A Bússola de Ouro
Alvo passou o resto das férias brincando com sua família. Todas as noites seus tios vinham jantar em casa. Neville visitou a Toca junto com Ana Abbot, sua esposa. Neville Longbotton lecionava Herbologia em Hogwarts e morava no castelo durante o ano letivo, Alice tinha um bar que comprara de um velho caquético chamado Tom. Ao passar dos dias Alvo ficava mais animado em conhecer Hogwarts. Ele e Rosa, quando estavam cansados de brincar no jardim, sentavam-se na sombra de uma árvore e discutiam Hogwarts. - Ah, Al, será muito legal – Rosa falava. – Teremos um pouco de liberdade que não temos junto com nossa família. - Ah... Pensei que você fosse toda certinha – Alvo falou feliz enquanto mordia uma maçã. - Não quero dizer isso – Rosa se defendeu – Quero dizer que seremos mais independentes, entende? – Alvo fez que sim com a cabeça. – Em que casa iremos cair? Tomara que seja a mesma, né? - É – Alvo procurava fugir dos assuntos que estivessem relacionados com Grifinória ou Sonserina. Ele percebera que Tiago também queria se esquivar disso depois que levara uma bronca de Gina pelo verso cantarolado desde que voltara de seu primeiro ano em Hogwarts. Os dois primos se levantaram. O céu estava pintado de rosa e laranja. O sol se escondia no horizonte e alguns vaga-lumes apareciam tímidos no jardim. Gina acenava para todos entrarem e foi acatada rapidamente. - Por que, vovó? – ele perguntou sentando-se. - Porque todos têm uma vida fora daqui – foi Gina quem respondeu. – Eu fiz leitão assado hoje. - Finalmente vai alimentar esses meninos, Gina – a Vó Weasley falou colocando uma tigela de arroz sobre a mesa. Todos perceberam que uma discussão inevitável se aproximara. – O leitão não fazia dieta quando era vivo, ou fazia? - Mamãe – Gina disse fortemente –, não quero discutir outra vez com você. - Ninguém quer discutir, queremos comer – Rony se sentou ao lado da esposa e de Hugo. Mas o jantar foi interrompido por três corujas que pousaram no beiral da janela, que estava com os vidros abertos. As três esticaram as patas simultaneamente, havia um envelope em cada uma, selado com um selo verde esmeralda. Hermione desamarrou os envelopes e as corujas alçaram vôo. - Alvo – ele leu em um dos envelopes e entregou para o sobrinho – Rosa e a lista do segundo ano de Tiago. Alvo pegou os envelopes em mãos, mas não abriu, apenas ficou observando. Harry lhe deu um tapinha nas costas, todos olhavam para os três, Tiago já lia sua lista de materiais e Rosa estava abrindo o seu envelope. Alvo leu o remetente escrito em tinta verde. Puxou a carta com os dedos trêmulos. ESCOLA DE MAGIA E BRUXARIA DE HOGWARTS Diretora: Minerva McGonagall (Ordem de Merlim, Segunda Classe, Bruxa de Bravura, Combatente de Hogwarts, Membro Honorário da Confederação Internacional dos Bruxos) Prezado Sr. Potter, temos o prazer de informar que Vossa Senhoria tem uma vaga na Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts. Estamos anexando uma lista dos livros e equipamentos necessários. O ano letivo começa em Primeiro de Setembro, aguardamos sua coruja até 31 de Agosto, no mais tardar. Atenciosamente, Filius Flitwick, diretor substituto. ESCOLA DE MAGIA E BRUXARIA DE HOGWARTS Uniforme: Os estudantes do primeiro ano precisam de 1. Três conjuntos de vestes comuns pretas. 2. Um chapéu pontudo simples preto para uso diário. 3. Um par de luvas protetoras de couro de dragão ou similar. 4. Uma capa de inverno preta com fechos prateados. As roupas dos alunos devem conter etiquetas com seus nomes. Livros: Os alunos devem comprar um exemplar dos seguintes 1. Feitiços para Novatos em Magia, de H. Celline 2. Transfiguração para Iniciantes, de Miranda Goshawk 3. História da Magia, de Batilda Bagshot 4. Teoria da Magia, de Adalberto Waffing 5. Mil Ervas e Fungos Mágicos, de Fílida Spore 6. Bebidas e Poções Mágicas, de Arsênio Jigger 7. Animais Fantásticos e Onde Habitam, de Newton Scamander 8. Guia Prático de Defesa Contra as Artes das Trevas, de Tropus Mylor Outros equipamentos: 1 Varinha