Capítulo 10
"Então, Jake, como foi a colheita de feno este ano?" Papai perguntou, tentando fazer uma conversa.
"Bom, eu acho." Jake parecia incerto sobre a resposta mesmo simples, provavelmente porque estava no lugar, sob inspeção dos meus pais.
"Eu ficaria feliz em lhe mostrar alguns dos produtos químicos de controle de pragas que nós usamos, se você estiver interessado,"
"Papai," eu interrompi. "Você prometeu. Sem palestras ambientais."
Por que meus pais eram tão determinados em ter um jantar com Jake, afinal? Eles estavam todos sobre o espaço pessoal e aprendendo autonomia, até que realmente me veio sair com um cara. Insistindo que Jake jantasse conosco, embora ele tenha crescido na mesma rua e entregava feno á nossa casa quase todas as semanas. Era totalmente estranho. E o fato de Harry agindo desagradavelmente não estava ajudando.
"Mais leite de soja?" Minha mãe ofereceu.
Jake ergueu a mão, um pouco rápido demais. "Não, obrigado."
"É uma espécie de gosto adquirido," eu simpatizava.
"Uh, sim. Acho que eu estou acostumado com o tipo regular de leite."
"Que explora as vacas", acrescentou meu pai, apontando o garfo na direção de Jake. "Pobres Animais, alinhados em uma fileira, com suas tetas anexadas no metal frio."
Tetas? "Pai, por favor. Não diga essa palavra"
"O que?" Meu pai jogou suas mãos para cima, com toda a inocência. "Jake vive em uma fazenda. Tenho certeza que ele está familiarizado com tetas de vaca."
Cada gota de sangue no meu corpo correu para o meu rosto. Deixar meu pai falar sobre a anatomia pessoal de uma vaca durante o meu primeiro jantar com Jake e, em seguida acusá-lo de ser "familiarizado" com os mamilos bovinos.
Como se Jake fosse para a segunda base com o gado ou algo assim. Olhei para Harry, esperando um sorriso, mas ele simplesmente pegou a sua salada, a analisou um dos premiados tomates cerejas de papai como se fosse uma forma de vida alienígena cheia de meleca, que de alguma forma ficara presa no final de seu garfo.
"Ned" Mamãe interveio. "Talvez nós pudéssemos mudar de assunto." Eu experimentei um breve momento de alívio, até que minha mãe virou-se para Jake e observou: "Eu entendo que você está lendo Moby Dick em sua aula de literatura."
"Urn. Sim."
"Eu adorei esse livro quando tinha sua idade", disse a mãe. "Toda essa história de aventura no mar. É tão, instigante. O que nós estamos fazendo com a baleia branca? O que, afinal, a simboliza?" Ela ponderou, ainda abordando Jake. "A natureza de Deus, o mal, ou é simplesmente um símbolo direto de Acabe, o orgulho humano?"
Houve um momento de silêncio, enquanto o pobre Jake tentou pensar em uma resposta à pergunta da minha mãe, que, a partir do olhar no rosto dele, era tão digestivo, como o leite de soja. "Um... todas essas coisas?" finalmente arrisquei.
"Nós estamos lendo a versão abreviada", eu indiquei estupidamente. Eu estava acostumada a viver com um professor, porque havia geralmente uma espécie de quiz no jantar, mas porque minha atormentaria Jake? "Talvez cortaram algumas das metáforas"
"A baleia representa as forças ocultas de destruição que o tempo leva para romper a superfície de um mundo satisfatório", Harry interrompeu, falando pela primeira vez, fazendo com que todos olhassem em sua direção.
"Huh?" Jake deixou escapar, claramente desconcertado. Então ele se conteve e me atirou um olhar tímido.
"Eu gosto da baleia", acrescentou Harry desanimadamente, ainda olhando para o prato. "E Acabe. Eles Compreenderam a persistência. Compreenderam como esperar pela sua vez." Ele ergueu os olhos negros e me deu um olhar apontado como suas "presas". "E eles aceitaram seus destinos mútuos, porém triste."
Não. Meu estômago se apertou. Se Harry começar a falar sobre o noivado, Jake vai correr para as montanhas. E porque é que Harry está se referindo a um destino comigo como "desagradável", afinal? É ele que implica que o casamento para mim seria tão ruim quanto estar preso dentro de uma baleia morrendo?
"Ei, Harry. Como foi o treino de basquete?" Eu perguntei, tentando desesperadamente mudar de assunto e fazer a conversa ficar sob controle.
