Capítulo Três
Sirius Black, colégio, 30 de Janeiro de 2009 (Narração bônus);
Eu admito que tô realmente considerando jogar alguma coisa na cara daquele novo namoradinho da Marlene. Ele me irrita, velho. Todo dia ele tá aqui no final da aula com aquele carro preto idiota, e eu nunca posso conversar com a Marlene.
Quando eu tento no almoço, ela foge, dizendo que não dá pra conversar, porque precisa resolver uns negócios com a Elizabeth, ou então simplesmente me escuta e ri. E nunca aconteceu de novo o que aconteceu terça-feira... Ela não apareceu pra me pegar no banheiro, como eu esperava que ela fizesse, nem no quartinho da faxineira, que é o que ela devia ter feito.
Parecia que não tinha acontecido. E o que mais me irritava, é que ela parecia fazer de propósito... Não a coisa toda de não querer mais nada, mas de vir linda como nunca pro colégio. Parecia até que ela tomava banho de perfume também. Que merda.
Eu acho que vou falar alguma coisa com alguém. Não sou criança, sei lidar com isso. Mas não quero. Quero ferrar a Marlene com aquele cara. E quero ferrar aquele cara.
- Sirius Black? – uma menina esquisita da sétima série ou sei lá me chamou.
Ótimo. Até a pirralhada me deseja. Pena que eu não to com paciência pra lidar com mulher nenhuma, porque ela é até bonitinha.
- Não, não quero – falei levantando. O sinal tinha acabado de bater.
- Ahm? – ela fez cara de desentendida e então me entregou um papel dobrado – Mandaram te entregar.
- Quem?
- Não sei – ela mordeu o lábio inferior – Um menino me entregou dizendo que alguém tinha pedido a ele que pedisse a mim pra entregar isso pra você.
- Ah. Valeu.
Ela só sorriu e foi embora.
Aposto que isso é da ruiva, ela adora esse tipo de coisa.
Se bem que...
“Don’t call your mother, cause now we’re partners in crime. Don’t be a baby, remember what you told me”
Como é? Ah Marlene… é bom seu namoradinho estar hoje aqui também, ou você não me escapa mesmo. Aliás, namoradinho o caralho. Você não me escapa de jeito nenhum.
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Marlene McKinnon, 30 de Janeiro de 2009.
- Marlene – ele disse, impedindo minha passagem – Você vai conversar comigo. Agora.
- Eu não posso Sirius – disse tentando desviar dele, mas ele não deixou – É sério. O Brian tá me esperando lá fora.
- Foda-se. Eu não me importo com o Brian.
- Mas eu me importo, Sirius. Dá licença, por favor? – eu pedi já nervosa.
Quem o Black pensa que é pra me prender aqui?
- Marlene – eu vi pela primeira vez que ele tinha meu bilhete nas mãos – Que tipo de jogo você tá jogando aqui?
- Sirius, meu querido – eu falei passando a mão nos cabelos lindos e pretos dele – Não vem me dizer que você não sabe, tá? Você que criou esse joguinho, há muito tempo.
- Como é? – pude ver que ele tava meio nervoso também. Mas mais do que nervoso ele tava com ciúmes.
Ah Black, coitado de você. Não sabe o que te aguarda.
- Tudo bem então – fechei a cara – Quer brincar de um outro jeito? Você vai perder, Black. Escreve isso. Você já perdeu.
- Do que você tá falando, Marlene? Eu só quero te entender, só quero você.
- Sabe o que eu ouvi uma vez? “Nem tudo que se quer é o que se tem. As coisas que eu quis, eu tive que buscar” – sorri pra ele – Vê se aprende, depois me procura. Agora sai da minha frente, por favor? Meu namorado tá me esperando e eu realmente quero ver ele.
Sirius olhava pra mim como se eu tivesse lhe dado um tapa na cara. Pelo menos ele abriu caminho pra que eu pudesse passar. Não é como se eu não tivesse afim de ver o Brian e tivesse só mentido. Eu realmente quero ver ele. Só ele me traz paz, só com ele eu esqueço que existe o Sirius e existe o sofrimento que o Sirius me causa.
-
- Onde é pra ir? – perguntei.
- Aquele sítio enorme e lindo. A Lily meio que reservou o lugar inteiro.
- Quem vai?
