CAPITULO SETE



CAPITULO SETE


 


Hermione hesitou um segundo e Harry não podia respirar. Então ela deu um sorriso de encher o coração e disse:


- Vou entrar. - E mais uma vez Harry sentiu-se aliviado. Havia jogado e ganhado.


- O que a fez decidir? - perguntou ele, acariciando-lhe a mão. - Foram minhas habilidades superiores no debate?


- Não. Foi quando você disse que jogaríamos. - Os olhos acinzentados cintilaram sob a iluminação da rua. - Preciso divertir-me, Harry. Preciso de romance e fantasia. Não tenho isso há muito tempo.


- Hermione, eu soube disso tão logo a vi pedir café de coador no melhor café italiano de Londres. - Ele curvou-se e levantou-a nos braços. - Você vai ter fantasia, romance e diversão. Prometo.


Hermione se sentiu maravilhosa nos braços fortes. Como se pertencesse àqueles braços.


Segurando o corpo delicado e sensual, Harry subiu rapidamente os degraus de sua casa.


E então, no limiar da imensa porta da entrada, teve de parar.


- Humm...


- O que foi, Potter?


- Acho que este gesto romântico de entrar em casa com a donzela nos braços foi mal planejado. Pode tirar as chaves do bolso da minha calça? Estou com as mãos ocupadas.


Hermione riu e enfiou a mão no bolso da calça à procura das chaves. Encontrando-as, destrancou a porta e abriu-a.


Harry adentrou o hall, que mais parecia um saguão de hotel, e fechou a porta com o pé.


- Graças a Deus.


- O quê? - Um sorriso leve brincava nos lábios de Hermione.


- Finalmente tenho você sozinha num lugar que não seja uma sala de aula ou um refrigerador, e posso levar todo o tempo que quiser.


- Você quer levar muito tempo?


- Oh, sim. E pretendo saborear cada momento. - Ele caminhou pelo hall, em direção à escada que levava ao andar superior. - Perdoe-me por ser um mau anfitrião, mas não vou lhe oferecer um drinque porque a quero no meu quarto. Ser carregada pela escadaria no romântico estilo Scarlet O'Hara é suficiente para você?


- Harry.


Ao som de seu nome, Harry parou no primeiro degrau e a fitou. Aquele pequeno sorriso desaparecera. Ela parecia nervosa.


- O que foi?


- Eu... - Hermione mordiscou o lábio. Não encontrava as palavras.


Harry sentiu um arrepio. Se ela estivesse desistindo... se não confiasse nele...


- O que foi, querida? Conte-me.


-Você tem preservativos? Eu não... - Ela enrubesceu.


- Oh. - Ele soltou uma gargalhada de alívio. Ela estava preocupada com sexo seguro. Prudente, sensível adorável professora. - Sim, tenho. - E recomeçou a subir.


- Ótimo.


A maneira como ela disse aquilo o fez recuar. Alguma coisa não estava certa.


- O que foi?


- Eu... - Hermione baixou os olhos. - Não faço sexo há muito tempo. Não tenho certeza se ainda sei como é.


Ela estava sendo honesta, aberta e corajosa. Não precisava admitir isso a ele. Harry a abraçou com mais força.


- Hermione, tudo o que deve fazer esta noite é sentir prazer. Quero fazê-la sentir-se maravilhosa. Você me permite?


Ela assentiu.


- Não precisa ficar com medo ou na defensiva.


- Ajude-me então. - murmurou ela. - Preciso disso.


Aquilo estava além do que Harry havia sonhado.


Além de uma disputa seguida de um prêmio. Iria lhe dar o que ela precisava.


Beijando-a novamente nos lábios, disse:


- Acho que vai ser uma das melhores noites da minha vida.


O quarto era grande e moderno. Janelas grandes davam para uma noite londrina escura e nevoenta, mas havia muita luz no quarto.