Mágica 1 Caldeirão estanho, tamanho padrão 2 1 Conjunto de Frascos 1 Telescópio 1 Balança de Latão Os alunos ainda podem levar OU um sapo OU um rato OU uma coruja OU um gato. LEMBRAMOS AOS PAIS QUE ALUNOS DE PRIMEIRO ANO NÃO PODEM POSSUIR VASSOURAS PESSOAIS. Alvo dobrou a carta e guardou no bolso. Iria para Hogwarts em pouco tempo e teria que ser selecionada para alguma casa e o medo de ir para a Sonserina cresceu em seu peito apertado como uma massa de bolo cheia de fermento, se fosse para a casa de Salazar, seria a vergonha da família. Os Weasley jantaram em harmonia. Vô Weasley só chegou do trabalho quando as crianças subiam as escadas para irem dormir. Elas desceram rapidamente e pularam no avô. - Olá crianças – ele cumprimentou. – Filhos, Molly, Harry, Mione. Tudo bem por aqui? Vô Artur sentou-se e colocou uma pasta de couro sobre a mesa. - Tudo sim, querido – A Sra. Weasley se apressou em pendurar o casaco do marido em um cabide ao lado da porta. – Finalmente não tive que fazer comida em dobro. - Molly, já disse para não se preocupar com isso – Vô Artur respondeu. – Crianças, já está na hora de irem dormir, não? Os netos obedeceram e subiram as escadas em discussões animadas, principalmente sobre Hogwarts. Alvo não dormiu bem naquela noite. Sonhara quase a mesma coisa. Uma cobra o perseguia, só que em vez de transformar-se em Tiago continuava na forma de serpente, e o pior era que ele não conseguia mexer as pernas, que pareciam pesar toneladas. Uma brisa fria tocou o rosto de Alvo e brincou com seus cabelos. Ele não abriu os olhos, ficou deitado. Sentiu uma chacoalhada, era Tiago. - Anda logo, seu molenga! – Ele falava enquanto colocava uma calça jeans trouxa. - Pra que vestes trouxas? – Alvo perguntou sentando-se e esfregando os olhos, com sono. - Vamos ao Beco Diagonal! – Tiago exclamou. – Neville e Ana estão aí em baixo. Vamos logo! - Já estou descendo. Tiago saiu veloz porta afora e Alvo ficou sozinho se trocando. O dia estava claro e pássaros cantavam nas árvores mais altas dos arredores da Toca. O menino desceu as escadas barulhentas de três em três degraus. Adorava ir ao Beco Diagonal, mas agora ele iria fazer sua compras de Hogwarts, comprar uma varinha! Todos os moradores se encontravam na sala de visitas. Neville conversava animado com Harry e Rony. O Vô Artur conversava com Ana sobre os negócios e Hermione, Gina e Vó Molly estavam sentadas em poltronas ajeitando as roupas e golas de Hugo, Rosa e Tiago. - Está errado, Sra. Weasley – Hermione dizia. – Tiago está longe de parecer um trouxa. - Não sei por que você teima em levar as crianças de carro com Rony – Vó Weasley falou jogando uma capa rosa-berrante cobre Rosa. - Porque Rony precisa treinar a direção – Ela simplesmente disse. - Mione – Gina falou –, deixe para Rony treinar indo até o ministério sem passar pelo Caldeirão Furado, ele não pode se atrasar. - É isso mesmo, ainda tenho um relatório, isso só iria me atrapalhar – Rony argumentou. - Tudo bem, então – Hermione disse contrariada. – Mas não vai faltar oportunidade, Rony. - Todos prontos? – O Vô Artur perguntou. Os outros assentiram com a cabeça. – Então. Vão as crianças, Gina, Harry e Mione. - Por que meu pai não vai? – Hugo choramingou. - Eu já disse que vou trabalhar, filho. Depois nós nos vemos – Rony falou saindo para o jardim. - Ah, nos vestimos de trouxas à toa – reclamou Tiago observando os babados que Vó Molly colocara em sua camiseta. - Vai ficar, Neville? – A Vó Molly perguntou bondosamente. - Não, vamos até o povoado, precisamos comprar bebidas – Ana explicou. – Se divirtam no Beco – ela completou, dizendo para as crianças. - Al, vai primeiro – Gina mandou. A família foi até a frente da lareira. Alvo pegou um punhado de um pó prateado que estava em um pote de barro sobre o console. Jogou o pó na lareira. Chamas verdes-esmeraldas surgiram. Pode parecer estranho, mas o menino entrou e falou em alto e bom som: - Beco Diagonal! VUM! Seu corpo começou a rodopiar. Seus cotovelos grudaram nas costelas e Alvo teve