- Até onde eu sei todo mundo. Incluindo faculdade. Inclusive porque, foi a Lucy que arrumou o sítio pra Lils. Ela decidiu bem em cima da hora, você sabe como ela é – Mary falou.
- É, sei sim. Bom, vou estar lá então. Vou com o Brian, tudo bem?
- Sem problemas. Mas tenta não fazer nada esquisito hoje, tá? É o aniversário da ruivinha, ela merece paz.
- Tá – Como se eu fizesse coisas esquisitas normalmente – Beijo, Mary.
- Beijo, Lene. Juízo.
- Sim. Você também – desliguei.
Não tô nem um pouco afim de ir hoje, sendo sincera. Amo a Lily e só por isso eu tô indo. Brian e Sirius num mesmo lugar... Meu Deus. Aliás, Sirius em um lugar não é legal já. Ando tendo reações muito esquisitas à simples menção do nome dele, ou à presença dele.
Não são reações do tipo, calafrios, tremores, nada que indique que eu estou sexualmente excitada, ok? Porque é o que provavelmente todo mundo pensa de mim. Que horror.
É mais uma depressão, uma vontade chorar, um tremor de medo. É uma coisa esquisita que eu nunca senti antes. E eu não gosto de sentir. É mais um adeus do que uma sensação de “tá tudo bem, vai passar”. É mais como se eu estivesse me afastando dele, não sei. Só sei que com o Brian eu não sinto nada disso, porque não penso nisso. Com o Brian eu fico bem, eu fico feliz e em paz. Nem sei como vou fazer quando ele tiver que ir embora pra faculdade outra vez.
-
- Promete que não vai deixar o Sirius te deixar nervoso? – eu pedi ao Brian.
A gente já tá na porta do “sítio” que é onde vai ser a festa da Lily. É uma churrascaria enorme, com piscina e boate, coisas assim. Realmente bonita, e hoje tá mais linda ainda, cheia de luzes e coisas que são a cara da Evans. Eu vim com meu vestido preto frente única decote em V, totalmente pronta pra ser a modelo da Elizabeth.
Falando em Betty, eu meio que fiz uma aposta com ela e já tô bem arrependida. Se eu perder vou deixar ela me fotografar do jeito que ela quiser, e eu até imagino como ela vai pedir pra fazer isso.
Mas enfim. O Brian. Ele abriu aquele sorriso lindo dele e colocou meu cabelo atrás da orelha.
- Prometo, meu amor – e me deu um selinho.
Ele é um fofo, vou te contar. Eu não devia ter ido na casa do Sirius terça, eu não devia ter nem pensado em começar um jogo desse tipo. O Brian não merece isso. Eu posso viver sem o Sirius, posso sim. Tendo o Brian eu posso tudo. Vou conversar com a Bella depois sobre isso.
- Marlene! – ouvi a ruiva me gritar. Ela tava linda, com o vestido branco super curto coberto de paetês que ela comprou só pro aniversário, e o sapato de salto enorme preto – Que bom que você veio!
- Até parece que eu ia perder o aniversário da minha melhor amiga – a abracei bem forte – Eu já te apresentei o Brian, né?
- Acho que já – ela olhou pra ele – Oi Brian.
Pelo menos ela tá sendo simpática com ele e tudo mais. Apesar de eu saber que ela não aprova a) eu estar namorando ele b) eu não estar correndo atrás do Black c) eu ter trago o Brian hoje d) eu não estar pegando o Black agora.
- Oi Betty! Oi Mike! – ela cumprimentou eles e depois se virou pra todos nós, principalmente pra mim – Vocês podem ir entrando. Tá todo mundo – só eu senti uma indireta aqui? – lá na boate, perto de onde sai a comida. Eu vou ficar aqui mais um pouco – ela sorriu.
- Ah. Tudo bem – eu disse e puxei o Brian comigo. Não quero ele nem um centímetro longe de mim.
- Você tá bem, não tá? – ele perguntou no meu ouvido.
- Enquanto você estiver comigo, sim – eu sorri pra ele.
E bom, não lembro se eu já falei, mas na vida da Marlene McKinnon as coisas são um pouco diferentes. Quem ela menos quer ver aparece na frente dela na hora que ela menos quer. É injusto, sabe? A Lily chama de drama, eu chamo de injustiça.
- Oi Sirius – falei pra ele, que encarava eu e o Brian.
