CAPÍTULO OITO



CAPÍTULO OITO


 


Harry abriu um dos olhos e imediatamente o fechou. Um raio de sol infiltrava-se através das cortinas e brilhava diretamente nele.


Era dia. Com muito cuidado para não perturbar Hermione, que dormira aninhada graciosamente em seus braços, virou a cabeça para o outro lado do travesseiro, e olhou para o relógio de cabeceira.


Nove e meia?


Não podia lembrar-se de ter dormido até tão tarde há anos. Calculou que haviam dormido por aproximadamente dez horas.


Hermione mexeu-se e esticou-se contra ele como uma gata preguiçosa. O movimento permitiu que Harry visse os mamilos rosados e perfeitos.


Ele colocou a mão na curva dos quadris delicados, puxou-a mais para si, excitando-se com o movimento e fazendo-o suspirar de prazer.


Hermione abriu os olhos. Eram castanhos e maravilhosos.


- Olá! - murmurou com voz rouca de sono. Então arregalou os olhos e ergueu-se sobre os cotovelos na cama. - Oh, meu Deus. Adormeci bem no meio de tudo? - Ele assentiu e ela corou. - Desculpe-me, Harry. Não sei como isso aconteceu. Acho que eu devia estar cansada.


Ele beijou-lhe os lábios.


- Está tudo bem. Eu estava cansado também. E gostei de dormir com você.


- Dormir comigo é uma expressão literal ou um eufemismo dormir comigo?


- Ambos, embora não tenhamos completado o eufemismo ainda.


- Estou tão aliviada por você dizer isso. - Hermione sorriu amplamente.


Então começou a desabotoar-lhe a camisa. Harry simulou estar com raiva.


- Hermione, acredite-me, se tivéssemos feito o eufemismo, você teria ficado bem acordada e gritando meu nome pelos quatro cantos do quarto.


- Você é tão convencido. - Ela tirou-lhe a camisa pelos ombros e depositou um beijo ardente no peito largo, roçando os cabelos na pele nua.


- Confira seu dicionário, professora. Não é convencimento se é a verdade.


Hermione sorriu e começou a acariciar-lhe o peito, passando seus dedos até a calça.


Quando ela tocou-lhe o botão da calça, Harry já estava mais do que excitado e despiu-se rapidamente. Então, estendeu os braços para Hermione. Apoiando as mãos nos ombros largos, ele a virou de costas, apartando-lhe as pernas. Ele a tomou nos braços e os dois se entreolharam, os semblantes cheios de paixão. Harry gemeu e tocou os seios maravilhosos. Naquele fomento, o telefone tocou ao lado da cama.


Quem seria? De seu restaurante, sua assessora publicitária, o BBC e qualquer uma das dezenas de pessoas a quem devia seu sucesso e fama. Com um suspiro, usou uma das mãos para segurar Hermione sobre si, enquanto se movia para a esquerda, e arrancava o fio de conexão da tomada na parede.


- Desculpe-me por isso. - Ele sorriu, deitando-se de costas outra vez. - Onde estávamos?


- Acho que exatamente aqui. - Ela baixou a mão e apertou-a em volta da ereção masculina.


- Oh, meu Deus!


Harry passara grande parte de sua vida adulta em busca de prazer físico por meio dos cheiros e texturas. Agora, o simples toque daquela mão delicada na sua pele ultrapassava todos os prazeres.


Hermione acariciou seu sexo e ele não acreditava que era possível ter uma ereção mais rígida do que já estava. Harry segurou-lhe a cabeça e puxou-a para si, beijando-a com uma voracidade com a qual jamais beijara outra mulher.


- Onde está o preservativo? - perguntou ela quando se separaram. Ele pegou um envelope laminado da gaveta do criado-mudo.


Então observou o rosto de Hermione quando ela posicionou-se sobre ele e guiou-o para o seu interior, enquanto sorria, os olhos brilhantes de prazer.


