Frustrações
Capitulo Três - Frustrações
“Nada como um dia após dia, uma noite, um mês”.
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O sol estava fraco naquele dia, tanto que nem pareciam estar no auge do verão e a brisa fresca deixava o ar puro.
O mundo dos Trouxas não era tão mau assim. Eles se adaptaram e evoluíram, como ocorre no processo natural das coisas. Os bruxos é que eram atrasados e inescrupulosos, só por que alguns eram idiotas isso não significava que todos os outros também fossem. Pensou. Morgause adiantou-se um pouco, e pegou seu bilhete em meio suas coisas. Apesar de ter acordado cedo, havia se enrolado completamente na hora do café da manhã. E aquele simples atraso de vida, havia deixado-a toda desnorteada.
Ao seu modo de pensar, achava os bruxos muito complicados. Eles realmente tentavam facilitar as coisas, mas no fim acabavam atrapalhando. Por causa destas coisas, sua cabeça virava sempre um turbilhão. O sr. Thomas era um bom exemplo a se dar, sempre se enrolava nos seus afazeres. Nem Dumbledore que era manso e paciente conseguiu escapar daquilo, não pôde deixar de pensar.
Quando enfim conseguiu sair da hospedagem, se deu conta que estava atrasada. Tanto que nem olhou em qual plataforma que deveria embarcar. Só agora, então que se deu conta daquele detalhe:
“Plataforma 9 ½”.
Olhou, para todas as plaquinhas que indicavam o embarque de passageiros:
-7, 8, 9...Não existe plataforma nove e meio aqui - sibilou.
Não havia plataforma 9 ½ coisa nenhuma, Dumbledore não poderia estar falando sério quando lhe disse que a passagem estaria no meio de uma e outra. Não teria que atravessar realmente aquela parede. A princípio havia achado engraçado e de fato pensou que havia sido brincadeira do velho homem. Mas não era, aquilo era pura realidade.
Para confirmar que aquilo não era loucura, levou a mão até a parede para testar sua textura. E assustou-se um pouco quando sentiu sua mão afundar-se nela. De fato aquilo era uma passagem. E como não havia escolha, começou a se colocar em direção a parede, andando lentamente. A sensação era completamente diferente de tudo que já havia sentido, e até um pouco estranha. E depois eram os trouxas que eram atrasados, pensou. Continuou, quando a sua cabeça mergulhou na parede, ela realmente ficou sem palavras, parecia que aquela parede iria engolir-lhe, sentiu-se meio sufocada. Tentou levantar sua mão para guiar-lhe e não muito depois começou sentir a mão sair daquela coisa, e pouco a pouco o sufoco e falta de ar rapidamente passaram. O lugar em que se deu à passagem era completamente diferente da última em que havia estado. Porém não se admirou em ver uma grande locomotiva vermelha, soltando vapor para avisar que já estava de saída. “Não seria bem mais fácil chegar a Hogwarts com uma chave de portal, eles adoram complicar!” Apressou para entrar no vagão mais próximo. Irritou-se quando sua mala atrapalhou-lhe na entrada: “È realmente necessário uma mala tão desproporcional como essa?”. Após um estresse profundo consegui arranjar uma cabine vazia. ”E depois são os trouxas é que complicam as coisas”.
* * *
Todo dia 1º de setembro era sempre aquela mesma bagunça na casa dos Weasley, uma correria para lá e para cá interminável. Harry até achava aquilo cômico. Gostaria de ter uma família igual à de seu amigo. Mas infelizmente não tinha. Nada podia ser perfeito mesmo na vida, havia aprendido a conviver com isso. É claro que ele sempre sentia uma pontada de inveja do amigo, pois apesar deles todos ali serem simples eles viviam a vida intensamente, eram pessoas felizes. Coisa que talvez Harry jamais fosse. Ele rapidamente tratou de espantar aqueles velhos fantasmas que sempre insistiam em incomodá-lo, quando viu Hermione se aproximar:
-Ué Harry, você ainda está ai?- falou a amiga com uma voz doce, que ele não conseguiu identificar ser dela - Caraminholas na cabeça?- brincou - Anda vamos - falou ela puxando para longe da janela - Vamos nos atrasar se você continuar viajando nas colinas.
Era incrível como seus amigos lhe faziam bem, certamente não conseguiria viver sem eles. Hermione havia conseguido espantar seus demônios facilmente, aquela voz doce da garota o havia feito sair do inferno e ir para o paraíso. Ele rapidamente ajeitou suas coisas. Molly havia dito que eles iriam chegar à estação de King Cross de uma forma diferente aquele ano. A princípio teve receio, pois odiava quando eles arranjavam uma nova forma de ir de um lugar para o outro, como odiava aquilo. Para seu espanto fora tudo muito simples.