Estou só tentando ser simpática. Estou no topo, não é? Por que eu não seria simpática?
- Oi McKinnon, oi Buckle – ele deu um aceno com a cabeça e já saiu de perto.
Ah, se ele pensa que as coisas vão ficar assim... COITADO! Odeio o Sirius.
- Amor? – ouvi o Brian chamar, e tirei os olhos raivosos do Black.
- Eu – olhei pra ele – Tô bem, sério. Ele só me deixa nervosa.
- Eu sei – ele me beijou – Quer ir pra outro canto?
- Tá brincando? Nós não vamos perder a diversão por ninguém, meu amor – eu bati o dedo no nariz dele – Hoje a noite é nossa.
Ele riu um pouco e concordou, pegando já dois copos de whisky pra gente.
É. Não vou mesm * src="includes/tiny_mce/themes/advanced/langs/en.js" type="text/javascript"> o deixar o Black estragar minha noite. Aliás, vou mostrar pra ele que eu tô melhor do que nunca, e que não preciso dele pra nada. Até porque, eu não preciso mesmo.
Lily Evans, 31 de Janeiro.
É o aniversário mais perfeito que eu já tive! E tem tanto homem gato por aqui, meu Deus. De onde vieram todos eles? Olha esse James! Consigo me imaginar nesse exato momento com ele em um quarto que. Ah, tem o banheiro! O banheiro é perfeito! Dá pra trancar a porta, nos dos fundos ninguém vai, e é enorme. Tem espaço o suficiente pra eu fazer o que eu quiser com ele e.
- Lily? – ouvi a Miles me chamar – Não quero nem saber o que você tá pensando agora! – ela riu.
- Como é?
- Você precisa ver sua cara, sua tarada! Tá quase assustando o James.
- Ah. Eu não to pensando em nada.
- Sei. O que quer que você queira fazer com ele, vai no banheiro dos fundos, tá? Ninguém vai lá e é grande – ela deu um sorriso malicioso – o suficiente.
- Depois eu que sou a tarada – eu ri e bati no bra
* src="includes/tiny_mce/themes/advanced/langs/en.js" type="text/javascript">
l;o dela de brincadeira.
E então eu vi a Marlene.
- O que foi? – Geri me perguntou.
- A Marlene – apontei com a cabeça – Parece que ela faz de propósito.
- É claro que é de propósito. Você não faria a mesma coisa?
- Não sei... Acho que faria. Mas é cruel. Ela anda sendo extremamente cruel com o Sirius.
Miles riu.
- Cruel? Ah Lily, eu não acho que a Marlene esteja muito certa, mas com certeza ela não tá sendo cruel com ninguém. Ele bem merece isso, pensando bem. Ele precisa acordar pra vida.
- É... Não sei. Vou lá falar com o Sirius, tá? – eu disse e fui até o meu amigo que olhava com um ciúmes descarado pra Marlene e pro Brian dançando juntos.
Mas antes deu chegar lá, pude ver que a Elizabeth perguntava pra ele se tava tudo bem. Ah. Que legal. Até a completa estranha novata amiga da McKinnon percebeu. Todo mundo percebeu.
- Com licença – falei sorrindo pra ela. Eu gosto dela, só sinto um pouco de ciúmes. UM POUCO sim – Sirius? – olhei pra ele e pude ver pelo canto do olho que a Betty foi embora.
- Eu não acredito, Lily. Ela tá pior do que todas as minhas ex-namoradas, olha como ela tá dançando – ele parecia indignado – Ela tá se oferecendo pra esse moleque!
- Esse moleque é namorado dela, Six, infelizmente. Ela pode se oferecer pra ele.
- Ela devia criar vergonha na cara. Depois ela reclama das coisas que chamam ela. Ela é mesmo uma...
- Sirius – eu impedi ele de continuar – Quanto você bebeu? Não fica assim. Não faz bem pra você. E descarregar ciúmes em forma de raiva também não é bom. Você podia é tomar uma atitude, pegar ela pra você, mandar o Brian pra puta que pariu!
- É o que eu pretendo fazer. Não sei se quero ela de volta também, ela perdeu a graça – ah, ele mente tão mal.
- Ah tá. Oi James Potter – eu falei revirando os olhos.
Eu sempre chamo ele de James Potter quando sei que ele tá mentindo, é um hábito. Eu não lembro bem por que começou... Acho que foi do nada.
