O presente de Thomas
23 de novembro de 2007 12:39 hs
Depois de ver tudo isso. Minha conclusão se tornava cada vez mais concreta.
Alguém estava à solta.
Precisava voltar a Toca.
Thomas estava preocupado comigo. Eu lhe contei o que acontecera com meus cachorros e um pouco de minha história.
– Pelo menos me dê seu endereço. – ele dizia, na plataforma.
– Claro – risquei em um pergaminho – Aqui. Espero que possamos nos ver. – eu disse, entusiasmada.
– Na verdade eu estou faminto, não gostaria de almoçar comigo? – ele perguntou rapidamente. Aparentemente com vergonha.
– Concerteza.– sorri
Ele me levara em um restaurante lindo.
Comida estilo italiana. Fazia tempo que não comia comidas bruxas, então assemelhava tudo as comidas trouxas.
Após isso, fomos a Dedos de Mel, comer mais doces.
– Bem, eu tenho que ir ao Beco Diagonal. Por acaso seu caminho é por lá? – eu ri.
– Por acaso, estou sem nada para fazer essa tarde, a não ser, lhe acompanhar no que você desejar. – Ele disse, estendendo o braço para mim.
Enganchei o meu braço no dele.
Fomos ao Beco Diagonal. Lá encontrei o presente de Harry.
Uma coruja.
Não branca, como Edwiges. Ela também era clara. Porem em tons de marrom.
Algumas pintas brancas deixaram ela fofa.
Peguei a gaiola na mão. E caminhamos. Fomos em vários lugares.
Estava perfeito.
23 de novembro de 2007 20:49 hs
– Mamãe? Papai? Rony? – Chegando na Toca eu senti um cheiro estonteante de comida caseira.
– Gina? – Mamãe apareceu
– Boa noite mamãe! – eu ri
Coloquei algumas sacolas em cima do sofá.
A Coruja estava coberta por um pano.
– Como você some e não dá noticias? – dizia Rony descendo as escadas.
Harry e Hermione vinham atrás.
– Eu sou maior de idade. Calma Rony. – eu sorri.
– Porque está faltando um brinco seu? – disse Hermione. Com a cabeça inclinada e desconfiada.
Coloquei a mão no brinco.
– Ah. Devo ter deixado na loja. Ou ficou com Thomas
– Thomas? – Harry perguntou em voz alta.
– Sim, um amigo. – disse, o encarando.
– Um amigo que lhe dá presentes? – disse ele.
– Sim. Não um, como várias destas sacolas foram ele que me dera. – eu apontei para as sacolas em cima do sofá. – Mamãe, não se preocupe comigo. Jantei na rua. Eu e Thomas comemos fora, e tenho que fazer pacote para alguns presentes. A propósito, a decoração está linda mamãe!
Eu a beijei na testa e subi.
23 de novembro de 2007 20:49 hs
Cheguei no quarto e logo comecei a arrumar os presentes.
Todos estavam embalados, menos a coruja.
Eu fiz um pacote e escrevi o nome de Potter.
Então esperei a casa ficar mais silenciosa, provavelmente estariam dormindo. Então coloquei os presentes na árvore, logo após fui para a minha pequena varanda.
Olhei fixamente para o céu, e meus olhos se cansaram. Foram levados até o chão.
Eu não podia enganar meus pensamentos. Era Harry o dono deles.
Não saberia como, mas de alguma forma me entristecia o jeito que tudo estava.
Mas agora tinha Thomas. Ele me deixava feliz, sempre.
Minha porta foi aberta rapidamente. E meus pensamentos rompidos.
– Quem.. – virei para a porta. – Harry, você podia ter pelo menos batido na porta? – fiz cara nojenta.
– Desculpe, foi impulso. – ele disse.
– O que quer? Estava me aprontando para dormir. – menti.
– Gina, quem é Thomas? – ele perguntou sombriamente.
– Um amigo, eu já disse. Agora saia daqui! – fui grosseira.
– Vocês se conhecem há quanto tempo? Gina ele lhe deu roupas, e brincos!
