Dead Memories



Capítulo Quatro


 


Sitting in the dark, I can't forget.
Sentada no escuro, eu não posso esquecer
Even now, I realize the time I'll never get.
Mesmo agora, eu percebo o tempo que eu nunca vou ter
Another story of the Bitter Pills of Fate.
Mais uma história das Amargas Pilulas do Destino
I can't go back again.
Eu não posso voltar novamente
But you asked me to love you and I did.
Mas você me pediu para eu te amar e eu amei.
Traded my emotions for a contract to commit.
Troquei minhas emoções por um contrato a cumprir
And when I got away, I only got so far.
E quando eu fui embora, apenas cheguei longe.
The Other Me Is Dead.
O outro de mim está morto
I hear his voice inside my head...
Eu ouço essa voz dentro da minha cabeça…
 
We were never alive, and we won't be born again.
Nós nunca estivemos vivos e não vamos nascer de novo
But I'll never survive
Mas eu nunca vou sobreviver
with Dead Memories in my heart.
Com memorias mortas em meu coração
You told me to love you and I did.
Você me pediu para te amar e eu amei
Tied my soul into a knot and got me to submit.
Amarrei minha alma dentro de um nó e tive que me submeter
So when I got away, I only kept my scars.
Então quando eu vou embora, eu mantenho as minhas cicatrizes
The Other Me Is Gone.
O outro de mim se foi
Now I don't know where I belong...
E agora não sei onde eu pertenço
We were never alive,
Nós nunca estivemos vivos
and we won't be born again.
E nós não nasceremos de novo
But I'll never survive
Mas eu nunca vou sobreviver
with Dead Memories in my heart...
Com Memorias Mortas em meu coração…


 


-Dead Memories     


Slipknot



Sabe quando você acorda de manhã e não lembra porque está se sentindo tão cansada? A primeira sensação não é ruim, é só uma sensação esquisita, de que algo importante aconteceu e você não consegue se lembrar.


Então as lembranças voltam como uma avalanche: Draco, Daphne e... Alfred. A expressão do rosto dele, uma expressão congelada que eu não sabia dizer do que era – raiva, surpresa, medo, até?


Alguém afastou as cortinas da minha cama. Estava prestes a mandar Daphne para o inferno, quando vi que não era Daphne.


Era Draco.


Cai no choro e ele me abraçou.


-Está tudo bem, meu amor... Está tudo bem. – ele disse. – Nós vamos ficar bem, você sabe disso, não sabe?


Concordei com a cabeça, mesmo sem ter certeza.


Draco subiu na cama comigo.


-Não vamos à aula hoje. Vamos ficar aqui. – ele fez a cara séria – você é minha, Pansy, e de mais ninguém. Entende isso? Não importa a guerra ou como eu estou me comportando agora. Você é e sempre será minha. Não se esqueça disso.


Isso poderia ter sido romântico, se não tivesse soado como uma ameaça.


Draco começou a me beijar. Beijei-o de volta.


Enquanto tirávamos nossas roupas, pude finalmente notar o quanto Draco estava magro e pálido. Mais pálido e mais magro do que o normal.       


Não disse nada.


Quando terminou, percebi que nada tinha mudado. Era a mesma coisa: Draco me procurava apenas para sexo.


Mas eu não chorei.


Ele dormiu em seguida. Parecia realmente cansado.  Minha tristeza foi embora. Se Daphne, aquela vadia, entrasse ali agora, veria. Draco é meu e sempre será. Isso nunca vai mudar, assim como nosso relacionamento não mudaria.


Meus pensamentos foram para Alfred.  Alfred era doce e me entendia como ninguém. Ele sempre me fazia rir quando eu estava chateada – o que considerando o primeiro trimestre que eu tive em Hogwarts, era o tempo todo. Ele também gostava de Runas Antigas e de Chevelle¹.  Ele gostava de quando eu fazia aquelas maluquices com as minhas unhas – pitando de rosa glitter que brilhava em 10 cores. Por Draco, eu só usaria vermelho.


Mas Alfred era um nascido trouxa e isso deveria bastar para mim. Um sangue sujo. Um sangue ruim. Não pertencia ao nosso mundo. Segundo algumas pesquisas, é possível que a magia do sangue ruim tenha sido roubada de algum bruxo. Não que eu acreditasse nessa coisa estúpida.


Mas tinha que acreditar, eu tinha que acreditar. Era a minha última esperança.


 


Eu dormi, por isso quando acordei Draco não estava mais lá.


Tomei um longo banho. Tinha perdido um dia inteiro de aula, mas não me importava. Sai andando sem rumo pelo castelo. Era o fim de um dia de aulas e logo seria o jantar. Percebi que não tinha comido nada e a fome começou a me perturbar, mas ignorei.


Eu e Draco começamos a namorar oficialmente no quarto ano, mas nos beijamos a primeira vez na beira do lago, logo no primeiro ano em Hogwarts. Foi pouco antes de ir para Hogwarts que a minha mãe me contou a quem eu era destinada – a Draco Malfoy. Eu já o conhecia, é claro, e não pude ficar mais feliz. Comecei a amá-lo nesse mesmo instante.


