Romeu & Julieta e Peter Pan



N/A: Bom, esse capítulo não ficou grande como os dois últimos. É um capítulo bem água com açúcar, mas espero que não desagrade. Mais sobre ele e agradecimentos ao final. Beijos.


Capítulo XIX
“Romeu & Julieta” e “Peter Pan”



O dia de natal chegou acompanhado de fortes rajadas de vento, neve e uma temperatura gelada, típica do inverno europeu. Rony remexeu-se incomodamente em seu colchão e se enroscou o máximo possível em seus cobertores, sentindo que até os ossos de seu corpo estavam gelados. Conversas baixas, quase como murmúrios, poderiam ser ouvidas pelo quarto, vindas detrás das grossas cortinas que escureciam sua cama de dossel. O som era abafado, mas forte o suficiente para incomodá-lo e impedi-lo de continuar dormindo. Então, lentamente, o garoto abriu os olhos, mas se manteve no mesmo lugar, desfrutando da sensação macia de seu travesseiro e do peso morno dos cobertores sobre seu corpo. Aos poucos ele foi pondo-se acordado e começou a distinguir as palavras que ecoavam ali perto.

-Bom, cara, vai entender as mulheres. – falou a voz que Rony reconheceu como sendo de Simas. – Mas eu não me chatearia se fosse você. Uma vai e várias outras vêm. O bom mesmo é experimentar as diferenças, cada uma tem seu jeito... seu SABOR. – completou ele num tom que fez Rony saber que ele estava sorrindo.

-Suponho que você tenha razão. – o ruivo ouviu a voz de Dino responder. – Mas a Gina não deveria ter falado aquilo na frente de Hogwarts inteira.

-Deve ser de família.
– disse Simas ainda mais baixo, fazendo Rony ter que erguer um pouco a cabeça para conseguir ouvir. – Acho que os Weasley se põem um pouco explosivos quando se trata desses assuntos.

-Como assim?
– perguntou Dino.

-Bem, - resmungou Simas – você viu a reação de Rony ontem quando a Hermione foi mencionada.

-Ainda não consegui ver a relação que uma coisa possa ter com a outra.

“Nem eu”
– pensou Rony se erguendo ainda mais e apurando os ouvidos.

-Eles se põem um pouco descontrolados quando envolve... assuntos SENTIMENTAIS. – riu Simas.

-Ah, sim. – concordou a voz de Dino.

“O que ele quis dizer com ASSUNTOS SENTIMENTAIS?” – o cérebro de Rony indagou, deixando o ruivo com uma cara que expressava confusão.

-Então você também acha que existe algo entre os dois? – a amortecida voz de Dino falou, seu volume quase inaudível.

-Rony e Hermione? – perguntou Simas, fazendo o ruivo mandar frio, preguiça e precaução às favas e se sentar de forma brusca e imediata. Os outros garotos pareceram ter ouvido alguma movimentação a mais no quarto, pois se calaram por alguns instantes. Rony prendeu a respiração e tentou ficar tão quieto quanto possível, esperando pela resposta de Simas.

-Se ainda não existe, é questão de tempo. – veio a voz sussurrada e divertida do menino. – Mas se depois dos dois chegando atrasados e vermelhos à festa ontem a noite não tiver acontecido nada é porque o Rony é realmente devagar...

Rony sentiu um calor subir por seu corpo, afastando momentaneamente o frio cortante do ambiente. Mas ele não soube decifrar se essa sensação era devido à irritação ou ao embaraço causado pelas palavras de Simas. E enquanto o ruivo estava estático, tentando se decidir entre saltar da cama e socar o companheiro de quarto ou se esconder o mais fundo possível entre seus cobertores, ele ouviu passos se afastando e o abrir e fechar suave da porta do dormitório, que ficou silencioso novamente.

Depois de aguardar mais alguns momentos em silêncio até ter certeza que os garotos tinham realmente saído, Rony abriu suas cortinas devagar, espiando ao redor: tudo estava calmo e aparentemente deserto. Os únicos sons eram o de Harry ressonando tranqüilamente em seu sono e os roncos de Neville. Olhando mais uma vez pelo quarto, o garoto pôde ver vários embrulhos de presente espalhados pelo chão e uma pilha considerável de pacotes aos pés de sua própria cama. E com um clique ele se lembrou: claro, era natal!

-Ei, Harry! – ele falou em voz alta enquanto se atirava aos seus presentes. – Acorde, companheiro, é natal!

As cortinas da cama de Harry se lançaram abertas, quase simultaneamente com as de Neville e ambos os garotos surgiram por detrás delas, o primeiro procurando imediatamente seus óculos sobre sua mesinha de cabeceira e o segundo esfregando os olhos, com uma cara muito amassada e os cabelos muito desordenados.

-Feliz natal. – falou Neville após um bocejo particularmente longo.

-Para todos nós. – disse Harry enquanto observava Rony vestir seu recém adquirido suéter Weasley, mais uma vez cor de tijolo.

O ruivo pegou os olhos do amigo e com uma careta resmungou apontando seu suéter:

-Castanhos outra vez... Mas pelo menos eles são quentes.

Harry sorriu a ele e pôs-se a abrir seus próprios pacotes: um guardanapo descartável nitidamente já usado, enviado por seus tios; uma caixa repleta de sapos de chocolate, delícias gasosas e bolos de caldeirão, dados por Rony; um suéter Weasley mais uma vez verde e bolos natalinos cobertos com frutas cristalizadas, mandados pela Sra. Weasley...

-O que é um Peter Pan? – a voz de Rony indagou repentinamente, fazendo Harry interromper a ação de desembalar seus pacotes para encarar o amigo.

-Quê?

