Break



Capítulo Três


 


Tonight my head is spinning
Hoje a noite minha cabeça está girando


I need something to pick me up
Eu preciso de alguma coisa para me animar


I've tried but nothing is working
Eu tentei, mas nada está funcionando


I won't stop, I won't say I've had enough
Eu não vou parar, eu não vou dizer que eu tive o suficiente


Tonight I start the fire
Hoje à noite, eu começo o fogo


Tonight I break away
Hoje a noite, eu fujo daqui


Break! Away from everybody
Fugir, longe de todo mundo


Break! Away from everything
Fugir, longe de tudo


If you can't stand the way this place is…
Se você pode suportar o jeito que esse lugar é...


At night I feel like a vampire
A noite eu me sinto com um vampiro


It's not right but I just can't give it up
Não é certo, mas eu não consiog me render 


I'll try to get myself higher
Eu vou tentar me levantar




 


 


- Break


Three Days Grace


 


Novembro chegou. O tempo esfriou e começou a temporada de quadribol. Quadribol não é a coisa que eu mais amo no mundo, mas Draco ama quadribol, então todo ano eu ficava empolgada.


Não esse ano.


Nem mesmo Draco está empolgado com quadribol esse ano. Não sei o que há de errado com ele. Ele está no time, mas fiquei sabendo que anda faltando nos treinos e que está jogando muito mal.


Após o jantar (no qual ele mal comeu), faço mais uma tentativa de falar com ele.


-Draco, você sabe que pode me contar qualquer coisa, não sabe?


-Pansy, não enche.


-O que está acontecendo, Draco? Sei que está fazendo alguma coisa em algum lugar... Para o Lord das Trevas. Mas e sua vida, Draco? Seus amigos? Você nem fala mais com eles e também não fala comigo, lembra de mim? Pansy, sua namorada?


Ele não respondeu.


-Eu te amo, Draco. Você ainda me ama?


Silêncio. Provavelmente o silêncio mais terrível que eu tinha ouvido. Eu ainda teria que me casar com ele. Como podíamos ter estragado tudo antes mesmo do noivado?


-Pansy, entenda que esse não é tempo para amigos ou namorada. Eu tenho uma missão, é importante e...


Draco parecia esgotado e a ponto de me confidenciar alguma  coisa.


-O que, Draco?


-Se eu não fizer, ele vai me matar. E matar minha família. – Draco estava quase chorando e ele não chorava, nunca. As lagrimas sumiram de seus olhos e ele acrescentou – talvez até matar você.


Então ele simplesmente se vira e sai andando, me deixando parada ali sozinha. E não pude deixar de pensar se Draco realmente temeria pela minha morte, ou só estava falando isso para ser mais um motivo que eu devia me manter longe.


-Então – disse uma voz atrás de mim. Uma voz que eu prontamente reconheci, porque era a voz da minha melhor amiga. Daphne. – Draco já descobriu que está traindo ele com aquele sangue ruim?


Me virei lentamente.


-Está completamente louca, Daphne? – eu falei. – Sei que está tentando roubar Draco e andando com Veronica e Aphrodite, mas daí a inventar boatos.


-Eu não inventei nada. – respondeu Daphne. – Todo mundo está falando.


Todo mundo, em qualquer circunstância, significa que Veronica Montgomery inventou o boato.


 -Estão falando o que, Daphne?


-Emily não te contou? – ela sorriu. Daphne conseguia parecer um anjo quando queria e era exatamente o que ela parecia agora, mas não me enganava. Os momentos mais angelicais dela eram exatamente os piores. – Claro, Emily nunca foi suma melhor amiga. Eu fui. E por isso vou te contar. Todo mundo está falando que você está traindo Draco com aquele sangue ruim da Corvinal.


-Que Sangue Ruim da Corvinal? – mas eu sabia de quem ela estava falando. A única pessoa com quem eu falava da Corvinal era Alfred. E eu não sabia se Alfred era sangue puro ou não. Mas ele era o único a quem eu vinha contando meus problemas com Draco e Daphne.


