A queda do guardião de Hogwart

A queda do guardião de Hogwart



Essa seria a noite... A noite em que os comensais iriam invadir Hogwarts através do armário sumidouro que Draco encontrou na sala precisa, em que seu par se encontrava na Borgin&Burkes.


            A hora estava marcada. Eu e Draco seguimos para a Sala Precisa a espera dos outros comensais. Em questão de segundos Amico, Aleto, Fenrir Greyback, Gibbon, Thor Rowle e Yaxley saíram do armário.


            --- Eu vou na frente! – Draco falou nervoso. – Cuidem do resto... Dumbledore deve estar chegando.


            Draco saiu da sala precisa, seguido por mim e os outros comensais. Andávamos pelos corredores, todos gritando e lançando feitiços que eram facilmente repelidos pelos comensais. Chegamos ao pátio. Draco retirou a varinha e apontou para o céu e gritou: “ Morsmordre! “No céu, se formou a marca negra. Um crânio com um cobra saindo da boca. Os alunos do primeiro ano corriam para dentro do castelo e os mais velhos atacavam os comensais, que já haviam se espalhado pelo pátio.


            Como ninguém sabia que eu estava do lado deles, ninguém me atacou e passei facilmente pelo pátio, seguindo Draco discretamente. Cheguei à Torre de Astronomia, mas Draco fechou a porta ao passar. Não conseguia ouvir completamente pela porta, apenas algumas frases soltas:


            --- Ele é um agente duplo, seu velho idiota, ele não está trabalhando para o senhor, o senhor que pensa que está! – Reconheci a voz de Draco falando mais nervosa que nunca.


        Não consegui escutar o que Dumbledore falou mas logo Draco continuou:


            --- Tirei também a idéia de envenenar o hidromel, da Sangue-Ruim da Granger, ouvi quando ela disse que na biblioteca que  o Filch não é capaz de reconhecer poções. – Draco falou rindo.


            --- Por favor, não use essa palavra ofensiva na minha presença. – Pediu Dumbledore.


            --- O senhor ainda se incomoda que eu esteja dizendo “Sangue-Ruim” quando estou prestes a matá-lo? – Draco falou para Dumbledore.


            Aquilo foi como uma fincada para mim. Então era essa a missão de Draco. Matar Dumbledore. Não havia ninguém com eles. Se Draco tivesse coragem, o maior mago de todos os tempos, um homem que eu admirava, estaria morto. Tomada pelo impulso eu coloquei a mão na porta, iria abrir, mas uma mão me segurou.


            --- Não pode fazer isso. – Snape disse por trás das minhas costas. – Lorde das Trevas não iria gostar...


            --- Não ligo! – Falei me virando para ele e tentando me soltar. – Draco vai matar Dumbledore, não posso deixar que isso aconteça. – Eu disse tentando me soltar com toda a força que tinha.


            --- Black... – Snape segurou minha mão com tanta força que chegou a doer. Ele não disse mais nada, eu já havia entendido o recado. Se eu vacilasse, iriam descobrir a verdade e meu posto de espiã estaria em risco.


            Não falei mais nada. Snape desceu as escadas comigo me escondeu atrás de uma estátua, onde ele se escondeu também. Ouvi passos subindo as escadas. Aleto, Amico, Greyback e Yaxley adentraram a sala, passando por mim e Snape sem ver.


            --- Por que... – Eu comecei a falar mas Snape colocou a mão na minha boca.


            --- Quieta Black. – Snape disse olhando a porta que levava a onde todos estavam.


            Ficamos uns 10min ali parados, até que Snape me puxou de volta para a escada. Ele abriu a porta, com a varinha em mãos olhando para todos.


            --- Temos um problema, Snape – Disse Amico cujos olhos e varinha estavam fixos em Dumbledore. – o menino não parece ser capaz.


            Eu estava ao lado de Snape, meus olhos fixos em Dumbledore ali. Eu queria fazer algo, mas sabia que não podia. Dumbledore me olhou por um momento. Seus olhos sorriam para mim, por mais que aquele momento não fosse digno de nenhum sorriso.