-O que é um Peter Pan?
– Rony tentou novamente.

-Sobre o que você está falando? – falou Harry confuso, lhe observando.

-Hermione. – disse o ruivo. – Quero dizer, o presente de Hermione.

Ele ergueu um livro bonito, com uma capa verde viva toda ornamentada, onde as palavras “Peter Pan” estavam alegremente estampadas em grandes letras garrafais vermelhas.

-Ah! – fez Harry entendendo. – Um livro. Típico dela, não é mesmo?

-Sim.
– concordou Rony, impaciente. – Mas o que DIABOS É um Peter Pan?

Harry ergueu suas sobrancelhas e pensou por um segundo, aquele título não lhe era estranho...

-Suponho que é um livro trouxa. – disse o menino. – Havia um desse no meio das coisas do meu primo Duda, eu me lembro porque as únicas coisas inteiras no antigo quarto dele eram os livros, já que provavelmente nunca foram abertos.

-Certo.
– Rony falou. – Mas do que se trata?

-Não tenho certeza.
– resmungou Harry balançando a cabeça. – Mas por que o interesse, de qualquer maneira? Você nunca se interessou por livros.

Rony olhou abaixo para o livro aberto em suas mãos e Harry pôde ver que havia uma pequena nota escrita caprichosamente sobre a contracapa.

-Por nada. – murmurou o ruivo, ainda sem desviar os olhos das palavras no livro. – Curiosidade.

Harry olhou o amigo suspeitosamente por breves momentos e só então voltou à tarefa de abrir seus presentes.

-O que foi que a Mione lhe deu? – perguntou Rony casualmente algum tempo depois, enquanto se trocava.

-Um conjunto de penas e tintas. – respondeu Harry, também tirando seus pijamas e entrando em seus agasalhos.

-Previsível. – devolveu o ruivo. – Ei! O que é isso, Neville?

Rony tinha arregalado os olhos e sorrindo fitava o outro garoto, fazendo Harry se virar para olhar. Neville ainda estava sentado em sua cama e em suas mãos estava um pano azul muito chamativo, todo estampado com figuras de pequenos ursinhos, que se mexiam, sorrindo e piscando os olhos.

-Minha avó. – disse Neville lentamente, grandes manchas rosas aparecendo eu seu rosto redondo.

-Bom, - falou Rony com um sorriso inclinado – se isso é sua avó, ela está um pouco mudada desde a última vez que a vi.

-Não!
– exclamou Neville ignorando a brincadeira. – É que eu disse a ela que estava precisando de um novo agasalho e-

Rony trocou um olhar com Harry, que assim como ele obviamente lutava para segurar as risadas.

-Você não quer dizer...? – falou o ruivo dando outro relance ao pano escandalosamente colorido preso nas mãos do amigo.

-Sim. – Neville respondeu inconformado. – Minha avó ainda pensa que eu tenho oito anos de idade.

-Quatro, eu diria.
– disse Rony pegando o agasalho de ursinhos das mãos do menino e analisando isso criticamente.

As risadas finalmente deixaram a garganta de Harry e ele rapidamente tentou transformá-las num acesso de tosse. Rony o acompanhou e gargalhou junto do amigo.

-Ah, fiquem quietos vocês dois. – resmungou Neville. – Isso não é engraçado.

-Nem um pouco.
– disse Rony respirando fundo e evitando os olhos de Harry, que a essa altura estavam lacrimejando com o esforço de conter as risadas. – Eu diria que os ursinhos são até... hum... bonitinhos, Neville.

Neville o atirou um olhar sujo antes de lançar seu próprio travesseiro sobre Rony.

-Ei! Não tão violento, garoto Pimpão! – berrou o ruivo abrindo a porta do dormitório e correndo fora de lá assim que viu Neville mergulhar para pegar o segundo travesseiro. Harry o acompanhou, as risadas de ambos ecoando pelo corredor.

-Sabe, Harry, - disse Rony quando conseguiu encontrar sua voz – esse tipo de coisa é muito bom para nos mostrar que existe coisa pior do que ganhar um suéter castanho todos os anos.

As risadas vieram novamente e ambos desceram as escadas para a sala comunal. Afinal, o dia de natal tinha apenas começado.

*****



Hermione ainda encarava abobada o grosso livro recém saído do embrulho que ela apertava em suas mãos. Em seu rosto havia uma expressão surpresa que gradualmente foi dando lugar a um sorriso e um ar de completa satisfação. Ela afastou uma mecha de cabelo de cima de seus olhos comprimindo-a atrás da orelha e correu levemente as pontas dos dedos sobre a capa dura vermelha luminosa do presente. O presente que tinha conseguido lhe deixar tão contente e ao mesmo tempo tão confusa.

“Romeu & Julieta” – ela leu outra vez o título gravado em grandes letras douradas sobre a capa. Seu sorriso se alargou consideravelmente e ela não pôde impedir seu coração de acelerar algumas batidas.

“Mas por que a empolgação, Hermione?” – ela repreendeu a si própria. Rony apenas tinha lhe dado um livro de presente de natal... “Não!” – uma vozinha insistentemente alegre gritou dentro da sua cabeça. Rony não tinha lhe dado UM livro, ele tinha lhe dado O livro. Merlim, um ROMANCE! Um romance imortal. O romance mais bonito que alguma vez ela já tinha conhecido. E isso realmente era algo, considerando que a garota era uma voraz devoradora de livros, histórias e mesmo romances.

“Esse gesto de Rony queria dizer alguma coisa, não queria?” – ela pensou juntando as sobrancelhas em concentração. É claro que havia um algo mais por trás daquele presente... TERIA que haver.

