Apresentando Thomas Diggory
22 de novembro de 2007 23:32 hs
Respirei muito rápido. Eu estava com um casaco que tinha uma touca enorme, graças a Merlin.
Eu vi em uma vitrine um computador à bateria, que era carregada a luz do sol. Esse papai iria gostar.
– Accio Cartão – eu disse.
Não, seria muito obvio eu comprar com meus cartões. Eles iriam pensar que me assassinaram e pegaram meus cartões.
Quebrei os dois cartões e joguei no chão.
– Accio Dinheiro – disse baixinho.
Veio um bolo suficiente para comprar algumas coisas em minhas mãos.
Entrei na loja, comprei o computador.
– Estamos entregando nas casas, não quer que entregamos na sua? – a mulher perguntou.
– Não, na verdade estou com pressa. Poderia pedir para alguém levar até meu carro?
– Claro.
Um garoto levou até um carro que desconhecia a origem.
– Nossa, acho que esqueci minha identidade na loja, poderia ver se está lá? – perguntei ingênua.
– Sim senhora.
Eu sorri. Empurrei o computador, um tanto pequeno que cabia em uma única caixa, para dentro de minha bolsa.
Olhei para os lados.
Caminhei rapidamente. Sem olhar para trás.
Ainda faltavam alguns presentes.
Eu fui atrás.
23 de novembro de 2007 09:04 hs
Minha bolsa estava um pouco pesada.
Eu estava na plataforma 9 ¾. Esperando o trem chegar.
Estava empenhada em ir embora. Eu tinha que contar a todos o que tinha acontecido.
Sobre os presentes, para papai comprei um computador. Para mamãe um avental de cozinha, e uma bacia que fazia massagem nos pés. Para Rony comprei um tal de PSP com jogos de futebol, eu sabia que ele iria gostar. Para Hermione comprei uma saga de livros que se intitulam Crepúsculo. E para Harry.. ainda faltava.
Na verdade eu não estava mais tanto brava com ele.
Ele poderia fazer o que quisesse de sua vida.
Eu não queria viver presa a ele.
Não iria!
Eu estava com um sobretudo preto, scarpin vermelho. Uma saia até o joelho e meias finas pretas. Unhas e batom vermelho.
Não havia dormido nessa madrugada. Fiquei até 3 horas na rua comprando presentes.
E depois fui fazer minhas unhas em algum canto do Central Park.
Não consegui me fixar em um lugar, estava com medo.
Meus cabelos estavam presos. Eles se soltaram. Escutei o barulho da piranha que prendia meu cabelo cair no chão.
– Eu prefiro com os cabelos soltos, realça mais seu rosto. – Disse uma voz masculina, enquanto eu me virava para trás. – Prazer, Thomas James Diggory. – ele estendeu a mão.
Meus olhos se fixaram em seus.
Eu sorri, com um pouco de vergonha.
– Ginevra Molly Weasley, mas me chame só de Gina. É menos complicado. – Apertei sua mão. Ele a beijou.
– Lindo nome. Na mitologia italiana, Ginevra é a rainha de Camelot e esposa do Rei Arthur. – Ele colocou a piranha em minhas mãos.
– Como sabe? – eu me surpreendi.
– Sou historiador. – Ele apertou os lábios e sorriu.
– Ótima profissão. – Peguei a piranha de sua mão e a guardei.
– E você, o que faz Gina? – ele se pareceu endereçado
– Até alguns dias atrás eu era escritora no mundo trouxa. Mas resolvi voltar. Em janeiro vou lecionar em Hogwarts. Quadribol.
– Uau, temos uma campeã entre nós. – Ele riu. Mas logo ficou sério.
– Não é para tanto.
Ele me lembrava alguém que não recordei o nome. Talvez seu sobrenome fosse familiar para mim.
O trem chegou. Entrei no trem. Peguei uma cabine no fundo. Sem ninguém para atrapalhar. Uma das minhas compras da noite passada fora um livro chamado “A menina que roubava livros”. Resolvi abri-lo e começar a ler.
Estava na segunda página.
Minha concentração foi interrompida.
– Tem alguém sentado aqui? – Meus olhos percorram seu corpo lentamente.
Fisionomia perfeita. Camisa de botão preta, calça preta e sapatos pretos. Ele era branco como a neve, seu cabelo penteado sem um fio fora do lugar.
Seus olhos encontraram os meus.
Fiquei sem jeito.
– Não – coloquei uma mecha do meu cabelo para trás e ele sorriu.
