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23 Maneiras de Fazer Uma Garota Sorrir
Por Doods Duck xD
James Potter sorriu pelo canto da boca; será que aquela garota era realmente tão idiota assim?
- Veja, James, elas não são ridículas? Escrevem essas coisas de garotinhas românticas... – Narcisa se aproximou do garoto naquela sala vazia, contornando a cadeira onde ele estava sentado, passando a mão por seu peito. – Elas não sabem o que um garoto como você gosta – Então a loira sentou-se no colo dele e de frente para ele, uma perna de cada lado.
Ele riu, ela era realmente tão ridícula quanto Lily vivia dizendo.
James sacudiu o papel em sua mão.
“Isso pode ser útil” Ele pensou, ignorando completamente a loira em seu colo, que agora falava algo que ele não podia distinguir, em seus devaneios. “Claro que eu cortaria o que eu nunca faria aqui, mas eu poderia tentar” E, pensando nisso, levantou-se, deixando Narcisa cair no chão, perplexa.
- Jameszito? O que está fazendo? Não vai procurar nenhuma outra garota, vai? James, elas não sabem te tratar como eu te trato, só eu sei do que os homens gostam...
Ele olhou para a loira, com aquele cabelo liso, o uniforme justíssimo sobre o corpo reto, ou quase, por causa dos enormes enchimentos de papel que ela colocara dentro do sutiã. Só pôde pensar em gargalhar. Quando ela o chamara ali, nem imaginava para que era, mas, pensara, poderia fazê-la xingar o próprio noivo e gravar, para mostrar pro colégio inteiro depois.
Daí ela viera com aquela conversinha de “Olha, esse papel aqui foi a Evans e as amiguinhas que escreveram, você quer mesmo ficar com uma garota romanticazinha idiota assim, Jameszito?” Ele, de cara, interessara-se pelo manuscrito. Claro, haviam coisas ali que somente uma menina de segundo ano, no auge de sua ingenuidade e idealismo, escreveria. Mas já outras...
- Narcisa, desculpa, mas eu tenho que ir – Ele, como verdadeiro gentleman, não poderia ser bruto ou desagradável nem mesmo com a sonserina, ela sendo uma dama. Mas não era por isso que se deixaria fazer as vontades dela.
Então, fazendo uma breve mesura divertida, saiu da sala, pensando no plano que sua mente diabólica agora formava...
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Lílian passeava no corredor irritada; as meninas a matariam. Não podia ter perdido aquele papel, que era obra de todas elas. Claro, era algo infantil, fora escrito no segundo ano, mas as letras delas estavam ali, e se alguém reconhecesse, estariam perdidas.
“Claro, eu disse que não era uma boa idéia escrever aquilo” A ruiva revirou os olhos, lembrando como se fosse ontem da maneira com a qual Alice a olhara, implorando para escreverem aquele manuscrito bobo.
E, de algum jeito, a ruiva suspeitava que aquilo estava passando de mão em mão. E que, alguma hora, alguém iria reconhecer a caligrafia de pelo menos uma delas. Aí sim, elas estariam acabadas. Seriam conhecidas pela escola como as “Srtas. Água-Com-Açúcar”. Não que elas já não tivessem essa fama, ou se importassem, já que tinham um pequeno clube de leitura.
“Como se agente realmente só lesse romance” Ela pensou com um sorriso de canto, maliciosa. “Desde romance policial, que não tem nada de romance, até histórias mais picantes: tudo passa por nossos olhos ávidos por histórias”. Mas, como ninguém saberia daquilo, e elas também não se dariam ao trabalho de esclarecer, pois ninguém tinha nada a ver com isso, elas tinham aquele boato ridículo rondando-as.
Mas, não ligavam. Afinal, que pensassem o que quisessem.
