Capítulo 01

Sala Comunal da Grifinória, 20 de dezembro de 1977

21h30

   Quatro garotos entram na sala comunal da Grifinória.

   O mais alto possuía cabelos castanhos e olhos no mesmo tom, ar cansado, como se há dias não durmisse. Era seguido de um moreno de olhos azuis com ar cafajeste e de outro moreno com cabelos arrepiados e óculos de armação redonda. Saltitando atrás deles um baixinho, cabelos em tom amarronzado puxando pro cinza, olhos pequeninos amedontrados, que olhavam com admiração os anteriores.

   Remus Lupin, Sirius Black, James Potter e Peter Petgrew. Os MAROTOS.

   Foi Sirius Black quem avistou a “presa”.

- Poontas...olha quem ta ali quietinha no sofá... do lado do Lomgbotom e da pseudo namoradinha dele...- cochichou o Maroto.

- Você acha que eu não vi Almofadinhas...- disse James com um sorriso lateral tipicamente maroto.

- Por que você simplesmente não a deixa em paz, Jay? – Disse Remus, revirando os olhos.

- Porque eu adoro mulheres bravas Aluado... e caramba, porque você insiste em me chamar de J-A-Y?

- Oras, seu nome não é James? Jay é o diminutivo de James. Ou você prefere James Charlus* Potter? – disse com ar sarcástico.

Sirius e Peter seguraram o riso.

- Ora, vá catar abóboras na ladeira,vai Remus John Lupin. E se me dão licença, vou à caça...

   De longe uma bonita ruiva de olhos verdes brilhantes, acompanhava a movimentação e os cochichos dos rapazes, embora inaudíveis. “Não que eu me interesse, claro” , insistia consigo mesma. E percebeu a aproximação do dono daqueles lindos cabelos bagunçados e olhos castanho-esverdeados que faziam seu coração bater errado um compasso.

“Não, não e não, não eu não gosto de você Potter, não venha aqui Potter, não se aproxime, não, não...”

- Oi meu Lírio! O que está fazendo? – falou James, tão alto que fez Alice Reeds** praticamente pular no colo de Frank Longbottom, para felicidade deste.

- Não e não. – disse Líllian.

- O que? – perguntou confuso.

- NÃO sou seu lírio e NÃO te interessa o que estou fazendo. disse emburrada,a voz alterada, 02 tons acima do normal.

Tentou ignorar o rapaz, cuja respiração acariciava-lhe a nuca e fazia subir calafrios que nem os amassos mais fortes com Amos Diggory, seu antigo namorado, foram capazes de fazê-los.

   Enquanto isso pode observar os marotos se “ajeitando” ao seu redor para apreciar melhor a briga que estava por vir. Ao mesmo tempo Sirius lançava olhares e sorrisos sedutores às meninas que se levantavam da mesa de estudos. Agora só restavam os marotos, Líllian, Frank e Alice,os dois ultimos tão absortos em suas próprias timidez, que era como estar só, com os marotos.

- Por que você não procura algo melhor pra fazer? Em vez de ficar aqui me atormentando, sei lá, vá jogar xadrez de bruxo.

- Boa idéia acho que vou pegar...- disse Remus levantando-se.

- Eu pego, Remus, eu pego! – disse Peter, tentando ser útil alguma vez na vida.

- Tudo bem Rabicho.

- Eu só jogo se as peças tiverem o rostinho da minha Líllian aqui.

- É Evans, Potter.

- Líllian Evans Potter. Líllian Potter...taí não soa tão mal.

   Ok. Aquilo era a gota d’água. Tacou o que tinha à mão.

-Ei! Não precisa agredir Lírio...

- oh-oh! Pontas, essa foi direto na testa! 500 pontos para a Grifinória, Lilly...

- Obrigada Sirius... – disse a ruiva agradecendo.

- Ei, eu também sou da Grifinória...E porque ele você chama de Sirius e eu não?

- Seu nome é Sirius por acaso?

- Não se intrometa Aluado. E que porcaria pesada é essa?

- Não é porcaria, Potter. É um livro, coisa que você não deve conhecer.

- Eu conheço. Mas definitivamente, não é “A fantástica História das Fadas – poemas de adoração”, de Matilda Tinkers. Até porque Fadas são seresinhos tão inúteis.

-Para alguns trouxas elas são seres de luz, sabedoria e poderes mágicos. E quem é você pra falar do meu livro? Você lê o que? Doze maneiras seguras de encantar bruxas?

- Esse também, mas não funciona...

- Quer dizer que já tentou? Quem foi a coitada?

- Você. – disse James, com ar ligeiramente triste.

   “Ok. Potter, por essa eu realmente não esperava, preciso mudar de assunto.”

-Alice, qual o poema que você me disse que era interessante? – perguntou a ruiva, pegando o livro das mãos do moreno e apontando-o para a amiga.

- Ahn, ah tá, página 88 se não me engano. - respondeu Alice, tentando não avermelhar por estar próximo de Frank, uma vez que Sirius a prensou contra os dois ao sentar-se.

- Tudo bem Lice?- perguntou o maroto, passando as mãos pelos ombros da menina - Você me parece um tanto tensa...quer que te acalme? – sorriu o garanhão Sirius.

- À merda, Black. – respondeu Longbottom por ela, jogando o braço do outro menino para longe.

- Só tava querendo quebrar o gelo Frank, não precisa querer me atacar...eu não mordo...a não ser que elas peçam... - riu para Alice, deixando Frank tão vermelho, que rapidamente o associou à um dragão com dor de estômago, não menos assustador.

- Lê pra gente Lilly... – Remus apressou-se em pedir, para evitar discuções.

- Isso aí Lírio, lê pra gente. - pediu James, fazendo cara de gatinho abandonado.

- Não é por você Potter. - disse olhando-o com desprezo - Muito bem, vamos ver...

   Peter Petigrew, que aproveitou para comer um chocolate enquanto buscava o xadrez, juraria mais tarde, que uma luz rosa muito forte emanou do salão enquanto ele estava no corredor dos dormitórios, próximo á escada, preparando-se para descer.

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* Charlus Potter, ao que tudo indica é o nome do pai de James Potter, seu nome se encontra na àrvore genealógica dos Black, quando casou-se com Dorea Black, e juntos tiveram um filho não revelado na àrvore. Ambos morreram em 1977. Consta em entrevistas da J.K. que tiveram o filho já maduros, por isso mimavam-o bastante.

** não achei em lugar nenhum o nome de solteira da mãe do Neville, portanto inventei esse. Se alguém souber, de alguma entrevista, ou especulação, boato, o que seja, me avisa que eu mudo, pois quero tentar manter-me o mais fiel possível à história.
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07/01/11 - eu errei o nome do pai do James...antes tava Petrus, mas na verdade é Charlus... a leitora do FF LadyBarbiePontasPotterCullenS tava atenta...rs

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