E Draco me amava. Ele me disse isso, disse aos 11 anos, antes de me beijar a primeira vez, ali na beira do lago....


Eu estava lá agora, na beira do lago, podia me ver e ver ao Draco, ainda crianças. Mas havia outro casal lá. Um casal de pessoas que eu conhecia. Lori Gibson e Marcus Belby.


Lori estava deitando no colo de Belby. Acho que os dois tinham acabado de chegar até ali.


-Como foi seu dia, Sweet?


Lori começou a contar – as aulas, comentários sobre suas amigas e professores, dificuldades em matérias, coisas do dia-a-dia.


Senti uma pontada. Belby estava prestando atenção nas besteiras que Lori dizia, fazendo comentários e realmente conversando com ela.


Eu não poderia estar com inveja de Lori Gibbson, mas um segundo a mais ali me provou que era isso mesmo que eu tinha.


Lori tinha um namorado que não era tão bonito, sexy, rico ou desejado. Mas era um namorado que a ouvia, que conversava com ela.


Acho que houve um período em que eu e Draco conversávamos. Mas nunca era sobre mim, era tudo a respeito de Draco. E principalmente, de outras pessoas. Ele reclamava de Harry Potter e Hermione Granger.  Adorava xingar e zoar os Weasleys. Agora, vejo toda essa vida como uma outra Pansy. Eu lembro de mim mesma no quarto ano, rindo do POTTER FEDE que Draco havia criado. Lembro de desprezar Emily, como todas as outras apaixonadas por Cedric Diggory. Eu dizia que Draco era melhor que qualquer campeão.


Não senti culpa na noite em que comemorávamos a volta do Lord das Trevas, apesar da escola estar em luto. Foi a noite em que eu perdi a virgindade.


Na manhã seguinte, contei em detalhes a uma interessada Daphne (agora eu sei porque) e a uma envergonhada Emily.


-Hei, Pansy. Eu estava mesmo querendo falar com você – era Lori, se levantando do colo de Belby.


Belby disse:


-Eu te encontro na janta, OK, amor?


Lori deu um beijo nele e ele se afastou.


Me sentei ao lado dela.


-Então, a rainha sempre perde sua coroa.


Fiquei chocada. Eu era burra. Eu nunca poderia esperar simpatia das pessoas, porque teria esperado isso de Lori?


-Quer falar comigo para que? – perguntei, rude. Lori sorriu.


-Eu estava só brincando. Acho legal você estar com Alfred. Ele é amigo do irmão de Marcus, sabe. Mas antes eu tenho que perguntar: você e Alfred estão juntos?


-Não. Isso é mentira de Aphrodite. E de Daphne. Somos... Éramos amigos.


-E você queria mais que isso?


Franzi a sobrancelha.


-Ele é nascido trouxa, Lori.


Ela olhou para mim.


-É um garoto, ele é bonito e é legal. É só isso que eu vejo.


-Você sabe que é muito mais complicado que isso.


-Sei – ela respondeu, suspirando, mas em seguida sorriu novamente – então quer dizer que você gosta dele?


 


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¹http://www.chevelleinc.com/ e http://pt.wikipedia.org/wiki/Chevelle


não precisa ler isso aqui:
eiii! é bom estar de volta com a fic, depois de quase um ano, bom mesmo! essa é a minha fic favorita, de todas que eu já escrevi (e foram muitas, apesar de eu não ter mtu coisa publicada, e tbm não com esse nick). eu tive essa idéia de fic aos 12 ou 13 anos (tenho 17 agora). a inspiração veio do nada ao ouvir a música Alfie, da Lilly Allen (que é sobre o irmão dela). Alfie... Alfred... ta vendo de onde saiu o nome? essa é uma das únicas coisas que restam da idéia original da fic e eu me recuso a desistir dela. estou passando um ano do inferno, a maratona vestibular (vou prestar medicina) chega em 22 dias... por causa da pressão, eu não conseguia mais escrever. só que agora estou conseguido relaxar mais... (meus pais vão pagar cursinho ano que vem, confirmado xp). seria ótimo passar esse ano, mas medicina é fudido, então, seja o que for para ser, e vamos voltar com a minha fic que eu amo mtu?
foi dificil escrever esse capítulo. de verdade. fazia meses que nem abria o jdv.docx! mas agora eu acho que peguei o embalo novamente e...

agora leia, é uma ordem.

se eu vou continuar escrevendo e postando com regularidade (duas vezes por mes ou +, em média), vai depender de vcs. comentaram, dizendo que tão gostando, eu vou me apressar.
se não vou levar a fic como diversão, escrevendo e postando quando me der mtuuuuuuuuuuuu vontade de fazer isso.

obrigada a Lush Parkison, que nem deve mais ler a fic, e a Mademoseille Delacour, a principal responsavel pela postagem hoje.

até a proxima, que pode ser em breve ou não.

jess.

ps: tem twitter? @addictillusion

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