-Primeiro Arthur, pois ele tem que ir imediatamente para o Ministério da Magia.- Instruiu Molly. O Sr. Waesley pegou um bocado de pó de flu e jogou na lareira acesa da cozinha entrou nela e pronunciou a senha para chegar ao Ministério. Senha da qual ele não deu muita importância.- Agora é a vez de vocês garotos!-Continuou ela a dizer
-Ora mulher, por que eles? Julga-nos, eu e meu irmão menos importantes que estes pirralhos - disse Fred com intenção de aborrecer a mãe. Molly tentou até responder, mas Jorge veio argumentar:- É, trabalhamos menos do que eles? julga-nos menos importantes do que os outros só por que somos duas ovelhas negras desgarradas da família...
-Está bem, está bem. Já entendemos - interveio Gina- podem ir na frente.
Logo então, Fred e Jorge também sumiram na lareira, deixando Molly com um ar de desaprovação. E bufando de raiva devido a gracinha dos dois filhos, então prosseguiu:
-Bem agora vão andem, a palavra é meleca de trasgo.Harry sentiu seu estômago embrulhar levemente e não conteve o comentário.
-Não tinha algo melhor para ser a senha, não?- apesar de ter se acostumado com esses tipos de senhas, ainda sim tinha péssimas lembranças de meleca de trasgo.
Havia sido tudo muito simples ele só haviam pego o pó de flu e entrado na lareira. Posteriormente chegaram a estação de King’s Cross. Por intermédio de Mione ele descobriu que só eles haviam ido para a estação daquela forma.
-Você sabe como é né, Harry, segurança!
* * *
Aquela viagem parecia não acabar nunca! Não era muito mais simples pegar uma chave de portal e chegar em Hogwarts? Ás vezes, Morgause ficava perplexa com esses tipos de burrice (Definitivamente jamais conseguiria entender os bruxos).Estava ali, sozinha naquela cabine por horas a fio. À toa, sem sequer fazer uma mísera leitura. Quem diria, que por um dia em sua vida ela ficaria assim sem fazer nada o dia inteiro. Era complicado por que lá em Avalon uma simples noviça como ela teria obrigações de sobra, e mesmo que suas tarefas estivem em dia, ela teria obrigações a adiantar. Roupas para tingir. Tinha muito orgulho, pois uma vez que aprendera a tingir roupas, as suas eram sempre as mais bonitas de Avalon, ela mesma fazia e confeccionava tudo, quando tinha apenas sete anos aprendera a fiar e às vezes quando estava mais disposta, bordava e fiava muito bem, pois tinha mãos hábeis. Também havia ervas para plantar e colher, rituais a serem cumpridos periodicamente, e os estudos. Enfim, era uma imensidão de coisas a fazer e não se sentia fadada á fazê-los.
Mais alguns minutos transcorreram e ela continuava perdida em seus pensamentos. Por quanto tempo ficou ali parada, inerte em seus pensamentos, nem ela própria pode dizer. Perdeu-se em devaneios. Sua cabine estava tão vazia que o uso único companheiro eram eles. E eles eram de muita importância, pois o mais importante de tudo era saber o que estava fazendo ali, e o que faria dali para frente. Tinha uma missão, mas mal sabia por onde começar. “O que fazer?”.
“oh grande Deusa, guia-me
nessa árdua tarefa. Guia-me
Como guiou meus ancestrais
E guarda-me”.
Essas foram suas únicas palavras, mais do que isso a jovem moça não conseguia pronunciar em prol de sua aflição.
As únicas coisas que lhe despertaram sua atenção foi a moça do carinho de comida, uma garota monitora e bem chatinha, como era o nome dela mesmo? Hermie Granger ou Hermione Granger? Nem havia se dado o trabalho de prestar atenção nela, principalmente por que era uma tagarela, ou talvez simplesmente se fez ser uma. Falava excessivamente, não parava um minuto sequer. No início até tentou acompanhar a quantidade de perguntas, mas chegou em um ponto em que já havia perdido a paciência, desistiu, ela simplesmente falava rápido demais.
Ela me veio perguntando quem eu era, como me chamava e blá, blá, blá. Coitada tomou um susto quando ficou sabendo que eu era uma Black:
-Impossível! –Protestou ela - Todos sabem que os únicos Blacks que ainda existiam eram: Sirius Black, e este já esta morto, Narcisa Black, e ela é casada com Lucios Malfoy por isso não é mais uma Black e Belatriz* Black, que é casada com Rodolfo Lestrange, então ela também não é uma Black.
