CAPITULO QUATRO



CAPITULO QUATRO


 


- Sonho de uma noite de verão é sobre problemas com amor. - Hermione sentou-se no tampo de sua mesa na sala de adolescentes. A maioria estava tendo contato com Shakespeare pela primeira vez. - Os personagens estão numa floresta mágica onde tudo pode acontecer. Helena está apaixonada por Demetrius, mas ele não corresponde ao seu amor. Quando, de repente, ele age como se estivesse apaixonado por ela, porque está enfeitiçado pelas fadas, Helena não confia mais nele.


Jimmy Peto ergueu a mão e falou:


- Se Candy Coleman de repente se apaixonasse por mim, eu não me importaria.


A sala irrompeu numa risada. Hermione sorriu e aquietou a turma de doze anos com um movimento da mão.


- Bem, é compreensível, Jimmy, mas pense no que acontece quando alguém se apaixona pela pessoa errada. Passa-se por tolo ou se sai ferido.


- Sim. - concordou Jimmy. - Amor é ruim. Melhor jogar futebol.


Desta vez, Hermione sequer tentou silenciar a classe. Deixou-os conversar e rir enquanto guardavam seus pertences. Faltavam dois minutos para a sirene tocar.


Era sexta-feira, o dia da aula de Harry com Jennifer e Danny.


Já haviam tido cinco aulas e tudo corria bem. Harry ajudara as duas crianças a cozinhar e fizera Hermione participar também. Ela aprendeu a fazer maionese, bolo e pastelzinho chinês. Não tão boa nisso quanto os garotos.


E, a cada lição, Harry a convidava para sair.


Hermione havia pensado que a convivência a deixaria menos suscetível a ele, o que não acontecera em absoluto. Toda vez que Harry estava na sala, o ar ficava carregado de tensão sexual. Quando ela chegava em casa nas noites de quarta e sexta-feira, os músculos estavam tensos por controlar suas ações, e a cabeça latejava por reprimir essas emoções. Era como se as últimas três semanas tivessem sido uma torturante sessão de estímulos sexuais.


Estímulos que nunca seriam consumados porque não pretendia dizer sim a Harry.


A sirene tocou e os alunos saíram rapidamente. Hermione sabia que deveria dirigir-se à sala de tecnologia alimentar, pois os dois garotos estavam lá, assim como Harry, que sempre chegava antes para ajeitar os ingredientes que usaria na aula.


Já Hermione atrasava o máximo possível, propositalmente. Relutava estar na classe sozinha com Harry. Ele poderia tocá-la, puxá-la para junto de seu corpo. E ela queria tanto isso que não podia arriscar-se.


A porta abriu-se e Joanna apareceu.


- Você tem um minuto ou precisa correr para o maravilhoso chef?


- Tenho alguns minutos.


Jô entrou, ocupou uma cadeira escolar e puxou um chocolate do bolso.


- Tenho novidades. Danny não fica detido na diretoria há três semanas. Desde que começou as aulas de gastronomia.


- Que bom! Significa que está funcionando, certo?


- Você e Harry estão fazendo um grande trabalho.


Harry estava fazendo o grande trabalho, exercendo um efeito mágico sobre os alunos.


- Assombroso.


Jô assentiu e mudou de assunto:


- Muito bem. Conheço um galês que está louco para sair com você. É campeão de dança de salão, sabia? Ele pode ensiná-la a dançar tango.


- Um dançarino de tango galés. Tentador, mas não quero.


Jô desembrulhou o chocolate.


- Tudo bem. Que tal Harry Potter? Ele já se ofereceu para cozinhar para você? Em particular?


- Sim.


- Formidável! Como foi?


- Não foi. Eu não aceitei.


Joanna largou o chocolate em cima da carteira.


- Hermione Jane Granger. - Hermione deu-lhe um tapinha no ombro.


- Não ouse dizer meu nome inteiro em voz alta na escola. Já pensou se os alunos descobrem?


- Você disse não a ele, Mione? É insana? Ele tem dois carrões e é maravilhoso. Se fosse eu, diria sim, sem pestanejar.


- Bem, não aceitei. - Hermione riu da expressão chocada da amiga.


- Que outros convites recusou?


Mione contou nos dedos.


- Café. Um drinque. Exposições. Almoço num barco. Um fim de semana no campo. Estréia de um filme. Teatro.


Jô assobiou.


- Tudo isso? Nenhum programa a atraiu?