Suspirando alegremente, a menina depositou cuidadosamente o livro sobre sua cama e partiu à tarefa de terminar de abrir seus outros presentes de natal, de vez em quando ainda lançando olhares à bonita capa vermelha e sorrindo de uma orelha à outra. Sim, aquele era um presente especial. E ela agradeceria à Rony por ele. Do jeito que ele merecia.

*****



-Uau! – exclamou Lilá Brown arregalando os olhos na direção de Hermione. – Isso é o que eu chamo de vestido! – completou ela, se empoleirando na beirada da cama da garota para admirar mais de perto o bonito vestido rosa pálido que Hermione tinha nas mãos.

-Obrigada. – murmurou Hermione de maneira displicente, se levantando e começando a empurrar seus presentes dentro de seu malão.

-Foi um presente de natal? – perguntou Lilá fitando o tecido rosa com um olhar de cobiça.

-Sim, de mamãe. – respondeu Hermione simplesmente, ainda empenhada na tarefa de guardar seus novos pertences.

-Me deixe olhar mais de perto, vamos. – disse a garota esticando a mão para o vestido. – Venha ver isso, Parvati.

A outra garota se aproximou avidamente e ambas pareciam fascinadas, girando o tecido de um lado para o outro pelo ar.

-Não é maravilhoso? – indagou Lilá segurando o vestido na frente de seu corpo.

-Sim! – exclamou uma Parvati deslumbrada. Hermione girou os olhos, mas seu humor estava bom o bastante para ela se preocupar.

-Você não gostou? – Lilá perguntou à Hermione, notando seu descaso com o presente.

-É bonito. – respondeu ela encolhendo os ombros e colocando seu novo livro “Romeu & Julieta” sobre o colo novamente.

-BONITO? – fez Lilá incrédula. – SÓ bonito?

Hermione não se deu o trabalho de responder e continuou fitando seu livro carinhosamente.

-Ora vamos, Hermione! – repreendeu Parvati. – Você acaba de ganhar um dos vestidos mais bonitos que mesmo eu já alguma vez tenha visto e tudo que faz é ficar olhando encantada para um LIVRO?

-Nós temos noções distintas a respeito do valor das coisas, Parvati.
– respondeu ela calmamente, pegando o vestido das mãos das meninas e colocando-o junto de seus outros pertences no malão.

-Absolutamente. – retrucou Parvati. – Pois logo você que entende sobre tantas coisas parece não entender que um livro nunca poderá lhe trazer os benefícios que um vestido poderá.

Hermione revirou os olhos outra vez e meramente expressou um barulhinho de impaciência. Afinal, Parvati estava completamente errada. Um livro poderia trazer benefícios que a menina não poderia nem ao menos sonhar. Especialmente aquele.

*****



Harry e Rony ainda estavam ligeiramente ofegantes devido ao acesso de risadas causado pelo agasalho de ursinhos de Neville quando Hermione desceu o último degrau da escada do dormitório feminino e os encontrou na sala comunal.

-Bom dia. – falou ela com um grande sorriso. – Feliz natal a vocês.

-Oi Mione.
– respondeu Harry sorrindo de volta. – Feliz natal.

-Feliz natal.
– disse Rony, ainda risonho.

-O que é tão engraçado? – perguntou a garota se sentando numa poltrona de frente à dos meninos.

-O presente do Neville. – riu Harry. Hermione elevou as sobrancelhas ao amigo, que explicou melhor. – Neville ganhou um suéter novo... um digamos... meio infantil.

-MEIO infantil? MUITO infantil!
– corrigiu Rony voltando a gargalhar.

A garota fez uma cara de diversão, mas retrucou:

-Ora, não pode ser tão ruim assim, pode?

-Oh, pode.
– garantiu Harry.

-Digamos que no quesito “roupas chamativas” deixaria o Dobby no chinelo. – completou Rony, fazendo Harry e agora Hermione explodirem em risadas.

-O Neville deveria passar o natal aqui mais vezes para nos divertir. – falou Rony logo depois de se recuperar um pouco.

-Rony! – ralhou Hermione. – É feio rir às custas dos outros, ainda mais de alguém tão adorável quanto o Neville.

-E você estava se importando muito com isso há dois minutos atrás, não é?
– perguntou o ruivo.

-Eu... eu... – começou ela claramente sem graça. – Bom, era apenas uma brincadeira.

-Justamente, Hermione.
– disse Rony a encarando. – Apenas uma brincadeira. Não estávamos querendo chatear o Neville.

-É.
– concordou Harry. – Ainda mais que ele nunca passa os natais aqui, deve estar sendo meio diferente esse ano.

-Praticamente ninguém foi para casa nesse natal.
– falou Hermione olhando a sala comunal repleta de alunos por todos os lados. – Só foram os alunos mais novos, eu diria. Dos quartanistas em diante a maioria absoluta ficou por causa da festa.

-Não me FALE nessa festa.
– uma voz amarga soou atrás da poltrona de Hermione somente um segundo antes de uma Gina com a cara muito amarrada se desabar sentada ao lado dela.

-Bom dia, Gina. – disse Hermione suavemente. – Feliz natal.

-E para vocês.
– resmungou ela de volta se afundando na poltrona como se desejasse sumir.

-Parece que alguém acordou de mal-humor. – provocou Rony. Gina lhe ofereceu um olhar fulminante e bufou como um bichano acuado.

-Está... tudo ok, Gina? – Hermione perguntou cuidadosamente.

-Como poderia estar, com todo esse pessoal me lançando olhares como se eu tivesse três olhos ou uma variedade de tentáculos iguais aos da Lula Gigante?

-Você se acostuma a isso.
– falou Harry encarando a ruiva. – Eles me olham desse mesmo modo há quase... hum... cinco anos?