– Já nos conhecemos? – ele brincou.
– Não – apertei meus lábios e enfiei meu livro dentro da bolsa. Ele não importava mais.
– Prazer, Thomas James Diggory. Pode me chamar só de Thomas. – ele piscou, guardando sua mala nos lugares a cima dos bancos.
23 de novembro de 2007 09:39 hs
Após guardar sua mala, ele se sentou e me olhou ironicamente.
– Tomara que o trem não fique mais cheio. Adoro viajar com os pés em cima dos bancos – ele riu.
– Quando eu estudava também deixava os pés em cima dos bancos – eu sorri para ele.
E ele, incrivelmente, correspondeu. Seus olhos eram de extrema perfeição e seu sorriso branco e estonteante.
– Não gosto dessa cidade, sabe. – ele se referia a Hogsmeade.
– Porque? – perguntei, mostrando interesse.
Seus olhos ficaram profundos, e sem paradeiro.
– Me vem a memória uma escola que tem perto. Meu irmão morreu lá, em um torneio tribruxo.
Claro! Cedrico Diggory. O garoto de beleza extrema, e que morreu tragicamente no torneio.
– Eu lembro. Estudava lá, no terceiro ano. – meus olhos estavam no chão. Junto com o coração partido de Thomas.
– Sabe, eu e ele éramos gêmeos. Meu pai, as vezes, ia a noite em meu quarto e me acordava aos berros e chorando, chamando por Cedrico. – ele apertou os lábios me olhando.
– Eu entendo como é difícil. – eu o compreendia – tinha dois irmãos gêmeos, um deles morreu. Foi difícil para todos.
– Temos algo em comum então. – ele voltou a sorrir.
Eu gostava, amava e idolatrava seu sorriso sincero e contagiante.
23 de novembro de 2007 10:18 hs
Percebi que tinha muitas coisas em comum com Thomas.
Além de torcemos para o mesmo time de quadribol, gostarmos de sapos de chocolate, valsa trouxa, chá com biscoitos, coisas um tanto clássicas...
Tantas coisas que conversamos em tão pouco tempo. Uau.
– Então você era apanhadora? – ele pergunto entusiasmado.
– Sim. Ganhamos a taça no ano que fiquei no time. – sorri.
– Algum logro senhores? – perguntou a velha que vendia doces.
Eu e Thomas se olhamos.
– Bem eu quero caramelos cor de mel e dois sapos de chocolate. – pedi.
– Eu quero o mesmo que ela pediu, porem quero uma varinhas de alcazus também.
– Está aqui o que você pediu senhorita. – ela me entregou. – E aqui o do senhor – ela entregou nas mãos de Thomas. E ele a entregou alguns galeões.
Me virei para abrir a bolsa e pegar galeões.
– Cadê ela? – perguntei.
– Foi embora, hora. – ele riu.
– E foi embora sem galeões? – fiz uma cara de sonsa.
– Eu paguei – ele disse.
– Como? Como você paga e não me diz? Toma! – coloquei o dinheiro no bolso de sua camisa.
– Não precisa, é sério! – ele dizia aquilo lutando contra meus braços
O trem freou.
Meu corpo foi arremessado ao de Thomas.
Nossas respirações eram escutadas um pelo outro.
Tudo ficou escuro.
– Me descul.. –Coloquei a mão em sua boca.
– Shiii! – Eu disse, preocupada.
Nos olhamos, o vidro do trem ficou gelado. E logo após congelado.
– Dementadores – eu disse.
– Acho que sim. – disse ele.
– Prepare a varinha Thomas – me dera um leve calafrio.
– Porque? –
– Eles não tem medo de tirar sua felicidade. – afirmei.
Escutei um grito.
Olhei para Thomas, ele estava com o mesmo olhar que eu.
Abri a porta do vagão.
Corri até o primeiro vagão do trem.
Uma garota com uniforme da Lufa-Lufa estava jogada no chão do trem.
–Expecto Patronum – Gritei.
O dementador saiu do trem, e o trem voltou a andar.
– Deixem que ela acorde – disse para as outras garotinhas que estavam no vagão. – E dêem a ela um chocolate. – me dirigia ao condutor do trem.
Uma mão veio em meu ombro e puxou para trás
– O que você fez? – Thomas estava confuso.
– O tirei daqui, alguma coisa está acontecendo. – lembrei de meus cachorros.
– O que você quer dizer com isso? – ele estava apreensivo.
– Eu acho que alguém fugiu de Azkaban!
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