- Os programas são atraentes, é claro, mas não é o que quero. Ponto final.


- Mione, o homem é rico, famoso, ajuda crianças, é sexy e, Deus me ajude, solteiro. Ele quer levá-la para sair, proporcionar-lhe diversão. Você merece isso. Saia com ele. Deixe-o diverti-la.


- Não estou à procura de diversão. Quero segurança. Alguém que esteja sempre comigo. Quero filhos.


Diante da palavra "filhos", seus olhos lacrimejaram. Oh, não. Já havia decidido parar de sofrer por causa disso.


- Mione, isso é por causa do bebê? - perguntou Jô.


- Não quero falar nisso. Está acabado. O que importa agora é que estou procurando um relacionamento estável, não alguém para me divertir.


- Isso significa que quer se casar? Cresceu com pais hippies no Canadá e agora quer uma vida normal de classe média?


Hermione se recompôs.


- Você faz com que isso pareça maçante. Meus pais nunca se casaram. Não havia nada que os mantivesse juntos.


- Mas, mesmo assim, permaneceram juntos. Aliás, ainda estão juntos, certo? Numa comunidade ou algo parecido?


- Sim. Mas nunca me senti segura. Nunca tive regras ou limites. Não quero... - parou antes de dizer as palavras "viver sem filhos" - Não quero viver como eles.


Jô a estava observando.


- É bom desabafar, Mione. Você teve uma experiência ruim não faz muito tempo. Pode se sentir triste algumas vezes e dividir essa tristeza com amigos.


A expressão no rosto de Jô fez Mione sentir-se ainda pior. Era sua amiga e faria tudo para ajudá-la. Mas, honestamente, não precisava de ajuda. Tinha tudo sob controle. Tinha conseguido até mesmo parar de chorar.


- Estou bem. - disse ela. - Não preciso falar sobre nada. Somente tentava explicar por que não quero sair com Harry Potter. - Ela consultou o relógio. - Falando nisso, eu já deveria estar lá. - Ela abraçou Jô. - Obrigada por se preocupar comigo. Você é uma boa amiga. E tem razão. Não lhe dou a atenção devida.


Jô resgatou sua barra de chocolate.


- Bem, comece a dar.


- Darei. - Ela parou à porta e olhou para trás. - Peça para o dançarino de tango me ligar.


- Maravilha!


Hermione sorriu. À porta da sala de tecnologia alimentar, sacudiu a cabeça. Tantas coisas para compartilhar sobre a sua vida no Canadá com os pais, mas o passado acabara e não havia razão para discuti-lo. Agora, precisava lidar com duas crianças e um chef, todos problemáticos. Perguntou-se para o que Harry a convidaria hoje. E então se pegou ansiosa para descobrir.


Abrindo a porta da sala de aula, deparou-se com uma tempestade de neve.


Flocos brancos dançavam no ar. Uma fina camada branca cobria todas as superfícies da cozinha montada. Havia montes de farinha de trigo no chão. Danny e Harry estavam com rostos de fantasma e cabelos brancos, suas bocas risonhas contra a pele polvilhada de farinha.


Observou HArry juntar um punhado de trigo e atirá-lo em Danny. O trigo espatifou-se sobre a cabeça e os ombros do menino.


- Vocês estão fazendo uma guerra de farinha? - perguntou ela. Os dois homens pararam. - Danny, a Srta. Graham acabou de me contar que você não se mete em encrenca há três semanas. Vim aqui para parabenizá-lo, e o que encontro?


- Foi Harry quem começou. - defendeu-se o menino.


Hermione voltou-se para Harry.


- E você? É isso que faz numa cozinha profissional? O que está ensinando a estes garotos?


Enquanto falava, via Harry abaixar a cabeça cada vez mais e imaginou que fosse de vergonha. Então notou que os ombros largos sacudiam.


- Você está rindo de mim? - perguntou ela e o viu irromper numa gargalhada, dobrando-se sobre a barriga e apoiando-se no balcão. Danny soltou uma risadinha. - Não tem graça. Levará séculos para limpar tudo isso.


Harry caiu de costas no chão, rindo. Ela ouviu Jennifer, a traidora, dar uma risadinha. Hermione lutou para não rir também. Harry parecia um menino travesso, flagrado fazendo algo errado.


- Você... deveria ver... seu rosto. - disse ele.


Ela comprimiu os lábios, escondendo o sorriso.


- Pelo menos não pareço um fantasma. - replicou e saiu da sala.