que fechar os olhos para que cinzas não entrassem neles, a sala dos Weasley virou vários borrões cheios de cores. Ele caiu em um chão duro de pedra. Abriu os olhos finalmente. Estava em um bar estranho, o bar de Ana Abbot. Não havia clientes, mas um atendente dormindo apoiado no balcão. Uma estante com vários tipos de bebidas ocupava uma parede inteira. Espalhadas pelo ambiente havia várias mesas redondas e cadeiras, uma escada ao lado do balcão levava para os quartos alugáveis. Alvo se colocou de pé e bateu as cinzas da barra de suas vestes, Lílian caiu logo atrás dele. Ela se levantou e fez o mesmo que o irmão. - Mamãe disse para irmos para os fundos – ela falou. Os dois irmãos para lá foram. Não havia nada mais do que uma parede de tijolos laranja, uma lata de lixo em um canto e um gato de rua dormindo ao lado da lixeira. Tiago chegou instantes depois. Em poucos minutos todos estavam lá: Tia Hermione, Harry, Gina, Rosa e Hugo. Harry, solenemente, pegou sua varinha e tocou em um determinado tijolo. Os outros, freneticamente, começaram a se mover para os lados e aos poucos a parede se tornou um arco, a passagem do mundo trouxa para o mundo bruxo. A passagem para o confuso e lotado Beco Diagonal. Muitas pessoas andavam para lá e para cá no Beco. Uma confusão de gente com sacolas, muito barulho, muito cheiros diferentes, uns bons outros ruins. A família se jogou no meio das pessoas. Pouco havia mudados desde os tempos do pai de Alvo, a balbúrdia era a mesma. - Al e Rosa, vão comprar suas varinhas e o resto do que precisam – Mione disse e apontou para uma direção. – Eu e o resto vamos comprar os livros. As vestes já foram encomendadas ontem pela Vó de vocês. De tanto tricotar agasalhos de lã ela conhece as medidas dos filhos e netos de cor e salteado. - Tá bom, tia – Alvo concordou. Pegou um saco de galeões com seu pai. – Mas o Tiago também precisa comprar novos frascos e uma balança, não é, não? - Eu vou me encontrar com um amigo, intrometido – Tiago retrucou grosseiramente, o que lhe rendeu um olhar severo do pai. - Depois disso, a gente se encontra na Gemialidades Weasley – Gina sugeriu e todos acataram a idéia. Ele e Rosa vagaram pelo Beco. Pararam em várias vitrines, entraram em várias lojas coloridas e chamativas. Não havia muitos estudantes de Hogwarts, quase todos já haviam comprados os materiais escolares. Pararam na vitrine de uma loja chamada Relíquias Britânicas, parecia bastante maltratada, muito mais do que o resto. - Vamos entrar, Al? – Rosa perguntou, fascinada. - Relíquias? – Alvo indagou. – Coisa velha não é comigo! - Al, lembra das Relíquias da Morte? – Rosa perguntou cruzando os braços. Era uma das histórias dos tempos de juventude de Harry. - Sim, e daí? - Eram relíquias! - Tudo bem, vamos – Alvo falou se dando por vencido, não adiantava muito discutir com Rosa, era uma cabeça dura. Os dois abriram a porta e entraram. Viram-se no meio de um monte de prateleiras cheias de coisas empoeiradas. Bacias de pedra, taças, colares, tiaras, livros, poções, jarras, louças, vestidos. Um velho asmático estava em um canto. - Olá crianças – ele disse rouco. – Vieram comprar? - Não, senhor – Alvo falou. – Só viemos por curiosidade. - Curiosidade não traz dinheiro a ninguém - ele reclamou com sua voz rouca, anunciando, talvez, que a morte estava perto. - Os clientes é que trazem dinheiro... Ultimamente só tenho tido problemas, só problemas... Ele tossiu e Rosa e Alvo se entreolharam, ambos querendo sair daquela loja, que cheirava a mofo. Mas os objetos atraíram a atenção de Alvo e ele, de repente quis ficar lá. Havia um baú de ouro em canto. Tanto a ruiva como Alvo, sentiram os olhos sendo atraídos para aquela arca. - Se afastem da arca - ele disse se adiantando até os dois, os passos eram lentos e a estatura baixa. - Meu pai comprou em uma viagem a Alexandria, são roupas de Alexandre, o Grande, isso nem devia estar aí, nem devia estar aí. Andem, vão ver outra coisa. - Senhor, nos desculpe por entrar sem comprar nada - Rosa disse, visivelmente