Ele a colocou no chão ao lado da cama e então fechou as cortinas, apagou a luz do teto e acendeu o abajur da mesinha-de-cabeceira. A luz era difusa, mas com uma tonalidade dourada que dava certo romantismo ao ambiente.


- Temos de ficar com a luz acesa? – perguntou ela.


Harry assentiu.


- Quero tocar, cheirar, provar e ouvir você. E vê-la, também.


Ele estendeu a mão e puxou a fivela que lhe segurava os cabelos. Quando caíram em cascata sobre os ombros, acariciou-os. Dando então um passo atrás, fitou-a de cima a baixo. O batom havia desaparecido dos lábios, o vestido estava amassado e ela podia ver que Harry não se importava com isso. Podia ver que a achava mais atraente do que nunca. Ele passou uma mão pelo decote do vestido, tocando o colar verde.


- Fica bonito em você. Sempre usa algo exótico.


- É meu colar zen.


- Vire-se. - ordenou ele.


Hermione obedeceu e sentiu-o levantando seus cabelos da nuca e abrindo o fecho do colar enquanto respirava ofegante junto ao seu pescoço. Em seguida, pousou os lábios quentes e gentis no lugar onde o colar estivera, arrepiando-a todinha.


- Encontrei uma zona erógena? - murmurou ele e beijou-lhe a nuca e atrás da orelha.


- Sim.


- Humm. Imagino onde ficam as outras. - Harry desceu o zíper do vestido preto até acima da curva do bumbum. Roçou a pele macia e alva e ela estremeceu.


- Achei uma. - sussurrou, começando a beijá-la desde o pescoço até abaixo na coluna. Ela prendeu a respiração e sentiu as mãos quentes deslizarem por dentro do vestido, até a cintura. Vagarosamente, Harry tocou-lhe a pele com os lábios, até o bumbum. Hermione sentiu um tremor delicioso das pontas dos pés até a cabeça. Com Harry atrás dela, não podia vê-lo. Mas podia imaginar as bonitas mãos rodeando sua cintura, sentir a boca máscula beijando-a, fazendo pequenos círculos com a língua.


- Harry. - murmurou, segurando a cabeceira da cama para se apoiar.


- Aposto que você está com cócegas.


- Não ouse fazer cócegas. - preveniu ela.


- Sabia - começou ele entre beijos, explorando cada lado de sua coluna - que rir está muito próximo de se ter um orgasmo?


- Você não ousaria.


- Sou o tipo do homem que ousa. - sussurrou. Antes de Hermione saber o que ele estava fazendo, Harry tirou-lhe o vestido pelos ombros, o qual caiu sobre os seus pés, deixando-a somente de calcinha preta e sapatos de salto alto. - Oh, Deus, Hermione. - exclamou ele com voz rouca, e colocou as mãos na cintura dela novamente. Dessa vez, Hermione pôde vê-las, grandes, com longos dedos e cicatrizes.


Harry a girou e ficou ali, circulando-lhe a cintura e admirando-a. O coração de Hermione batia descompassado.


- Você está deslumbrante.


- Gostaria de poder devolver o elogio, mas você ainda está vestido. - replicou ela, em tom malicioso.


Ele assentiu.


- E é assim que vou ficar por algum tempo. Não tenho pressa. Sente-se, querida.


Hermione sentou-se na cama e Harry ajoelhou-se diante dela. Pegou-lhe os pés e descalçou-a.


- Espero que você nunca use estes sapatos na escola. - murmurou, enquanto tirava um sapato e beijava-lhe o pé.


- Está brincando? Quebraria meu pescoço enquanto pudesse correr atrás de fumantes no playground.


- Eu quis dizer que você provocaria os alunos do sexo masculino e colegas de trabalho. - Ele tirou o segundo sapato e, com a ponta do dedo, arranhou-lhe a sola do pé.


Ela tremeu. Mesmo aquele pequeno toque era intenso.


- Outra zona erógena?


- Evidentemente. - respondeu ela sacudindo-se. - Você não vai fazer cócegas no meu pé, vai?