-Eu não poderia ser filha dela? - disse sutilmente. Morgause teve que se segurar para não rir da cara de espanto da jovem monitora. Hermione arregalou os olhos e ficou pálida. E entre um gaguejo e outro disse:
-V-voc-cê... Não p-pode s-ser.
-É claro que posso, mas felizmente não sou filha daquela coisa - quando disse isso Mione até se jogou no banco atrás de si de tanto alívio.- hahha, na realidade sou filha de Sirius Black. Já ouviu falar nele?- ironizou.
Novamente Mione ficou cor de cera. E protesta:
-Impossível! Sirius não tinha herdeiros. Todos estão fartos de saber isso, ou senão a herança dele não teria ficado pro Harry e sim para você...
-Então quer dizer que você...-Mione não pronunciou aquela ultima palavra, pois julgou muito grosseira para dizer.
Mas Morgause pouco se inibiu para dizê-la:
-É isso mesmo, eu sou uma bastarda...
Sem dizer uma palavra sequer Mione levou a mão a boca de tanto horror, ela era muito corajosa de admitir ser bastarda sem muita repulsa. Levantou-se e saiu ali da cabine sem nada comentar.
Depois de algum tempo de sossego, me aparece um outro monitorzinho de uma figa, que acreditava ter o rei na barriga, “oh Deusa, eu mereço umas coisas dessas.” Sua impetulância era muito pior do que a da minha visitante anterior, ele era simplesmente arrogante, estúpido, arrogante (de novo), metido e por fim consegue me tirar do sério facilmente. Admito que ele era muito bonito. Mas já vi em Avalon bardos muito mais atraentes do que ele. Ainda consigo recordar-me muito bem da nossa conversa, que estava fresca em minha mente como a água de uma nascente.
Fora tudo muito rápido, estava a pensar quando de repente assustou-se com a abertura brusca da porta da cabine.
-Quem é você? - foi logo perguntando - Nunca a vi por aqui, e você não parece ser companheira daquelas novatas primeiristas.- Assustou-se um pouco com o disparate do rapaz.
-Morgause Black, prazer.- estendeu a mão e estampou um sorriso forçado no rosto.
-Ora, ora, ora uma Black? Pensei que estivessem todos mortos - desfiz meu sorriso rapidamente, e puxei minha mão para perto do meu corpo, pois o mesmo só o olhou com indiferença, e em afronta a ele Morgause respondeu:
-Acho que estava enganado - mordiscou a língua para não dizer o que realmente pretendia. Ele não disse nada, pois àquela altura estava cobiçando o corpo esbelto da moça. - hum hum - pigarreou chamando-lhe a atenção - Pois bem, eu lhe disse o meu nome, só que você ainda não me disse o seu. Como você se chama mesmo?
-Draco Malfoy - Foi só o que ele disse.
Ao dizer aquilo, ele colocou-se sem se sentar em frente a ela, arregaçou levemente as mangas de sua blusa verde meia estação. Ele a olhou atentamente, de forma que Morgause começou a sentir-se incomodada, e repentinamente disse:
-Você tem belos olhos, sabia Morg?
-Isso é uma cantada?- sentiu suas faces enrubescer com aquele comentário, porém continuou, pois daquela vez não iria mordiscar sua língua para dizer o que ele realmente merecia ouvir - E quem lhe deu permissão para me chamar de Morg? Pode ficar tranqüilo, eu sei que tenho belos olhos, puxei do pai, sabe Sirius Black. Malfoy faça-me um favor, guarde as suas cantadas para você, e antes que eu me esqueça para você é Black, está certo? – Draco ficou a fitá-la por alguns minutos e ela acrescentou - Vai querer que desenhe? Ou prefere que eu soletre?
Ele, no entanto não perdeu a pose e continuou: - Seus lindos olhos me hipnotizam.
-Os seus também são lindos - respondeu e só se dando conta daquele momento que ela é que havia perdido a pose. “Uma sacerdotisa por mais que esteja nervosa, ela não deve deixar transparecer suas aflições para o inimigo”.
-Eu sei que sou perfeito.
-Você não é nem um pouco modesto - protestou.
Draco chegou bem perto dela, fazendo com que os cabelos de sua nuca se arrepiassem. Ele simplesmente sussurrou:
-Nos vemos por ai Morg.- e antes que se fosse, mandou-lhe um beijo e piscou o olho.