"Eu vi você no ginásio, cara," Jake observou. "Você é como, um arremessador da NBA. Você poderia levar o time para as estaduais com o seu arremesso. Você passou por todo mundo nos treinos."
"Ah, sim, os treinos", disse Harry, claramente entediado.
"Treino constrói habilidades", Jake se ofereceu. "Você tem que ir aos treinos."
"Treinos são maçantes", rebateu Harry, não olhando para Jake. "Eu prefiro a competição."
"Você é um lutador, certo, Jake?" Papai perguntou, passando mais espinafre para Jake. Meus pais estavam em uma fase de comida indiana. A entrada consistia de espinafre murcho. Queria jogar uns hambúrgueres na grelha e fazer um churrasco quando os convidados vieram.
Jake pegou o conteúdo mole verde brilhante, com um olhar desconfiado, mas aceitou a saladeira. "Yeah. Eu luto. Eu sou o capitão deste ano."
"É greco-romana né”, disse Harry secamente, levantando uma bola de espinafre e a deixando escorrer, lentamente, de seu garfo. "Rolando sobre o chão.” Jake me lançou um olhar confuso. Eu dei de ombros um ignore-estudantes-de-intercâmbio.
Mamãe colocou o guardanapo sobre a mesa. "Harry, eu posso vê-lo na cozinha?" Exceto que isso não era realmente uma pergunta.
Oh, graças a Deus. Eu fiz uma anotação mental para limpar o meu quarto ou lavar a roupa suja. Mesmo o bermudão de Harry. Eu lhe devia uma.
Harry foi atrás da minha mãe. Houve uma trégua na conversa desconfortável à mesa, durante a qual todos nós fingimos não ouvir as frases "tomar parte em uma conversa educada", "pateta débil mental " e "retirar-se",dos sussurros que vinham da cozinha.
Poucos minutos depois, a porta da cozinha se abriu. Mamãe voltou sozinha.
"Quem quer mais pão?" , ela perguntou, sorrindo sobriamente, não dando uma explicação para a saída de um adolescente romeno muito irritado.
Do outro lado da mesa, o espinafre de Harry ficando frio em seu prato abandonado.
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Depois que Jake foi embora, eu fui para a garagem. Harry estava dando vários arremessos, usando um aro oxidado velho que nós tínhamos esquecido que ainda existia. Ele ,passa,dribla e arremessa. Eu o vi fazer isso cerca de dez vezes seguidas antes de eu o interromper. "Ei".
Ele virou-se, colocando a bola debaixo do braço, parecendo incrivelmente como um estudante de escola americana usando um moletom de universidade que sua mãe havia acabado de comprar para ele. Até que ele falou. "Boa noite, Jessica. Para que devo esta visita? Você não saiu esta noite?"
"Jake teve que ir."
"Que vergonha". Harry jogou a bola por cima do ombro. Que caiu sob o aro.
"O que havia de errado com você hoje? Você sabia que podíamos ouvir o insultando da cozinha."
"Sério?" Harry olhou um pouco cabisbaixo. "Eu não tive a intenção. Isso foi grosseiro."
Eu cruzei meus braços. "Você tem algo a dizer sobre mim e Jake? Porque se você tiver, basta dizer na minha cara. Não precisava dar uma palestra sobre baleias enigmáticas e destino na mesa do jantar".
"O que eu poderia dizer? Você se fez muito clara."
"Eu não sei o que você está recebendo menos", eu disse honestamente. "Quando você me comprou o vestido, eu pensei que essa era a sua maneira de dizer que você não se importava de eu sair com Jake."
A bola rolou perto dos pés de Harry, e ele se inclinou para pegá-la, evitando meus olhos. "Sim. Eu achava que... Mas esta noite, quando eu o vi olhando para você...”
"O quê?" Harry estava com ciúmes?
"Eu só não gosto dele, Jessica," Harry disse finalmente. "Ele não é bom o suficiente para você. Independentemente da forma como você se sente sobre a nossa relação neste momento, não se venda barato por qualquer homem. Por qualquer garoto."
"Você não conhece Jake", eu disse, crescendo uma raiva. "Você nem sequer tentou conhecê-lo. Ele tentou ser agradável com você no jantar."
Harry deu de ombros. "Eu o vejo na escola, lutando para entender os conceitos básicos de literatura inglesa. Isso é muito impressionante, você não acha?"
"Então, Jake não gosta de Moby Dick. Quem liga? Eu não ligo."
