Capitulo VI
Desesperadamente, andando de um lado para o outro, com um terrível frio, congelando os seus ossos e com uma dor no peito, que o impedia respirar corretamente.
Uma vez mais observava ele caindo através do véu, para nunca mais voltar a vê-lo, para nunca mais sentir esses profundos olhos azuis observando, para nunca mais ler uma de suas cartas, para nunca mais... pois estava morto... morto... longe dele..., seu assassino..., o menino que se passava bancando o herói, pondo todos em perigo...
Suas lágrimas quentes inundaram seu rosto, caindo lentamente por suas bochechas e sentindo se desfalecer cada vez que uma delas escorre em seu rosto, escapando pelos seus olhos. Uma vez mais Harry se encontrava aprisionado por um de seus pesadelos, gritando o nome de Sírius, esperando que ele o respondesse, o buscava
Sentiu uma terrível dor na sua garganta, um nó que pressiona, uma dor no peito. E desejava gritar com todas as suas forças! Libertar-se dessa horrível dor!
Deus! O que daria para voltar atrás, ao passado, e dar um par de bofetadas para impedir-se de ir ao Departamento de Mistérios, para impedir-se de por seus amigos em perigo e deixar de bancar o herói.
Harry cai ao piso e se agarra fortemente seus joelhos, pressionando seu rosto contra ele, mordendo fortemente a tela da sua túnica.
Uma risada fria faz com que o jovem saia deste estado esquizofrênico para buscar com seus olhos verdes de onde ela vem.
- Pobre menino indefeso - falou a voz áspera- está assustado Harry?- pergunta o Senhor Escuro enquanto vai ao lado da figura do menino – pois deve estar – acariciando-o lentamente, com um carinho maternal.
- Não é real, não é - sussurrou o menino- só é um pesadelo
- Está seguro?- perguntou sorridente
-Não é real! Não pode entrar mais em minha mente!- grita desesperado tratando de se afastar
- Talvez tenha razão e um som de uma imagem criada pelo seu sentimento de culpa para atormentar pelo assassinato de Sírius, pelo sofrimento de seus amigos
- Cale-se! Cale-se e me deixa em paz!!- gritava cada vez que se cobria os ouvidos e fechava-os fortemente.
Voldemort sorria antes do gesto do menino e se acercava para sussurrar lentamente no ouvido de Harry
- Assassino, é um assassino
- Me deixa em paz!! Saia!!- gritou fortemente sentindo como sua garganta estivesse rasgada, pelo esforço que foi obrigado a realizar para poder liberar a sua alma atormentada por recordações, pesadelos, duvidas... confusão...
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Harry se debatia ferozmente na cama, com o suor caindo a sua frente, com um gesto de dor, de terror e ódio...
- Harry! Harry fique tranqüilo! Harry acorde!- gritava Aragorn tratando de controlar os ataques do jovem sustentando em suas mãos.
O menino abriu os olhos rapidamente, e com um grande susto se afasta de Aragorn pegando fortemente sua varinha, respirando agitadamente enquanto se encolhia, pegando seus joelhos ao seu peito e com um olhar de terror em seus olhos, que brilhavam devido as lagrimas que havia derramado e que havia deixado um rastro sobre suas bochechas.
- Harry, fique tranqüilo- dizia Aragorn enquanto se levantava da cama e elevava suas mãos- sou eu, Aragorn.
Harry o observou por um momento, depois observou o quarto... podia ver claramente como as cortinas se balançavam pela suave brisa da manhã, podia sentir o calor da luz solar sobre seu corpo, tocar dos suaves lençóis que cobriam a acomodável cama e podia ver a confusão nos olhos de Aragorn.
-...Aragorn...- sussurrou voltando a realidade, dando conta de que havia tido um pesadelo e que havia saído do controle... mas parecia tão real!... e aquela vez, ele sabia que se tratava de algo fictício, de um monte de imagens criadas por ele mesmo; sabia que esse Voldemort era só uma criação sua, e estava seguro disso por que neste lugar o Senhor do Escuro não podia alcança-lo, nem sequer através de sonhos.
- Você está bem?- perguntou Aragorn agora se sentava sobre a cama, olhando confuso, inclusive, com tristeza... era um horrível espetáculo ver alguém tão jovem ter esses pesadelos, recordou-se? Tão doloroso, que o atormentam cada noite, todas as noites, desde o momento em que fecha os olhos até o momento em abri-los a um novo amanhecer, na possibilidade que se volta um ato de incrível força levantar da cama e viver um novo dia sabendo que no final estes pesadelos voltaram a atormentar, drenar da pouca paz que há sobrado obtendo nas horas em que estivesse acordado.
- Que aconteceu? Que faz aqui?- perguntou Harry enquanto guardava a sua varinha entre as cobertas que haviam coberto durante seu sono, e observava o Aragorn com uns olhos opacos, tristes.
- Vim o despertar, acaso não se lembra que hoje tem treinamento de espada comigo- respondeu com um sorriso nos lábios para desta maneira dar um pouco de alegria ao jovem que cobrado um imenso carinho
Parecia cansado... semelhava um guerreiro derrotado e que não desejava levantar por que sente que voltará a cair sem se importar que há... tão atormentado, por que? Ainda não sabia , mas tinha que averiguar de algum modo, pois sabia que o menino estava com pesadelos, não de boca dele mas sim dos elfos que habitavam a casa e que habitam tinham a sorte de escutar sempre entre sonhos, chamando alguém a maioria das vezes... Sírius, quem era este homem? O mesmo o havia escutado, não havia sido esta maneira em que havia chamado a vez que ele entrou no bosque? Sim era e recordava muito bem das palavras de Harry, o menino lhe chamava de Sírius. Mas, como averigua-lo? Sim algo havia aprendido é que Harry nunca dizia como se sentia realmente nem o que pensava, ao menos isso parecia até este momento, talvez com o tempo logo faça com que o Harry confiasse nele.