com pena do velho. - É que nós estamos com o dinheiro contado para as compras de volta às aulas. - Então por que entraram, meu Merlim? - ele reclamou e depois tossiu novamente, voltou para o seu lugar nos seus passos lentos. - Seria bom nem terem entrado. - Já pedimos desculpas, é que já ouvimos falar muito de relíquias - Alvo reforçou, por Rosa. - Meu pai já se viu em várias situações envolvendo relíquias, sabe, relíquias especiais. - Não me interessa quem é o seu pai, menino - ele disse. - Me faça um favor, menina, em vez de ficar parada. Veja se há um homem de uns dois metros e meio de altura caminhando no beco, nessa direção. E você, garoto, prepare a varinha, tá bom? Rosa obedeceu, receosa. Alvo apenas ficou parado, não querendo explicar que não tinha varinha, e mesmo que tivesse não usaria por causa de um velho qualquer, era proibido um menor usar magia fora da escola. - Tem um homem de cabelos ruivos vindo aqui, meu Merlim, ele é enorme! - Rosa exclamou, voltando. - Meu Deus - o velho interrompeu. - Menino, vá logo para a estante de mármore branco, lá no canto. Esse homem não pode pega-la, não é digno, ah, me desculpe, parenta, o que estou fazendo! Alvo obedeceu, mais receoso do que Rosa estava. A ruiva ficou parada onde estava, sem entender nada. O moreno estava posicionado à frente da estante, era uma estante relativamente pequena, cheia de vasos e de urnas de porcelana. - Tem uma urna decorada com corvos, desenho corvos - o velho explicou depois de uma longa tosse, não muito diferente da tosse de engasgo. - Veja se ele está perto demais, rápido menino. Pegue o embrulho de veludo dentro da urna, coloque-o no bolso, tome cuidado com ele, leve-o para onde for. Eu estou confiando em você. - Eu não vou fazer nada assim! - Alvo protestou, prestes a pôr as mãos dentro da urna, a tampa já estava ao lado. - Eu não sei o que está aí dentro, não sei quem é você e nem aquele homem, não vou pegar isso. - Ele está perto - Rosa informou. - Eu te explico - o velho falou, apressado. - Faça o que eu mandar depois das explicações. Isso aí dentro é um objeto precioso de família, meu filho quer pegá-lo, mas ele não é digno disso, foi o que ele mostrou ultimamente, ele quer vender o objeto, já ouvi ele falar disso, ele viu a coisa sem eu querer. Pegue o objeto e se esconda debaixo do balcão com sua amiga, quando eu entrar com ele pelos fundos, você vai sair da loja com ela. Agora! A cabeça de Alvo fervia, ele pegou o objeto, estava enterrado em cinzas. O veludo era da melhor qualidade, ele entrou debaixo do balcão com Rosa, que tremia de cima a baixo. O balcão era cercado por uma cortina de seda preta, os dois se apertaram lá dentro. - Pai - a voz de grossa de um homem soou. - Me dê logo aquela coisa, é o meu direito como seu filho. - Eu já disse que você não é digno de possuí-lo - o velho insistiu. - Não vou te dar, nem te contar onde está nem que eu morra, você e sua mulher só me trazem desgosto. - Eu aposto que a coisa está aqui. Eu vou colocar fogo nessa loja se você não me der, preciso do dinheiro, estou devendo o chefe - ele insistiu e ouviu-se uma batida no balcão, bem acima da cabeça de Rosa, a menina olhou para cima, assustada. - Não há outro jeito, não é? Eu vou te levar, está lá nos fundos, venha comigo, eu não acredito que estou fazendo isso, ah, Meu Merlim! Ouviram-se passos, o bater de uma porta e silêncio. Alvo colocou a cabeça para fora e viu que a loja estava vazia, puxou a manga da roupa de Rosa, os dois saíram da loja e se esconderam na sombra de um toldo. - É só um velho maluco com problemas com o filho, nada de mais - Alvo concluiu, tentado se convencer. - Aposto que o filho até tenta dar alguma razão para o velho, mas parece que está saindo como o mau da história. - Você tem razão, esse velho é maluco - reforçou Rosa. - Vamos ver o que é, afinal. Alvo desembrulhou o objeto. Tinha uma espécie de bússola nas mãos. Alvo pegou o delicado objeto. Havia um ponteiro de ouro, mas não os pontos cardeais, era somente os ponteiros. Na