O início do... sonho?
Capítulo 1 - O início do... sonho?
Londres, 1854.
Três moças caminhavam nas ruas movimentadas da Londres trouxa. Iam em direção a um bar caindo aos pedaços... Aparentemente.
- Então, Helene, quando pretendes ser definitivamente minha cunhada? - perguntou Gabi. Uma jovem de cabelos cor de fogo e olhos chocolate.
- Tu és por demais insistente, Gabi. - respondeu a castanha de olhos cor de mel, ligeiramente impaciente com a amiga.
- Se fosses tu que não te casarias antes de teu irmão mais moço e tivesses seis irmãos mais velhos, também serias insistente com a noiva. - replicou irritadiça.
- Desculpe-me, Gabi. Sei o quanto queres casar-te. Mas eu, eu queria tornar-me professora. E, quiçá, lecionar transfiguração em Hogwarts. - os olhos da moça castanha brilharam.
- Pois deverias seguir teu sonho e dares um fim a este noivado. - pronunciou-se a moça loira de olhos azuis. A castanha virou-se sorrindo a ela que lhe retribuiu. Gabi parecia fumegar tamanha raiva.
- Obrigada, Lin.
- Obrigada?! Acaso pensas abandonar meu irmão, Helene?
- Gabi, não te exaltes. Ei de casar-me com teu irmão. - Gabi sorriu, constrangida da cena que fizera. - Apenas não sei ao certo quando. - o sorriso de Gabi vacilou um pouco, mas não morreu.
- Pois para mim, este casamento é um erro. - emendou a loira. Helene suspirou, compartilhava o pensamento da amiga. Gabi a olhou assassina. - Afinal, por que queres tanto casar-te, Gabrielle?
- Oras! E não é esse o futuro de todas nós? - respondeu-lhe ofendida. - Não queres um marido que lhe sustente e filhos para cuidar e amar?
- Gostaria mais de casar-me por amor. E, por mim, ei de esperar um pouco mais. - retrucou a loira dando de ombros. Helene sorriu. As três eram extremamente diferentes e, mesmo assim, muito amigas. Gabi queria apenas uma vida tranqüila. Linda sonhava com o verdadeiro amor. Ela, Helene, gostaria de viver de seu trabalho. Claro que queria casar e ter filhos, mas antes desejava viver seus sonhos.
- A mim não importa. Casar-me-ei antes do fim deste ano. - comentou Helene cabisbaixa. - Meu pai disse-me que para ser esposa não precisarei trabalhar.
- O Sr. Grey negou-lhe o pedido? - perguntou Linda chateada pela amiga.
- Sim. Disse-me, a guisa de desculpas, que o Sr. Werneck o estava apressando. Contou-me que ele lhe confidenciara que casado Richard teria mais prestígio e promovido seria mais rapidamente.
- É a verdade. Papai sempre conta o quão rápido subira de posto desde que casara.
- Oh, sim! Uma esposa há de dar mais prestígio do que sua própria eficiência. - redargüiu Linda mordaz. Quando Gabi ia responder Helene se meteu.
- Deixemos de lado essa discussão boba, que chegamos. - se encontravam as portas d'O caldeirão Furado. As três entraram e logo avistaram um rapaz ruivo e não se demoraram a juntar-se a ele. Cumprimentaram-se e fizeram seus pedidos.
- Soube que tornar-se-á tenente da guarda. - comentou Helene.
- Sim. - os olhos de Richard brilharam ao ver o suposto interesse dela em si. - A cerimônia se passará no sábado e terá, logo mais, uma festa.
- Fui informada. Meus pais, eu e Linda iremos.
- Será esplendido. - disse sorrindo.
- Temos que sair para encomendar os vestidos. - ressaltou Gabi completamente animada. - Poderíamos ir após o almoço.
- Como queiram. - respondeu Linda entediada ao que Helene apenas assentiu.
Estavam almoçando e conversando quando seis homens entraram no bar. Rich os encarou assim como quase todos no bar, mas em seguida voltaram a comer. A calmaria não durou muito. A sucessão dos fatos ocorreu muito rápido. Um dos homens agarrou Linda e a prendeu em uma chave de pescoço, Rich tentou lançar um feitiço, mas foi desarmado. Todos já empunhavam suas varinhas.
- Abaixem vossas varinhas ou a loira morre. - disse o homem que a estava prendendo e encostou uma faca em seu pescoço. Todos jogaram as varinhas. Nenhum barulho era ouvido no bar. Nesse momento um outro homem, que parecia ser quem mandava no grupo, apareceu de trás dos outros, sorrindo.
