O tempo que passou



Apesar de faltar uma demorada e agoniada semana, Natalie e Victor, sem planejar e sem saber, esqueceram do amor antigo, assim, de repente. E se falavam normalmente, mais ariscos cada vez.

- Sabe, eu acho que Lindsay ficaria realmente contente em ouvir isso. – disse Natalie, enquanto tomavam café da manhã, com seus pais.

Victor olhou de relance para seu pai, que sorria, e corou terrivelmente. Sua mãe, que estava na Polônia cobrindo uma reportagem ao “The New Pasquin”, não ficou sabendo; nem depois.

- É, Johnny seria a pessoa mais feliz do mundo se você contasse isto à ele. – ele retrucou.

Natalie olhou, corada, diretamente para seus pais. Sr. Potter sorria e Srta. Granger a olhava, com a sobrancelha franzida, sorrindo também, inclinando levemente a cabeça para o lado. Ficou mais vermelha ainda.

- Ok. Chega agora. – ela pediu.

Victor a olhou, já que estavam entregando-se para seus pais, decidiu falar tudo logo de uma vez; não tinha mais nada contra si, que soubesse.

- Ué, Natalie... mas eu achei que tinha me falado que... – Natalie corou mais fortemente, e levou sua mão à boca do amigo, tampando-a. – schisdsaidhsa... – ele espremeu-se.

- Chega, Natalie, chega vocês dois. – disse Sr. Weasley, ainda rindo.

Natalie obedeceu, soltou-o, mas nenhum dos dois disse mais nada, o resto do dia. Quando Natalie chegou ao seu quarto à noite, exausta, se lembrou de um pequeno detalhe: assistir TV. Ai... Victor estaria lá... ele também estaria assistindo... e não queria a presença dele, não queria dar o braço a torcer.

Ao se aproximar de sua cama, viu um bilhete, um pequeno papel amarelado dobrado em quatro. Estranhou, mas abriu-o e leu:

“Natalie,






Johnny.”


- Ok. Que tipo de pessoa em sã consciência manda uma carta para mim, assinado, sem escrever nada em seu conteúdo? Ai, que otário... – disse pra si mesma, enquanto colocava o papel amassado em cima de sua mesinha. – Idiota.


- Ô Natty – Victor fez voz fina, para tentar imitar alguma garota chamando Natalie – ligaram pra você, amiga! – disse, entrando pelo quarto, sem ser convidado, realmente.

- Quem deixou você entrar no meeeu quarto? – ela quis saber, enquanto acordava, e fitava o amigo que já tinha entrado.

- Ta... já que você não quer saber... – retrucou, ainda com a voz fina, abaixando os pulsos que estavam dobrados, tentando imitar uma possível Stanie ScarCarrol, a garota mais patricinha e puxa saco que Hogwarts aceitara como aluna em toda a sua história.

- Victor! É sério... fala aí. – pediu, se sentando na cama.

- Ta. – disse, perdendo o ar de Stan e voltando a ser Victor Lovegood Weasley. Se sentou na ponta da cama da amiga e começou a contar.

De acordo com o que ele falava, Mary ligara e falara que seus pais iriam levá-la na festa. Estavam no Japão, de férias, e que ela tinha mil novidades. E também disse que está com saudades e mandou beijos para todos.

Os pais de Mary eram dois grandes aurores, que, assim como o trio Harry Potter, foram famosos também na escola.

- Ela está no Japão? Como eu não sabia disto...? Ei... ela vai vir pra festa! Os pais dela vão vir? Ai, responde, Victor! – insistiu a garota.

- Sim. Sim. Sim. – disse, respondendo as suas perguntas.

Natalie o fitou. Ele realmente acabara com o clima de alegria que ela fizera.

- Você é muito chato! – disse.

- Você é muuuito estressada.

- Ta, mas e as outras ligações? – quis saber, voltando a entusiasmar-se.

- Stanie ScarCarrol, dizendo que você não se preocupasse que ela faria o possível para aparecer. Summer Spinter ligou falando que talvez viria, e se poderia trazer um primo dele da Bélgica, que queria te conhecer. Lindsay ligou falando que vinha. – ele murmurou mais baixo a ultima informação.

- Lindsay? – ela repetiu. – eu tive que convidar todos do nosso mesmo ano, até ela, mas... eu achei que ela não viria! – replicou.

- E você acha que ela perderia a chance de aparecer nas capas dos jornais? – ele perguntou, ironicamente.

- Mas quem vai fazer aniversário sou eu! E não ela! – a garota repreendeu, se levantando e arrumando seu cabelo no espelho que tinha na parede.

- É... mas vão tirar fotos, não vão? E é claro, como o meu aniversário também saiu, e foi terrivelmente falado por todo mundo, o seu também vai ser, certo? E ela vai perder a oportunidade de vir e falar que veio no aniversário em que Harry Potter estava promovendo? Natalie... acorda pra realidade... – ele disse se levantando e acompanhando-a para fora, ambos indo tomar café.

- Sabe? As vezes é bom ter um pouco de lógica... e se ela vier pra ficar com você? – perguntou, enquanto andavam pelo corredor.