-Ah, você sabe. McConolly. O pai dele trabalha num banco, imagine só. – Daphne sorriu. – Olha só, eu pensei que seria difícil acabar  com você. Era a poderosa Pansy Parkison. Mas você mesma se acabou sozinha. Quero dizer, um sangue ruim, Pansy?


Ela riu maldosamente e como Draco, saiu em direção à entrada da Sala Comunal. Ouvi ela dizer:


-É melhor não falar muito com ela, Emily... Não quer ter sua reputação arruinada.


-Pansy? – disse Emily, vindo. – Você está bem?


-Draco ouviu essa bobagem? Sobre McConolly? – eu falei.


-Acho que não. Quero dizer, Draco está mais estranho que você ultimamente. Ele está realizando uma importante missão para o Lord das Trevas. – Emily deu um suspiro profundo – um sangue ruim, Pansy? Não podia ter escolhido qualquer outro? Frederic Harrighton é completamente apaixonado por você, você sabe. E duvido que ele tenha medo de Draco. Mas esse McConolly deve ser bem corajoso, ou completamente idiota – ela falou de um jeito que deixava claro que ela acreditava na segunda opção.


-Eu tenho que ir. – falei. Era domingo à noite e Alfred provavelmente deveria estar na biblioteca.


-Se terminar tudo com o trouxa – falou Emily – eu marco um encontro com Fred para você!


Sacudi a cabeça e continuei andando. Não adiantava negar que eu não estava junto com Alfred. Era inútil.


 


Como esperado, Alfred estava sozinho na biblioteca. A maioria das pessoas estava jantando e para falar a verdade, eu não me lembrava de ter visto Alfred com outras pessoas. Ele teria amigos?


De repente eu percebi o quanto eu sabia pouco sobre ele.


E o quanto ele sabia sobre mim.


-Você é nascido trouxa? – perguntei, antes que ele pudesse dizer qualquer coisa.


-Sou – ele falou.


-Ah. – eu não soube o que dizer. Se eu descobrisse que um dos meus amigos mais próximos nos últimos meses era um nascido trouxa, eu esperava que esse fato mudasse tudo. Que eu ficasse revoltada, irritada, zangada e nunca mais quisesse ver ele de novo. Mas nada estava mudando. E isso era assustador.


-Isso importa, Pansy? – ele falou. – Durante os últimos dois meses, você falou e andou comigo. Fomos a Hogsmeade juntos no Dia das Bruxas. Você me contou sua vida inteira. Eu gosto de você, Pansy. E acho que você gosta de mim. Eu achava que poderíamos ser amigos.


-Se não  via problema nenhum, por que não me contou?


Alfred pareceu triste.


-Porque você vê problemas, Pansy. Mas está enganada. Não há problema nenhum em quem é sua família. O que importa é quem você é e você sabe que é isso.


-Eu não posso... – eu falei, sem saber exatamente o que eu não podia. Então eu sai correndo.


E eu estava chorando. Não sabia exatamente porque eu chorava, mas estava chorando.


 


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Mais de um mês para atualizar... =/


Desculpem pela demora, mas é que sabem como é final de ano. Tem as festas, daí eu viajei duas vezes e nesse meio tempo eu estava tentando baixar e terminar de ver todas as temporadas de Supernatural e não tinha criatividade nenhuma para escrever. O capítulo está curtinho, mas eu estava mesmo comentando com a beta – não estou exatamente na minha fase mais criativa e se eu escrever demais, vai ficar uma droga. Vou tentar postar o capítulo quatro antes do meio de fevereiro.


Esse ano vou começar meu terceiro ano, e vou fazer cursinho. As aulas do cursinho são a noite e começam em março. Eu quero prestar para medicina (já viram o sufoco). Vou tentar escrever, mas tenho certeza que não vai dar muito tempo. Mas a questão é que eu vou acabar essa fic, nem que demore muito tempo. Só espero que as leitoras tenham paciência.


Por falar em leitoras, parece que agora eu tenho leitoras =D. Obrigada a Sarah Vega, emi_briefs e FefaA. Fiquei muito feliz com seus comentários.


Bjos,


Jeh.


PS: capítulo postado sem betar, assim que a beta mandar o betado eu coloco aqui. não quero demorar mais do que já demorei.

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