Capítulo 02
A Toca
Quarto Principal
1º de setembro de 2020
10h30min
- Á essa hora os “meninos” estão deixando as crianças na plataforma para embarcarem...
Disse Molly Weasley arrumando a cama enquanto o marido observava os títulos da estante e tentava de todo o jeito manter-se acordado e com cara de “não-estou-cansado-ou-de-ressaca”, própria do seu cargo, afinal, Arthur Weasley agora era Ministro da Magia.
- Molly, os meninos são adultos agora, por Merlin, a Ginny já tem 39 anos, quando vai parar de tratá-los como “meninos”?
- Pra mim serão sempre meus meninos. – respondeu a bruxa com a cara torcida, aquela que diz que é melhor não contrariá-la – E o que você tanto procura na estante?
-Um livro, eu trouxe ontem, você viu?
- Àquele das fadas?
- Isso.
- Coloquei na estante.
- Onde?
- Em cima de uns livros, sei lá... Por que tanto interesse no livrinho cor-de-rosa, Arthur? É presente pra Rosie? – perguntou a mulher sorrindo...- O aniversário dela é daqui a cinco dias...
- Não Molly – disse o bruxo com ar cansado e preocupado- esse livro está sendo examinado justamente pra não ser dado de presente pra nenhuma criança, ou adulto, bruxo ou trouxa. Digamos que, hum, ele contem escondido um feitiço, que passou-nos despercebido até agora, e hum, nem sei se podia estar te contando isso, mas, enfim, Hermione, pra variar, andou pesquisando e apresentou-o ontem, inclusive fiquei com o livro para poder dar uma olhada.
- Que tipo de feitiço Arthur? – perguntou-lhe a esposa com olhar de pânico – Algo que faça aquele pesadelo voltar?
“O correto seria dizer voltar para aquele pesadelo...”, pensou o Sr. Weasley.
- Não sabemos exatamente Molly. Venha me ajude a procurá-lo.
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Estação King Cross - Plataforma 9 ¾, 1º de Setembro de 2020
11h02min
- EI, TOMEM CUIDADO! E NÃO SE METAM EM ENCRENCAS! – Gritou o homem de cabelos pretos bagunçados para os filhos e sobrinhos que já estavam no trem em movimento atraindo, mais atenção pra si do que já tinha.
- Sem querer cortar essa de pai zeloso, - disse um homenzarrão ruivo que acompanhava esse junto de mais duas mulheres e três crianças - mas, Harry, são seus filhos, meu amigo... Potters e encrenca são apostos que se distraem...
- “Opostos que se atraem” Ronald querido – corrigiu-o a esposa
- Que seja! É quase como pedir na nossa época pra você não usar a Capa da Invisibilidade.
- Ronald irmãozinho, fala só um pouquinho mais alto que a Skeeter lá em Azkaban não escutou. – disse a outra mulher, uma ruiva que os acompanhava
- Ginny, por que você não...
- Rony olha a boca, tem crianças pequenas aqui, depois eles aprendem, eu quero ver, vai ser igual à Rosie quando pequena falando “merda” pra tudo quanto é lado... – disse Hermione, colocando as mãos na cintura, reprovando a atitude do marido.
- Ta certa, só pro isso não falo, Ok?
- Ok, Roniquinho- disse a irmã vendo-o fechar a cara - Shiuuu, neném, calma Minnie, não fica nervosa filha, num chora, o Jay, o Al e a Lilly voltam rapidinho, viu meu amor? – continuou agora, tentando acalmar a filha menor, afagando seus cabelos pretos rebeldes, similares aos do pai.
- Não acho que seja só por isso que ela esteja assim, ela está nervosa desde manhã, isso não é normal, Ginny... – disse Harry, pegando a criança do colo da mãe – Vem cá filha, olha pra mim – colocando-à frente a frente consigo, olho verde contra olho azul – Minerva Potter, fala pro papai o que você ta sentindo...
- Harry ela só tem um ano e meio, mal sabe falar mamãe e papai, vai discursar sobre dores? Francamente...
- Mione, você fala assim, porque o Richard e a Hellen estão tranquilamente dormindo no carrinho, você não faz idéia da luta que é pra fazer essa coisinha aqui dormir, não é meu bem?
- Já tentou botar esses dois pra dormir ao mesmo tempo? É quase uma sinfonia, um dorme, aí o outro chora, aí o que tava dormindo acorda, e chora, aí...
- Ok, Rony, já entendemos... Melhor irmos Harry, senão ela vai acordar os dois ali e o Rony vai querer fazer com que a gente nine os filhos dele.
- Até que não seria má idéia! – disse o irmão
- Anda vamos, Harry...- disse Ginny dirigindo-se para a passagem da plataforma – Nos vemos domingo n’A Toca!
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Hogwarts - Gabinete da Diretoria, 1º de Setembro de 2020
18h
- DIRETORA MINERVA! DIRETORA!! POR MÉRLIN!
Hagrid, o guarda-caça, entrou desembestado no gabinete onde a Diretora Minerva, preparava-se para a recepção dos alunos, no início do ano letivo.
- Hagrid! Recomponha-se! Ora essa, onde já se viu invadir o gabinete da Diretoria! Eu estou velha, poderia ter me matado de susto seu...seu...grandalhão desajeitado! - Ralhou a Diretora, como se falasse com algum de seus alunos.
- Parece um hipogrifo assustado...oras perturbou meu sono! Seu, Seu... – resmungou o velho quadro de um antigo diretor
- Professor Dippet, por favor não se intrometa, deixe-o falar- interrompeu a Diretora – Ande logo Hagrid, não tenho a noite toda
- E-e-eu...perdoe-me Professor, perdão Diretora, mas é de suma importância, o Prof. Neville, me avisou, ele “ta” desesperado, a Hannah, digo, Senhora Longbottom, está quase aos prantos, o maquinista não sabe como isso pode ter acontecido, e e-eu to muito preocupado sabe – disse Hagrid, vomitando as palavras e deixando a Diretora mais confusa do que antes...
