Prólogo



 


Prólogo - Praga?


- Sinceramente, Ronald! - perder a paciência não ajudaria nada, mas era difícil agüentar sendo que só estava ali para ajudá-los. - Se você parasse de pensar um segundo que fosse na Luna e prestasse atenção já teríamos acabado a tempos. Harry já entendeu. - o amigo olhou-a constrangido e Harry deu de ombros. Não iria brigar com a amiga, ainda mais que Rony realmente não estava prestando a devida atenção na explicação.


- Desculpe, Mione. Mas, nesse momento, não estou pensando no meu amor, estou morrendo de fome. E o almoço já vai ser servido. Podemos dar uma pausa? - a garota revirou os olhos. Como ele podia pensar em comer com as notas que tinha. Harry riu começando a guardar o material.


- Ótimo! Vamos comer. Mas quando precisar de ajuda, Ronald Billius Weasley, NÃO me chame. - os garotos riram e Hermione saiu bufando impaciente. Nunca cresceriam.


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- Vamos, Mi. Nós ainda temos que fazer os deveres e tomar banho antes de jantarmos. - os dois acabavam de sair da última aula do dia. Rony não estava com eles já que Harry começara a cursar runas antigas com a amiga e o outro garoto não fazia essa matéria.


- Calma, Harry. Dá tempo de sobra. - Harry estava praticamente correndo e, por conseqüência, a arrastando.


- Isso porque você não sabe a quantidade de deveres que eu tenho que fazer. - disse com uma careta muito fofa que a faria rir se não estivesse mais preocupada em repreendê-lo.


- Eu vivo avisando a vo... - Harry trombou com alguém e como estavam praticamente correndo caiu levando-a junto.


- Me desculpe, profª Trelawney. Realmente não a vi. - disse Harry a guisa de desculpas enquanto levantava Hermione. Esta, após estar de pé novamente, olhou para a professora para desculpar-se também, mas estranhamente ela os olhava parecendo não vê-los realmente.


- Professora? - chamou a garota passando a mão em frente ao seu rosto. - A senhora está bem? - a mulher pareceu acordar e os fitou pensativa, porém com um sorriso de canto de boca.


- Me desculpem queridos. É que quando me tocaram eu tive uma visão do passado. - Hermione cruzou os braços e fez um som de descrença. Harry a olhou reprovador e ela lhe lançou um olhar debochado que o fez sorrir. - Ah! Sim. A senhorita não acredita em adivinhação, não é, meu bem?!


- Na verdade não.


- Hermione! - repreendeu-a Harry num sussurro agoniado.


- Tudo bem, Sr. Potter. Se sua amiga precisa de provas para acreditar nas coisas, eu as darei a ela. - a mulher cravou seus olhos em Hermione, que a encarou de volta erguendo uma sobrancelha desafiadora. - Hoje, ao dormir, sonhará com o passado e assim que acordar terá uma difícil decisão que definirá sua vida... - Hermione agora a encarava séria. - para sempre. - com essas palavras a mulher se foi. Hermione permaneceu parada fitando o vazio por alguns segundos, absorvendo a fala da professora, antes de virar-se para Harry. Este por sua vez observava-a preocupado.


- Ela me rogou uma praga? - perguntou, mais amedrontada do que gostaria de aparentar. Harry sorriu e a abraçou pelos ombros.


- Deixa ela pra lá. Ela é doida de pedra. - Hermione deixou-se ser conduzida, mas virou para olhá-lo nos olhos.


- Mas ela realmente previu sobre você e Voldemort e sobre Rabicho. - Harry notou a dúvida mesclada ao medo em seus olhos. Sorriu para acalmá-la enquanto pensava em mil e uma torturas para a professora de adivinhação por ter deixado-a tão preocupada.


- Eu vi as duas vezes em que ela realmente previu algo e, acredite, ela ficava bem diferente. - a abraçou mais forte enquanto caminhavam. Hermione deitou a cabeça em seu ombro e suspirou. Sentiu-se feliz quase instantaneamente. - Ela deve ter dito isso para dar o troco pelo seu deboche sobre a matéria dela. - Hermione sorriu um pouco mais calma. O resto do caminho até o salão comunal foi feito em silêncio.


O final de tarde passou depressa. Rony chegou um pouco depois de começarem a estudar e se juntou a eles. À noite, após o jantar, Hermione se encontrava deitada em sua cama pensando sobre o acontecido àquela tarde. Não que fosse de se impressionar facilmente, mas o frio na espinha que se seguiu à fala da professora ainda a deixava perturbada. Ficou acordada até tarde, não por medo, como frisou várias vezes a si mesma, apenas estava lendo seu livro favorito. Mas por fim o sono a venceu levando-a para um mundo onde já estivera antes.

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