- Ah. Antecipação e incerteza são meio prazer.


- Não estou certa disso.


- É verdade. Pense em experimentar uma nova receita, um novo restaurante. Não é um pensamento excitante?


Enquanto Harry falava, deslizava as mãos entre as pernas de Hermione, desde a panturrilha até o joelho.


- Mas desde o primeiro momento decidiu-se a tentar algo novo, começou a ansiar por isso. - afirmou ele.


- E você começou a ficar desesperado por isso.


- Sim. Você começa a pensar que não pode esperar nem mais um segundo. - murmurou ele.


Hermione imaginou aqueles dedos másculos tirando-lhe a calcinha, acariciando-a gentilmente, com a maravilhosa mágica que podia criar.


- Por favor. - suplicou.


Harry inclinou-se para frente e beijou-lhe o umbigo. Em seguida, deslizou as mãos das coxas de Hermione até a cintura e os quadris, onde fizeram cócegas.


Hermione riu.


Caiu de costas sobre a cama, tentando afastar-se daquelas mãos, mas ele riu e colocou-se sobre ela, abrindo-lhe as pernas. As mãos dançavam sobre o estômago e Hermione riu e gritou ao mesmo tempo.


- Eu não estava certo? - perguntou ele. - Não é meio prazer?


- Não! - gritou ela e então ele fez-lhe mais cócegas. - Sim! - exclamou rindo e com lágrimas brotando nos olhos.


- Afinal de contas, sim ou não? - perguntou ele.


- Sim!


- Não se esqueça do chef.


- Sim, chef! Deixe-me respirar.


Harry parou de fazer-lhe cócegas e deitou-se a seu lado na cama. Hermione enxugou as lágrimas. Os cabelos de Harry estavam desalinhados, o terno amassado, as faces coradas e os olhos brilhavam. Ele não era apenas sexy. Era engraçado, divertido e inteligente e, de certo modo, vulnerável.


- Adoro ouvi-la rir. - disse ele. Então, ergueu-se, tomou-a nos braços e a beijou.


Hermione enterrou os dedos nos ombros largos e passou a perna em volta dele. O tecido do terno era macio contra a sua barriga e coxas e ela pôde sentir a enorme ereção contra si novamente.


Harry tirou o paletó e moveu-se deitando sobre Hermione, o sexo pressionado contra as coxas deliciosas.


Hermione arqueou os quadris, querendo aumentar a pressão daquela rigidez. Beijou-o de modo ardente, mordendo-lhe o lábio, explorando-lhe a boca com sensualidade. Então gemeu quando Harry afastou os lábios para lamber-lhe o pescoço e o peito.


- Por favor, Harry. - implorou. Ele riu e meneou a cabeça.


- Esperei muito tempo por você. Vou levar todo o tempo que quiser.


- Bem, eu também esperei, e quero que me toque agora, por favor. - Ela arqueou os quadris de modo provocante.


- Estou acertando o passo, aqui, lembra-se? Você disse que me deixaria lhe proporcionar prazer.


- Uh-huh. Mas se você não se apressar com isso, vou enlouquecer.


- Esta é a idéia. - Harry estendeu a mão para desabotoar o sutiã. Hermione gemeu quando ele segurou-lhe os seios nas mãos hábeis. E então, de modo incrível, provou-lhe um dos mamilos com a boca quente e molhada.


Ela gemeu alto e enterrou os dedos nos cabelos dele. Harry continuou uma brincadeira lenta e sensual com seus seios, sugando um mamilo de cada vez e enlouquecendo-a de prazer.


- Você é linda. - murmurou, voltando a lamber o mamilo de leve, então o segurando entre os lábios, mordiscando-o com muito cuidado. Ela mal podia enxergar. Agarrou-lhe a mão direita e levou-a para entre as suas pernas.


- Agora. - exigiu.


Ele soltou uma gargalhada, um som muito masculino e sexy.