Um pequeno sorriso começou a despontar no rosto de Gina, mas ele não chegou a se formar, já que Rony foi o próximo a falar:

-Você é a culpada. Você não deveria ter feito todo aquele escândalo ontem a noite.

-Não me diga como eu devo agir.
– retrucou ela.

-E o que você e o Dino resolveram, de qualquer maneira? – indagou Rony sem se perturbar com a grosseria da irmã.

Gina o encarou por um momento e então virou-se à Hermione, segurando as madeixas vermelhas longe de sua própria testa e perguntando calmamente:

-Você pode ler em voz alta, Mione? – falou a ruiva apontando um dedo à sua testa, agora livre dos fios rubros que normalmente caiam ali em cima.

-O que? – disse Hermione olhando confusa para a amiga.

-Você não consegue ler? – disse Gina fingindo surpresa. – Estranho... Eu poderia jurar que estava escrito algo como “POR FAVOR, CONTROLEM MINHA VIDA!” aqui em minha testa.

Harry e Hermione disfarçaram sorrisos e as orelhas de Rony imediatamente tingiram-se com um vermelho vivo.

-É inevitável. – murmurou o ruivo encarando a irmã entre furioso e constrangido. – Eu irei ter que escrever à mamãe hoje.

-Faça isso.
– disse ela tranqüilamente. – E se você PRECISA tanto saber o que houve entre o Dino e eu durante a noite passada, nós nos separamos.

-Oh, Gina.
– sussurrou Hermione em tom de consolo. – Eu sinto muito.

-Parece sentir mais do que eu.
– respondeu a ruiva. – Mas da minha parte não sinta. A única coisa que realmente me chateia foi eu ter magoado o Dino.

Ninguém falou qualquer coisa à essa declaração da ruiva, mas Hermione notou os olhos verdes de Harry brilhando um pouco mais do que o normal na direção da amiga.

-O que é isso que você está usando? – Gina quebrou o silêncio poucos minutos depois, apontando à uma bonita tiara de pano azul piscina que Hermione usava nos cabelos.

Hermione levou uma mão ao cabelo defensivamente e suas bochechas já coradas pelo frio tornaram-se um pouco mais escarlates.

-É só um presente de natal. – disse ela timidamente.

-Dos seus pais?

-Não, do meu primo.


Rony girou tão furiosamente para encontrar os olhos de Hermione que a poltrona que ele e Harry estavam sentados chegou a deslizar um pouco fora do lugar, fazendo os óculos do menino caírem para a ponta de seu nariz.

-Oh, o GREG mandou isso, foi? – desdenhou o ruivo.

Hermione enrugou sua testa e encarou os olhos azuis do garoto. Até hoje ela não tinha entendido essa implicância de Rony com o primo dela.

-Exatamente. – disse ela. – Algum problema com isso?

-Não.
– respondeu ele, seus olhos que antes estavam da cor da tiara de Hermione agora assumindo um azul mais escuro, tempestuoso. – Só gostaria de saber o que foi que o BOOT mandou para combinar. E o KRUM... Suponho que com os presentes de todos os seus fãs você já poderia montar um guarda-roupa completo, não?

Hermione fitou o ruivo durante alguns segundos, boquiaberta. Ele estava com CIÚMES do Gregory? E do Terêncio? Do Krum ela já havia percebido antes, mas mesmo assim... Espera. O Rony estava com CIÚMES. CI-Ú-MES. DELA. E tinha lhe dado um livro de ROMANCE. Os interiores de Hermione se reviraram e inexplicavelmente ela sorriu, de modo doce e terno.

-Se eles fossem REALMENTE meus fãs, Rony, os presentes deles não montariam meu guarda-roupa. Se eles fossem REALMENTE meus fãs, eles saberiam que nada no mundo me agrada mais do que coisas simples... – ela parou e o encarou profundamente. – Como livros, por exemplo.

Rony avermelhou-se de imediato e baixou o rosto, fazendo Gina e Harry trocarem olhares divertidos, quase cúmplices.

-A propósito, Harry, - continuou Hermione, sentindo-se repentinamente muito confiante – muito obrigada pela agenda de deveres, eu estava mesmo precisando de uma nova com tantos trabalhos que estamos tendo esse ano.

-Que bom que gostou.
– respondeu o menino sorrindo a ela.

-E aquela pena de faisão é muito bonita, Gina, obrigada. – acrescentou a garota sorrindo para a ruiva.

Rony esperançosamente ergueu um pouco os olhos para Hermione como se esperasse também algum agradecimento pelo seu presente, mas nada veio, fazendo-o abaixar o rosto outra vez.

-Bom dia. – falou Neville apontando da escada do dormitório masculino. – Vocês todos já tomaram café?

-Boa pedida.
– disse Rony se erguendo. – O que nós estávamos esperando, afinal?

Os outros meninos se levantaram também e seguiram na direção do buraco do retrato, juntamente com outros alunos que se dirigiam ao salão principal para o café da manhã. Hermione se emparelhou com Rony e falou num tom baixo que só o ruivo poderia ouvir:

-Er... Rony...? Eu poderia falar com você um minuto?

O garoto arregalou os olhos para ela, assustado e meramente acenou com a cabeça. Harry olhou para trás aos amigos e vendo-os parados no mesmo lugar se encarando, abriu a boca para os apressar, mas sentiu seu braço sendo puxado por Gina e seus pensamentos foram instantaneamente desviados a outras direções...

-Vem. – falou ela a Harry, olhando com o canto dos olhos para o irmão e a amiga ainda estáticos. – Eu estou certa que eles saberão o caminho. – Gina sorriu marotamente. – Isto é, SE eles REALMENTE desejarem nos alcançar.