– Para sua informação, nos conhecemos na plataforma 9 ¾ , hoje! – eu dizia o empurrando do quarto – E não venha mais aqui!
Quando fui bater a porta. Harry a parou com sua mão.
A outra mão preencheu minha cintura e seus lábios os meus.
Harry iniciara um beijo ardente e com saudade.
Se eu não tivesse o interrompido.
Empurrei Harry e antes que ele abrisse os olhos eu enfiei minha mão em sua face.
Não fora um tapa forte, mas eu acho que doeu.
– Boa noite Harry Potter! – gritei.
24 de novembro de 2007 10:20 hs
Eu já estava arrumada. Cabelo com um rabo de cavalo, camisa cor de rosa, calça jeans e tênis. Eu estava terminando de arrumar meu armário, com minhas roupas que trouxera.
Minha mãe já tinha me chamado umas 4 vezes. Mas eu estava tentando deixar tudo organizado.
Desci as escadas.
– É, realmente o Egito me fascina. Gina não me contou que já esteve lá. – comentou uma voz grave e encantadora.
– Sim, quando ela era menor. Adoramos lá. Gina... – meu pai se virou para mim.
Eu estava na porta da cozinha.
Um homem com uma espécie de capa preta conversava com ele.
– Bom dia papai. – eu disse sorridente. – Oh, Thomas. – eu sorri.
Harry estava na outra ponta da mesa. Com uma xícara na mão. E emburrado.
– Bom dia boneca – ele se levantou e encontrou meu abraço apertado e satisfatório.
– Como me achou aqui? – perguntei
– Você me deu seu endereço.Então vim visitá-la pessoalmente. Algum problema? – perguntou.
– Claro que não – eu disse encabulada – É ótimo lhe ter aqui. Creio que minha mãe já fez as honras de lhe convidar para ficar para o almoço, não? – eu disse olhando para mamãe.
– Claro minha querida – disse mamãe arrumando os últimos preparativos para a festa. –
– Muito obrigada Gina, mas vou almoçar com o diretor do O Diário Profeta. Ele quer me dar uma coluna lá. – ele deu ombros.
– Ah, que pena então. – eu disse passando uma das mãos em meus cabelos, a outra, estava delicadamente entrelaçada com a de Thomas.
– Sua família é muito contagiante Gina. – ele elogiou.
– Obrigada, todos fazemos o possível e o impossível pela família – disse papai.
– Bem, vamos lá na rua? – eu disse a Thomas quando olhei a expressão de raiva nos olhos de Harry.
– Claro boneca. Senhor Weasley, muito bom ter conhecido o senhor.
– Digo o mesmo meu caro. – papai apertava a mão de Thomas.
– Senhora Weasley, foi um prazer. – Thomas cumprimentou Harry de longe. – E mande um abraço aos dois que saíram quando cheguei, por favor senhor Weasley.
– Sim meu jovem.
Nós dois saímos para a rua, um ao lado do outro, em silencio.
– Ok boneca. – ele disse, sorridente. – Bem, agora tenho que ir. Mais queria lhe entregar algo, pessoalmente.
Eu o olhei fixamente. Seus olhos passearam pelo meu rosto e meu pescoço.
Thomas tirou de seu casaco/capa uma caixa preta e retangular.
A abriu.
– Na minha cidade. Dizem que quando damos algo de borboleta a uma dama, representa que a admiramos. E depois de você ter enfrentado aqueles Dementadores. Gina, eu me surpreendi. Você é incrível. – ele hesitou sobre a resposta que eu formava em minha cabeça.
Ele falou aquilo e meu mundo flutuou. Tudo pareceu perder a cor, menos ele e seu colar.
O colar era uma borboleta de ouro branco, e o cordão era fino de espessura suficiente para não arrebentar facilmente.
Ele fez um gesto para mim se virar, e ele colocou o colar em meu pescoço nu.
Meu coração pulsava rapidamente, e por mais fascinante de pareça o de Thomas também.
24 de novembro de 2007 10:29 hs
Entrei dentro de casa, parecia que a gravidade fugira do planeta.
Eu estava flutuando.
– Muito simpático esse seu amigo Gina – eu estava com o colar nas mãos e sorrindo.
