Capítulo VII




O pequeno salão onde todos os dias Aragorn , Glorfindel e Harry tomavam seu café da manhã e as refeições tinha uma grande janela com vista ao vasto bosque que se estende ao redor de Rivendel.O piso era de uma madeira de suave café que cobria todo lugar. As folhas das árvores ficavam perto da grande janela, decorando desta maneira o piso com folhas secas que passavam de um lado para o outro pela sua suave brisa que entrava pela janela. No meio da habitação encontrava-se uma mesa circular com pequenos bancos ao seu arredor, em um dos bancos se encontrava um pensativo Glorfindel que descascava uma maçã com uma bela faca enquanto uma de suas loiras mechas caiam sobre seus olhos verdes que observavam o nada, perdido em seus pensamentos.


- ...Lumos...- agrego pensativo passando os largos cabelos atrás de sua pontiaguda orelha –Quem é Harry Potter? Quem é realmente?- dizia enquanto recordava do momento em que ele estava passeando pelo bosque, na noite passada, e enquanto se encontrava contemplando a beleza da noite havia escutado murmúrios assim que foi ao lugar esperando ter uma boa conversação com a pessoa ou pessoas que se encontravam despertas a essa hora, mas no qual foi encontrar o jovem Harry de baixo da árvore segurando uma entranha vara de madeira em suas mãos... Glorfindel decidiu chegar perto e a falar para ele ir dormir porque no outro dia iria ter treinamento com Aragorn, assim que caminhou com a graça que caracteriza os elfos e se aproximou ate ele, mas ao escutar Lumos e ao ver como sua varinha se acendia de deteve... havia visto algumas vezes Gandalf acender uma luz em seu bastão e podia reconhecer( e sentir) a magia quando estava perto e disso não havia duvida, Harry havia feito magia... sem saber como nem porque saiu dali mas antes viu que o jovem murmurou algo e a suave luz se extinguia desejando iluminar seu jovem e cansado rosto.


Também se recordava perfeitamente das entaladas que o jovem havia dado cada vez que ele perguntava de onde era, de sua vida passada, de seus pais, amigos, como havia chegado ao bosque do Senhor Elrond, sobre sua cicatriz, sobre tudo relacionado com a sua vida antes deles terem o encontrado... e sempre eram as mesmas respostas “estou confuso”, “não quero falar disso” e nunca havia falado de seu passado e era muito cuidadoso, o que não era de seu costume era falar de sua vida, mas, os constantes pesadelos, ele estava sempre de alerta no que sempre se encontrava, a idade de seus olhos, tudo isso e ainda mais pareciam indicar que era alguém que havia visto muito, vivido muito, alguém maior ao que realmente era, 15 anos, alguém com mais experiência que um jovem dessa idade.


E como se suas recordações estivessem respondido sua duvida e clareando sua mente , uma palavra saiu de seus lábios, suave, lenta, incluso solene...


- Istar – sussurrou enquanto passava um dedo sobre seu rosto, delineando sua perfeição


Nesses momentos as portas do salão se abriu para dar passada ao grupo de três pessoas que vinham a comer seus alimentos para iniciar suas atividades do dia.


- Oi senhor Glorfindel – saudou Bilbo – veio aqui para encher a barriga

Glorfindel não respondeu a isso, seguia perdido em seus pensamentos.


Aragorn o observou e depois foi preto dele e tentou saudar-lo.


- Valina arin, Glorfindel [ bom dia, Glorfindel] – disse Aragorn sentando-se ao lado de seu amigo, e so quando isso começou a se relacionar.


-Ah Aragorn...Valina arin[Bom dia]-Disse Glorfindel, ainda perdido em seus pensamentos..


-Maar, hannon le[ bem, obrigado]


-[está seguro?]


- Não é que não nos agrada escutar a harmonia na língua dos elfos mas Ezellahen realmente não tem idéia do que estão dizendo- repreendeu Bilbo ao ver a cara de confusão do menino.


Aragorn e Glorfindel olharão o Harry mas cada um com uma expressão destinta. Aragorn parecia estar se divertindo com a confusão de Harry e pela chamada de atenção de Bilbo, se havia prometido ensinar a língua dos elfos a Harry e já havia conseguido ensina-lo umas palavras, mas ao que parecia o que falaram ele e Glorfindel não se encaixava nessas palavras. Glorfindel pela sua vez tinha uma expressão séria em seu rosto, observando atentamente o Harry, como se o estudassem, mas também havia algo de desconfiança em seu olhar.


