;thirteen



Como Fazer Uma Garota Sorrir: Modo Vinte e Três ” And when you fall in love with her... tell her.”


 


- Eu não sei mais o que fazer, Sirius. Eu fiz tudo o que estava naquela maldita lista, e até achei que estava dando certo. Mas noite passada parece que ela resolveu que a droga da irmã dela estava certa, e continua fazendo jogo duro comigo. Não sei mais o que eu posso fazer – O garoto passou a mão pelos cabelos após expor a situação para seu preocupado melhor amigo.


 


Sirius pestanejou.


 


- Olha, pelo que Marlene me disse, Lílian está insegura para o casamento, provando o que a irmã dela fala. E ao mesmo tempo tem medo que as notas dela abaixem, que ela pare de ter o mesmo rendimento escolar que sempre obtivera com muito esforço e dedicação. – O rapaz declarou, caminhando lentamente enquanto conduzia seu raciocínio na frente da poltrona do nervoso melhor amigo – Então acho que é fácil concluir o que você tem de fazer, James meu companheiro.


 


- E o que é? – James perguntou para um resoluto Sirius, com a esperança no olhar de quem vê a resolução de todos os seus problemas e confusões.


 


- Estude com ela. Mostre para ela que pode ajudá-la a ser tão perfeita quanto ela sempre quis ser. Assim você fica com ela, ela gosta de você e ao mesmo tempo prova pra irmã dela que tudo que ela disse de ruim era mentira – O arremate do rapaz foi absolutamente perfeito para a mente de James, que levantou-se, abraçou o amigo e saiu correndo do salão comunal.


 


Era óbvio! Tudo que ela queria era provar para a parenta que ela estava errada! E ele podia ajudá-la nisso. Achou a cabeça ruiva caminhando lentamente para o salão principal. Ele chegou pelo lado dela e pegou os livros de sua mão, surpreendendo-a com um sorriso divertido.


 


- Bom dia flor do meu dia – James piscou para ela carregando seus livros. – O que fará depois de almoçar? – Perguntou-lhe, e ela balançou a cabeça.


 


- Não vou sair com você, Potter, desista – Declarou a ruiva decidida, o olhar advertindo-o. James sorriu.


 


- Não é isso. Quero estudar contigo – O que havia na mão dela caiu, e o que havia no rosto dela se dissipou.


 


- Como assim, que estudar? Você, estudar? – Lílian não conseguia raciocinar em cima de uma realidade tão descabida.


 


- É, Lily. – James coçou a cabeça e a puxou para um canto no corredor. - Eu vou te dizer a verdade – Decidiu. – Olha, Lily, eu gosto muito de você. Gosto mesmo. E eu sei o quanto quer provar para sua irmã que ela estava errada, que há alguém que gosta de você, que você é a melhor bruxa que alguém pode ser – As palavras cativaram a atenção dela rapidamente – E eu quero te ajudar. Eu vou estudar com você – não que você precise de ajuda, só quero ficar do teu lado, - te apresentar bruxos importantes para que a menção deles impressione sua irmã, e vou provar pra ela o quanto eu gosto de você. – Lílian aturdira-se rapidamente.


 


-  Não vai fazer nada disso, Potter. – Foram as únicas palavras de rebeldia que ela conseguiu proferir, o coração aos saltos. Ele só podia estar ficando maluco!


 


- James Potter não fica maluco, Lily. Eu sei que não gosta de mim, e sei que isso nunca vai mudar, mas me deixe ir à esse casamento da sua irmã e provar para ela que tem muitos bruxos que gostam de você, e que eu sou um deles – O rapaz ajoelhou-se na frente dela, o olhar tão terno que quase a fez ceder. Quase.


 


O que estava acontecendo com ela? Estava ficando tão maluca quanto ele ao considerar tal absurdo. Sua irmã claramente ficaria impressionada, e pararia de chamá-la de esquisita. Mas não poderia. Tentou à todo custo arrefecer o ritmo de seu coração.


 


- Lily, por favor – Ele se levantou na frente dela, visivelmente nervoso – Lílian – A voz dele se tornou mais grave, mais sonora, e ela pôs-se a observá-lo, o coração voltando a pular no peito, sem ritmo – Eu amo você. Entende isso? Eu te amo. Isso não é nenhuma marotagem, ou brincadeira. – James tomou as mãos dela em um ímpeto, soltando-as ao recordar-se do desgosto dela pelos toques dele. – E eu quero te ajudar e estar contigo pra tudo que você precisar.


 


Lílian analisou a expressão dele atentamente, vendo-o coçar a nuca, irrequieto.


 


- James – A voz de Lílian foi suave enquanto ela se aproximava dele. Ele olhou-a imediatamente. – Vem comigo – Pediu-lhe. Precisava organizar os pensamentos, mas ao mesmo tempo sabia que ele merecia uma resposta rápida, abrandando a curiosidade dele. Ele merecia explicações.


 


Dirigiu-se ao jardim, seguida de perto por James, até chegar ao balanço no qual ele a havia levado na noite anterior.