- Eu não vou ficar com ela. – decidiu – ahh... vamos esquece-la, ok? Bom, Marcus Sprout disse que não viria, está na Itália. E Ben Wood também não vai vir, porque está na Alemanha. Bom, Raskolnikov está na Rússia e... acho que acabou. – ele terminou de falar no fim da escada.

- Ahh... obrigado por informar. – agradeceu.

- De nada. – respondeu, orgulhoso.

- Tem certeza que não vai ficar com ela? – quis saber, enquanto atravessavam a grande sala, desviando de pilhas de caixas. – ela não vai quietar enquanto não conseguir o que quer.

- Eu não vou. Pode ter certeza. – ele disse, tropeçando em uma caixa e praguejando.

- Sei... – enquanto abria a porta de vidro da cozinha, seus pais já tomavam café.

- É sério... eu não vou querer... e outra, eles vão estar lá. – Victor apontou com a cabeça para seus pais, que dividiam um Profeta.

- Alô? Oi... Aqui é Hermione Potter... eu queria saber se vocês aceitaram o acordo de cantarem na festa que terá aqui no sábado... sim... não, mas isso a gente discute depois... – Hermione falava no celular com uma aparente banda.

- Natalie, sua mãe está fechando negócio com “The Stranges” você gosta dessa banda, não é? – perguntou seu pai, enquanto virava a xícara de café.

- E-eu... gosto, pai, obrigada. – disse sorrindo, sentando-se; ultimamente o café da manha na casa dos Potter, fazia um mês (por causa do aniversário de Victor, que fora na semana passada), estava essa terrível correria.

Harry Potter sorriu, jovial. Tinha o mesmo sorriso alegre e maroto de quando tinha seus 16 anos. O sorriso que passara para Natalie hereditariamente.

- Do que falava, Victor? – perguntou Ron, enquanto desviava os olhos do jornal para a xícara de café.

- D-de nada, pai, por que? – ele corou, tentando desviar o olhar de sua mãe.

- Nada... só achei que você entrou meio... receoso aqui dentro... está acontecendo alguma coisa? – perguntou.

Victor deu um chute discreto em Natalie.

- N-não. – respondeu.

Ron sorriu, porém, sem acreditar. O filho mentia descaradamente.

O resto da semana fora ótimo, a não ser a correria e cada vez mais homens de uniforme e organizadores de festas entrando na casa dos PGW, assim chamada.

Victor viu em Natalie a salvação para lhe tirar de certos apuros em que se metia, sem querer. Falava certas coisas que lhe comprometiam a dar algumas explicações constrangedoras aos seus pais e Natalie o salvava, sabendo do sufoco.

Mary chegara um dia antes da festa, tempo suficiente para conversarem em volta da casa, com um Victor curioso tentando ouvir a conversa. Ela fora a única que chegara.

No dia da festa, Hermione Granger estava mais agitada do que nunca. Seus cabelos estavam despenteados, levantara mais cedo que o normal, e não sossegou enquanto não deixou tudo pronto, 6 horas antes da festa.

- Temos tudo adiantado porque eu fiquei igual uma louca faltando no trabalho para resolver essas coisas, querido, você nem chegou perto. – ela falava com o marido, em tom orgulhoso.

- Só porque eu não liguei pr’aquela banda que você fala isso! Fui eu quem conseguiu o numero pra contato. – ele finalizou.

- Pai, mãe, - começou Natalie, enquanto caminhava para perto dos dois, que estavam sentados no banco do jardim – a Nani ta falando que deu a hora.

Por um momento, Srta. Granger encarou a filha, atônita. Mas logo se lembrou, se levantando e pegando na mão da filha, arrastando-a, deixando o marido pra trás.

- É mesmo, Natalie, o seu cabelo... como é que você esquece, hein? – ela disse, apressada.

- Mas eu não... – ela foi interrompida por outras falas precipitadas e agitadas da mãe que não prestava atenção no que a garota dizia.

- Olha, eu vou buscar a chave, você nada de entrar em casa, combinado? Natalie... é surpresa! – ela implorou quando viu o olhar de incredulidade nos olhos verdes da filha.

- Ta, eu espero aqui fora.

Observou discretamente a mãe fechar a porta da cozinha cuidadosamente, com medo de tudo ir por água baixo.

- Mary! A gente já vai! – ela chamou a amiga que conversava com o filho do proprietário da Burkin & Borkes, que inspecionava e assinava alguns recibos que lhe metiam às caras, e conversava com Mary atentamente.

Ao ouvir o chamado da amiga, Mary se despediu do garoto com beijos no rosto e correu até Natalie, quando chegou do seu lado seu rosto estava corado e colocava os cabelos ao lado da orelha.

- E aí?... por que ta me olhando assim? Eu só tava... conversando! – ela se explicou ao ver o olhar de quem vai se explodir de rir, e de quem viu que a pessoa não mudou nadinha.

- Claro que estava... – disse, em tom de quem realmente não acredita no que está ouvindo.

---

N/a: boum eh soh Enjoyy!! xXx Nah

Compartilhe!

anúncio

Comentários (0)

Não há comentários. Seja o primeiro!
Você precisa estar logado para comentar. Faça Login.