Seus corpos se encaixaram com perfeição, polegada por polegada. Simplesmente a sensação mais emocionante que ele já experimentara. Exceto quando Hermione começou a mover-se e aquilo ficou melhor ainda.


- Oh, Hermione, oh, querida. - murmurou ele enquanto usava as mãos para explorá-la. Ela acertou o ritmo dos movimentos, rápido o suficiente para mostrar o quanto estava ávida por ele também, e Harry percebeu, com um sorriso, que Hermione estava reassumindo o controle que havia abandonado para ele na noite anterior.


E o calor da excitação dominou a ambos, os movimentos dela tornando-se cada vez mais selvagens e frenéticos. Harry se sentia parte daquela mulher incrível.


Lembrou-se da noite anterior, quando ela contraiu-se totalmente ao toque de sua mão e atingiu o clímax.


Agora, Hermione atirou a cabeça para trás e deixou escapar um gemido gutural quando ele a sentiu tremer a seu redor. Com o corpo dela envolvendo-o, movendo-se ao ritmo de seu próprio sangue, o aroma de cravo e canela nas narinas, o gosto doce nos lábios, Harry sentiu o próprio clímax tomar conta de todo o corpo numa explosão arrebatadora.


- Hermione! - gritou, enquanto erguia os quadris e investia fundo uma última vez. Ela tombou sobre seu corpo e Harry a abraçou tão apertado que não podia dizer de quem era a batida do coração.


E então percebeu que ela estava rindo disfarçadamente.


- Qual é a graça? - perguntou, afastando os cabelos do rosto de Hermione, de modo que pudesse ver seu sorriso.


- Você gritou meu nome aos quatro cantos do quarto. - murmurou ela.


- Você sempre vence, não é? - disse ele rindo e beijando-a outra vez. - Acho que você é fantástica.


- Engraçado, eu ia dizer o mesmo sobre você. - Ela deitou-se ao lado de Harry num movimento gracioso.


- Acho que quebrou seu telefone. - disse ela.


- Não importa. Hermione, adoro olhar para você nua.


- Você é o homem mais bonito que já vi. Acho que eu poderia fazê-lo se levantar e desfilar pelo quarto para mim, a fim de que eu possa apreciá-lo.


- Num minuto. - Ele deu-lhe outro beijo. Hermione riu e pôs a mão sobre o estômago.


- Estou faminta por comida também.


- Ótimo. Prepararei o café-da-manhã para nós.


Ele beijou-a no rosto antes de se levantar. Hermione ficou na cama, observando-o. Parecia satisfeita e ofegante, os cabelos escuros espalhados no travesseiro, o corpo relaxado.


Harry foi até o armário, pegou um jeans para si mesmo e um roupão branco que atirou sobre a cama para ela.


- Vou descer para a cozinha, fazer o café e pegar alguns ovos. Se entrar no banho, posso me juntar a você antes de começar a cozinhar.


Ele desceu as escadas e passou pelo telefone, notando que a secretária eletrônica piscava na sala de jantar. Entrou na cozinha e ligou a cafeteira elétrica. O sol estava brilhando por toda a cozinha, o café tinha um aroma maravilhoso e Harry se sentia feliz. Assobiando, abriu a porta que dava para o jardim dos fundos e saiu para os raios de sol.


Mesmo tão cedo no dia, o sol aquecera a relva do jardim, cujo aroma penetrou-lhe os sentidos quando assou. Suas duas galinhas pararam de cacarejar quando ele se aproximou.


- Bom dia, MacNugget. Bom dia, Kiev. - cumprimentou-as e repôs a comida e água delas. Enquanto comiam, ele entrou no galinheiro e encontrou dois ovos ainda quentes.


Genial! Aquilo estava se transformando no mais perfeito dos dias.


Encheria duas canecas de café e subiria para se juntar a Hermione no chuveiro.