- Você está acostumada a ter suas ordens obedecidas, não está?


- Conquanto que você me obedeça agora, ficarei muito feliz.


Harry ajoelhou-se e inseriu os dedos pelo cós da calcinha.


- O prazer será mútuo. - murmurou e, cuidadosamente, removeu-lhe a peça íntima. Então tocou o doce centro da feminilidade. Hermione o viu engolir em seco e mordeu o lábio. Dedos másculos a tocaram, com total delicadeza e habilidade.


Ela atirou a cabeça para trás, abandonando-se ao prazer. Sentiu todo o desejo, toda a tensão, toda a emoção que tentara tão fortemente conter por tanto tempo, aflorarem em seu interior em direção ao êxtase.


Ergueu os quadris em direção a ele. Harry interrompeu os movimentos da mão.


- Dê-me outra ordem. - sussurrou.


- Não pare.


- Assim?


Ele moveu a mão muito lentamente. Com o corpo totalmente em chamas, Hermione transpirava. Ergueu a cabeça e o olhou.


A concentração de Harry era completa. Ele tinha um sorriso perverso estampado no rosto. Os olhos seguiam a mão, que a acariciava intimamente.


Então inseriu um único dedo dentro dela.


Hermione gritou, agarrou as cobertas e fechou os olhos enquanto saboreava o maravilhoso clímax. Primeiro em grandes ondas, fazendo-a tremer na cama. Depois mais suavemente, como pequenos choques elétricos.


Harry continuou tocando-a, mesmo quando as contrações apaziguaram-se, mesmo quando a respiração voltou ao normal. Continuou acariciando-a, como se quisesse levá-la a um ponto além do orgasmo, a um êxtase com o qual ela nunca havia sonhado.


Hermione fechou os olhos e depois os abriu novamente. Harry a observava com intensidade.


Os toques dele transformaram-se numa delícia requintada. Hermione sentia cócegas não somente entre as pernas, mas por todo o corpo, sua pele inteira formigando.


Com uma risada, tentou afastar-se.


- Pare Harry, isso faz cócegas.


- O riso está muito próximo ao clímax, e o clímax, muito próximo da risada. - Ele a fitou com carinho. - Acho que meus dois sons favoritos são você fazendo ambos.


Hermione gritou de surpresa e prazer. A boca máscula era diferente das mãos, molhada, quente e voraz, e o que provocara as cócegas transformou-se em excitação.


A última vez fora devagar. Dessa vez, Harry agiu com mais pressa e a levou a um clímax até mais intenso do que o anterior.


Ele a abraçou e puxou-a para si.


- Você é sensacional. - sussurrou, beijando-a.


- Eu estou... oh, meu Deus, Harry, isso foi inacreditável.


- Sim, foi. - Ele beijou-a na testa, afastou-lhe os cabelos úmidos do rosto, e Hermione fechou os olhos, saboreando aquele toque. Nua com Harry, o corpo forte colado ao seu, e as batidas do coração reverberando contra o seu peito.


- Obrigada. - murmurou ela. Então, sem abrir os olhos, ergueu o rosto e beijou-o. - Nunca senti nada igual.


- E não terminamos ainda.


- Eu sei. - Hermione virou-se de lado e aninhou-se a ele na cama, pondo a mão sobre o peito largo. Nunca se sentira tão relaxada na vida. - Quero ver você nu. - murmurou. - Quero você dentro de mim. Quero...


Ela adormeceu.


 


 


 


Agradecimentos especiais:


 


Lúh. C. P.: com certeza a Hermione não vai resistir ao Harry, fico feliz que esteja gostando da fic. Agora quero saber o que você achou da Mione no final desse capitulo, porque ela simplesmente dormiu... Pode uma coisa dessas? Beijos e até o próximo capitulo.


 


Júlia Potter Mafoy: Não foi realmente intencional parar naquela parte, mas o novo capitulo esta ai. Beijos.


 


 

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