- Eu amo ela – ele me olhou nos olhos pela primeira vez, tirando os olhos da cena que a Marlene fazia – Por que ela faz isso tudo comigo?
- Porque você fez pior antes. Você fez pior por nove anos – eu abracei ele – Mas ela te ama também, Sirius. Você precisa manter isso em mente. Ela não ama o Brian. Ela tá com ele pra te fazer ciúmes.
- Ela tá conseguindo – ele murchou – Eu vou lá pegar alguma coisa pra beber. Só tonto pra conseguir ver essas coisas – e então ele foi até o bar.
Meu Deus. A situação do Sirius tá deprimente. E a Marlene... O que houve com ela mesmo? Eu sinto como se não conhecesse ela mais. Ela não me conta as coisas, que caramba!
- Lily – Marlene se aproximou de mim – Estamos indo – ela deu de ombros.
- O quê?! – eu falei. Eram só três da manhã.
- É. O Brian precisa ir na faculdade esse fim-de-semana, então amanhã ele acorda bem cedo.
- Ele pode ir – eu olhei pra ele – Me desculpa por isso, inclusive – voltei a olhar pra Lene – Mas você não vai. É o meu aniversário e eu sou sua melhor amiga. Você sabe que tem que ficar comigo aqui até o fim.
- Lily... – ela começou a falar mas parou – Tudo bem. Você me liga amanhã quando chegar lá, amor? – ela perguntou pro Brian.
- Você vai estar em casa antes dele ir – eu falei, fazendo pouco caso.
- Duvido muito, Evans – ela falou – Ele vai às seis da manhã. Se eu bem te conheço, a festa não vai acabar antes das oito.
- Você só vai dormir três horas? – perguntei pra ele.
- É mais do que o suficiente – ele sorriu, simpático – Bom, feliz aniversário Lily – me abraçou – A festa tava realmente boa.
- É. Eu percebi que vocês aproveitaram bastante.
Ele continuou sorrindo e então beijou a Marlene e se foi com o Mike a tiracolo.
- Você não é muito admirável quando toma as dores do seu amiguinho, sabia? Não precisa gostar do Brian, mas podia tratar ele bem. Ele é o namorado da sua melhor amiga, não é?
- Desculpa – eu pedi sincera – Não é algo que eu controle muito bem.
- Tá. Tanto faz – ela deu de ombros e saiu. Acho que foi em direção ao bar também, pegar qualquer coisa pra beber.
Ah legal. Ela deve estar com raiva de mim. Também quero beber pra esquecer meus problemas. Se todo mundo pode, por que eu não poderia? Afinal de contas, é meu aniversário!
-
- O que é aquilo? – perguntei pra Mary que tava do meu lado.
- Tô me perguntando a mesma coisa, Lils.
- Meu Deus! – a Kelly apareceu – Aquela ali é a Marlene? Nossa Marlene? – ela tinha a mesma expressão que nós duas, que é a mesma expressão de todo mundo que tá vendo o que eu tô vendo: expressão de surpresa.
Marlene McKinnon, sim, a morena que considero minha melhor amiga desde a primeira série, do signo de Leão, um metro e setenta ou menos ou mais de altura, uns 50 e poucos quilos, personalidade complexa, problemas mentais gravíssimos, e sentimentais mais graves ainda, ela mesma, tá encarnando uma pole dancer de strip club!
Sem noção do que ela tá fazendo com o poste que tem no meio da boate! Aliás, por que tem um poste no meio da boate? O que eles querem com isso afinal? Induzir meninas de respeito (cof-cof, como se ela fosse de respeito) a fazer coisas impróprias?
Aposto que tem câmeras aqui e tudo isso vai parar no pornotube depois. Meu Deus, Marlene virou uma estrela do filme pornô!
- Alguém devia parar ela, não? – Dorc perguntou. A essa altura as LP’s tavam todas do meu lado.
- O Sirius mataria quem tentasse! – Miles falou rindo apontando pro meu amigo que tava lá, quase babando e quase beijando o chão pra Lene pisar.
- Ela não pode estar bêbada assim – eu falei. Mas eu sabia que podia sim. E deve estar.
- Ela não tá. Ninguém tá – Emmy concordou – Ela tá querendo aparecer mesmo.
- Ou aparecer ou matar o Sirius do coração! – Miles ainda ria.