Estava tão satisfeito com o seu plano que não reparou na loura alta, de pé na cozinha, bebendo seu café até que já estivesse lá dentro.


- Onde você esteve? - ela exigiu saber.


- Bom dia, Chris. - Ele depositou os ovos na mesa e sorriu para a sua assessora publicitária.


- Telefonei para você a manhã toda e não consegui localizá-lo.


- É porque não atendi ao telefone. - replicou Harry, sentindo que seus planos de ducha em conjunto iriam pelo ralo. - Como entrou aqui?


- Você me deu a chave para a tomada de fotos em março, lembra-se? Liguei para Magnum e eles não haviam visto você também. Pensei que estivesse doente.


- Nunca estive melhor na vida. - Ele inclinou-se sobre o balcão e cruzou os braços sobre o peito nu. - Como vai você?


- Estou ficando louca. Os tablóides estão me ligando a cada cinco minutos, tentando confirmar aquelas entrevistas com você. Tenho o pacote para a imprensa pronto para sair, esperando apenas por sua aprovação. Tenho uma conferência telefônica com Los Angeles esta tarde para falar sobre o seu show e, de repente você desapareceu como por encanto.


Harry observou Christine servir-se de mais café e adicionar adoçante que tirou da bolsa.


- Essas pessoas nunca tiram um fim de semana de folga? - perguntou ele.


- Sim, poderíamos ter resolvido tudo isso na noite passada se você tivesse conversado comigo. Ouça-me. - Ela sentou-se à mesa da cozinha.


Harry estava ouvindo. Podia ouvir a água do chuveiro no andar de cima. Naturalmente, Hermione estava ensaboada agora, com água quente caindo sobre o seu corpo nu. Imaginou o gosto da água quando lambesse sua pele.


- Assim, agendei você com o Herald na segunda-feira, e com o Journal na terça. Mas não estou satisfeita com o acordo que fizemos com a Escola Slater. Eles continuam negando as câmeras, não permitindo nem mesmo uma citação no seu show. Você pode falar sobre o campeonato na imprensa, mas não pode entrar em detalhes sobre os garotos. Do jeito que está, é um jogo publicitário quase sem publicidade alguma, a não ser filmar o final da competição. Tentei negociar com o diretor no mês passado, e ele foi inflexível. Sinto muito Harry, mas é uma perda do seu tempo e do meu. Você realmente deveria desistir.


- Não vou desistir.


Christine o encarou, surpreendida pelo tom de voz.


- Ótimo. - disse ela. - O tempo perdido é seu. Mas, se está determinado a seguir com isso, sugiro que arranjemos uma notificação para a imprensa sobre os garotos. Algo sutil. Dessa maneira, teremos melhor cobertura, você pode ser forçado a dizer algo sobre ajudar os jovens e poderemos dizer que não temos nada com isso.


Harry pensou no que uma exposição na mídia faria com a autoconfiança que Jennifer estava adquirindo. Como Danny, que não sabia como reagir à atenção, lidaria com o fato de estar no noticiário. Pensou na confiança que Hermione começara a depositar nele.


- Não.


- Tudo bem, você não quer romper um acordo, muito justo. Faremos somente as entrevistas e talvez a imprensa seja suficientemente brilhante para trabalhar com isso.


- Não. Nada de entrevistas. Não vou falar com a imprensa até que a competição termine. Não quero nenhuma filmagem também. Na verdade, quero evitar chamar muita atenção.


- Harry, o que está acontecendo com você? Quando me contratou, disse que queria ser o chef mais conhecido de sua geração. Disse que faria tudo, conquanto isso não interferisse no seu modo de cozinhar.


- Bem, minhas prioridades mudaram. - Ele abriu um guarda-louça e pegou uma frigideira para omelete. - Foi ótimo vê-la, Chris, mas tenho hóspede para o café-da-manhã, portanto...


- Por que não subiu? Eu queria ensaboá-lo... - A voz espantada veio da porta, onde Hermione estava embrulhada no roupão dele, com os cabelos molhados e as faces coradas. - Desculpem-me, pensei...