            A voz de Dumbledore, pela primeira vez falou, suplicando:


            --- Severo...


            Snape me fez um sinal para ficar onde estava. Ele aproximou-se de Dumbledore, tirando Draco do caminho com um empurrão. Os outros comensais vieram para meu lado. Snape fitou Dumbledore por um momento. Havia repugnância e ódio gravados na face de Snape.


            --- Severo... por favor... – Dumbledore falou à Snape.


            Snape ergueu a varinha e apontou diretamente para Dumbledore:


            --- Avada Kedavra! – Um jorro de luz verde disparou contra Dumbledore, que caiu de costas do alto da Torre de astronomia.


            Eu não podia acreditar. Dumbledore estava morto. Não conseguir mexer um músculo, eu estava paralisada.


            --- Fora daqui, rápido. – disse Snape me olhando. – Amico leve Draco.


            Amico pegou Draco pelo cangote e forçou-o a sair pela porta, à frente dos outros. Snape me pegou pelo braço e me puxou para fora da sala, deixando Yaxley sair por último. Mas derepente,Yaxley caiu duro no chão, petrificado. Consegui ver Harry com a capa de invisibilidade nas mãos junto a varinha. Snape me largou e falou para mim: “ Corra para os jardins “. Não hesitei desobedecer. Comecei a correr para os jardins, atrás dos outros comensais e a frente de Snape. “ Acabou, hora de partir. “ Snape disse ao passar em frente aos outros comensais que ainda lutavam, agora contra os membros da Ordem. Os outros comensais pararam e se juntaram ao bando.


            Chegamos ao jardim, a cabana de Hagrid pegava fogo, tentei me adiantar para perto dele, mas Snape me puxou para a orla da floresta.


            --- Estupefaça! – Um jorro de luz vermelha veio em nossa direção passando ao lado da cabeça de Snape. Nos viramos. Era Harry. Snape me soltou e falou: “ Não saia daqui “.


            --- Cruc... – Snape porém, parou o feitiço de Harry, derrubando-o no chão, antes mesmo dele terminar a maldição.


            Harry se levantou e tentou lançar maldição novamente, mas foi em vão. Snape desviou o feitiço de Harry sem dificuldade.


            --- Suas maldições imperdoáveis não me atingem Potter! – Snape gritou. – Você não tem a coragem, nem a habilidade.


            --- Incarc... – urrou Harry, mas Snape  desviou o feitiço com um gesto quase indolente.


            --- Revide – Gritou Harry – Revide, seu covarde...


            --- Você me chamou de covarde Potter? – gritou Snape. – Seu pai nunca me atacava, a não ser que fosse quatro contra um, que nome você daria a ele?


            --- Stupe...


            --- Bloqueado outra vez e outra e mais outra, até você aprender a manter a mente e a boca fechadas, Potter! – Debochou Snape, desviando mais uma vez o feitiço, que jogou Harry no chão.


            Harry se levantou cambaleando, e andou em direção a Snape, parando a alguns metros dele.


            --- Sectum...


            Snape acenou com a varinha e o feitiço foi repelido, jogando Harry mais uma vez ao chão. Snape se aproximou de Harry.


            --- Você se atreve a usar os meus feitios contra mim, Potter? Fui eu quem os inventei, eu, o Príncipe Mestiço! E você viraria as minhas próprias invenções contra mim, como o nojento de seu pai? Eu acho que não...


            --- Me mate então. Me mate como matou Dumbledore, seu covarde... – ofegou Harry.


            --- NÃO... – Gritou Snape – ME CHAME DE CORVARDE. – Com um movimento de varinha, Snape golpeou Harry ao ar, que foi atirado ao chão, de costas.


            Snape andou em minha direção, agarrou meu braço mais forte que o normal, ele estava completamente nervoso e descontrolado.


            --- Meu braço. – Eu gritei. – O senhor está me machucando.


            --- Você reclama demais, menina. – Snape falou sem olhar para mim e seguiu para fora do castelo, onde aparatamos para a tão conhecida Mansão Malfoy.

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