Dez para meia noite





 Draco encontrava-se despercebiso no meio da casa escura e arrebatadora, estava no grande saguão do seu pequeno palácio. Recostado no pilar de mármore ele piscou os olhos. Cansado e confuso.


              Ele fora até Luna no meio de seu sono por impulso e um repicar de silencio o acompanhou. Draco mal conseguia observar o momento, saber que Luna estava de alguma forma mal lhe traria uma angustia inexplicável. Sua voz grave e suave seria ouvida nos corredores da mansão amanhã. Amanhã Luna brincaria com os pássaros e ensinaria coisas novas a Malfoy; amanhã ,assim como, antes .. seu sorriso estampado no rosto estaria mais uma vez ali. “Agora, porque não agora?”, pensou Malfoy. Passando pelo relógio, eram dez para meia noite, Malfoy foi interrompido pelo horario e pela angustia em seu peito, parou e respirou fundo.


                À medida de suas forças a maçaneta da porta se tornava mais pesada. Ela girava e o peso do bronze na maçaneta desaparecia, grande parte era gesto, Draco não conseguiu abrir a porta.


                – Trancada? – as palavras saíram em um sussuro de seus lábios.


Malfoy tentou mais uma vez, e outra, e mais outra. Todas com a mesma resposta: ela definitivamente estava fechada. Trancada mais obviamente.     Mantendo-se com o corpo na porta Malfoy, então, correu para longe e apanhou sua varinha.


                –    Alohomora! – gritou Malfoy, com um tom grave em sua voz.


                De onde estava, via o quarto por inteiro. Podia ver que Luna não estava deitada e a janela totalmente aberta. Confuso ele entrou no quarto correndo, revirou a cama e os armários.


                – Luna acade você? LUNA? – confuso, ele virou a cabeça a fim de olhar na direção da porta do banheiro. E o choque, o mormaço de gratidão a alivio tomou conta de si.


                Luna estava saindo do banheiro, secando os cabelos. Muito calma e aparentemente bem.


                – Passou algum elfo aqui? – Luna observava o quarto bagunçado, correndo e jogando a toalha por cima de Draco ela abriu uma das gavetas da cômoda do quarto – Minhas meias ainda estão aqui!


                Ouviu-se uma risada de Malfoy, não maléfica, uma risada gostosa. Luna se virou devagar para ele, o garoto estava sentado na cama de Luna rindo muito.


                – Desculpa Luna, mais fui eu. – ele implorou de um jeito estranho.


                – Draco Malfoy, – Luna fez uma cara séria e estranhíssima – eu lhe almadiçoou por bagunçar o esse quarto. – advertiu ela, pegando uma almofada do chão e jogando em seguida no rosto de Draco.


                Uma risada da parte dos dois surgiu no ar, eles riram por alguns minutos e Luna se sentou em uma poltrona avermelhada no canto do quarto.


                – Draco.. – Luna parou de rir e olhou para o Luar. –, daqui alguns dias, a neve vai parar e... eu vou ir embora.


                Porque Luna estaria falando isso? Draco teria feito algo errado? Os olhos do garoto foram tomados por lagrimas e um pensamento estranho. Draco levantou-se saindo do quarto e batendo a porta com força. Luna se levantou e saiu atrás dele, andando e dando “pulinhos”, normalmente para sua mente, a garota procurava Draco. Que corria pelos corredores de certa forma, chorando.  Draco entrou em uma sala velha e escura, a sala possuía um espelho apoiado em  um “bidê” um pouco rústico e mal pintado. Draco se apoiou no bidê e desabou-se em um choro que parecia não ter fim. Solunçando e passando a mão nos olhos, ele estava inconformado com o jeito que Luna o tratara a alguns minutos atrás.


                – Draco? – uma voz suave tomou conta dos pensamentos de Draco, o fazendo virar rapidamente.


                – O que você quer? – perguntou ele mal humorado.


                – Desculpa mais eu falei algo que não o agradou?


                – Algo que não agradou? Eu lhe dou tudo do bom e do melhor e como você me retribui? – gritava irreverentemente Draco, fazendo os empregados se apavorarem.


                – De alguma forma, algum dia eu terei que ir Draco. – Luna mudara seu rosto, e fisionimia rapidamente. – Não haja como uma criança que nunca teve um brinquedo e quer controlar ele para sempre, em algum momento ele irá quebrar! – os olhos de Luna encheran-se de lágrimas.


                Draco permaneceu quieto, parado e estático.


                – Me desculpa, eu me precipitei, – falava Draco, novamente com os olhos cobertos de lagrima – ninguém nunca falou assim comigo e nunca fora tão paciente assim também, só tenho medo de te perder.


                Neste momento, Luna correu e o abraçou com toda a força que pode.


                – Nunca vou te abandonar.


                – Tudo bem, mais não precisa me apertar tanto .. – um sorriso cheio de alegria contagiou Draco. Igualmente Luna.


                Atrás da porta encontravan-se todos os empregados escutando a conversa dos dois.


                – Ele é tão jovem – comentou um dos empregados.


                – Sshh – adveriu outro – ele é o legitimo herdeiro Malfoy –    enquanto falava, olhou nervosamente na direção de Marta.


                Agora porem,  Marta olhava fixamente para ele e achava estranho o modo com que o empregado falava.


                – Está maluco?


                – Você não se lembra como foi com a Dona Narcisa? Igual, claro um pouco mais rigidamente mais fora bem parecido.


                – Fique quieto não rogue pagra! Vamos para a cozinha, AGORA!! – ela dizia.


                O olhar de Luna encontrava-se com o de Draco pela emoção e pelo desejo, e ele parecia muito rosado e mais confiante, cujo era mais alto que Luna parecia ter seus braços envoltos de uma seda macia e muito macia, Luna sentia os braços de Malfoy abraçando sua cintura fina e delicada.


                Draco chegou bem perto de Luna a ponto de sentir sua respiração. Os olhos claros dela exalavam luz, seu coração batia de forma tão acelerada que parecia estar saindo de seu corpo. Há tempos, há muito tempo que ela esperava o tão sonhado beijo, um beijo verdadeiro.


                Draco se aproximou mais, tocou seu rosto com o dela, e ficou durante uns instantes em estado de transe, só sentindo o perfume de sua pele.  O clima foi aumentando, mais, Draco respirou fundo e caiu em si, aquela não era a hora e aquele não era o lugar certo.


Então, aproximou sua boca ao ouvido dela e, suspirando, disse num tom sarcástico: Eu tenho que comer algo, estou morto de fome.


 Era a desculpa mais idiota do mundo, mais Luna riu, achou muito engraçado, mesmo depois de Malfoy sair correndo   .  Luna, indo para o quarto ria sozinha, de alguma forma bem, chegou a seu quarto e se jogou em sua cama.


Junto de um suspiro muito longo, ela olhou para a Lua e fechou os olhos, entrando em um profundo sonho. Draco porem teria ficado a noite inteira acordado, se não viesse começado uma chuva rasteira e calma. Trazendo consigo uma paz e uma moleza . O dois tiveram uma noite calma e com bons sonhos.




 

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