Traição e morte
22 de novembro de 2007 11:11 hs
– Como Gina? – Ele estava pasmo.
– Calma – eu sorri, me sentando na cama, enrolada em meus lençóis. – Preciso pegar minhas roupas. – tentei animar a conversa.
– Eu não vou deixar Gina. – ele se impôs – Eu não posso correr esse risco.
– Harry, não confia em minha palavra? – eu lhe disse. – Preciso de roupas, e de meus animais aqui.
– Animais? – ele não entendeu.
– Tenho dois cachorros, Fred e Jorge. – sorri.
Ele retribuiu o sorriso. Era gracioso e paciente.
Harry se aproximou de mim, colocou sua mão sobre a minha. O momento estava bom. Ontem esclarecemos tudo o que tínhamos que esclarecer um para o outro.
Harry me olhou. Eu apertei os lábios.
– Ok Gina. Vamos ver o que podemos fazer – ele riu.
– Bem eu estou faminta. Mamãe deixou algo pronto?
– Sim e não. – ele riu, se levantando e indo até o bidê de meu quarto. – Eu fiz questão de fazer seu café da manhã – Harry me trazia uma bandeja.
Linda. Muitas frutas, suco de abóbora e duas fatias de pão com manteiga.
– Nossa, Harry, muito obrigada. Você é mesmo incriv.. – Não terminei minha frase. Meus lábios foram preenchidos pelos de Harry, seus lábios eram gelados (talvez por ter tomado suco de abóbora) e os meus quentes.
22 de novembro de 2007 13:25 hs
Eu e Harry estávamos jogando xadrez de bruxo na sala.
Estranho para um casal, não acha? Mais sim, Harry queria fazer comigo tudo o que uma bruxa faria.
– Não vale Gina. Não jogo mais com você. É a quarta vez que você ganha – dizia Harry se afundando no sofá.
– É Harry, a Gina é realmente boa em xadrez. – Dizia Rony adentrando a Sala com muitas sacolas nas mãos.
Eu sorri.
– Bom dia, tarde. Pessoal – Eu ri.
Papai, mamãe, Rony, Hermione. Todos tomados por sacolas.
Levantei para ajudar.
– Deixa que eu pego – disse para mamãe.
– Obrigada querida – disse mamãe.
Levei as sacolas para a mesa.
Me virei para a sala. Lá estava. Hermione sentada ao lado de Harry.
Conversavam e riam alto. Apertei meus lábios e a cadeira que eu estava me apoiando. Respirei.
...
Ajudando mamãe guardar as coisas, nada mudara.
Ron estava com papai na rua. Planejando que tendas iriam comprar este ano. Mamãe logo depois fora com eles para fazer a lista de convidados do natal deste ano.
Continuei guardando as compras.
E Harry e Hermione, ainda, conversavam e riam muito.
Será que ele não percebeu que eu estava sozinha?
Ciúmes? Não. Só queria ser compreendida.
22 de novembro de 2007 17:59 hs
Eu estava na rua. Mais uma vez.
Desta vez acompanhada.
Rony estava me ajudando com alguns feitiços.
Minha vida de bruxa tinha que ser reativada, de alguma forma.
– Vamos Gina, você consegue fazer melhor! – Rony estava melhor. Acho que sua convivência com Hermione ajudou muito. Ele sabia mais feitiços e era mais ágil. Ele cresceu, finalmente. – Estupef..
– Aguamenti! – gritei, forte e com raiva.
Um jato de água saiu de minha varinha.
Rony foi longe. Eu larguei a varinha no chão.
Respirei ofegante.
– Acho que feitiço por hoje, chega! – ele sorriu, todo molhado.
– Que tal quadribol? A professora pode lhe ensinar algo.. – disse debochadamente.
– Nunca! – ele riu.
– Accio Vassoura! – falamos momentaneamente iguais.
Subimos em nossas vassouras e começamos a jogar quadribol.
Rony era responsável por pegar as bolas que eu rebatia para ele.
Não era minha função no quadribol, eu era apanhadora, mas era bom treinar.
Passamos umas 2 horas jogando, eu estava cansada.
22 de novembro de 2007 19:37 hs
– Chega Rony, é sério. Estou cansada – eu disse.
– Ok. Eu estava sem vontade de jogar mesmo – ele deu ombros.
– Não se faça de idiota Ronald, eu ganhei de você. – levantei uma das sobrancelhas.
– Fica quieta Gina! – disse ele, irritado.
Era difícil para Rony perder. Ele era meio orgulhoso. Eu sorri para ele.
Estávamos entrando na Toca. O cheiro de sopa estava impregnado na casa.
– Huum, que cheiro bom mamãe – Disse Rony chegando perto da panela – Estou faminto!
Eu subia as escadas e pude escutar o barulho estrondoso da colher de mamãe na mão de Rony.
– Fique longe das panelas! – ela gritou.
Eu subi as escadas me espreguiçando, estava exausta.
Eu passava pelo quarto de Rony para ir para o meu, que era no final do corredor. Escutei vozes familiares e parei ao lado da porta.
– Quando vai contar a todos Harry? – era Hermione, eu reconheci.