parte de baixo havia duas grandes letras prateadas "RH". Rosa olhou significativamente para Alvo. Ele guardou a bússola no seu bolso, com bastante cuidado. Viram a loja Olivaras à poucos metros de distancia. Correram para lá. O velho Olivaras estava atrás de um balcão se despedindo de um cliente. Tinha cabelos brancos e uma pele enrugada. - Ah, finalmente os dois vieram – Olivaras exclamou de seu lugar. – Eu os esperava aqui esse ano, achei que viessem na semana passada. Quem será o primeiro? Rosa experimentou varinhas primeiro. Uma fita métrica amarela a mediu sozinha. Do cotovelo ao ombro, do umbigo a testa, do pescoço ao pulso, de um ombro ao outro. - Destra? - Sim – Rosa respondeu. Olivaras foi pegando pelo menos uma varinha em cada prateleira e depois despejou todas na frente da menina. Ela agitava cada varinha, Olivaras falava os materiais da varinha antes de Rosa agitar. - Fibra de coração de dragão e azevinho – Olivaras disse. Rosa agitou a varinha e seus cabelos esvoaçaram. – Essa mesma. Rosa pagou e foi feliz para um canto esperar Alvo. - Destro, filho? – Olivaras perguntou enquanto a fita fazia as mesmas medidas que havia feito em Rosa. - Não – Alvo respondeu. A fita continuou a medir se corpo. Por fim ela se aquietou. - Cliente difícil – Olivaras falou e foi buscar algumas varinhas. Alvo experimentava cada uma como bobo. Nenhuma servia muito bem. Ele também não ajudava, não sabia o que fazer com a varinha, movia ela de um lado para o outro e de vez em quando fazia círculos com ela. - Cedro e pena de fênix – Olivaras lhe entregou uma varinha. Alvo a agitou e o velho a tirou rapidamente de sua mão. - Sabugueiro e pelo de unicórnio – lhe entregou outra e depois a tirou novamente. - Droga... – Alvo lamentou. - Já, já você acha uma, tive que experimentar trinta para achar a minha. Pinheiro-nubígeno e pêlo de cauda de unicórnio, flexível. Alvo agitou a varinha. Raios vermelhos e amarelos saltaram da ponta da varinha e começaram a dançar em volta de Olivaras e de Alvo. - Muito bem, acho que é essa, Senhor – Alvo disse feliz. - Com certeza, será um grande bruxo, Sr. Potter. Muito corajoso. - Obrigado. Alvo saiu da loja, depois de pagar, sem ter certeza se seria realmente um bruxo corajoso. Depois disse, ele e Rosa foram ao Boticário e compraram balanças de latões, frascos de poções, caldeirões e estojos de ingredientes, depois passaram na Estrelas Siderais e compraram telescópios. Desceram a rua do Beco procurando a Gemialidades Weasley, haviam combinado de se encontrar lá. Gina esperava os dois levitando duas sacolas de livros, pergaminhos e penas. Alvo pegou a dele e Rosa a dela. Os três entraram na loja e cumprimentaram Jorge e Angelina. - Fred e Roxanne estão na casa de um amigo – disse Angelina. – Mas eles deixaram lembranças. Andem, podem explorar a loja. Angelina era recém contratada das Harpias, time em que Gina jogara. Nas horas vagas ajudava o marido na loja, apesar de terem oito funcionários. A loja era uma das maiores do Beco Diagonal, tinha três andares, fora o do apartamento de Jorge. As paredes eram cobertas por prateleiras lotadas de caixas e de objetos chamativos e coloridos. Alvo rumou na direção de alguns Gritadores à Corda que profanavam palavrões quando soltos. Rosa ficou vendo bonecas de arrumavam briga, Lílian e Hugo se interessavam por pufosos com pêlos brilhantes e Tiago conversava animadamente com Tio Jorge. Harry, Gina e Hermione falavam com Angelina sobre os negócios e sobre as 3 filiais da Gemialidades Weasley. Saíram da loja depois de quinze minutos. Foram para o Caldeirão Furado, Ana e Neville já estavam lá, empilhando quatro caixas de bebidas em garrafas de vários formatos. Despediram-se e Alvo entrou na lareira, pronto para voltar para casa e se preparar para o dia do embarque.
Ele já sabia de sua vaga, talvez por isso não ficou muito surpreso. Hermione abraçava a filha, Alvo pegou a Lista de Materiais anexados, Vó Molly já lia as listas de Rosa e Tiago.
Comentários (0)
Não há comentários. Seja o primeiro!