E o pior é que ele pode mesmo morrer do coração! Só pela cara que ele tá fazendo... Eu não duvido nada que ele tenha um ataque ali agora.
Meu Deus, tem gente gravando e gente tirando fotos! Se isso não estiver no pornotube, pelo menos no B! IE News vai estar, sem dúvida! O que a Marlene pretende com isso?
- Alguém sabe por que ela tá fazendo isso? – perguntei.
- Aposta perdida – Elizabeth falou, brotando do meu lado.
Levei um susto com a presença dela.
- Como você sabe? – perguntei após o susto.
- Ela perdeu a aposta pra mim – deu de ombros – Bom, preciso voltar lá e dizer pra ela que já tirei as fotos – ela riu – Vou levar ela embora daqui a pouco, tem problema Lily? Ela não tá muito bem não... Acho que ela vai estar daquele jeito em poucos minutos.
- Ah não. Leva ela pro quarto que tem ali no canto, ok? A chave tá embaixo do tapete. Não deixa ninguém mais ir lá.
- Tudo bem – ela disse e foi atrás da Marlene.
Verdade. Mais um pouco e ela caia na realidade e tudo começaria. Ela tá tonta. Bem tonta. Aliás, agora que eu percebi, tá todo mundo tonto. Eu tô achando até a Elizabeth sexy.
- Sirius – eu fui correndo atrás dele quando vi que ele ia atrás da Marlene – Onde você pensa que vai?
- Atrás da mulher da minha vida – ele disse e saiu correndo de novo.
Meu Deus, isso não vai prestar! Melhor eu ir resolver isso.
- Sirius! Sirius, não vai atrás dela agora, Sirius! – eu tentei impedir ele, mas era tarde demais.
Ele tava ali, em frente ao quarto, ouvindo todas as coisas que a Marlene dizia em meio ao choro. Todas as coisas horríveis que ela dizia. Todas as coisas lindas que ela falava sobre o Brian, coisa que eu também fiquei surpresa de ouvir. Ele ficou parado, escutando. Ele não parecia magoado com ela, mas parecia profundamente magoado com si mesmo. Isso quase me matou.
33 de Janeiro de 2009.
Só o que eu sabia é que a Marlene estava deprimida igual um pingüim (?) em casa, sem querer falar ou receber ninguém. E eu só sabia disso porque a Elizabeth tinha me contado quando eu liguei.
Quando eu disse que a gente precisava tomar uma atitude, ela me mandou ficar calma porque o Brian voltava hoje de viagem. Pelo que parece, o Brian é a solução dos problemas da McKinnon agora. Ele tá com ela, ela tá em paz. Vai entender!
O Sirius também não tá nada bem. Ele tem ignorado minhas ligações desde o meu aniversário, e já faltou hoje no colégio. Eu sabia que ele devia estar se sentindo culpado a essa altura. E devia estar se sentindo um idiota por ter perdido a Marlene pro Brian daquele jeito e por ter feito ela sofrer tanto. E o pior é que ele assim não vai tomar atitude nenhuma!
Já tentei falar com o James, mas ele também não sabe bem o que fazer. O Sirius está ignorando o mundo. Parece que a única pessoa que conseguiu algum tipo de contato com ele foi a Bellatrix, e só porque ela tem a chave do apartamento onde ele tá morando (que no caso é dela).
E eu? Bom, eu estou tremendamente nervosa. Nervosa de aflita e nervosa com raiva. Aflita por não saber o que os meus dois melhores amigos estão passando, por não estar com eles, principalmente o Sirius que não tem “Brian” nenhum pra ajudar. E raiva da Marlene, muita raiva por ela sumir, não me ligar, contar tudo pra Elizabeth e nada pra mim e ainda por fazer o que ela tá fazendo com o Sirius!
Quer saber? Meus amigos fazem muito drama com as coisas, eu preciso de um novo círculo social. E eu podia levar o James comigo... Se bem que é capaz de até ele ficar estranho daqui a pouco. Isso é tudo culpa de alguém, e por mais que eu tente não fazer isso, eu boto fé que a culpa é toda do Brian. E do Michael McKinnon, por ter introduzido o Brian à Marlene.
Sabe o que eu vou fazer? Ler a edição do B! que foi postada ontem de noite. Ver se tem alguma coisa sobre a Marlene e seu show, ou sobre o ciúme óbvio do Sirius. Ou sobre qualquer outro assunto.