– Calma Hermione, temos tempo. Eu acho que devíamos contar ao Rony primeiro. – ele parecia preocupado.
Resolvi olhar pela fechadura da porta, era feio, mais eu olhei. Estava agachada e com um dos olhos fechados.
– Ah Harry, não acha que devíamos mudar de assunto? – Hermione se colocou a frente de Harry, com as mãos na gola de sua camisa xadrez.
– Como? – ele não entendeu.
Hermione olhou para a fechadura da porta. Ela sabia que eu estava lá.
Em um gesto brusco ela beijou Harry.
Olhei para baixo, me levantei. Respirei fundo, meus olhos tomados por lágrimas de raiva e nojo.
A porta se abriu. Não sei como. Olhei para frente, Hermione agarrava Harry. Ele estava com as mãos em seus ombros, talvez tentando lutar contra Hermione.
Eu tremia. Estava fraca, denovo.
Hermione segurava sua varinha. Eu olhei para a varinha de Hermione. Ela era curvada e estranha. Minha observação foi rompida pela voz de Harry.
– Gina? O que você faz aqui? Eu posso explicar! – Ele correu até mim. Me balançou pelos braços. Meus olhos estavam levemente abertos. E eu me sentia pálida. – Você está bem? Fale comigo!
Levantei meus olhos até ele. Ele viu meu desgosto.
– Nunca mais – eu disse pausadamente – toque em mim.
O empurrei com minha mão e andei devagar para o meu quarto. Harry caminhava atrás de mim pedindo desculpas loucamente.
Não dei bola.
Entrei em meu quarto.
– Colloportus – A porta não seria aberta até eu fugir.
Abri a janela.
– Accio Vassoura. – Peguei a vassoura.
Em meu bidê tinha um pedaço de pergaminho e uma pena.
Deixei um bilhete em cima de minha cama
Nao se preucupem.
Volto para o natal.
Fui pegar minhas roupas e arrumar minha vida no mundo trouxa.
Nao venham atras de mim!
Beijos, Gina.
A janela ficou aberta. E fora por ela que sai. Eu quis estar em meu apartamento, com meus animais, o vazio e a minha depressão novamente.
22 de novembro de 2007 22:56 hs
Eu estava escabelada e totalmente irritada.
Entrei pela sacada do meu apartamento.
– Fred, Jorge? – gritei.
Eles não vieram. Corri para o meu quarto.
Sabia que Harry viria atrás de mim.
Então arrumei minha mala rapidamente.
Tirei de meu armário um presente de Hermione, grh.
Ela me dera uma bolsa parecida com uma que usou quando fugiu com Harry e Rony atrás das Relíquias da Morte.
Enfiei minhas roupas para dentro dela. Perfumes, maquiagens, cartões de crédito e tudo mais.
Caminhei pela casa rapidamente atrás de meus cachorros.
E vi a surpresa. Não esperei aquilo, nunca. Meus olhos se converteram em lágrimas enormes. Eu não estava sozinha.
22 de novembro de 2007 23:09 hs
Meus cachorros estavam na mesa de mármore da minha cozinha.
Mortos.
Com sangue fresco.
Eu tremi.
Os dois estavam impecáveis. Sem nenhum arranhão.
Magia!
Eu senti na hora que cheguei perto.
Em baixo deles se encontrava uma folha.
Eu a peguei.
Nela estava um símbolo que me fez arrepiar.
Comensais da morte a usavam no braço, e a chamavam Voldemort por ela.
O desenho era feito a tinta.
Aquilo era uma aviso, breve e estranho.
Encontrei um fio de cabelo em cima da mesa. Em cima de Jorge.
Peguei o fio e enrolei no papel.
Coloquei o papel em minha bolsa e minha vassoura também. Desci o elevador rapidamente. Enquanto caminhei rapidamente pelas ruas cheias de pessoas atrás de presentes de Natal eu telefonava para Miguel.
– Alo? – atendeu ele.
– Oi Miguel, é a Jhoanna. – as lojas ainda estavam abertas por causa do natal. Hoje e amanhã, provavelmente, ficariam abertas até depois da meia noite.
– Aonde você está garota? – ele gritou.
– Calma! – eu pedi – Olha, eu estou bem. Mais você vai fazer um favor para mim. Vai dizer aos jornais e revistas algo. Diga que me suicidei. Que com o final de Harry Potter eu fiquei em depressão. Vou montar um email para você com tudo isso, mais eu estou bem. Vou lhe mandar noticias freqüentemente. Me ajude? – Minha voz foi ficando fraca a cada palavra.
– Claro. Olha me expliq..– eu o interrompi.
– Não dá agora. Eu estou na rua.
– Você foi seqüestrada? O que aconteceu? – ele perguntou.
– Estou bem, mais não quero mais essa vida Miguel. Me entende? – eu estava apreensiva, olhando para os lados para ver se não via nenhum rosto familiar.
– Ok. – sua voz ficou triste.
– Eu te amo. Obrigada – apertei meus lábios.
– Boa noite JK! – ele desligou.
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Próximo capítulo eu vou contar de um novo personagem, Thomas Diggory!
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