Harry olhou desapontado pra mim. Ou triste com alguma coisa. Ou ambos.
"Acho que estou com um humor muito incomum hoje à noite, Jessica", disse ele, evitando meus olhos novamente. "Eu não sou a melhor companhia. Por favor, agora me dê licença e me deixe treinar."
"Harry-"
“Por favor, Hermione.” Ele virou as costas para mim e lançou a bola com um movimento de pulso. Ele voou através do aro, sem tocá-lo.
"Tudo bem. Eu vou."
Harry ainda estava treinando quando eu fui lhe ver uma hora mais tarde. Estava escuro lá fora, e ele jogava sob um pequeno círculo de luz de um holofote montado na garagem. Eu comecei a gritar uma saudação, em seguida, mudei de idéia. Sob a maneira de ele jogar sozinho lance, após lance, nunca errando, erguendo-se sob o aro com facilidade para jogar a bola com violência através do aro,o jeito que ele estava punindo a bola, me assustava um pouco.
-_-
Caro tio Vasile,
Pensamentos positivos crescem na medida em que nos aproximamos do Halloween. Você iria apreciar a universalidade ingênua das representações onipresentes de vampiros que os americanos compulsivamente mostram nesta época do ano. Imagine nossa raça inteira pálida, homens de meia idade com uma queda para o excesso de gel de cabelo.
Mas, chegando ao assunto. Estou relutante em admitir que cada vez mais a situação aqui foge do meu controle.
Como por minha última correspondência, tentei inúmeras “estratégias” para, pelo menos, construir um relacionamento com Hemione, inclusive vestindo" jeans "(muito confortável, na verdade) e, como já mencionei, jogando basquete, um esporte para" garotos populares ".
(Apenas me chame de "Número 23").
Até agora, parece que a Hemione fica menos impressionada com os meus melhores esforços, no entanto. Ela está realmente começando a se "envolver" com o camponês. (Vasile, se você o ouvisse conversando... É insuportável, na verdade. Eu prefiro ter lentilhas em meus ouvidos a ter que ouvi-lo por mais de dois minutos.)
Honestamente, Hermione me deixa muito perplexo. Ainda no outro dia, eu pensei que tive um avanço significativo.
Eu comprei o vestido mais magnífico, se você tivesse a visto nele, você teria dito que ela estava quase pronta para assumir o trono. . . .
Durante esse breve momento, pensei que havia feito progresso. O olhar em seus olhos quando ela se viu no espelho. . . Ela ficou alterada,Vasile. Alterada em relação a mim. . . Eu posso jurar isso.
E ainda tem o camponês gruda como um parasita. Um sanguessuga ou um carrapato que não pode ser desalojado. O que Hermione vê nele? E por que ela persiste com isso? Eu poderia lhe oferecer muito mais. A liderança de dois clãs poderosos. Um castelo. Servos. Qualquer coisa que ela desejar. Coisas que ela merece, Vasile.
Maldição.
A questão é, tenho muito medo de que você fique desapontado comigo se eu não conseguir convencer Hermione a honrar o pacto e me aceitar como seu marido. E, com toda a franqueza, seu desapontamento será uma perspectiva bastante formidável. Assim, sinto-me obrigado a mantê-lo atualizado sobre a situação tal como ela se desenrola. Eu certamente não gostaria de apresentá-lo com uma falha inesperada. Seria muito melhor lhe preparar para o pior das eventualidades, mesmo que eu pretenda plenamente continuar o meu esforço.
Muito humildemente, Seu sobrinho,
Harry
P.S. Se alguém lhe oferecer "Espinafre," é possível recusar sem quebrar as regras da educada sociedade. Existe alguma chance de que o cozinheiro do navio possa fazer uma lebre congelada ou duas desse jeito?
P.P.S. O investimento que fiz com o seu avanço em minha confiança vai chegar em breve. Estou bastante ansioso por isso.
P.P.P.S. O camponês não compreende o simbolismo da baleia em Moby Dick, Vasile.
Ele é fraco de espírito? Ou é apenas obtuso?
Parasita.
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N/A: Demorei, mas atualizei. Bjos e continuem comentando *-*
Lúh. C. P.: Menina, eu A-M-E-I a capa, viu? Muito obrigada mesmo *olhinhos brilhando*. Que bom que está gostando da fic! =D
Mione03: Hermione é boba, rsrs. Eu também caso com o Harry numa boa se ela não quiser. *-*
Bye ♥
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