- Hagrid, Calma! Senta-se e diga o que aconteceu...de-va-gar...- Minerva estava quase fazendo mímicas para que ele a entendesse...
- Acho melhor ficar em pé professora, posso destruir uma dessas cadeiras...
- Ow! É verdade...mas se não vai sentar diga logo o que está se passando!
- CRIANÇAS SUMIRAM DO TREM!!!! – Gritou Hagrid, para em seguida afundar-se em um lenço que tirou de dentro do bolso, e que na verdade possuía quase o tamanho de um lençol.
-Como assim sumiram do trem? – Dessa vez a Diretora parecia estar realmente abalada...
- Eu não sei, professora, ninguém sabe! Nem o professor Longbottom...
- O professor Longbottom não tem que ficar inspecionando as crianças no trem Hagrid, por que raios você fica falando que nem ele sabe?? – De longe, parecia que a professora estava a perder a pouca cor que lhe restava.
- Os meninos dele, Alice e Frank estão entre os que sumiram... – disse assuando novamente o nariz com um estrondoso e nojento barulho.
- Hã, o que? Ow, Merlin...E como?
- Não sabemos, ninguém sabe, só que a moça dos doces, a Tina, ela estava voltando à cabine do maquinista, e ficou de bater naquela porta quando voltasse, mas ao aproximar-se viu uma luz rosa muito forte...
- Luz rosa? Que absurdo!
- Isso me parece familiar... – uma voz soou vinda dos quadros.
- Professor Dumbledore! Como vai? Desculpa, acho que perturbei o sono do senhor! – Hagrid agora estava com a face extremamente vermelha, um misto de choro e de vergonha
- Não só o dele seu grandalhão atrapalhado! – outro diretor manifestou-se.
- Senhor Black, por favor! Albus, como pode dizer algo familiar numa barbárie dessa?
- Por que já ocorreu uma vez Minerva, caso não se lembre...quando foi mesmo? Ah, é...1977, se não estou enganado...
- 1977? No sétimo ano dos... – A face da Diretora adquiriu uma nuance surpresa, como se compreendesse um pouco o que ele queria dizer... - mas, Albus, lembro-me claramente deles dizerem que foi uma brincadeira, que só queriam assustar o Petgrew – continuou torcendo levemente o nariz ao tocar no nome do ex-comensal.
- Petgrew? Aquele RATO? Quem iria querer “brincar” com aquele patife? – Hagrid agora adquirira tons púrpuras a sua vermelhidão primária.
- Não se altere Hagrid, você sabe muito bem que antes de ser um traidor, o Petgrew era estudante de Hogwarts e tinha amigos aqui...
- Muy amigos, não Professora? James Potter, Sirius Black e Remo Lupin...Que Mérlin os tenha. – Hagrid olhou pra cima em homenagem aos antigos heróis.
- Merlin, será que nem em morte consigo parar de escutar o nome deles? – retumbou pela sala a voz de algum quadro, levemente trêmula e assustadora para quem não o conhecesse... – já não basta os netos?
- Prof. Snape, estávamos tratando daquela “peça” pregada em Petgrew, a da luz rosa – explicou-lhe o quadro do prof. Dumbleodore
- Eu não duvidaria que tivesse sido uma peça, professor Dumbleodore, ou uma fantasia daqueles moleques irresponsáveis, principalmente pelas participações do Longbottom, da Reeds e principalmente da Lílian, se o senhor me entende, porém se na hora da minha..., bom, se depois que eu transformei-me em quadro – disse olhando fundo nos olhos da atual diretora – não tivessem me retornado algumas lembranças um tanto confusas, eu confiaria mais na minha primeira opção...
- Que lembranças? Snape? – perguntou-lhe a Professor um tanto emocionada
- Falaremos dela depois Minerva, Hagrid, diga os nomes das crianças que desapareceram... Só para eu saber se esse é mesmo o momento certo...
- Momento certo? – Hagrid parecia confuso...
- Os nomes Hagrid! - disse a mulher
- Ow, sim...bom, Frank e Alice Longbottom, que eu já havia comentado, Scorpius Malfoy, embora não saiba o que ele estava fazendo na cabina, ele não se da muito com todos...
- Fale logo Hagrid! – a Prof.ª Minerva parecia aflita e perdia a cor a cada nome citado.
- E bom, esse aqui, o negócio vai engrossar, por causa dos pais e do avô, e bom...
- OS NOMES! – Gritou ela esgotando-lhe a paciência
- Está certo Professora, não precisa me atacar – respirou fundo – Rose e Hugo Weasley – mais um respiro - James, Albus e Lílian Potter!
- Ow Merlin, exclamou a Professora, jogando-se na poltrona.
- Típico, porque será que não estou surpreso. – disse o Professor Snape.
- Professor Dumbleodore, senhor – disse Hagrid olhando diretamente ao quadro – o senhor não me parece surpreso.
- Foi como eu disse antes, caro Hagrid – respondeu-lhe o bruxo – esse fato é extremamente familiar para mim...
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N/A: Gaby malfoy , Maluh Weasley Hale, Lulu Braga, Fl4v1nh4, Natascha e Lari_sl, obrigada por terem sido as primeiras a comentar...espero que tenham gostado do novo capítulo, e desculpa a demora!
Comentários (1)
Vou ler essa fic todinha hoje, super D+ Uma das melhores fics que já li...
2012-04-27