De volta a Hogwarts



 


 


 Depois daquilo, Malfoy era obrigado a comparecer a almoços e jantares.


Sem tocar nos talheres e sem olhar para ninguém, ele permanecia quieto na mesa.


– Coma querido.


Narcisa sempre parecia querer reanimar o filho.


– Estou sem vontade. Poderia levar minha comida a Luna e o Senhor Lovegood?


Draco perguntou olhando para Lúcio. Belatriz se levantou, jogando o prato, talheres e taça para a frente.




– Basta garotinho! – gritou ela, chegando ao lado de Malfoy e o puxando-o pela orelha e o arrastando ate as escadas das masmorras. – É aqui que quer ficar? Então fique! – gritou ela.


Abriu a porta com apenas um balanço da varinha. Após isso empurrou Draco escada a baixo. Que rodopiou várias vezes e caiu lá em baixo. Quando encontrou o chão fixo. Se levantou no mesmo momento. Sentiu seu rosto arder, um risco tinha se formado em sua bochecha. E começara a escorrer um líquido quente e com gosto agridoce. Sangue.


– Esqueci disso!


Disse Belatriz jogando o prato de comida de Draco pela porta (ainda aberta). Draco salvou o pedaço de ovelha que estava em seu prato. O resto fora tudo para o chão. A porta se fechou.


– Draco?


Uma voz doce e delicada soou por todo lugar, que parecia ser enorme.


 A doce Luna saiu de trás de um pilar sujo e de tijolos escuros.


– Meu amor.


Ele disse, e correu ao seu encontro a abraçando por vários minutos.


– Eu consegui trazer... ãn – ele disse mostrando o pedaço de carne em suas mãos. – isso.


Ela riu e o beijou rapidamente.


– Muito obrigada, papai é Draco.


Ela disse se virando para trás, seu pai saíra de trás do mesmo pilar.


– Olá Draco.


– Senhor Lovegood.


Luna mordiscou o pedaço de carne, o passando para seu pai.


Suas mãos ficaram sujas e Draco tirou um guardanapo de pano que carregava no bolso do terno e a deu. Seu rosto estava sujo e ela estava com roupas rasgadas. Ele tirou o casaco do terno e a deu.


– Como vocês estão conseguindo sobreviver?


– Sua mãe!


– O que?


Luna parecia estar falando sério, menos para Draco.


– Ela nos trouxe cobertas e pediu a alguns empregados para nos trazer o resto dos jantares e almoços.


Malfoy arregalou seus olhos e abraçou, mais uma vez.


– Draco?


Uma voz grave soou, vinda das escadas.


– Meu pai – ele disse baixinho – vão lá para trás que eu me viro.


Ele beijou Luna mais uma vez.


– Da próxima vez, eu venho para a levar junto!


E por fim, beijou sua testa.


Ele fora em direção as escadas e esperou na porta de grades.


– Ah, você está ai!


Lúcio disse.


– Pensei que tinha fugido com eles – ele disse olhando enojado para o lugar.


– Tia Belatriz fez um bom serviço, me jogou aqui sem minha varinha! – ele sorriu ironicamente.


 


O primeiro dia de aula para Draco foi fora do comum.


Sem prestar atenção em nada e totalmente desatento. Passou por Potter e não abriu a boca.


Seus olhos eram carregados junto ao chão. Não falou direito com seus parceiros, Crabbe e Goyle. E muito menos com Pansy.


Na aula de quadribol, rejeitou jogar. Grinfinória VS Sonserina, treinamento, mas era um jogo.


– Não! É sério, não estou bem!


– Conta outra Draco, você está é estranho!


– Se foda!


– Olha como você fala comigo Malfoy. Você é o apanhador, apenas. Eu sou o capitão.


Nenhum dos dois percebeu, mais tinham uma platéia a sua volta.


– Parem os dois! – gritou a professora. – Não haverá mais jogo!


– Como? – todos se perguntavam


– O clima esta fechando e está vindo uma tempestade. Todos em direção ao castelo. Agora!


No caminho, Draco fora empurrado por vários outros alunos da Sonserina. Mas não se importou. Sabia que seu coração, pensamentos e sentidos estavam presos junto as masmorras de sua mansão.


A cada dia, a cada hora e a cada minuto a dor e a fúria de Malfoy se aumentavam. No dia seguinte, as seqüência de aulas de poções foi complicada para Draco. Snape estava em sua cola o tempo todo, e nem os ingredientes ele não reconhecia direito.


– Vamos Draco! – disse Snape.


Todos os alunos já estavam em suas mesas, e Malfoy ainda estava a frente da prateleira com inúmeros ingredientes a sua frente.


– Não sabe reconhecer um pequeno vidro, de expressura mínima, com uma gota de lágrima de fênix?


Draco respirou fundo e não olhou nos olhos de Snape. Mas respondeu a altura.


–  Eu estou aqui para aprender, não é?


Malfoy não sorriu. Não conseguia. Mesmo tendo tirado autoridade da pessoa que fizera um pacto para lhe proteger.


– Detenção, Malfoy!


Anunciou Snape, se dirigindo a sua mesa. E fazendo uma anotação em um pegaminho. Draco foi em direção a porta e saiu. Passos curtos e calmos eram de extrema tranqüilidade do garoto. O professor foi até a porta e gritou:


– O que pensa que está fazendo seu inútil?


– Eu já estou em detenção, isso não vai me prejudicar muito mais não.


O garoto não estava longe da porta, então falou calmamente. Nada de gritos nos corredores.


Ele caminhou por horas até suas pernas cansarem e ele encontrar um canto para se sentar. Era mais um tipo de buraco. Um pilar o escondia de qualquer pessoa que passasse no corredor. Vozes completaram o silencio brutal do corredor!


– O que você acha que houve com o Malfoy? – perguntou Hermione.


– Porque você está se importando Hermione? – perguntou, também, Rony.


– Ele está muito estanho, Crabbe e Goyle estavam comentando isso ontem. Parece que nem com eles ele está falando direito.


– Que incrível.


As vozes pararam. Draco suou frio. Mas eles haviam sentado, e o barulho das páginas dos livros de Hermione podia ser escutado por Draco.  Mais uma voz era completada naquele corredor um tanto mal iluminado.


– Estou preocupado com Lovegood.


 A voz era de Potter, que causou náuseas em Malfoy. E um tanto de raiva por mencionar o nome de sua amada.


– Por quê? – perguntou Hermione.


– Ela não sabe? – perguntou Rony.


– Não – disse Potter, com a voz estranhamente triste – Eu e Luna, nós, ah tivemos alguma coisa no começo do ano passado. – ele disse, a complicação e confusão na voz de Potter era entendida por qualquer um, até seu maior inimigo. – E eu a magoei!


Draco se levantou, não sabia o que iria fazer. Sua raiva estava transformada em seu sangue bombeando rapidamente. Suas veias foram ficando mais visíveis a cada instante. Tanto as dos braços quanto a do seu pescoço. Ele se levantou. Os olhares apavorados de Hermione, Rony e Harry encontraram os profundos e enraivados de Malfoy...

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