É claro que fala sobre eles. Sobre quem mais falaria?
Marlene McKinnon, 07 de Março de 2009.
Cara... ODEIO ter pesadelo. Odeio muito! Ainda mais quando eles são com o Sirius. E isso anda acontecendo com uma freqüência assustadora, já tem uma semana. Acho que eu vou atrás do Brian, ele com certeza tá lá embaixo com o Mike, são só duas da manhã.
E não é que eu estou certa? É só aparecer no corredor e eu vejo ele lá perfeito, com o cigarro na mão e o sorriso na cara.
- Brian – falei, choramingando perto dele – Tive um pesadelo.
Ele colocou o cigarro no cinzeiro e me pegou no colo, me abraçando.
- Tô aqui, meu amor – ele me deu um beijo na testa.
Não, ele nem pergunta mais o que é. Ele sabe. Ele sempre sabe quando eu tô pensando ou sonhando com o Sirius, e sabe como eu me sinto em relação a tudo isso. O mais lindo é que ele me ama mesmo assim, e faz qualquer coisa pra eu me sentir bem. Normalmente só a companhia dele já faz eu me sentir melhor.
Eu fiquei completamente dependente do Brian. Eu preciso dele pra dormir bem, preciso dele pra agüentar ir pro colégio, preciso dele o tempo todo. Ele meio que não teve que ir pra faculdade até agora, então ele comigo 24 horas só ajudou na dependência. Tanto é que eu já não sei mais como fazer sem ele. Eu fico tendo os mesmos pesadelos e choro quase todos os dias desde que ele teve que ir, o que tem uma semana.
O Sirius? Ele não faz nada. Eu não vejo ele fazendo literalmente nada. Não estou sabendo se ele voltou a ser o pegador de antes, não acho que ele esteja pensando em me reconquistar também. Ele parece ter desistido de mim de vez. E eu não vou mentir, não acho isso bom não. Mas eu tenho o Brian e enquanto eu tiver o Brian, eu consigo levar a vida muito bem.
Não to usando o Brian, eu gosto dele. Por mais que não pareça, eu gosto muito dele. Eu casaria com ele, casaria agora se ele quisesse. Ele é lindo. Ele não é só lindo de maravilhoso, o que todo mundo sabe que ele é. Ele é lindo por gostar tanto de mim, perdoar tudo que eu faço que é ruim, inclusive as traições que ele sabe, não sei como mas sabe; ele consegue perdoar até o fato de eu amar o Sirius. O Brian é mais do que perfeito, eu acho que nunca li, ou vi um homem igual ele. Acho que ele não existe. Ele não existe. Eu amo tanto ele! Quero ele pra sempre comigo, porque daí eu não preciso mais chorar ou me preocupar com ninguém.
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N/A: Então, esse é o capítulo três. Só uma informação, porque eu aposto que não dei essa informação ainda: A Elizabeth Wiggers, ou Betty, é uma menina que veio de New York pra Londres, porque, ahm, seus pais são esquisitos e mandaram ela ir morar com o irmão e a mulher. Ela tem mais irmãos, eles são cinco, na verdade. Ask, é o mais velho e é casado com a Answear (sim, é proposital Q), depois vem a April, que é a loucona, super foda, porque é nerd no colégio mas vive a vida tipo a Ke$ha em Tik Tok, ok. Depois vem a Bet, que é bonitinha, super fofa e tals, depois o Daniel, que é um gato (a gente inclusive escolheu o Dudu Surita pra ser ele, sente só Q), e depois o Edward, que é pequeno e desconhecido por nós. Nunca paramos pra pensar nele, então fim. Eles moram agora os cinco na casa do Ask, dã.
Enfim. Qual a ligação da Bett com a Lene? Marlene é mó receptiva com ela quando ela chega no colégio, por isso elas já ficam amigas, daí quando a Marlene tá com o Brian, ela meio que encontra na Elizabeth uma amiga ótima, porque ela não tá do lado do Sirius nem nada, ela é uma alienada (?)... Entende? Daí elas ficam super amigas. E isso é importante saber, porque a Elizabeth vai ficar tão amiga dela, que quando sua casa entrar em reforma, ela vai morar com a Lene e tals. Mais spoilers não são permitidos, então fim da informação. Beijos gente :D
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