- Me desculpa – se descupou Harry- mas realmente não podia seguir o elo da conversa e o senhor Bilbo notou a minha confusão.


- O único que pode solucionar o seu problema – disse um sorridente Aragorn – será umas canecas de quenya comigo.


- E eu também poderia ajudar um pouco com isso meu querido Ezallahen – disse Bilbo chegando perto de um dos bancos


- Ah!?- exclamou o Harry assustado, pois a língua elfica era realmente complicada, e agora não só Aragorn e sim também Bilbo pensava em lhe ensinar, seguro de que o proibiram todos os habitantes da casa a falar a língua comum com medo de que o menino aprendesse- mas....


- Nada de “mas” Harry, será uma harmoniosa coleção de conhecimentos, ainda mais é uma língua maravilhosa por que acalma os animais e existe harmoniosas canções na língua dos elfos- cortou Aragorn antes que Harry seguisse se queixando – não é verdade Glorfindel?


Glorfindel quem até agora só havia sido um atento observador, em todo o jovem Potter, tão pouco murmurou um ‘sim” junto com um aceno da cabeça.


Harry se sentiu extranho pela repentina troca de atitudes do elfo, e dizer, antes (no dia anterior) cada vez que se encontrava com o senhor elfo este que o dedicava um sorriso e incluindo tinha largas conversas com ele.Por que a troca repentina?


- Será melhor que começamos a degustar destes deliciosos alimentos- disse Bilbo observando maravilhado à comida que uns elfos acabaram de trazer.


Harry se surpreendeu de estar tão perdido em seus pensamentos que não se deu conta de que naquele momento o desjejum havia sido servido, e se obrigou a olhar a mesa observando desta maneira os esquisitos manjares que se encontravam sobre ela: frutas dos aromas e de diversas cores e exóticas que em sua vida na Inglaterra nunca havia visto; jarás de deliciosos sucos que haviam mudado a sua bebida favorita desde o momento em que tocaram em seus lábios; deliciosos pães tirados do forno recentemente rodeados de doces que poderiam competir com os pães franceses; queijos realmente apetitosos; fresca e branca manteiga; leite dentro das jarras de cristal; pratos com pedaços de carne suave; e manjares que não podia provar todos em seu desjejum pois seu estömago se negava receber mais comida.


-Ah, que deliciosa comida dos elfos, , sem embargo não tem nada que possa competir com as deliciosas comidas da minha Comarca- dizia Bilbo enquanto se serviam um pouco de tudo em seu grande prato- jovem Ezellahen, um dia desses vou te levar para casa de meu sobrinho Frodo para conhecer nossas deliciosas comidas e para poder fumar este maravilhoso tabaco que só se encontra nas nossas terras da Comarca.


-Fumar tabaco?- perguntou Harry que considerava que era muito jovem para ter esse tipo de vicio que ao que todos os seus conhecidos na Terra Média o compatilhavam.


- Não se preocupe Harry, não permitirei que prove nem um pouco, ainda- falou Aragorn enquanto o olhava com um olho e cortava um delicioso bolo liberando desta maneira um pouco de ar quente- mas come Harry, antes que nosso amigo Bilbo coma tudo.


Harry sorriu recordando da maneira tão pelicular que tinha Sirius de rir, era como um grande latido, uma risada fresca livre de toda a ironia....

Glorfindel comia fruta acompanhada de um pouco de queijo, mas seus olhos jamais se desprenderam da figura de Harry. Estava intrigado, desejava saber se Harry era realmente um mago ou se havia sido um truque de sua imaginação que aconteceu na noite passada, mas, se Harry resultava ser um Istar, então que com os outros 5 magos, pois se suponha só havia 5 magos na Terra Média:Saruman, Gandalf, Radagast, Alatar e Pallando, então onde entrava Harry? Qual era seu interesse na Terra Média? e porque veio tão jovem?Se suponha que os Istar fossem homens anciãos... estava muito confuso, havia muitas perguntas circulando em sua cabeça.


Os outros três ocupantes da pequena sala estavam comendo entre conversas e risadas, quando tudo ficou num selênico ao momento em que o elfo Glorfindel levantou brutamente de seu acento.


- Man ta raika?[Ta passando mal]Glorfindel- perguntou Aragorn preocupado pelo extranho comportamento de seu amigo.


-Nada, continuem comendo.


E depois saiu do salão deixando os três com uma grande confusão em suas faces.




Compartilhe!

anúncio

Comentários (0)

Não há comentários. Seja o primeiro!
Você precisa estar logado para comentar. Faça Login.