Quando fechou a porta, inclinou-se contra a parede do corredor e riu até as lágrimas. Enxugando os olhos, recuperou o controle e voltou para a sala. Danny e Harry estavam de joelhos no chão varrendo a farinha com pás de lixo.


- Vê, estamos sendo bonzinhos, senhorita. - disse Harry, sorrindo amplamente. Ele limpara a farinha do rosto, mas não conseguira tirá-la dos cabelos escuros.


- Não fazem mais que a obrigação. - disse ela, juntando-se a Jennifer. - Estes meninos são ridículos, não são?


A menina assentiu calada.


Hermione não estava certa por que Angus começara a luta de farinha, mas a verdade era que o método estava funcionando. Jennifer tinha um sorriso no rosto, e Danny parecia muito feliz.


- Não vejo a hora de ser um chef, com uma cozinha só para mim. - disse Danny. - Vou fazer quantas guerras de comida quiser.


- Certo, companheiro. Mas a Srta. Granger tem razão. Uma vez que a cozinha for sua, provavelmente ficará muito orgulhoso dela para querer sujá-la de farinha. E acho que a escola tem regras contra isso, também.


- Detesto a escola. - declarou Danny.


- Não se culpe. Eu também detestava.


Hermione aguçou os ouvidos. Outra estratégia para cativar, ou aquilo era verdade?


- Verdade? Você freqüentou esta escola? - A voz de Danny era empática.


- Não. Pior. Meus pais colocaram-me num internato quando eu tinha seis anos. Fui para três diferentes colégios internos e depois para Emington, aos dezesseis anos.


- Teve de viver na escola por dez anos? Isso é duro.


Hermione olhou para Harry. Ele havia freqüentado uma das escolas mais prestigiosas do país. Não era de se admirar que tivesse tanta autoconfiança. Isso explicava o sotaque perfeito que podia usar quando lhe convinha. Ela havia visitado Emington, como turista, poucos anos antes. Era centenário, com edifícios góticos graciosos e pátios verdejantes. Lembrou-se de que, na ocasião, invejara estudar numa escola tão bonita e tradicional como aquela.


- Foi terrível. - continuou Harry. - Você não podia sequer escapar. Assim que tive permissão de deixar a escola, fui para Londres e consegui emprego numa cozinha. Nunca olhei para trás.


- Eu também não vou olhar. - disse Danny, limpando o balcão.


Hermione notou divertida que o menino imitava os movimentos de Harry enquanto limpava.


Harry olhou para cima e viu Hermione observando-os.


- E você, Srta. Granger? Aposto que adorou a escola. Aposto que nasceu com um giz na mão.


- Eu gostava sim. - admitiu ela. - Sempre me senti segura.


- O que quer dizer com "segura"? – perguntou Harry.


Hermione pegou-se querendo contar-lhe tudo e, por causa disso, calou-se.


- Você sabe o que as pessoas esperam de você na escola. - murmurou Jennifer, quase num sussurro.


Ela voltou-se para olhar a menina.


- Isso mesmo. Então é fácil saber o que fazer. Isso é segurança.


Hermione perguntou-se como seria a vida no lar daquela criança, pois a escola, onde ela ficava tão terrificada, era seu lugar mais seguro. De repente, quis abraçá-la.


Nunca se sentira tão amedrontada como Jennifer. No entanto, tivera medo de que tudo que amava pudesse desaparecer a qualquer momento.


Então notou uma pequena caixa de papelão próxima ao local de trabalho de Jennifer.


- O que você tem aí? - perguntou à menina. Jennifer esfregou as mãos e abriu a caixa com reverência.


Dentro havia três biscoitos feitos de mel em forma de triângulo coberto com desenhos de fios de ovos.


- Harry trouxe para mim. - murmurou ela.


- Jennifer tem uma queda por doces, como eu. - aparteou Harry, aparecendo ao lado delas e inspecionando a massa para torta que Jennifer estava fazendo. - Está perfeita, Jennifer. - elogiou.


A menina corou, mas sorriu. Então o homem tinha Jennifer na palma da mão também.


- Quero ver como está sua massa para torta, Srta. Granger. Se tão consistente e perfeita quanto a de Jennifer. - Harry enfiou a mão na tigela de Hermione e esfregou a manteiga a farinha entre os seus dedos mágicos. - Está bem-feito. Acho que você é talentosa.