Harry sorriu de volta e deixou Gina conduzi-lo para fora da sala comunal, ambos atrás de Neville.

*****



Assim que o buraco do retrato se fechou e Hermione se viu praticamente sozinha com Rony na sala comunal agora quase vazia, todo o assomo de coragem e confiança que a garota estava sentindo a meros momentos antes se dissipou pelo ar. As mãos dela suaram frio e todo seu corpo tremeu de nervoso e ansiedade.

“É só o Rony, acalme-se Hermione.” – ela se falou em pensamento, tentando encontrar sua voz e seu espírito grifinório que fizesse com que ela erguesse os olhos para encarar o ruivo.

-Hum... Aconteceu alguma coisa? – perguntou Rony, hesitante.

-Não. – Hermione murmurou, finalmente deixando seus olhar conhecer o do garoto. – Na verdade, Rony, eu só queria agradecê-lo pelo presente.

-Ah, queria?
– estranhou ele. – Então... você gostou do livro?

-Muito.
– sorriu a menina, começando a falar muito depressa. – Bem, você sabe, a história é realmente maravilhosa, e bem, confesso que fiquei um pouco surpresa que você tenha optado por ela, mas-

-Hermione.
– interrompeu Rony com uma careta. – Sobre o que exatamente você está falando?

A garota se calou abruptamente e a cor aos poucos foi se esvaindo de seu rosto, uma pontada dolorida de decepção espreitando em seu peito e remexendo todos seus interiores. Ele não sabia. Ele não conhecia a história e provavelmente nem sequer tinha idéia que se tratava de um romance.

“Mas é claro, Hermione, como você poderia ter pensado que... pensado que... ah, não importa agora.” – a menina pensava furiosamente.

-Mione? – perguntou o ruivo tentativamente enquanto observava a expressão impassível da garota. – O que foi? Sobre o que você estava falando?

-Nada.
– disse ela com uma nota de decepção muito mal disfarçada em sua voz. – Você não conhece a história “Romeu & Julieta”, não é?

-Não.
– falou Rony com simplicidade, encolhendo os ombros. – Eu deveria?

-Não.
– ela resmungou tristemente, seu sorriso há muito já apagado. – Bem, suponho que deveríamos ir para o café...

Ela se virou e já tinha começado a caminhar novamente para o buraco do retrato, mas antes de dar o segundo passo ela sentiu uma mão gelada segurar seu braço e uma onda quente percorrer sua espinha.

-Espera. – Rony falou a encarando de forma profunda, seus olhos azuis brilhando intensamente.

-O-o que é? – murmurou ela sem coragem de olhar dentro daquele oceano misterioso que eram os olhos do ruivo.

-Do que se trata a história? – ele perguntou sem soltar o braço dela e caminhando um passo mais perto de Hermione.

-Não importa. – sussurrou ela, agora respirando pesadamente.

-Me diga, Mione. – insistiu ele se aproximando outro passo. – Eu QUERO saber.

-“Romeu & Julieta” é a história de dois jovens de Verona.
– falou a menina num tom de voz quase desesperado, a mão de Rony ainda fazendo a pele de seu braço formigar e o corpo do ruivo perigosamente próximo demais para que ela conseguisse fazer algum sentido.

-Verona? – indagou o garoto sem tirar os olhos dela e a mão de seu braço.

-Fica na Itália.

-Ah.
– fez ele baixinho, ainda sem quebrar o contato.

-E também...

-E também?
– pressionou Rony.

-Bom... – disse Hermione fitando atenciosamente o chão da sala comunal. – “Romeu & Julieta” é o romance mais belo e mais famoso dos últimos séculos...

-Romance?
– perguntou o ruivo com a voz fraca.

Hermione apenas acenou com a cabeça positivamente, mas apesar do fato de seus olhos não deixarem o chão por nenhum momento ela soube que Rony estava corando, pois ela pôde sentir o calor emanando diretamente do corpo dele e de certa forma aquecendo o dela próprio.

Os dois mantiveram-se calados por alguns instantes até que a voz de Rony acabou com o silêncio desajeitado entre eles.

-Na verdade, - começou ele lentamente – o motivo que me fez dar esse livro a você, Mione, foi uma conversa que nós tivemos há algumas semanas...

Hermione muito cuidadosamente arriscou desviar os olhos do chão para encarar o menino, que continuou:

-Você se lembra daquela noite em que você nos disse que seu nome vem de uma rainha da Sicília?

A menina afirmou com a cabeça outra vez.

-E lembra também que você nos disse que essa rainha era personagem de um autor trouxa muito famoso?

Outro aceno de concordância de Hermione.

-Eu lhe dei esse livro justamente por esse motivo. – falou Rony encolhendo os ombros. – Ele também é do tal autor famoso que criou a personagem. Willian Shakespeare ou algo do tipo, não é?

-Sim.
– Hermione respondeu com um sorriso minúsculo. – “Romeu & Julieta” também é de Shakespeare.

Outro silêncio pairou sobre as cabeças de ambos. Rony se mexeu desajeitadamente, sua mão ainda firmemente segura sobre o braço da menina. Mas foi Hermione quem quebrou o silêncio dessa vez.

-De fato, Rony, o meu presente a você também foi por causa daquela conversa naquela mesma noite de domingo.

O ruivo arregalou os olhos para ela, num misto de surpresa e curiosidade.

-Mione, o que é um Peter Pan? – disse ele fazendo Hermione dar um grande sorriso agora.

-Você se lembra qual foi a condição sob a qual eu permiti que você copiasse minha redação aquela noite? – perguntou ela.

-Hum... – fez Rony enrugando a testa ligeiramente em concentração. – Que eu mudasse as palavras e colocasse meu próprio nome no cabeçalho?