– É, ele é realmente incrível. – eu disse olhando para o colar.
– O que é isso querida? – disse mamãe.
– Isso? – a mostrei o colar.
– Sim! Deixe-me ver! – mamãe era curiosa, e muito.
– Ele me deu o colar agora. – eu sorria – Disse algo sobre as borboletas, que quando alguém lhe da algo de borboleta é que admira você. – suspirei. – oh Céus, quase que me esqueci! Tenho que contar a vocês muitas coisas.
– Se for sobre você e Thomas, eu dispenso – disse Harry.
– Não! Fique quieto e sente-se.
– Ok senhorita.
– Algumas coisas estranhas estão acontecendo. E eu estou preocupada.
– O que está acontecendo querida? – disse papai.
Estávamos papai, eu, mamãe e Harry na cozinha.
– Quando fui a Londres, eu queria trazer os dois cachorros que tinha lá, para cá. E fui procurá-los em meu apartamento. Esperem. – subi rapidamente até meu quarto e peguei a folha que estava em minha bolsa. Deixei o colar cuidadosamente em cima de meu bidê.
Desci as escadas e nem sinal de Hermione e Rony.
– Aonde foram Rony e Hermione? – perguntei ainda nas escadas.
– Foram ao Beco Diagonal, Hermione queria comprar alguns ingredientes para uma poção.
– Ah. Bem, deixe-me terminar. – sentei na cadeira a frente de papai e Potter. – Eu os encontrei, mortos, em cima da mesa de mármore de minha cozinha. Com isso em baixo deles – Dei a folha a papai cuidadosamente – E esse fio de cabelo sobre ele – mostrei.
O fio era negro e totalmente crespo.
– Por Merlin. – papai assustou-se.
– E não apareceu ninguém? – perguntou Harry com as mãos no papel.
– Não. Mas quando eu vinha para cá de trem, apareceram Dementadores parando o trem. Igual acontecera com Harry, Rony e Hermione no 3º ano. – afirmei.
– E como os pararam? – perguntou papai, preocupado.
– Eu e Thomas – olhei para Harry, e ele não gostou em saber que viajei com Thomas – estávamos no ultimo vagão, e o trem freou. Uma menina no primeiro vagão gritou, e eu e Thomas saímos correndo para o primeiro vagão e eu o tirei do trem com um feitiço.
Apertei os lábios. Sabia qual seria a reação de Molly.
– Gina Weasley, como você enfrenta um Dementador sozinha? – mamãe disse.
– Mãe, eu já tenho idade suficiente ok? – afirmei.
– Parem as duas – disse papai. – O ministério está abafando alguma coisa, e é bem perigosa.
– Também acho, consertesa outra pessoa fugiu de Azkaban!
– Quando eu vi esse fio, pensei em guardar e fazer uma poção polissuco. Para descobrirmos quem é que matou meus cachorros, assim poderíamos ir até o Ministério com isso, e mais o desenho – mordisquei meu lábio de baixo.
Harry olhou pra mim e passou a mão em seu rosto.
– Só não quero que Hermione e Rony saibam – disse.
– Por quê? – Harry falou logo após.
– Digamos que Hermione e eu estamos estranhas – olhei ironicamente para Potter e ele abaixou a cabeça.
– Aconteceu alguma coisa Gina? – perguntou mamãe – Você sabe que Hermione vai morar com a gente até arrumar um emprego fixo. Agora que ela não tem mais seus pais ela precisa de uma família. – mamãe afirmou.
– Eu entendo mamãe. Mas é melhor deixar entre nós.
– Vou lhe ajudar com a poção – disse Harry – Vamos ao Beco, e eu faço a poção, não se preocupe. Mas, para não ficar na cara vai ser complicado. Rony e Hermione foram até lá, iria ficar dito que estamos escondendo algo.
– Quem está escondendo algo? – disse Rony entrando pela porta da frente.
– Gina! Ela está escondendo algo entre ela e Thomas! – disse Harry no mesmo momento. Harry enfiou o papel com o desenho em minha mão rapidamente.
– Ah, entendo – disse Rony.
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