masmorras – falou ele bem baixinho para que só Mikaella ouvisse –, bebendo uma garrafa de uísque de fogo envelhecido sozinho... – Mikaella lhe lançou um olhar severo como se ela nunca tivesse feito de nada parecido. – Err... – balbuciou Lucas – Não me lembro de muita porque estava bêbado.
Mikaella assentiu devagar com a cabeça e voltou ao livro.
- Lembra o que era, ou quem?
- Era uma mulher – De repente os olhos de Lucas estavam distantes – Ela era linda, parecia um anjo – Mikaella o olhou com curiosidade enquanto os olhos dele estavam além das janelas da biblioteca, em um lugar bem longe dali –, seus cabelos eram prateados, sua pele parecia porcelana... Cheguei a confundi-la com um unicórnio – Ele soltou uma risada abafada –... seus olhos eram dourados...
- Dourados? – interrompeu Mikaella.
Lucas se despertou de seus devaneios.
- Sim, eram dourados. Dourados como o sol – disse Lucas.
Mikaella parecia profundamente preocupada, não são todos que tem olhos dourados, não é todo dia que você esbarra com uma pessoa de olhos dourados.
- Tem certeza de que os olhos dela não era castanho claro, talvez mel...
- Não, eram dourados – teimou Lucas – Eu podia estar bêbado, mas disso eu tenho certeza.
Mikaella se levantou da mesa fechando o livro que ela estava desfolhando.
- Já tenho o que preciso – disse ele e saiu da biblioteca deixando Lucas confuso.
Ela voltou correndo para o salão comunal, arrancou uma folha do seu diário mesmo e escreveu:
Zorah,
Preciso muito de sua ajuda. É urgente!
Na verdade, é mais para um amigo do que para mim.
Me responda logo! Se puder vim aqui será melhor.
Beijinhos, Mika.
Ela dobrou o bilhete de qualquer jeito e o enfiou no bolso da calça jeans, depois pegou um casaco e saiu do castelo.
Mikaella foi à torre das corujas, com as mãos enfiadas nos bolsos do casaco, com as palavras de Lucas latejando em sua cabeça e sentindo o bilhete pesar 50 quilos no seu bolso. A torre das corujas ficava ao sudeste dos campos de Wiztron no topo de uma montanha, com escadas em ziguezague – um longo caminho a percorrer.
Depois de subir degrau por degrau Mikaella chegou à torre exausta, ofegando e com os pulmões pesados.
Todas as corujas estavam dormindo em sua prateleira. Ela foi ao segundo andar, onde estava sua coruja Evy. E como todas as outras, Evy também estava dormindo. Ela acariciou a coruja delicadamente e aos poucos a mesma abriu os olhinhos surpreendentemente negros.
Mikaella sorriu e Evy agitou as asas como se correspondesse ao sorriso de sua dona. Mikaella estendeu o braço e Evy pulou para ele. Ela levou Evy até a janela e prendeu o bilhete no minúsculo sinto de couro caramelo que envolvia sua pata.
- Leve diretamente para Zorah McFolly – disse Mikaella e a coruja saiu voando.
Mikaella a observou até ela sumir no horizonte acinzentado. Sentindo o vento bater nos seus cabelos e deixando as mechas golpearem seu rosto. O Céu estava espesso de nuvens, mas o sol dava um jeito de iluminar o dia de domingo por entre frestas. Pelo menos uma razão para Mikaella ficar feliz no seu aniversário. Seria um dia iluminado. Mesmo que, para muitos, isso não importasse.
Agora ela precisava do Alex, não como um amante, mas como um amigo. Precisava do seu abraço confortante... Por mais que Mikaella tentasse, ela não podia lutar contra sua mente, ela sempre voltaria para o Alex. O Alex poderia ajudar, e muito, mas não queria meter ele nisso. Ao som do vento que assobiava em seu ouvido ela só ouvia a voz dele dizendo as palavras da noite passada. “Mikaella... Eu te amo”. Latejava em sua cabeça: Eu te amo... eu te amo... eu te amo...
Mikaella saiu da janela, abandonando a bela vista e voltou para castelo, vagarosamente.
Comentários (0)
Não há comentários. Seja o primeiro!