“Ele é medonho” pensou.
* * *
-Alguma novidade?- Perguntou sem muito interesse, quando Rony e Hermione entraram.
-Para ser honesta Harry, não - falou Mione - a mesmice de sempre. Você sabe, alunos novos, Goyle e Crabe enchendo o saco. Bom, a única novidade mesmo é a nova garota que irá entrar no sexto ano, e o que tudo indica é que ela seja uma descendente dos Black’s.
-Pensei que Sirius fosse o último membro vivo da família Black, até o incidente do ano passado - falou Rony e Mione o olhou de soslaio, com um ar de reprovação.
-Mesmo Rony, você pensou? Pensei que havia perdido essa capacidade há muito tempo.
-Opa, opa, opa vocês não vão começar não é mesmo?- interveio Harry num tom sério, e logo em seguida descontraído disse - Vocês dois deviam se casar, sabiam?
Mione e Rony nada disseram e a garota continuou seu relato como se aquela interrupção não houvesse acontecido.
-Ela se chama Morgause Black, e o mais interessante. Ela é filha bastarda do Sirius e admitida.
-O que?- perguntaram juntos os dois rapazes.
-É isso mesmo rapazes.
-Não pode ser - falou o moreno. Não pôde deixar de se espantar. Realmente o fato era de se espantar, todos sabiam perfeitamente bem que não sobrara nenhum membro da família Black para contar história. Hermione e Rony ficaram um tanto alarmados com a expressão que tomou conta do rosto do amigo.- Impossível.
-Mas é a pura verdade Harry - disse o ruivo tentando só reafirmar o que a amiga havia dito, mas o moreno não pôde deixar de olhá-lo com incredulidade –E a única coisa que sabemos é que ela é uma bastarda de uma linhagem muito fina.
-Vocês dois ao menos a viram?
-Rony não, mas eu sim.
-Aposto que ela é como todos os outros membros daquela família - todos ali haviam sido sonserinos, exceto talvez Andrômeda e seu padrinho, que eram as únicas ovelhas boas daquele antro – é claro que excluindo o Sirius e a Andy - completou.
-Ops, a Tonks também- ponderou Mione
-Eu me referia a todos aqueles que levaram o nome dos Blacks.- abriu um sorriso para a amiga.
-É cara, só eles prestavam...
-Francamente!- interveio a rapariga - vocês dois nem a conhecem e já estão julgando-a?
-Ah Mione, não começa não.
-Começo sim Rony, olha aqui...
“Eles começaram de novo, quando é que eles vão se tocar que se amam?” Pensou Harry divertidamente.
-Pois é, você vai me contar sobre a tal garota ou vai continuar brigando com seu namoradinho?
-HARRY POTTER, fique sabendo que RONY WEASLEY, NÃO é meu NAMORADINHO.
-Calma Mione - disse ele entre o riso - eu só estava brincando.
-É cara, que idéias fracas.
-Ah é deve ser por causa da rachadura que eu tenho na testa - tornou a rir - francamente, toda escola está cansada das briguinhas e todos estão carecas de saber que os dois não vivem um sem um outro.
Os dois sentiram a maçã de suas faces enrubescerem.
Rony saiu da cabine, sem falar nada. Mione continuou ali, mas sem pronunciar uma palavra.
-Olha Mione desculpa se fui um pouco chato, mas você e o Rony...
-Está bem Harry, eu entendi.- a rapariga limpou uma lagrimasinha que persistiu em sair para passear - Bem voltando ao assunto - respirou fundo - ela não parece ser como todos os outros Blacks, mas é notável que ela puxou a loucura e o sarcasmo da família paterna - os dois soltaram uma risada - sério, sabe ela é muito bonita - sentiu uma pontada de inveja, mas continuou seu relato descontraída - é incrível por que os olhos dela são parecidos com os do sirius, mas diferente dos dele, o olhar dela é enigmático, cheio de malicia, são mais hipnotisantes e no entanto você pode vê-lo através dela. Eles são tão parecidos e ao mesmo tempo tão diferentes - Harry começou a rir.
-Você mais parece estar me descrevendo uma fada.
-Esta zombando de mim senhor Potter? - falou ela levantando-se, colocando a mão na cintura e fingindo indignação.
-Não, em hipótese alguma.
-Mas ela se parece sim, muito com uma fada. Você irá vê-la.
-Fada? Pensei que só existissem dois tipos de fada. As mordentes e um outro ai da qual não me lembro o nome.
-São fadas brilhantes - explicou - elas são pequeninas e luminosas e possuem pequenas asas.