 


Sentou-se lá e começou a balançar-se, e quando deu por si quem a balançava era ele.


 


Começou a refletir sobre seus motivos. Petúnia a tratara como uma fracassada desde que descobrira que ela era bruxa, e afirmara que além de fracassada como feiticeira, ela seria fracassada no plano amoroso. Sabia que não devia se importar, afinal a vida era sua, e ela mesma sabia quem era e do que era capaz. Mas ao mesmo tempo seus maiores temores eram de que as predições da irmã se tornassem realidade.


 


Ao mesmo tempo sentia-se abalada pelo rapaz. Ele fizera tudo, tudo que já fantasiara em seus sonhos românticos, e de um jeito melhor do que imaginara: de um jeito real, divertido. Ele mostrara e dissera inúmeras vezes que a amava, e ela conseguia sentir aquilo fluindo, como uma energia que ia até ela e a inundava de felicidade.


 


Sim, sabia que ficava feliz ao lado dele. Admitia isso ao menos para si mesma, afinal não poderia mentir sobre uma realidade agora tão clara aos seus olhos. Ele a fazia rir, a fazia sentir bem apesar de tudo.


 


E agora se dispunha a fazer tudo por ela quando ela mais precisava. Propunha-se a gastar o tempo dele realizando os sonhos dela. Aquilo decididamente era amor.


 


Mas como diabos ele descobrira tudo que gostava? Dançar sem música, deixá-la braba e beijá-la, segurar sua mão, mexer no seu cabelo...


 


- James? – Chamou-o curiosa e ele parou o balanço, ficando então de frente para ela. – Como é que você achou o nosso manuscrito? – A conclusão da ruiva fora óbvia, e ele coçou a nuca ainda mais nervoso. Ela com certeza desistiria dele ao saber que aquilo não fora tudo idéia dele.


 


- Narcisa achou e me entregou. Quis me provar que você era boba por escrever aquilo, e que só ela sabia do que os homens gostavam – Soltou dando um suspiro e rindo da loira depois. – Ela nem sabe o quão boba ela mesma é.


 


Lílian começou a se balançar levemente de novo, pensativa. Oh, certo, a idéia não era dele. Nada era idéia dele. Sentia-se traída pela droga da própria idéia sobre romances.


 


- Eu não planejei tudo, Lil – Tentou consertar, sabendo que o erro já estava feito. – Eu decorei a folha, mas em maioria eu fui espontâneo. – Resolveu parar de falar antes que piorasse ainda mais.


 


A garota levantou-se do balanço, ficando pensativa. Caminhou até a orla da floresta proibida calmamente, sem ser seguida por ele.


 


Então voltou para frente dele, que se sentara no balanço, passando as mãos pelo cabelo de modo aflito. Ele levantou-se assim que a viu, visivelmente nervoso.


 


- O que pretende fazer agora, James? – Perguntou. Era a prova final do amor dele por ela. Se ele não soubesse o que fazer, isso evidenciava que anteriormente o rapaz somente seguira as instruções do manuscrito.


 


Se soubesse o que fazer, se dissesse a coisa certa, se tocasse o seu coração mais uma vez, sabia que não seria mais capaz de conter suas próprias palpitações de amor. Ele a alcançara em sua torre de pedras, e a tocara de um modo que a fazia não importar-se com nada, nem com sua irmã.


 


James a observou. Cada contorno, cada linha, cada nuance de cor que havia nela. Cada sorriso, cada brilho do olhar, cada palavra dura ou doce, cada atitude certa ou errada. Amava tudo nela. Absolutamente tudo.


 


Menos, evidentemente, sua teimosia desmedida, que agora a impedia de fazê-lo o cara mais feliz da face, do interior e do exterior do planeta Terra.


 


E, mesmo fazendo isso, amava que essa teimosia muitas vezes demonstrasse determinação por parte dela.


 


-Não há mais nada na lista para fazer, Potter – Ao ouvir o seu sobrenome o rapaz deu um passo a frente, um ligeiro pânico tomando conta de seu sistema. Decidiu que mesmo que ela o renegasse, não negaria a doçura de seus sentimentos.


 


Resolveu desistir de uma vez. Deixar nas mãos dela, como sempre deveria ter feito. Entregar-se-ia por completo ao julgamento da garota. O que ela decidisse, seria sua lei.


 


- Sim, eu sei. Eu não irei mais importuná-la, Lily – Disse recuando o passo que avançara, olhando-a docemente. – Você não precisará nem ao menos olhar para mim se não quiser. E a evitarei, se assim desejar. Não a observarei ou constrangerei novamente – Declarou pausadamente.


 


Lílian arqueou uma sobrancelha e cruzou os braços.


 


- E o que você ganha com isso? – Perguntou desconfiada, desejando ir logo para o seu quarto, extravasar todas as emoções que se passavam em seu ser naquele momento. Ao mesmo tempo em que queria o carinho dele, duvidava de sua existência.


