One
-EU QUERO O MEU SORVETE – Eu gritei e ele revirou os olhos.
-Mas Lily eu...
-EU QUERO O MEU SORVETE AGORA! DÊ UM JEITO! – Gritei tentando voltar ao controle dos meus impulsos, sabendo estar irritada demais. – Ninguém mandou você comer o meu sorvete, Potter, agora dê um jeito. Era o meu sorvete predileto, e agora está todo na sua barriga – Eu evitei olhar para a barriga dele, sabendo que salivaria. Afinal estava calor, era noite, e Potter estava sem camisa.
Potter estava sem camisa.
-E se cobre logo, ta me deixando constrangida – Tampei o meu rosto com o pano de prato que estava na minha mão, no que ele riu.
-Tu gosta ruiva, tu gosta – Ele sentou na mesa da lufa lufa na cozinha e bebeu um gole de água. – Da onde que é esse sorvete? – Perguntou ele lambendo a colher que estava ao seu lado, com raspinhas do MEU sorvete de laranja com calda de manga.
SÓ MEU.
-Brasil – Eu disse desanimada, sabendo que nunca teria o meu sorvete de volta.
-Ahn... – Ele piscou para mim, surpreso – Ok. Acho que três dias dá. Volte aqui na quinta e eu te trago um pote novo de sorvete – Potter passou a mão pelos cabelos e sorriu pra mim, os olhos âmbar cativando a mina atenção pelo brilho. E que brilho.
Aliás, ele inteiro brilhava, com aquela camada fina de suor por cima dos músculos que pelamordeDeus. Ou seja, secaram a minha boca, tremeram a minha perna e fizeram até os meus olhos darem voltinhas para acompanhar.
Tira os olhos, Lily, tira os olhos.
Bem que dizem que lugar de mulher é no tanque.
-E por que eu voltaria aqui sabendo que é aqui que vai estar? Eu venho outro dia para buscar, sem que você saiba quando, afinal não quero me encontrar com você – Anunciei o meu plano sem pudor, sabendo que parecia ridícula e infantil, mas sem conseguir conter o ímpeto que irrompia dos confins do meu ser.
Ele me deixava irracional.
-Volte quando quiser então – James riu e levantou-se da mesa, jogando a colher na pia da cozinha de Hogwarts e vindo na minha direção perigosamente, dando a volta em mim. – Mas pode ter certeza que eu vou estar te esperando – Aquelas palavras só não me causaram mais arrepios que a fungada que ele deu no meu pescoço por cima do cabelo, me tirando de órbita.
Assim como ele disse, ele fez.
Quinta feira eu voltei, mas voltei mais a tarde que da ultima vez. Voltei á uma da manhã e entrei na cozinha pé ante pé, indo até o freezer mágico – não havia gelo – mas assim que eu peguei os potes de sorvete e de calda, uma luz se acendeu atrás de mim.
-Oi Lily – A voz grave me fez arrepiar da ponta dos pés até o último fio de cabelo, me eriçando toda. Parecia até que ele havia proposto alguma indecência ao pé do meu ouvido.
E que eu havia gostado.
O pote de calda caiu no chão e abriu, escorrendo um pouco já que a calda era grudenta.
E o pote de sorvete abriu, por eu ter apertado contra o meu corpo, e escorregou das minhas mãos por estar gelado, voando, batendo no peito do Potter e esparramando no chão.
Senti uma pontada no peito e não acreditei.
-Não... – Balbuciei derrotada, tirando a minha calda do chão rapidamente. Então fitei o Potter apoiado na mesa atrás dele, o sorvete escorrendo pelo peito e barriga. Ímpetos desconhecidos me fizeram queimar por dentro, e eu me senti arder em partes que não sabia que podia.
Me esgueirei a passos rápidos até ele, e uma mão minha foi para seus ombros, empurrando-o para cima da mesa, inclinado. Potter deitou-se sobre a mesa, sem opção.
-Lílian, o que vai faz... – Ele arfou e mordeu o lábio – que lábio, meu senhor da perdição – para conter um gemido enquanto eu o lambia do umbigo até o pescoço, sorvendo tudo que conseguia do sorvete.
-Oh meu Deus – Potter gemeu tentando se controlar, segurando os tampos da mesa com força o suficiente para quebrar o meu pulso enquanto eu continuava lambendo o peito dele devagar. Ele respirava curto quando eu cheguei ao umbigo e abaixo dele novamente, tremendo levemente, mas estremecendo forte.
O gosto era simplesmente delicioso. Na pele dele havia algo diferente, um sabor de quero mais que me fez querer mais {dãr}, jogando em cima dele a calda de manga e me deliciando ainda mais.
-Lily por favor... – Ele deu uma forte tragada de ar e eu tirei a língua dele, olhando-o.
-O que foi? – Perguntei me sentando na mesa ao ver que não havia mais nada nele, lambendo os dedos. Calda de manga era a coisa mais deliciosa da Terra, sem dúvidas. Mas calda de manga no peito do Potter...
-Faltou um lugar – Ele riu ofegante e eu me virei, somente para vê-lo jogar calda na própria boca.
Humm, aquela boca que tenta o pecado em mim até as últimas dobrinhas, empapada de calda de manga deliciosa...
Oh céus.
Um anjo cairia só para poder tocá-la. Certeza.
-Há há – Ensaiei uma risada falsa e saí de cima da mesa, virando as costas para ele – Passar bem, Potter. – E saí da cozinha.
E voltei para o dormitório tremendo, mas orgulhosa de mim mesma.
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Continuação só com quinze comentários – não me importo de quem, tem que ter quinze.
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