Eles se entreolharam por um longo tempo e o sorriso de Harry era perverso. Então ele gritou:


- Danny, encontrei algumas peras perfeitas, mas deixei-as no meu carro. Poderia ir buscá-las? - Ele tirou um chaveiro do bolso e o atirou para o menino, que o olhou encantado, e saiu da classe. - Jennifer, poderia ir ajudá-lo? Não o deixe sair com o carro antes de trazer as peras. - Jennifer assentiu e correu atrás do colega.


Foi somente depois que a porta se fechou que Hermione percebeu que estava sozinha com Harry, pela primeira vez em três semanas. Limpando a farinha das mãos, experimentou a massa.


- Desculpe-me. - disse ela.


- Sobre o quê?


- Está fazendo um excelente trabalho com estas crianças. Sinto muito se duvidei de você.


- Belo prêmio, vindo da Srta. Granger, que ensina inglês. Obrigado, mas esperarei para aceitar o elogio até saber que meu carro continua inteiro.


- Confiança é o que Danny precisa. E Jennifer precisa se sentir especial. A diferença em três semanas é espantosa.


- E do que Hermione precisa? - Harry encostou-se no balcão e sorriu de modo sexy.


- Nada. - Ela olhou para a tigela de massa. - E vou dizer não para o que quer que você sugira, portanto, desista.


- Ah, mas o desafio é meia diversão. Até você dizer sim, é claro. Então ambos começaremos a nos divertir.


- Você aprendeu a flertar no internato?


- Não havia mulher na escola, além das professoras. Outra razão por eu detestá-la.


Ela fez algumas bolas de massa e colocou-as sobre o balcão polvilhado de farinha.


- Como se ofereceu para ser voluntário numa escola, uma vez que detestava tanto seus próprios dias escolares?


- Não foi escolha minha. Minha assessora de imprensa sugeriu. Mas estou satisfeito por isso. Nunca pensei que ensinar pudesse ser algo tão agradável.


Ele acendeu uma chama sob uma panela com água, colocou uma tigela dentro e começou a quebrar pedaços de chocolate.


Isso confirmava suas suspeitas. Tratava-se de um lance publicitário. Harry Potter não havia descoberto de repente um desejo de ajudar os outros.


Mas, qualquer que fosse o motivo, ele estava ajudando Jennifer e Danny.


- Você deve ter se divertido muito ensinando-os a bagunçar a cozinha. - disse ela.


- Por que você saiu da sala para rir?


Que coisa! Ele naturalmente a vira através do vidro.


- Porque me fez passar por bicho-papão. Se você é o palhaço, tenho que ser a rigorosa. Os garotos esperam por isso. Se quebrarmos todas as regras, não saberiam como agir.


- Ah! Trabalhamos bem juntos, não é?


- Sim. - concordou ela, porque era verdade.


- Pode provar isso para mim?


Harry pegou um morango de um prato, afundou-o na tigela de chocolate derretido e então lhe ofereceu, colocando a fruta vermelha coberta de chocolate no nível de sua boca.


Ela o fitou. Ele era sexy, perigoso e divertido. E não queria que ela experimentasse o chocolate. Queria que o experimentasse.


Hermione ficou com água na boca.


Estamos na escola, pensou. Nada pode acontecer. Os garotos estariam de volta a qualquer minuto e aquilo seria como se nunca tivesse acontecido.


Inclinando-se, abriu a boca e tocou a ponta da língua no morango. Ouviu Harry ofegar.


O chocolate era quente e saboroso, mas não era o que ela realmente queria. Inclinou-se um pouco mais e deixou Harry alimentá-la, as pontas dos dedos quase tocando seus lábios.


O gosto do morango explodiu em sua boca. O sumo da fruta misturado com chocolate era tão doce quanto tentador. Puro prazer. Ela fechou os olhos enquanto saboreava a fruta, ciente de que Harry a olhava. Sabia que ele queria dar-lhe prazer. Sabia que aquilo fazia parte do jogo de sedução.


Quando abriu os olhos novamente, viu Harry a observando. E viu desejo nos olhos acinzentados.


- Você tem chocolate aqui. - murmurou ele, limpando-lhe o lábio inferior com o polegar, e, depois, levando-o à própria boca e lambendo-o. Ela gemeu. Estavam apenas a um passo de um beijo.


Por um momento, ficaram ali, próximos o suficiente para se tocar. As batidas do coração reverberavam nos ouvidos de Hermione. Havia acabado de cruzar uma barreira. Não podia mais fingir que não o queria.