-hum
O resto do dia passou tranqüilamente. Rony voltou ali uma ou duas vezes antes da parada. Ele ficou lendo um livro sobre quadribol, do qual havia ganhado de presente. Mione ora ia e vinha. Mas nada aconteceu de anormal.
Devido a sua leitura, fora fácil fazer o tempo passar e a única coisa que o fazia perder sua atenção era a tal de Morgause. Na devida hora, ele trocou suas vestes trouxas pelo seu habitual uniforme.
...O trem começou a parar, e já se podia ouvir o barulho vindo das outras cabines do trem. Nos corredores, Harry se encontrou com seus companheiros. Não trocaram palavras, e ficou apenas o silêncio. Quando saíram da locomotiva, Harry parou bruscamente quando viu na outra porta uma garota com as mesmas características da filha do Sirius. Fito-a atentamente, ela também o viu e segurou o olhar. Em situações diferentes ele não teria conseguido sustentar um olhar penetrante como o dela. Ela estava muito bem vestida, ele pôde reparar. Um amplo vestido azul celeste, por aberturas por toda extensão do braço e manga de morcego. Acordou-se abruptamente com as palavras de Hagrid, chamando os alunos do primeiro ano. Observou que a moça também se sobressaltou como ele havia feito. Inesperadamente sentiu um beliscão em seu abdome:
-É ela Harry, a filha do Sirius.
-É eu vi, ela realmente parece uma fada, e tem o ar do meu padrinho.
-Ela parece ser meio esquisita.- disse Rony atrás de Harry e Hermione.
-Acho que é por que ela tem o sarcasmo e a loucura da família Black - respondeu a garota sem muito interesse.
Logo após o acontecido, eles seguiram para as carruagens. No caminho eles haviam esquecido do assunto, e brincavam e conversam sobre outras coisas...
* * *
O ar ali estava fresco, a lua iluminava toda aquela extensão de terras. Desde o alto do castelo até os confins da floresta. Todo aquele cenário era reconfortante. Pena que não podia usufruir melhor, pois os problemas não lhe saiam da cabeça. Após aquela seleção estúpida não pôde se sentir muito melhor do que já estava. Morgause estava sentada na janela de um lugar qualquer da Torre, o manto azul ainda lhe cobria o corpo. Estava abraçada aos seus joelhos, o serenozinho que corria por ali passou pelo seu ventre e a fez sentir toda aquela sensação da seleção de novo. Ainda conseguia ouvir a voz da mulher pronunciando o seu nome: “Morgause Black”. Foi impossível não deixar de ouvir ou fingir não ter ouvido os vários murmúrios por todo o refeitório. A princípio não havia se surpreendido, pois sabia como seria e havia se preparado para aquilo. Sabia que ia acontecer, mas não esperava que fosse dessa forma. Não pôde conter a lágrima traiçoeira que lhe desceu de seus olhos. No momento em que estava lá, contudo ela se conteve, por mais que sue espírito gritasse agonizantemente dentro de si como um Leão selvagem enjaulado. Se conteve, pois afinal havia sido rigorosamente treinada e não deixaria que aquilo acabasse com seus planos. Andou em rígidos passos, de nariz empinado e olhando só para frente, fingindo que pouco importavam se falavam sobre ela, mas a verdade era outra, até usou um pouco do recurso das sacerdotisas de Avalon para aparentar ser mais majestosa. Só que o pior ainda estava por vir. Sentou-se lentamente no banquinho e ouviu aquele chapéu esfarrapado falando bem no fundo de sua mente:
“Morg, Morg será que nada vai mesmo atrapalhar seus planos? Uma longa caminhada te espera e muita coisa poderá sair fora dos eixos. Se não tomares cuidado poderá ferir seu pequeno coração por causa do amor...”
“Nunca, jamais”. Pensou.
“Será mesmo? Posso ver o amor fluir sobre ti, ele já está completamente enraizado. Mas terás difíceis escolhas neste caminho, vou te dar uma ajudinha para conquistar seus amigos e trilhar com eles o terrível caminho...”