- Hermione. - Harry aproximou-se e pôs o braço em volta dos ombros dela. - Querida, esta é Christine Butler, minha assessora de imprensa, que passou por aqui um momento. Chris, está é Hermione Granger.


- Sua hóspede para o café-da-manhã. - Christine levantou-se e apertou as mãos de Hermione. - Encantada em conhecê-la, Hermione, e sinto muito pela interrupção. Desculpem-me, tenho alguns telefonemas a dar, mas espero vê-la novamente.


- Acompanharei você até a porta. - ofereceu Harry.


- Agora entendo sua mudança de prioridades. - sussurrou Christine, as sobrancelhas arcadas e expressão divertida. - Ela é a professora, não é?


- Não quero a imprensa envolvida.


Ela deu de ombros.


- Muito justo. No entanto, ela terá de lidar com isso mais cedo ou mais tarde, se continuar por aqui.


- Cabe a ela decidir. Não à mídia. - Christine sorriu e beijou-o no rosto.


- Ela parece charmosa. Dê-me um telefonema se suas prioridades mudarem outra vez.


- Vá para casa e relaxe, Chris. Aproveite o fim de semana.


- Não preciso dizer-lhe para fazer o mesmo. - Quando Harry voltou para a cozinha, Hermione estava parada no mesmo lugar onde ele a deixara.


- Desculpe-me por isso, Hermione. Eu não esperava Chris hoje.


- Tudo bem. É claro que você tem uma vida e uma profissão.


Mas Harry reconheceu a rigidez na expressão dela.


Abraçando-a, esperou que ela relaxasse um pouco. Sentiu o delicioso aroma de xampu.


- Sinto muito que seu banho tenha sido solitário. - Harry enfiou a mão dentro do robe e apalpou um dos seios.


- Se você tivesse se juntado a mim no banho, ainda estaríamos lá, e estou com fome.


- Que tal fazermos o café-da-manhã, levarmos tudo para cima e, após saboreá-lo, tomarmos outra ducha juntos? Depois darei alguns telefonemas e cancelarei meus compromissos até segunda-feira. - Ele deveria estar no Magnum este fim de semana, mas Henry e a equipe podiam lidar com isso, sozinhos. - Mereço um fim de semana de folga. - continuou. - E quero passá-lo com você.


Hermione sorriu e aninhou-se mais no abraço confortável.


- Também mereço um fim de semana de folga. Ouça, sinto muito que praticamente tenha mandado sua assessora embora, se tinham de conversar sobre negócios.


Ele estava tentado a explicar o teor da conversa que tivera com Chris, mas pensou melhor. Apenas recentemente, convencera Hermione que estava interessado no bem-estar de Jennifer e Danny. Não seria bom lembrar-lhe de que a coisa toda havia começado como um esquema publicitário.


Especialmente porque a publicidade não iria acontecer.


Ele a beijou.


- Não era nada importante. - Contudo, sabia que aquela era a decisão mais importante que havia tomado em um longo tempo.


 


 


Agradecimentos especiais:


 


Nanny Black: a Hermione dormiu legal, mas compensou pela manhã. As coisas estão as mil maravilhas agora, mas em breve a casa vai cair e os dois vão brigar. Beijos.


 


Lúh. C. P.: Caramba, a maioria das mulheres que comenta quer um desses Harry para elas... Espero que tenha gostado do desfecho da noite do Harry e da Mione, pelo menos ela se redimiu durante a manhã. Beijos.


 


Mah.Potter: concordo com você, não acredito que a Hermione tenha pegado no sono justo em uma hora como aquela, juro que se eu estivesse com uma garota e na hora H ela simplesmente dormisse, eu acho que me suicidava... Haha, brincadeira é claro... Mas pela manhã a Mione se redimiu com o Harry e fez ele gritar legal... Beijos.


 

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