- Quero experimentar também. - disse Harry, e pegou-lhe o pulso. Antes que Hermione pudesse reagir, ele mergulhou os dedos dela no chocolate derretido e a trouxe de volta, colocando-a entre os dois. O chocolate escorreu pelos dedos de Hermione, e Harry lambeu a gota, vagarosamente.


Ela pensou em como seria sentir aquele calor líquido em seu pescoço, nos seios, entre as coxas.


- Delicioso. - sussurrou ele, lambendo agora o indicador. A língua fazia movimentos circulares, os lábios dando pequenos beijos.


Hermione olhou para a boca sensual. Quando ele passou a língua entre os dedos, ela perdeu o equilíbrio e se agarrou nos ombros largos. Então ouviu um gemido escapar dos lábios dele.


Aquilo não durou muito tempo. Harry liberou-lhe a mão de sua boca e a colocou sobre o peito, puxando-a para si. Os rostos estavam a apenas alguns centímetros. Tão próximos que a respiração era uma carícia.


- Esta noite - sussurrou ele no ouvido dela - quero levá-la para casa e experimentar cada parte do seu corpo. - Diga sim, Hermione.


O corpo de Hermione tremeu inteiro. Aquilo era exatamente o que queria. Tocar Harry, experimentá-lo. Ofegou profundamente e abriu a boca para dizer sim.


Houve um barulho na porta. Harry deu um passo atrás e começou a mexer o chocolate quente quando Danny irrompeu na sala, com Jennifer seguindo-o.


- É um carro e tanto, Harry! - exclamou ele, atirando um saco sobre o balcão e apressando-se em devolver as chaves.


- Cuidado, trate estas frutas com respeito. - protestou Harry e foi resgatar o saco.


Enquanto Harry dava a Danny algumas lições de como lidar corretamente com as frutas, Hermione voltou a misturar sua massa para torta.


- Você está fazendo isso com muita força. - disse Jennifer a seu lado. - Deve lidar com a massa com delicadeza.


- Verdade? Pode me mostrar, Jennifer?


Ela observou as instruções da menina, mas com apenas parte da atenção. A outra parte dirigia-se a Harry enquanto ele instruía o menino indócil. Hermione ainda podia sentir a tensão sexual no ar. Preparando massa de torta, cortando frutas, fazendo manjares e pudins, poderia fazer Jennifer e Danny acreditarem que estavam montando uma sobremesa, mas Hermione sabia que, na verdade, estavam construindo autoconfiança e um futuro. Harry e ela estavam construindo algo mais, embora ainda não soubessem o que era.


Ele a fitou quando as tortas foram para o forno, e umedeceu os lábios. Ela afastou o olhar rapidamente.


Os garotos não eram as únicas pessoas a aprender. Harry aprendera que Hermione o queria, e estava ansioso para atender a esse anseio.


Hermione aprendera que gostava de Harry, a despeito de suas suspeitas sobre os motivos dele, a despeito de que havia jurado ficar longe de homens como ele, a despeito do fato de que a última coisa que precisava era de tentação.


As tortas de Harry e Jennifer estavam perfeitas quando saíram do forno. A de Danny não parecia tão boa assim e a de Hermione estava horrível, irregular e afundada no centro.


Mas reconheceu a lição ali. Preste atenção ao seu objetivo e não se distraia com homens sensuais.


- Você fará melhor na próxima vez, Srta. Granger. - disse Jennifer.


Havia um leve sorriso nos lábios de Harry. Quando estavam limpando tudo, Harry aproximou-se de Hermione.


- Pensou melhor sobre os seus planos para esta noite, Srta. Granger? Estou ansioso para discutir o prato principal, depois do aperitivo que experimentamos há pouco.


- Você sempre fala dessa maneira, ou desperto metáforas maliciosas em você?


- Você desperta muita coisa em mim, Hermione. - Ele sutilmente baixou a voz. - Então, pego-a em sua casa às seis?


- Não, obrigada. - Ela limpou as mãos numa toalha de chá, pegou sua pobre torta e entregou-lhe. - Pegue isso. No caso de ainda não haver saciado sua gula.


 


 


Agradecimento especial:


 


Lúh. C. P.: que bom que gostou. Beijos.


 


 

Compartilhe!

anúncio

Comentários (0)

Não há comentários. Seja o primeiro!
Você precisa estar logado para comentar. Faça Login.