Amigos que não se entendem
Tom olhava abismado para a porta do dormitório dos monitores chefes, entrou e foi atrás de Helen. Encontrou-a sentada em uma das poltronas lendo “Poções Raras, como preparar e identificar” calmamente, movendo os lábios como se estivesse lendo em voz baixa.
-Você nunca mais falará assim comigo. –Disse com a voz fria.
Helen levantou os olhos, sem expressão e voltou a ler, ignorando Tom por completo.
-Não se atreva a me ignorar. –Tom estava nervoso, sua mão tremia em direção a varinha.
-Se acalme Tom Riddle. Esse nervosismo não faz bem á ninguém. –Falou Helen sem olhá-lo. –Não estava lhe insultando, sente. – Falou apontando para a poltrona em sua frente.
-Não vou me sentar. – Disse Tom, Helen revirou os olhos e suspirou.
-Diga o que eu lhe fiz para você ficar irritado. – Falou Helen.
-Você ameaçou contar para toda a escola sobre mim. –Respondeu ele.
-Eu não disse nada disso. –Devolveu ela. –E você tem que entender que não consegue me dar medo.
-Você não tem medo de morrer? –Perguntou sarcástico.
Helen se aproximou do rosto de Tom e respondeu.
-Não.
Depois foi para seu quarto e Tom foi para o dele, tremendo de ódio.
Na manhã seguinte Helen se se sentou à mesa da sonserina e começou a conversar com Narcisa sobre as aulas. Estava empolgada, mas não parecia por ser tão contida.
-Oi! –Fala Régulos animado.
-Oi. –Respondem Helen e Narcisa.
-Você... ham... Quer dizer... Tá tudo bem? –Pergunta Régulos se referindo a Helen.
-Estou bem. – Fala ela encarando Régulos que ficou tão vidrado nos olhos de Helen que começou a sorrir.
-Meu irmãozinho está apaixonado. –Debocha Sirius que estava ao lado da mesa da sonserina com Thiago, Lupin e Pedro.
-Não é da sua conta. –Retrucou Régulos olhando com ódio para o irmão.
-Devo admitir que foi um alívio descobrir isso, sabe, sempre pensei que você fosse gay. –Disse Sirius.
-O que pensam que estão fazendo aqui? –Pergunta Lúcios.
-Defendendo o namoradinho?- Pergunta Thiago.
-Antes que comece uma briga, temos que falar com a Sra. Fright. –Interrompe Lupin.
Helen se levanta e olha para todos.
-Se começarem uma briga vão se arrepender amargamente. –Avisou a todos e saiu seguindo os marotos.
-Temos algo para te pedir. –Fala Thiago quando chegam aos jardins.
-Digam.
-É que o viado aqui esta saltitando de amores pela esquentadinha da Lílian Evans. –Fala Sirius apontado para Thiago.
-É servo! –Fala Thiago com raiva.
-Voltando ao assunto, gostaríamos de saber se você ajudaria o viado apaixonado. –Interrompe Lupin.
-É servo! –Repete Thiago.
-O que eu teria que fazer? –Pergunta ela levantando uma sobrancelha.
-Apenas falar que sou o garoto mais bonito, charmoso, inteligente e perfeito da escola. –Fala Thiago passando a mão nos cabelos. Quando Sirius ia falar Helen interrompe.
-Então você quer que eu minta. –Deduziu ela e todos menos Thiago começaram a rir.
-É, viadinho saltitante, todos sabem que eu sou o mais bonito da escola. –Fala Sirius.
-Sirius, tenho algo muito importante para te falar. –Diz Helen muito séria e Sirius para de rir e presta atenção. –Você não é o mais bonito da escola, mas com certeza é tem o maior ego.
-Vai dizer que você consegue resistir a mim? –Pergunta Sirius colocando um braço nos ombros dela e sorrindo.
-Sim, e isso não é nenhum desafio. –Responde Helen tirando o braço de Sirius de cima de seus ombros.
-Foco! Então, você vai ajudar? –Pergunta Thiago com cara de cachorrinho abandonado.
-Cara de vira-lata doente não me convence. –Fala Helen e Thiago entristece. –Mas, eu posso falar com ela e depois te digo por que ela te odeia tanto e também tento te ajudar a mudar. Talvez você não seja um caso perdido. –Depois da um pequeno sorriso.
Thiago começa a pular de felicidade e Lupin aponta para ele e balança a cabeça negativamente, como se estivesse morrendo de vergonha por conhecê-lo.
-Obrigado por ajudar o viadinho, ele estava mais irritante que nunca. –Diz Sirius.
-É, obrigado Sra. Fright. –Diz Lupin.
-Podem me chamar de Helen. –Fala ela. –Só tenho uma pergunta.
-O que? –Pergunta Lupin.
-Por que ele não falou nada? –Disse se referindo a Pedro que estava bem a sua frente e conseguia ouvi-la. Assim que ela terminou de falar, Pedro abriu um enorme sorriso e começou a tremer.
-Porque esse rato aqui está doido por você. Veja que vergonha, só falta mijar nas calças de nervosismo.- Diz Sirius.
-Sabe de uma coisa? –Disse Helen.
-O que? –Pergunta Sirius.
-Odeio quando isso acontece. –Fala olhando para Pedro que estava rindo de nervosismo.
-É assim mesmo, é difícil ser uma pessoa bonita. –Fala Thiago.
-Eu não sei do que ele está falando, porque ele é feio como ninguém, mas pessoas com eu e você têm que se acostumar com nossa beleza. Pense bem, somos a inspiração dos compositores, escritores e todos os outros que são feios. Beleza como a nossa faz o mundo girar. –Fala Sirius com um braço em cima do ombro de Helen e com a outra mão faz gestos e mais gestos, filosofando.
-E pessoas como você tem que aprender a arte da modéstia. –Fala Lupin para Sirius. –Uma arte quase esquecida pelas pessoas de hoje em dia, que se consideram as donas do mundo e que acham que o universo gira em volta do próprio umbigo. –Diz Lupin do outro lado de Helen com um braço em cima dos ombros dela e imitando Sirius.
-Certo, se os filósofos já acabaram, tenho que ir. –Fala Helen tirando os braços dos garotos de seus ombros.
-Espera! Tive a idéia perfeita! Escrevo uma carta de amor! –Diz Thiago. – Eu amo Lílian do fundo do meu coração, amo ela tanto quanto Sirius é metido ou Lupin é um chato. –Recitou Thiago e Helen colocou a mão no ombro dele com uma cara de pena.
-Meu caro colega... Carta de amor não é o seu forte. – Diz Helen. –Já está da hora da minha aula, vejo vocês depois.
-Tchau. –Disseram Thiago, Sirius e Lupin enquanto Helen ia em direção da aula de poções.
-Você é um frouxo mesmo. –Diz Sirius para Pedro e sai andando com Thiago e Lupin para a aula sendo seguido por Pedro.
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