- Oh, certo, certo... desculpe-me - disse Harry enquanto se colocava de pé dando a espada a Aragorn mostrando desta maneira que se encontrava encharcado de suor, digno marca de que o pesadelo havia sido tormentoso
- Harry - o menino olhou o Aragorn, cruzando os olhares de ambos- sabe que pode me contar o que desejar, talvez pareça estranho- se pôs de pé- confiar em alguém que não tem muito a conhecer, mas sabe que pode confiar em mim para qual quer que seja - e depois de observar o rosto de Harry uns momentos saiu do quarto.
Harry permaneceu quieto por um momento, sem saber que fazer... parecia estranho que alguém que não fosse o Sírius, o tratasse daquela maneira, como se preocupa por ele... sorriu, havia algo em Aragorn que o fazia lembrar de Sírius, apesar de que ele não queria, começar a confiar nele.
Mas nunca seria Sírius, nada podia igualar ao Sírius, seu padrinho, amigo, irmão, pai adotivo.
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Harry saiu do dormitório usando um traje verde escuro, de fato, quase todos os trajes que colocava eram dessa cor, parece que os elfos os encantava com tons verdes, suposto que é pela cor de seus olhos, sim, muito possível, por que também lhe chamavam de Ezellahen que, segundo haviam dito, que significava olhos verdes.
- Vamos tomar o desjejum Harry- disse Aragorn que havia esperado o Harry- vejo que já sabe como amarrar corretamente suas botas, me alegro
- Sim, faltava prática.
- Tem razão, com prática tudo se aprende melhor- disse Aragorn rindo- mas vamos, que te asseguro que Glorfindel já nos espera
Desta maneira ambos os homens caminharam lado a lado pelos charmosos corredores de Rivendel, saudando os elfos que encontravam no caminho
A ponto de chegar ao pequeno refeitório quando se cruzaram com uma pequena figura do tamanho de um menino, mas não era um menino pois tinha cabelos grisalhos sobre uma cabeça encolhida pela idade e seus pés peludos já não eram suficiente para sustentar-se pois caminhava apoiado a um bastão, além disso haviam rugas sobre seu rosto e sobre suas mãos brancas.
- Bom dia, meus amigos vejo que o jovem Ezellahen está acordado- disse de modo gentil dirigindo-se, supondo, para o Aragorn e Harry
- Olá Bilbo- saudou o jovem Potter curioso. Recordava do dia que o conheceu, foi no mesmo dia em que o Senhor Elrond o permitiu ficar em Rivendel
~*~*~*~*~*~*~*~* Flash Back ~*~*~*~*~*~*~*~
Harry Potter caminhava pelo corredor de Rivendel, observando envergonhado cada lugar com seus olhos, cada elfo, cada coluna e ladrilho que afirmavam a bela casa.
Ia tão distraído que não se deixava de fixar os olhos em alguém que entrava em seu caminho e bateu de frente com alguém.
- Desculpe, sinto muito, não era a minha intenção- Harry se apresou a dizer, preocupado com a pessoa que parecia ser um menino.
- Já, tranqüilo criança não me aconteceu nada- disse a voz de um ancião
Harry, ficou quieto ao escutar a voz no que havia pensado que era uma criança e ficou em seu lugar, sentado sobre o piso.
- Harry!- Gritou Aragorn que estava atrás dele – vejo que anda distraído, olhe por onde anda – e se deu conta da situação – muito distraído – ajudando a outra pessoa a ficar em pé.
Harry enquanto se levantava, percebeu que era um ancião muito pequeno do tamanho de uma criança, E, uma vez mais movido pela curiosidade e deixando de lado os modos, observou atentamente o pequeno ancião a frente dele.... muito pequeno, e pés peludos...
Aragorn e o pequeno ancião se deram conta da surpresa do jovem e num minucioso estudo sobre o ancião. Aragorn soltou uma gargalhada e ajudando o jovem a se levantar, lhe disse...
- Vamos Harry não me digas que nunca tinha visto um hobbit.
- Permita-me apresentar, meu nome é Bilbo Bolseiro, um hobbit da Comarca..
~*~*~*~*~*~*~*~* Fim do Flash Back ~*~*~*~*~*~*~*~
Harry sorriu ao recordar isto e também que depois disto, Aragorn começou a explicar sobre cada uma das raças que habitavam a Terra Média e, falar de cada uma das parte da Terra Média.
- Bom dias para você, Bilbo – saudou Aragorn e sacando desta maneira Harry de suas recordações.
- Vejo que vão tomar café da manhã – comentou Bilbo ressaltando seu amor pela comida.
- Voce é benvindo a nos acompanhar, Bilbo – ofereceu Harry sorrindo.
- Esse é um convite que nenhum bom hobbit se atreveria a negar.
-Isso é o que imagino.
Assim os três personagens começaram de novo seu caminho ao refeitório que já não estava longe.
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