Então o chapéu gritou em auto e bom som:
“Grinfinória”
Foi a partir desde momento que os comentários viraram bagunça. Pois em sua mente não entendia muito a gravidade das coisas, desses tipos de coisas para os bruxos. E o pouco que entendeu, ou entendia e sabia, a fez tomar uma certa repulsa dos bruxos. Pra eles brasão era tudo, nome então era indiscutível. Pelo que conseguiu captar através dos comentários nada legais, ela era mais uma Black que foi para a Grinfinória e desonrou aquele nome. A outra pessoa que havia feito o mesmo, foi o seu pai. No entanto sentia orgulho disso, pois não queria e nem pretendia ficar como sua família, que eram pessoas mesquinhas e sem escrúpulos. Aquelas vozes ainda ecoavam em seus ouvidos, causando-lhe uma tremenda dor de cabeça. Saiu dali da janela, jogou o seu olhar mais uma vez sobre aquela linda paisagem, viu a lua tremeluzir na lagoa que podia ser vista dali. Abriu um sorriso triste e cansado para o nada e se retirou dali...
Era tarde, devia descansar, pois um atormentado dia vinha por ai. Sabia perfeitamente que aritimancia e as adivinhações seriam duas matérias preciosas para ajudar-lhe daqui para frente, e precisava estar bem descansada para usá-las.
* * *
Morgause talvez nunca estivesse tão certa sobre algo, como esteve naquele dia da seleção em Hogwarts....
“1º de Setembro
Acredito que nunca estive tão certa do meu destino como estou agora. Sei que isso vai passar, essa certeza toda irá passar com o decorrer do tempo. As minhas forças pouco a pouco me abandonarão, isso está tão claro como as estrelas que estão no céu de hoje. O caminho será duro, pois nada na vida é fácil. Estou aqui mais uma vida designada a cumprir meu carma, vida apos vida. Ás vezes acredito, que ele nunca mais vai acabar. Ando tão cansada, mas um cansaço que às vezes toma conta de mim repentinamente, da mesma forma que vai embora. È muito esquisito, mas isso não me ocorria antes de partir de Avalon. Me sinto diferente, me sinto enjaulada e esquecida por todos. Obviamente não será fácil a minha convivência aqui, o maior dos fatores é ser filha de quem sou, ter origem de onde tenho (mesmo sendo taxada como mentirosa, pois todos acreditam que Avalon não existe. E ainda tem aqueles que ainda duvidam se ela existiu um dia, e que não passa de uma lenda). A descriminação de Harry e seus amigos, também será grande, acredito que terão algumas dúvidas sobre a minha pessoa, mas é claro, como acreditar em uma estranha? È amanhã um dia novo se inicia e eu não sei por onde começar... Acho que por hoje é só...
* * *
Do you ever feel like breaking down?
(Você já sentiu como se fosse entrar em colapso?)
Do you ever feel out of place?
(Você já se sentiu fora de lugar?)
Like somehow you just don’t belong
(como se de alguma forma você não fosse daqui)
And no one understands you
(e ninguém te entendesse?)
A noite estava clara, as estrelas estavam todas postas ao céu, irradiando os caminhos de Hogwarts. Draco estava ali sentado, na grama molhada de orvalho. Estava ali por que queria ter um tempo só seu, sem intromissão de ninguém. E desde que seu pai havia ido para azkaban ele não havia conseguido parar para pensar na vida. Passou a mão pelos cabelos, deixando-o completamente bagunçado. Aquilo tudo o estava deixando louco, maluco, completamente desorientado. A sua vida havia mudado drasticamente, tudo da noite para o dia. “Tudo por causa do Potter”, pensou. O que o Potter tinha que se meter, como ele Draco Malfoy que tinha de tudo na vida, poderia ter inveja de um garoto que nem sequer tinha pai e mãe enquanto ele tinha tudo, e sua vida era perfeita...
Olhou para as margens do lago, límpido e cristalino. Nele estava refletida a lua, as estrelas e ainda podia se ver a sombra de alguns arbustos ali ao redor. A sua imagem naquele espelho flutuante era um pouco desconexas devido ao leve movimentar das águas. Deitou-se na grama molhada, sentiu aquele penetrar de orvalho em seu corpo, dando-lhe uma ótima sensação de bem estar. Mas ainda assim, não era o suficiente para afogar suas mágoas. Estava se sentindo tão deslocado, aquele mundo parecia não lhe pertencer mais e por um instante sentiu que tudo havia se desfeito, às vezes acreditava que iria entrar em colapso. Os problemas nunca melhoravam, só pioravam. Suas férias haviam sido um verdadeiro inferno, nada ia bem, via sua mãe chorar para lá e para cá. Ela até tentava disfarçar, mas às vezes ela não se agüentava.Tinha pena de deixar sua mãe ali sozinha com sua tia Bellatix que vire e mexe estava por lá a ajudar e até começou a lhe ensinar algumas coisas mais pesadas que o professor Severo Snape não iria nem gostar de saber.