-Também, mas não são essas as quais me refiro.
– falou Hermione sorrindo. – Você se lembra do que você disse que me permitiria lhe chamar se eu não o fizesse recomeçar todo o dever?

Rony ergueu as sobrancelhas a ela e lhe lançou um daqueles seus sorrisos inclinados.

-Seguramente não o garoto-que-não-quer-crescer?

-Exato.
– riu Hermione gostosamente.

-Mas o que isso tem a ver com um Peter Pan? – perguntou ele fazendo a menina rir ainda mais.

-Suponho que só lendo para você descobrir. – respondeu ela, sabendo que ele nunca “perderia seu tempo” lendo um livro, mas desejando esperançosamente que ele fizesse.

-Jogo sujo. – brincou ele agarrando o outro braço dela e fingindo sacudi-la. Ambos deram risadas, mas elas foram diminuindo gradualmente no instante em que eles perceberam o quão próximos estavam.

-Rony... – murmurou Hermione encarando profundamente os olhos do garoto pela primeira vez no dia. – Er... eu só queria dizer que mesmo você não conhecendo a história do livro e não tendo a intenção eu... eu realmente gostei muito do presente.

-Fico feliz em saber disso.
– disse ele. – Porque eu gostei muito de dá-lo a você.

A garota o encarou mais alguns momentos em silêncio e só então, desviando o olhar, perguntou numa voz muito baixa:

-Mesmo sendo um... er... ROMANCE?

-Sim.
– veio a voz macia de Rony exatamente um segundo depois e Hermione teve a impressão que o aperto das mãos do ruivo em seus braços tinha aumentado um pouco de intensidade. Ela ergueu o olhar corajosamente para o rosto sardento de Rony, que involuntariamente caminhou mais um passo em sua direção. A distância entre eles era quase zero agora. Um olhava intensamente no fundo dos olhos do outro. Rony diminuiu a distância e os olhos de Hermione começaram a se fechar, seus lábios estavam milimetricamente separados-

-Monitor! – uma vozinha aguda guinchou perto deles fazendo-os se afastarem assustados. Adam Banks vinha correndo dos degraus do dormitório masculino, suado e ofegante.

-Adam? – perguntou Hermione mais vermelha que uma pedra de rubi. – O-o que foi que aconteceu?

-Meu amigo Brandom e aquele segundanista, Steve!
– ofegou ele. – Os dois estão se matando a socos lá em cima! Anda, monitor. – completou o menino enquanto tentava arrastar Rony pela mão. Mas o ruivo parecia muito fora do ar e seu rosto estava tão corado que já tinha superado todos os tons de vermelho, atingindo agora um castanho quase da cor do suéter Weasley que ele estava vestindo.

-Eu estou indo, Adam. – murmurou ele numa voz estranhamente abafada, se desvencilhando do garotinho, que disparou de volta para os degraus de onde viera.

Rony se voltou para Hermione.

-Hum... até mais tarde, então. – disse ele timidamente sem olhar nos olhos da garota.

-Até. – suspirou ela voltando a encarar o piso.

O ruivo se virou e começou a caminhar rapidamente para a escada do dormitório, mas a meio caminho ele parou subitamente, como se lembrasse de algo muito importante.

-Mione? – chamou ele olhando-a por cima do ombro. Hermione ergueu os olhos devagar.

-Hum? – ela resmungou.

-Mesmo nunca tendo lido a tal história “Romeu & Julieta”, eu tenho certeza que ela é brilhante.

Os olhos da menina se alargaram. Rony respirou fundo e continuou:

-Afinal foi escrita por Shakespeare, não é? E nada que não fosse PERFEITO poderia ter saído da cabeça do homem que inventou o seu nome.

Assim, dizendo essas palavras, o garoto se apressou para cima, saltando dois degraus de cada vez e deixando para trás uma Hermione tão boquiaberta e com o coração batendo tão rápido que deveria também estar saltando não duas, mas no mínimo DEZ batidas de cada vez.

*****



Rony chegou ao corredor do dormitório masculino numa rapidez impressionante e já pôde avistar o pequeno tumulto logo à frente. Os dois pequenos meninos rolavam pelo chão, engalfinhados e arranhados, sob aplausos e assobios dos outros garotos que rodeavam a cena.

-Muito bem, pirralhos, já chega! – berrou ele apontando sua varinha ao bolo de socos e chutes que eram os meninos. – Se não quiserem uma detenção ou uma AZARAÇÃO é melhor vocês se separarem.

Os meninos imediatamente pararam de se atacar, mas não se moveram do lugar que se encontravam sobre o piso.

-Levante-se Steve. – disse Rony abaixando a varinha e erguendo o segundanista pela gola do agasalho, retirando-o de cima do primeiranista. – Você tem um corte no lábio. – disse o ruivo encarando o segundanista. – E você, - continuou ele erguendo também o outro menino pela gola – você está parecendo um urso Panda com esse olho preto. Olhem, é natal e eu posso me permitir ser bonzinho uma vez na vida, mesmo vocês não merecendo. Se vocês seguirem direto para a Ala Hospitalar para ajeitarem esse estrago e não mais se atracarem pelo caminho, eu não denuncio vocês à Professora McGonagall. O que me dizem?

Os meninos suspiraram aliviados e acenaram com a cabeça afirmativamente.

-Certo, então. – disse ele. – E nem tentem me enganar. Adam, você vai os acompanhar e se certificar que eles chegarão lá sem nenhum incidente e sem qualquer acesso de murros e pontapés pelo caminho, ok? Qualquer deslize venha me avisar.

-O que você quiser, monitor.
– respondeu Adam saindo atrás dos outros dois.