 


- Eu quero o direito de poder deixar claro o quanto amo você para quem quer que seja. Não irei planejar nada, não farei nada para que me veja falando, mas não posso esconder isso do mundo, Lílian. – Deu um pequeno passo a frente, ficando mais perto dela. Automaticamente a garota se pôs a fitar os sapatos.


 


- E se eu quiser que deixe claro para mim o quanto me ama, James? O que me diria? – Perguntou, querendo se espancar. Aquela pergunta soava como redenção, e não era assim que queria soar. Não queria que fosse tão fácil, mas sabia, estava cada vez mais difícil de resistir ao sentimento que ele insistia em expor.


 


- Eu não precisaria dizer nada, Lily – Sorriu e passou as costas da mão pelo rosto dela hesitantemente. Ela fechou os olhos inconscientemente para aproveitar melhor a carícia, fazendo-o sorrir mais ainda. – Eu não precisaria de palavras – Pegou a mão dela e colocou sobre o próprio peito, o coração pulando descontroladamente – Só precisaria fazer isso – Roçou os narizes de ambos e beijou-a docemente.


 


James segurou o rosto dela com as mãos e Lílian se rendeu. Colocou as mãos nos antebraços dele, incentivando-o a continuar, e foi o que o rapaz fez, com prazer. Uma das mãos dele deslizou para a cintura dela, unindo os corpos de ambos, e as mãos dela se apoiaram no peito dele, desorientada.


 


Separaram-se, ela inexpressiva, ele sorrindo suavemente.


 


- Isso é tudo que eu precisaria fazer para te convencer que eu te amo – James completou e se sentou no balanço, começando a balançar-se devagar. – Temos um trato, Lily? Eu nunca mais faço investidas em você, e você me deixa te amar em silêncio. – Resumiu, observando-a.


 


Lílian fez cara de braba.


 


- Não – A resposta espantou-o.


 


- Não? Como assim? Eu não posso te amar, é isso? – Levantou-se do balanço, indignado. – Pois veja bem Lily, pois não vai controlar os meus sentimentos só porque você quer... – Ela o interrompeu.


 


- Eu não quero que me ame calado. Quero que me conquiste, para poder consolidar esse sentimento. Para não amar sozinho – A ruiva revelou, deixando-o paralisado. – Olha, Potter, eu não posso dizer que te amo ainda. Amor é forte demais para o que eu sinto – Confessou delicadamente envergonhada, fazendo-o dar um sorriso.


 


- Eu sei Lily. Amor não aparece assim – Afirmou, entendendo onde ela queria chegar.


 


- Mas eu já estou apaixonada por você. E confio em você. Se há alguém que pode me fazer amar, esse alguém é você, Potter, e eu estou disposta a dar tudo de mim para que o eu sinto atingir a mesma profundidade dos seus sentimentos – Fitou os sapatos, e então o moreno – Eu tenho de ser sincera com você, me desculpe – James deu uma risada.


 


- Lily? – Ele deslizou as mãos pela cintura dela, fazendo-a se arrepiar – Está apaixonada por mim? – Ela corou imensamente enquanto ele arqueava uma sobrancelha.


 


- Bem, sim, você é meio... convincente – Ele riu e beijou o pescoço dela levemente, tirando-a do ar.


 


- E você disse que quer me amar? – Perguntou novamente, então ela deu um sorriso doce.


 


- Sim. Você merece isso, mas além disso, eu quero – James Potter não conseguiria, nem que quisesse, alargar mais o seu próprio sorriso.


 


- Lily? – Ele começou e ela murmurou, incentivando que ele continuasse – Você acabou de me fazer o cara mais feliz da Terra – Ela riu e subiu nas pontas dos pés, beijando-o.


 


- Eu tenho certeza que você me fará tão feliz quanto se sente agora – Garantiu enquanto ele passava as mãos por seus cabelos suavemente. Sentiu algo esquentar no peito, algo que a fazia sentir tímida, algo que a fazia querer rir como uma boba.


 


- Farei o que puder e o que não puder para isso, Lil – Disse beijando a testa dela, que sorriu.


 


- Promete? – Perguntou com as bochechas avermelhadas, os olhos brilhando.


 


- Até o fim, Lily. Eu prometo. – Ele não precisava dizer mais nada. E, com sua criatividade sem limites, James Potter encontrou mais cem meios de fazer uma garota sorrir – nunca se esquecendo dos vinte e três primeiros que o fizeram chegar ao coração de Lílian.


 


E ela sorriu; e ele sorriu. Porque é no que o amor transforma o rosto das pessoas: em sorrisos.


 


E eles sorriram.



Pra matar geral do coração ;) Projeto antigo, acabei de terminar, não revisada - ou seja, não me matem. Aliás, eu não reviso nada, e não tenho coragem de passar pra ninguém pra revisar pra mim, pobre da pessoa. Então perdão gente;
 Beijos,
Doods Duck xD - 21/02/2010

Compartilhe!

anúncio

Comentários (0)

Não há comentários. Seja o primeiro!
Você precisa estar logado para comentar. Faça Login.