O presente de Draco
Luna acordou lentamente. O barulho da chuva estava impregnado em toda casa e os trovões lhe davam calafrios. Mas Luna não acordou por causa de tais barulhos. Fora pelo ranger da porta de ferro da mansão dos Malfoy. Luna caminhou em passos rápidos até o começo da escada que levava ao saguão principal da casa.
– Senhor Malfoy
O mordomo da casa sempre fora quieto e estranho, mas hoje, no escuro, a noite. Era mais estranho ainda.
– Preciso falar com Draco, aonde ele está?
– Em seu quarto senhor.
– Chame-o, agora!
Luna vira que Lucio estava sozinho. Luna ficou com medo de ter acontecido algo, voltou para seu quarto, deitou-se em sua cama. Depois de alguns minutos sua porta se abriu. Luna fechou os olhos. Sua bochecha foi preenchida por lábios quentes e finos.
– Durma minha Luna. Eu te amo. Espero que eu volte, para vivermos felizes.
Um papel foi deixado em sua mão. E ele se fora. Luna pulou da cama deixando o papel para trás. Caminhou rapidamente ate o saguão.
– Aonde ele está?
O mordomo olhou para a porta aberta. E Luna correu até a frente da casa. Com medo. Ela não via nada. Quando um raio chicoteou o céu, dando um clarão, lá estava Draco Malfoy. Junto a Lúcio.
Seus olhos se converteram em lágrimas enormes, e seu coração fora levado com Draco.
Luna acordou em seu quarto. Com uma dor de cabeça irritante. Uma breve brisa entrou pela janela do quarto, sabia que Marta estivera ali. Luna sentou-se na cama. Viu seu prato com torradas e suco de abóbora. Comeu as torradas e bebeu o suco.
Depois disso foi tomar banho. Saindo do quarto viu que sua cama já estava arrumada. Certamente Marta passou por ali denovo. Mas encontrou o papel de Draco em cima da mesa. Será que Marta lera o papel?
Luna colocou suas roupas sujas em cima da poltrona no canto do quarto e se sentou na cama
– Se a pergunta é se eu li ou não. A resposta é não!
Marta disse, passando por ela e deixando em cima de sua cama toalhas limpas e secas.
Luna abriu o papel.
“ Minha querida Luna. Aconteceu um imprevisto.
Estarei de volta em breve. Vá em meu quarto, lá tem algo para você.
Ao lado da janela! Eu fiz quando via você no jardim.
Eu te amo.
Draco Black Malfoy.”
Luna apertou o papel contra seu peito. Se levantou e correu na direção do quarto de Malfoy. Seus passos aumentaram a cada centímetro percorrido, assim como seus batimentos cárdicos. . Chegou a frente do quarto de Malfoy.
Escuro, como sempre. Ela se dirigiu a janela, abriu as cortinas bruscamente. Olhando para o lado viu algo com um lençol em cima. E da mesma forma que abriu a cortina, tirou o lençol de cima da tela.
O presente de Draco, tratava-se de um quadro. Dos detalhes mais ricos as pinceladas mais delicadas. Via-se que o quadro estava inacabado. Os olhos de Luna foram lentamente derramando lágrimas vertiginosas e suaves. Passou a ponta dos dedos pelo quadro, fechou os olhos e respirou.
– Como eu queria você aqui.
Ela abaixou a cabeça. A idéia de Drco não voltar mais estava impregnada em sua cabeça. Sua visão da noite passada parecia estar tomando conta dela própria. A garota se sentou ali. Com os cabelos amarrados, ela os soltou lentamente. Olhava pela janela de minuto a minuto. A volta de Draco era algo que ela desejava a todo momento.
Lentamente 7 dias se passaram. E Luna lutava contra seus anseios e sentimentos. Agora Harry, Rony, Hermione, Gina... ninguém mais importava como Draco. Tudo estava nublado demais, tudo estava escuro demais para ser decifrado. Luna se sentia vazia; as horas no quarto de Malfoy era, de certa forma, um jeito de ficar perto de quem ela não sentia o cheiro e o calor do corpo a dias, horas...
Olhando pelo lado de Luna Lovegood:
Naquela tarde, Luna estava no quarto de Malfoy. Sentada, como antes, como todos aqueles dias. Se levantou após ficar olhando pelos vidros da janela.
Deslizou seus dedos pelo quadro, novamente, como fizera da primeira vez.
– Draco – ela sorriu – se você soubesse como tem minha vida em suas mãos, meus sentimentos e principalmente meu coração.
Após isso Luna soluçou e olhou para cima, estava prestes a começar a chorar.
–Não posso ficar mais sem notícias suas, isso está me matando.
– Não ficará mais!
Uma voz de tom grave e encantadora tomou conta do quarto. Seu coração pulsou rápido demais para ser compreendido. Não parecia realidade, mas suas preces foram atendidas. Draco estava de volta!
Luna se virou para a porta. Viu o rosto claro, porem machucado e com muitas olheiras. Viu o cabelo loiro acinzentado, sujo e com as pontas levemente queimadas.
Luna em menos de 10 passos estava em um abraço quente e confortante. Suas lágrimas foram atendidas pelos lábios de Draco. Que preencheram os seus, e não teriam mais fim. Pelo menos para ela.
Olhando pelo lado de Draco Malfoy:
Aquela noite, estava boa demais para ter um fim agradável. Lucio chegou e tirou Draco do que mais queria naquela vida, Luna. Era complicado demais para ser compreendido. Eles precisavam dele para ajudar a atravessar a passagem que Potter atravessou para chegar ao Basilisco no segundo ano. Draco ajudou todos os comensais da morte presentes. Dias foram necessários para achar a passagem sem que ninguém percebesse. Voldemort estava ocupado demais, voltando a ficar informado e por dentro do que acontecia no mundo bruxo, mas principalmente sobre Harry Potter.
Na tarde que voltou, Draco entrou pela porta da frente. Entrou porta a dentro, bruscamente. Jogou sua vassoura no chão. Não viu ninguém e foi até a cozinha, chegando mais perto escutou uma conversa.
–A Luna comeu, Marta?
– Sim. Levei seu almoço no quarto do menino Draco. Mas ela se recusa a sair de lá. Ela está bem abatida, acho que não dorme direito a dias.
– Como? Onde está Luna?
A voz de Draco soou pela cozinha.
– Em seu quarto, senhor.
Draco, em passos rápidos, chegou em seu quarto. Avistando pela porta, longos cabelos loiros, mal penteados, e aparentemente um pouco sujos. Suas roupas estavam amassadas.
– Draco – ela sorriu – se você soubesse como tem minha vida em suas mãos, meus sentimentos e principalmente meu coração.
Seu coração, mas partido do que estava, se partiu. A garota que despertou amor em seu coração estava sofrendo, e ele também.
–Não posso ficar mais sem notícias suas, isso está me matando.
– Não ficará mais!
Os olhos claros encontraram os acinzentados. Tudo parecia um sonho. Draco abriu seus braços que logo encontraram o corpo e braços de Luna. Seus lábios se entregaram aos de Luna.
Os dois estavam se amando, intensamente. Aquilo era, certamente, um inverno de amor.
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