- Ora, ora, ora. O que temos aqui? O filho do capitão da guarda. - sorriu malignamente. Rich encarou-o e pareceu não o reconhecer. O cérebro de Helene trabalhava furiosamente em busca de uma saída.
- Se é a mim que queres, concedo-lhe um duelo. - ofereceu Rich confiante demais. Os homens riram.
- E por que conceder-lhe-ia um duelo se o tenho em meu poder
- Vós não tendes honra? - perguntou Rich aflitamente.
Os bandidos gargalharam, assim como algumas pessoas do bar, pelo absurdo da pergunta. Helene rolou os olhos. Rich corou até ficar da cor de seus cabelos. Os risos foram cessando até que apenas uma pessoa ria. Todos se viraram para ver o moreno vestido todo de preto que estava bebendo no balcão do bar de costas para todos. Quando parou de rir o moreno falou, ainda sem se virar.
- Ao entrares neste bar cometestes três erros. Primeiro: criastes uma confusão no lugar onde eu estou a beber. E já faz algum tempo que não bebo tão bem. - todos o olhavam incrédulos. Ou o moreno era muito corajoso ou muito burro. - Segundo: vós pensais que és alguém quando na verdade não passas de um ladrão imundo. Terceiro... - um dos bandidos se moveu, sem que ninguém percebesse, para as costas do moreno, pretendendo ataca-lo. - você pôs uma faca na garganta de uma moça.
- E quem és tu? - perguntou debochadamente o chefe dos bandidos.
- Sou aquele que arrancar-te-á a cabeça. - chutou com o pé esquerdo o peito do atacante a suas costas, sem sequer olhar. Este caiu em uma mesa quebrando-a. Outro bandido se adiantou tentando soca-lo. O moreno agarrou-lhe o punho com a mão esquerda enquanto que com a direita desferia-lhe um gancho de direita na boca do estômago. O outro bandido que havia caído agarrou-lhe os braços o segurando enquanto que o outro que havia levado o soco vinha para socá-lo. Tirou os dois pés do chão e agarrou a cabeça dele com os pés quebrando-lhe o pescoço. Pôs os pés no chão, abriu os braços rapidamente se livrando do homem que o segurava, ergueu o cotovelo dando uma cotovelada no nariz.
- Impedimenta! - outro bandido que vinha atacá-lo foi arremessado do outro lado do bar. O moreno olhou de onde viera o raio vermelho e viu uma moça castanha já se dirigindo ao homem que segurava a loira. Pela visão periférica viu outro bandido erguer a varinha para atacá-la pelas costas, então pegou um prato que se encontrava em cima do balcão e atirou-o como um frisbee direto em sua garganta.
- Solte-a. - mandou Helene ao bandido que segurava Linda mirando a varinha em seu peito. Ele sorriu e apertou mais a faca no pescoço da loira. Helene viu um filete de sangue escorrer por seu pescoço e manchar o vestido alvo. Seu rosto se tornou uma máscara de ódio.
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O bandido que o moreno havia quebrado o nariz chegou a tentar atingi-lo com um feitiço estuporante, mas ele se desviou para o lado direito ao mesmo tempo em que levava a mão direita à espada nas costas e cravava-a no coração do adversário, antes que ele tivesse chance de perceber estava morto. O moreno a retirou e voltou-se para encarar os dois últimos bandidos. Nesse momento viu a castanha golpear duramente o lado do pescoço do bandido, este ficara desorientado e soltara a loira que saíra de perto, em seguida ela lhe estuporou. Viu-a abraçar a amiga que chorava, mas também viu aquele que parecia ser o chefe caminhar até ela. Correu.
- Vai ficar tudo b... - Helene estava tentando consolar a amiga quando sentiu uma dor indescritível e, percebendo o que era, empurrou a amiga que caiu no chão e gritou. O moreno chegou perto do último bandido e com um giro no seu próprio eixo decepou-lhe a cabeça. Helene caiu de joelhos com uma espada atravessada na barriga.
- NÃÃÃO!
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N/A: Agradecimentos especiais a Rosana Franco, que me fez uma pessoa e autora muito feliz com meu primeiro comentário, e ao Clau, que eu AMO de paixão, apesar de ser um chantagista de primeira (uahsuahsuhaushaushua), que fez o favor de vir ler essa minha primeira tentativa de fanfic. Muito obrigada pelas palavras e pelo incentivo. Esse cap é especialmente pra vocês.
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