Esquecer ou superar?
Natalie desceu as escadas com pequenos e silenciosos passos. Estava tudo escuro, mas a escuridão era muita, e não enxergava nada, ia se apoiando na escada, tateando.
- Nossa... o que aconteceu aqui? – se perguntou, enquanto continuava tentando pegar em algo à sua frente.
Realmente tinha mudado: o lugar estava frio e úmido, bem diferente da sala comunal que passara havia dez minutos! E o pior: continuava sem enxergar nada.
- Mary? Mary! Caramba, você não pode ter sumido daqui! Não faz nem dez minutos... droga, droga!! – repetiu, enquanto tropeçava numa poltrona e saía de costas para o nada.
Mas foi quando algo realmente estranho aconteceu. Sentiu alguém à alguns centímetros de si mesma, ouvia sua respiração, sentia seu calor.
- Caramba! Se tem alguém aí, por favor, dá pra acender a luz? – disse, sem pensar que poderia estar fazendo algo perigoso falando com um estranho no escuro, mas quando percebeu era tarde: já tinha falado.
- Natalie. – chamou a reconhecida e confortável voz de Victor.
- Vi-Victor? É-é você? Acende a luz... – ela tateou e sentiu o peito de Victor, bem próximo a ela.
Estremeceu. Antes fosse chegar assim tão perto dele, como beija-lo também. Arrepiou-se.
- D-dá pra acender a luz? – disse, depois de algum tempo um respirando o ar do outro.
- Natalie, você foi enfeitiçada. – ele apontou a varinha para os olhos da amiga - Descollo olhus!.
Natalie viu tudo novamente, claramente. Estava parada, com a mão no peito de Victor – que ia para cima e para baixo com a sua respiração -, estavam próximos, muito próximos para ter certeza. Natalie ficou alguns minutos encarando aqueles olhos verdes e profundos. Tinha certeza que eles confiavam nela, só não entendia o por que de tanta enrolação com seus sentimentos. Mas depois de lembrar-se da verdadeira razão da sua ida ali, se afastou, corada.
- E-eu... você... eu nem percebi que estava... eu... tava lá em cima antes... sabe? Lá no meu quarto... e aí... eu falei com você pelo... – mas Victor a interrompeu.
- Ta, eu sei, se você não se lembra, o feitiço não pega no lugar que é lançado. – ele a lembrou, rapidamente e seguro. – o que você quer? – disse o mais diretamente possível.
- Olhe bem para os meus olhos – ela disse, depois de pensar por que Victor estava sendo tão... tão cruel – e diga que você não confia em mim e que não me ama mais – fez o ultimo pedido corada e com os olhos lacrimosos.
Victor a olhou, fitou-a. Realmente não desconfiava que ela poderia fazer uma coisa daquelas, e que seria um plano maldoso de Johnny McGregor para acabar com o namoro dos dois. Mas não sabia por que fazia aquilo, contando que se negava permanentemente ser ciumento, ainda resta alguma duvida que ele é um Weasley?
Com toda essa confiança, não podia realizar o pedido de Natalie, mas também não podia admitir isso.
- Não quero falar sobre isso. – ele cortou-a.
- Mas eu quero! E isso vai ficar entalado se não resolvermos logo. – ela insistiu.
- Natalie, eu vou te falar uma coisa, quero que me escute. Olha, a gente confia plenamente um no outro, e isso que aconteceu entre a gente, foi só... um período, entende? Eu queria que voltássemos a ser amigos como éramos antes e esquecêssemos desse distúrbio que aconteceu entre a gente, ok? – ele disse claramente, sem querer chateá-la.
Natalie ouvira direito? Ele estava terminando com essa assim... sem mais nem menos? Claro que tinha uma razão... mas ele tinha que tomar decisões precipitadas, sempre??? Teve vontade de berrar com ele, de falar todo o ódio que estava sentindo, toda a dor... mas se manteve calma, e apenas disse, fria:
- Se é assim que você quer, Victor, assim será. Afinal quando um não quer, dois não tentam, não é verdade? – e se virou, com lágrimas correndo rapidamente pela sua face lisa, sem esperar qualquer expressão ou crítica do ex.
Se alguém passasse por ali, veria um certo garoto ruivo alourado olhando para frente, tentando distinguir o que sentia naquele momento, mas ninguém entenderia se olhasse para uma certa garota que estava sentada, chorando silenciosamente em cima de sua cama, sozinha no dormitório feminino.
Como ele pedia para ela esquecer o que aconteceu? Foi um distúrbio o que ele falou também, ou estava falando sério? Aquilo foram... facadas? Bofetadas? Não sabia falar... nem conseguiria, se tentasse... estava sofrendo. Não teve uma boa noite, afinal, nem conseguiu dormir... mas talvez o tempo cicatrizasse as feridas profundas que uma simples noite de festa e que eles voltassem a ser os amigos sarcásticos e briguentos de sempre... ou talvez... eles só esquecessem... adormecessem o amor...
N/A: cap. curto esse, mas eu achei superr iperr tristee =/ mas fze o q? eh a vida né? tava planejado... e viu, não acabou naum... continuem lendo que agora eu peguei firme no volante =@@~ Rhina t adoro! Q boum q vc tha gostando, e q todos estaum gostando!! Bjinhus.
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