-E vocês, bando de curiosos, acabou o espetáculo, vão dispersando. – falou Rony se virando aos outros garotos que ainda observavam ali perto.

Quando cada um tomou seu caminho e Rony se viu sozinho no corredor, um barulho em seu estômago veio para lhe lembrar que ele ainda não tinha tomado seu café. Mas por uma vez na vida ele não atendeu as reivindicações de sua fome. Ele não tinha a menor vontade de comer. Seus interiores estavam se retorcendo feito as cobras dançarinas que o garoto vira no Egito há alguns anos e em seu nariz ainda estava o perfume suave de Hermione. Assim, vagarosamente, Rony caminhou de volta para seu quarto, abriu as cortinas e sentou-se sobre sua cama. O livro com a bonita capa verde ornamentada jazia ali em cima e ele pegou-o, perdido em pensamentos. Seus olhos se demoraram por um instante no título vermelho imponente sobre o verde e então, abrindo o livro, ele leu mais uma vez a nota sobre a contracapa, escrita com a caprichosa letra de Hermione:

“Rony,

Em primeiro lugar, não faça essa cara. Mesmo não estando lhe vendo agora, eu sei que você está fazendo careta. Você nunca gostou de ganhar livros e estou totalmente consciente disso. Sabe, eu até estava disposta a lhe dar algo mais “útil” na sua concepção, como um pacote repleto de doces, penas de açúcar, sapos de chocolate e todas essas coisas que você adora. Eu ESTAVA. E eu IA. Mas então eu vi esse livro e ele me fez lembrar irresistivelmente de você. Seria um pecado se eu não o comprasse para você, Rony. Mas não se preocupe, sempre tem o ano que vem para eu lhe dar os doces. Isto é, se não aparecer algum outro livro que me lembre irresistivelmente você. Certo, Peter Pan?
Feliz natal!

Carinhosamente,

Hermione Granger.”


Suspirando profundamente, Rony deixou seus lábios formarem um pequeno sorriso. Fosse o que fosse um “Peter Pan”, isso soava agradável e gracioso. Como tudo que vinha de Hermione.

“Merlim, o que aconteceu há pouco lá embaixo na sala comunal?” – o menino pensou desesperadamente. Ele quase havia... quase havia... BEIJADO uma garota. E não uma garota normal. Ele quase havia beijado HERMIONE GRANGER. A menina mais inteligente de seu ano. A menina que ele já fizera rir e chorar um número incontável de vezes. A menina com quem ele brigava uma vez de manhã, outra a tarde e se houvesse tempo, mais uma a noite. E ele quase havia a beijado. QUASE. Batendo com força o punho fechado em frustração sobre a cama, o ruivo amaldiçoou aqueles garotos por terem que se engalfinhar, amaldiçoou Adam Banks por interromper e amaldiçoou a si próprio por não ter feito isso um pouco mais depressa. Então, repentinamente, a voz de Simas voltou à sua cabeça e mesmo relutante, o ruivo pensou que talvez o garoto tivesse razão. Talvez ele REALMENTE fosse muito devagar.

*****



N/A: Não me matem!! Não, não, não me matem!! A culpa do beijo não ter saído não foi minha, foi do Adam!! hehhehehehhe...

Ah, graças à Val a fic agora tem uma comunidade no Orkut, fiquei tãoooo honrada!! Gostaria muito de ver todos que lêem lá, ok? Participando das discussões nos tópicos e tudo mais. Especialmente todo o pessoal que comenta aqui sempre.
Aqui o endereço: http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=5546345

Bem, sobre o capítulo:


Antes que alguém me pergunte como foi que o primo trouxa de Hermione mandou um presente sendo que ele nem sabe que ela é uma bruxa, eu vou esclarecer: O presente foi enviado por ele junto com o dos pais dela, o Greg (como diz o Rony) nem ao menos sabia para onde ao certo, já que ele pensa que Hermione faz um intercâmbio no Canadá. Agora como os pais de Hermione enviam os presentes é um mistério para mim também, eu penso que deve ser pela mesma coruja que ela manda os presentes dela a eles, provavelmente alguma da escola.

Bem, a conversa sobre Shakespeare, o nome de Hermione o todo o negócio do “menino-que-não-quer-crescer” que inspirou os presentes que Rony e Hermione deram um ao outro aconteceu no início do capítulo 17, caso alguém tenha esquecido.

No mais só tenho a dizer que foi um capítulo leve e muito gostoso de escrever. Espero as opiniões de todos.

Agradecimentos especiais:

Hell Granger: Muito obrigada pelo comentário e elogios, ok? Ainda aguardo seu comentário grandão prometido, estou ansiosa para saber suas teorias também... rs...
Beijinhos!

Lucas: Oh, que feliz que estou que você tenha lido e comentado todas minhas fics!! É bom ver mais um homem comentando, fico realmente muito satisfeita! Espero que continue acompanhando e sempre me premiando com seus comentários, muito obrigada, viu? E me passe o nome de sua fic quando postar, quero ler sim! Beijos!

Val: Ahhhhhhhhhhhh!! O que falar, o que falar, o que falar? Você me emociona, amiga!! Não tenho palavras para expressar a honra que é para mim você ter criado a comunidade da fic e estar sempre aqui acompanhando e comentando... Seus comentários sempre agradáveis e gigantes me deixam felicíssima e me incentivam cada vez mais! Te adoro... Realmente estou ansiosa pelo comentário do 19! Beijão!

Alulip: Euzinha aqui é que não tenho mais palavras para te agradecer. Juro!! A cada capítulo que posto fico pensando nos comentários e logo o seu me vem à cabeça... Suas palavras me derretem, é sério!!... E só aviso que acho absolutamente inadmissível postar o próximo capítulo sem ter seu comentário no anterior, viu? Então nunca deixe de me premiar com sua opinião... Beijos e MUITO OBRIGADA!