Já aquele manuscrito, bem, esse era outra história. Era bem mais comprometedor que ter fama de “Srtas. Água-Com-Açúcar”. Ah, sim, era. Aquele era um verdadeiro segredo, um mistério delas que, acreditassem ou não, elas queriam que, quem quer que fosse seu pretendente, aprendesse sozinho.
Menos Lílian. Essa não queria garoto nenhum em sua vida. No segundo ano tudo bem, era uma menininha romântica e pueril, mas agora? Nem pensar. Tinha que se focar em seus estudos, para poder dar orgulho á sua família.
Por isso aquele papel era tão importante. Porque se, de algum jeito, algum garoto a conquistasse para apenas brincar com ela, e ela acabasse perdendo o foco, nunca se perdoaria. Petúnia, antes de sair no trem da escola pela primeira vez, lhe amaldiçoara, dizendo que seria um fracasso como bruxa. E desde então ela tentava a todo custo provar que a irmã estava errada. Não fraquejaria agora.
A garota suspirou, vendo que já dera a volta naquele corredor duas vezes. Havia se perdido em seus pensamentos. Suspirando novamente, resolveu voltar para o dormitório. Não adiantaria procurar e, bem, teria de arcar com as conseqüências. Além do mais, fofocas em Hogwarts eram exatamente iguais a poeira levantada. Logo abaixava e as pessoas esqueciam, até que outra carroça passasse e levantasse outro boato, que não tardaria em ser esquecido também. Aquela escola era um covil de cobras, mas ela não ligava. Já fora vacinada por seu próprio bom-senso, então não havia com o que se preocupar.
Entrando no dormitório cheio e barulhento, as cinco garotas fizeram silêncio assim que viram a ruiva.
- E então Lily, novidades? – Emmeline perguntou, ajeitando os cabelos loiros para trás da orelha, enquanto se aproximava da ruiva.
- Infelizmente nada, Emmy – Ela disse tirando o cachecol e colocando-o sobre sua cama, sentando-se na mesma após o ato.
- Mas que droga! – Alice disse olhando para o chão, e Lílian se sentiu culpada.
- Eu devia procurar mais, né? – Ela perguntou, receosa. Afinal, era culpa sua, ela perdera o pergaminho.
- Que nada, Liloca – Marlene sentou-se ao lado dela e passou seu braço pelos ombros da ruiva, sorrindo divertida. – Vai que algum bonitinho resolve pôr em prática com agente... – Ela sorriu maliciosamente – Agente vai rir um bocado. – Elas riram, imaginando a cena.
- “Always tell her that you love her at all times” – Dorcas fez um trajeito com o corpo, lembrando uma mesura exagerada.
- “Dance with her, even If there’s no music” – Alice então fingiu dançar agarradinha com alguém, e logo caiu na gargalhada.
- Nós realmente éramos melosas, não? – Marlene comentou, sorrindo.
- Ah, mas tem algo que preste ali – Emmeline disse, amena, sorrindo sonhadora.
- “Get her mad with you, Then, Kiss her!” – Alice disse alto e elas riram. – Eu simplesmente amaria que alguém fizesse isso comigo.
- Tinha que ser idéia da Lily, claro – Lene comentou, olhando para a ruiva, que corava.
- O meu medo é realmente que algum babaca resolva fazer isso, Lene – A menina comentou, sombria – Vocês sabem que eu não quero me apaixonar por ninguém, e nem quebrar o coração de ninguém – Elas pararam de sorrir, prestando atenção. Ela realmente era perturbada pela história da irmã – Além do mais, iria ser ridículo.
- Patético – Confirmou Alice.
- Humilhante – Dorcas contribuiu.
- Mas, de um jeito ou de outro, você não se apaixonaria. – Marlene tranqüilizou-a – Porque você saberia que táticas que ele usaria, então não teria problema; seria só se preparar. – Ela se entreolhou com as garotas, que confirmaram.
- É Lene... – A menina consentiu, tristemente – Tomara que assim seja.
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