No you don’t know what it’s like
(Não, você não sabe como é,)
When nothing feels all right
(quando nada está bem),
You don’t know what it’s like to be like me
(você não sabe como é, ser como eu!)
A vida havia sido uma droga até aquele momento, estava louco para sair de Hogwarts. Via muitos lhe olharem torto, pelo fato de seu pai estar em Azkaban e o que ele mais achava engraçado era que alguns até eram filhos de comensais que não haviam sido pegos. Aquilo lhe dava uma grande revolta. Ninguém sabia pelo o que ele estava passando, ninguém sabia como era ser como ele, e não sabiam como era viver aquele terror.
Do you wanna be somebody else?
(Você quer ser outra pessoa?)
Are you sick of being so left out?
(Você está cansado de se sentir deixado de lado?)
Are you desperate to find something more
(Você está desesperado para achar algo a mais,)
Before your life is over?
(antes que sua vida acabe?)
Queria mudar, sentia necessidade de mudar antes que o mundo despencasse em sua cabeça. Mas parecia ser completamente inevitável, mas ficar parado e esperar as coisas acontecerem como sempre acontecia em sua vida não era a melhor solução. Só não sabia, como devia tomar uma mediada drástica antes que fosse tarde demais...
Are you stuck inside a world you hate?
(Você está cansado de todos ao seu está preso em um mundo que você odeia?)
Are you sick of everyone around?
(Você está cansado de todos a sua volta?)
With the big fake smiles and stupid lies
(Com os grandes sorrisos falsos e mentiras estúpidas,)
But deep inside you bleeding
(enquanto bem no fundo você está sangrando?)
Quando chegou em seu quarto, Morgause tornou olhar para a janela e ver toda aquela extensão de terra a sua frente. Sentiu seu coração se apertar mais um pouco, um aperto tão profundo como nuca havia sentido antes. Odiava aquilo, todos, por tudo. Era tempo de quebrar tabus e não de ressuscitá-los. Estava cansada de tudo aquilo, tudo não passava de uma mentira, uma falsa paz que a incomodava, enquanto por dentro ela sangrava.
-Até quando?
To be on the edge of breaking down
(Estar a beira de entrar em colapso,)
When no one’s there to save you
(quando ninguém está lá para te salvar,)
No you don’t know what it’s like
(não, você não sabe como é),
Estava à beira de um colapso quando foi se deitar, remexia para lá e para cá e o suor já começava a inundar e a incomodar. Por que não conseguia tirar aquelas idéias fixas de sua mente. Talvez se tivesse aprendido melhor oclumancia com Snape, talvez poderia haver uma solução para o seu problema. Mas não, foi tolo o suficiente para enfiar sua cabecinha oca e rachada na penseira para descobrir o que Snape tanto temia que ele descobrisse. E por causa disso faria uma promessa a si mesmo de não fuxicar mais no que não é da sua conta: ”Pronto está decidido, não olho mais nada que não seja da minha conta!”. Mesmo pensando assim os pensamentos iam e vinham:
...Gina, que havia lhe chamado muito atenção naquelas férias, como não havia percebido antes na garota...
“Harry, ela é comprometida e é irmã do seu melhor amigo.” Disse para si mesmo.
...Morgause, como Sirius teve uma filha e nunca havia lhe contado, ou sequer tenha ido a procura dela...
“Será que Sirius não estava certo em dizer que ele era um completo idiota quando jovem?”
...Mione e Rony, como aqueles dois estavam começando a irritá-lo novamente. Será que é tão difícil admitir para si próprio que eles se amam?
“Ah uma grande chance de afastamento entre mim e meus amigos se isso acontecer...”
...Voldemort, esse era o demônio que o assolava desde antes até mesmo de ser gerado.
“Será que esse idiota não se toca que o mundo não gira ao redor do umbigo dele? E que por causa da mãe dele que foi estúpida o suficiente para colocá-lo no mundo isso não quer dizer que eu também não possa ter pai nem mãe”
...Às vezes se pegava pensando, como a mãe de Voldemort teve a infeliz idéia de colocar aquela coisa no mundo, mas também né, ele tem antecedentes que o precede. Muito precisaria fazer para se sair bem e tentar acabar com Voldemort...
...Não tinha muita certeza se poderia ser um auror, poções havia sido um fracasso. E agora snape era o seu professor de Defesa contra as artes das trevas... Oh infeliz idéia. Realmente deve estar havendo uma grande falta de professor nessa matéria para que Dumbledore recorra ao poço de sebo - não pode deixar de ir, com esses últimos pensamentos. Ainda que a melancolia o dominasse, não conseguia pensar em Snape e não ver uma garrafa transbordando de sebo... Talvez ele se parecesse mais com seu pai, do que imaginava...