Tábata e Thyassa: Que alegria ver gente nova aqui comentando!! Bom, a comunidade no Orkut foi criada e eu já vi vocês por lá, milhões de agradecimentos às duas, ok? Comentem sempre! Beijos!

Sônia Sag: Eu não me importaria nem um pouco com um ultra- mega- super comentário como você disse, rs..rs... Fico realmente lisonjeada que tenha lido tudo num único dia... E eu li seu comentário com um sorriso bobo de orelha à outra, sabia?? Nem sei como agradecer. Continue acompanhando e comentando, ok??
(Roberta fazendo outra reverência de volta e agradecendo milhares de vezes.)
Beijinhos!

Letícia: É, Letícia, pode ter certeza que se o Malfoy tivesse visto a Mione ela seria a vítima da vez... (não que beijar o Harry seja um problema, mas para ela... ah, você me entendeu! rs..rs...) Bem, espero que o 19 tenha agradado, se identificou em alguma parte?? E sobre a Brinks... hum... não posso falar nada! Hehhehe...
Beijão Lê, obrigada mais uma vez!

Nanda Weasley: Ficou feliz com o término do namoro da Gina?? Atendi seu pedido, héim? Hehehehe... Olha, salvei sua fic aqui no meu computador para ler e pode esperar meu comentário lá, ok? E tenho certeza que está magnífica, não se menospreze, garota!! E muito obrigada por todas suas palavras e por ler! Beijos!

Angel Weasley: Eu também AMO o Rony... Suponho que tenha derretido com ele nesse capítulo, não?? Muito obrigada, ok?? Não teve partes intrigantes no 19 elas ainda virão... Espero sua opinião sobre o 19 e todos os posteriores! Beijinhos!

Brine: Oi Brine!! Mais uma vez repito: conte sempre comigo com o lance da faculdade, do vestibular e para o que precisar...
Bom, esse capítulo foi menor que os outros, mas espero que não tenha te desagradado... Suas palavras são uma massagem no meu ego!! rs..rs... E obrigada tb por estar indicando a fic a outras pessoas! Mas a história ainda não está quase no fim, não sei se digo felizmente ou infelizmente, heheh... Grande beijo menina, você é um doce!

Karla: Ohhh, uma leitora que ama a Hermione assim como eu, que máximo!! Que bom que está lendo e gostando, Karla!! E fico muito feliz que você e a Brine estejam fazendo propagandas, isso me honra, sabia? Espero sua opinião sempre aqui! Beijinhos!

Marina Barrocas: Muito obrigada, Marina! Sim, eu também AMO R/H, esse shipper é minha vida! Continue acompanhando e comente sempre, ok? Beijos!

Suzi-Mel: Que bom que você sempre acompanhou a fic e agora resolveu comentar! Eu amo comentários! Sobre escrever um livro, isso é um sonho de infância, resta saber se um dia chegarei a realizá-lo... Obrigada pelas palavras e por sempre acompanhar. Comente sempre, viu? Abração!

TaHtYnHa: Me passa seu MSN que adiciono sim! Adorarei conversar com você! E pode deixar que vou continuar atualizando depressa. Espero sempre ver seus comentários também, certo? Beijos!

Pequena Pri: Você chorou no cap passado??? Não acredito! rs..rs.. Essa é outra fanática pela Hermione como eu, né?? Nesse 19 você não chorou, certo?? Espero sua opinião, seus comentários sempre me divertem muito! E não se envergonhe, eu também tive que imaginar o Harry na jaqueta de couro de dragão...rs... Beijinhos e obrigada por tudo!

Bella Rosa: Oh, pode repetir os elogios quantas vezes quiser, eles me fazem sorrir feito uma idiota aqui na frente do pc, pode acreditar!! Nem tenho palavras para agradecer tudo o que você disse... E sim, minha mãe também adorou seu comentário!! Hehehhehe... Beijos e obrigada mais uma vez!

Humildemente Ju: (Roberta corre e se esconde, só ficando com os olhinhos para fora) Não me mate, Ju!! Não me mate que o beijo ainda não tenha saído!! O culpado foi o Adam, não eu!! Rs.r.s.. E olha, sua idéia original deu certo e a comunidade está lá, não?? Que feliz que estou!! Apesar dos pesares espero que não tenha achado o 19 tão horrível... Obrigada por tudo, certo?? Beijinhos!

Brenda: Ficou ansiosa pelo capítulo, héim menina?? Isso me deixa ainda mais feliz!! E gostei de ver você lá na comunidade, comentando, discutindo... Nem tenho palavras para agradecer, Brenda! E tenho que falar aqui que sua short ficou uma fofura só, viu? Parabéns! Espero sua opinião sobre o 19! Beijão!

Bruna: Fico feliz que apesar dos imprevistos tenha conseguido ler a fic. Aguardo ansiosa todas as que você está prometendo, também! Quero ver seus comentários aqui mais vezes, viu? Beijo!

Ufa... terminados os agradecimentos especiais, um beijo também a todos aqueles leitores silenciosos que não comentam nunca... Mas se quiserem comentar, não vai doer nem nada, viu? Até a próxima...

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Comentários (2)

  • Andréa Martins da Silva

    Definitivamente é o capítulo que mais gostei até agora. Perfeito. Linda a cena do quase beijo... Mas tinha que ter um pestinha para atrapalhar. Grrrrrrr

    2013-11-07
  • Lana Silva

    Nossa acho que todo mundo tá afim de dá uns puxões de orelha no Adam...Esse malvado kk

    2012-01-05
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