A fuga veio com a tortura
Luna e Draco se abraçara por alguns minutos, e o dobro daqueles minutos foi transformado em um beijo ardente.
– Você não sabe como eu queria desejar morrer naqueles momentos de tortura – ele disse. – Mas eu me lembrava de você, de nós – ele sorriu.
– Shh..
Luna disse, colocando seu dedo indicador em seus finos lábios.
– Não lembre e nem fale o desnecessário.
Ela sorriu para ele. E ele, retribui o sorriso alegremente.
– Bem, o que você fez esse tempo todo? – perguntou ele.
– Ah.. caminhei pelos jardins, ajudei a Marta..
Mentiu ela. Passando as mãos em seus cabelos e olhando para baixo.
– Você confia em mim?
Perguntou ele. Ele sabia que Luna estava mentindo
– Claro
Respondeu ela.
– Então por que está mentindo?
– Não est... Ok, eu menti. Desculpe.
– Por quê?
– Não quero lhe ver preocupado Draco.
–Eu escutei Marta conversando na cozinha, falando sobre você. Porque não dormindo direito, pelo visto não come direito também!
Ele apertou a barriga de Luna e ela riu junto com ele.
–Eu não tinha motivos para viver – ela disse tristonha – Eu vi seu pai lhe levanto, pensei horrores. – Admitiu Luna.
– Luna...
Seus olhos foram tomados por lágrimas de dor e consolo.
Ele a abraçou. Ele queria estar ali, com sua pequena Luna.
Após horas juntos no quarto de Malfoy. Discutindo o que fazer os dois resolveram partir e fugir juntos.
– Marta, por favor, nunca conte a ninguém que fugi com Draco – dizia Luna, desesperada.
– É inútil minha cara. Mais cedo ou mais tarde Narcisa e Lúcio iram encontrar você. Dona Narcisa não descansará antes de achar se filho.
Luna colocava suas coisas em um pequena mochila.
– Por favor!
Suplicou Luna.
– É nossa única chance. Não podemos contra Belatriz e Lúcio, com todos eles.
Os olhos de Luna se converteram em lágrimas.
– É isso que temo!
Disse Marta.
Luna pegou sua mochila. Draco a esperava no saguão, com sua mochila também.
– E não esqueçam, eu fugi e disse que iria me matar! – disse Draco pra o mordomo.
Luna chegou ao saguão junto a Marta. Alguns galeões estavam pensando o bolso de Malfoy.
Eles deram as mãos.
– Obrigada a todos vocês.
Malfoy nunca tinha agradecido a nenhum deles, nunca. Após isso, o saguão que estava iluminado pela luz do sol e converteu em cinzas e fumaças escuras.
Atrás de cada empregado surgiu uma pessoa, de preto e ou mascara. Luna se agarrou ao braço de Malfoy. Ele a abraçou pela cintura. O medo de Luna apareceu em seus olhos. Eles ficaram profundos e tenebrosos.
– Draco, sinceramente...
Dizia Lucio, tirando sua máscara de comensal. Belatriz não estava ali, pelo menos ainda.
– Pai, mãe!
Ele encontrou os olhos tristes de Narcisa.
– Você pretendia fugir com essa ai?
Ele se referia a Luna com nojo.
– Ela tem nome, Luna Lovegood! E eu a amo!
Uma onda de risadas surgiu.
– Crucio! – Lúcio anunciou o feitiço.
– NÃO!
Gritou Draco. Luna soltou seu braço rapidamente e caiu sobre o chão frio. Sua dor pode ser vista aos olhos de todos, mas sentida apenas por Draco. Que se jogou ao chão e gritava por perdão ao seus pais.
– Me perdoem. Eu sou um covarde. Mas por favor, pare com isso! – ele suplicou.
Luna caiu no chão. Lúcio havia parado. Parecia estar acabada. Meros segundos de tortura eram horríveis para ela. Ela não comia direito há dias, esperando por Draco. Sua infelicidade e de Draco foram completadas quando Belatriz surgiu. Não pelo fato de ser ela, mas quem trazia junto a si.
– Luna...
O sussurro de Xenofílio ecoou sobre o saguão da casa dos Malfoy. Ele se encolheu ao ver Luna jogada, agora no colo de Malfoy.
– Cale-se! – Belatriz gritou. – Lúcio, o que eu faço com esse verme infeliz.
– Calabouço, os dois – ele disse, olhando nos olhos de Malfoy, que suplicava em seu sussurros sem fim – Sem luz! – a cada palavra dita, Draco sentia seu amor por Luna aumentar e o rancor pelo pai também! – Só a base de água e migalhas de pão!
Luna fora tirada dos braços de Malfoy bruscamente.
Ele sentiu seu coração ser levado por ela, e sua felicidade acima de tudo.
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