...Não tem importância, um ano não será muito difícil (a não ser que ele pegue no meu pé mais do que o normal, se é que é possível), havia aturado o seboso por cinco anos, só mais um não o mataria, uma vez que aquele posto de professor de DCAT era amaldiçoado, pois se bem sabia a muito não parava um professor naquele posto. Foi pensando assim que se reconfortou em aturar o ranhoso...
Além disso, queria que seus pais tivessem ali para lhe proteger, salvar de perigos e lhe xingar quando ele infringisse alguma norma da escola. Seria tão bom! Sentia falta disso, talvez era o que mais sentisse falta...
To be hurt
(Ser machucado,)
To feel lost
(sentir-se perdido,)
To be left out in the dark
(ser abandonado no escuro,)
To be kicked
(ser chutado,)
When you’re down
(quando você está no chão,)
To feel like you’ve been pushed around
(sentir como se você estivesse sendo chaqualhado)
To be on the edge of breaking down
(Estar a beira de entrar em colapso,)
When no one’s there to save you
(E não ter ninguém pra te salvar,)
No you don’t know what it’s like
(não, você não sabe como é,)
Welcome to my life
(bem-vindo à minha vida)
Não, ninguém sabia como era estar em sua vida! Ser rejeitado, não saber uma direção para caminhar, ser largado ou ser um motivo de risada, ser largado como um cão sarnento, sentir o torpor da bebida subir e fazer com que esqueça suas dores, suas feridas que não querem mais sarar. A garota que ele desejava olhar para ele, era uma confusão de sentimentos que nem ele mesmo sabia explicar... A desejava ardentemente, mas a destratava. Sempre a magoava, não tomava iniciativa, mas também não a queria ver com outros. Não sabia dizer, se era imaturidade sua, ou burrice talvez, mas não... estaria ligado a ela vida após vida... não... não havia mais esperança para ele...Talvez uma única...
Rony ouviu Harry se mexer na cama ao lado e se quietou para que o amigo não desconfiasse que ele estava acordado, pois ele bem sabia que o outro não dormia.
Durante um tempo imaginou que Hermione gostasse de seu amigo, mas não... estava completamente enganado...então por que não tomava iniciativa? Tentou dormir, mas o sono não vinha...
Se você queria ficar deprimido, era só analisar sua vida...
Welcome to my life
(Bem vindo a minha vida).
No you don’t know what it’s like
(Não, você não sabe como é,)
When nothing feels all right
(quando nada está bem,)
You don’t know what it’s like
(Você não sabe como é,)
...Uma noite sem sonos. Todos os hóspedes daquele castelo resolveram não dormir? Se houvesse sido combinado não havia saído tão perfeito. Essa é a lei deste mundo. Mas é engraçado não? Todos estarem acordados, mas nenhum deles se darem conta disso, talvez estivessem cobertos por magias que os deixassem invisíveis, pois como bem sabe, existe esse tipo de magia... Os tempos mudaram, e as marés estão altas como a muito tempo não vejo. Isso sempre acontece quando algo de muito importância irá acontecer, você consegue sentir como as coisas mudam bruscamente. Mas isso não é o mais importante. Fico impressionada, pois eles reencarnam vida após vida, e parecem nunca, nunca, nunca mudarem a forma de agir... Mas a vida deles está nas mãos da Deusa, nas minhas mãos. O arco da vida foi violado, e um desequilíbrio recomeçou. Esses mortais não conseguem viver em paz? Sempre quebram os seus mundos, despedaçam civilizações... Minhas filhas que se deram em sacrifício sempre irão sentir o peso de seu sacrifício, o fardo não é leve, ele é bem pesado. Mas necessita ser equilibrado.
“Que a escuridão seja equilibrada pela luz .
Terra e céu e sol e Mar,
... Que a dor abra espaço para a alegria .
Que o luto se dissolva em jubilo,
Passo a passo para abrir meu caminho,
Até a escuridão se unir com o dia”
Do you ever wanna run away?
(Você já quis fugir?)
Do you lock yourself in your room?
(Você se tranca em seu quarto?)
With the radio on turned up so loud
(Com o rádio ligado e o volume bem alto,)
And no one hears you screaming
(assim ninguém te ouve gritando?)
Quantas vezes teve vontade de fugir, e se jogar em um mar que pudesse engolfá-la e ela nunca mais pudesse sair de lá? Quantas vezes se sentiu rejeitada? Quantas vezes quis correr ao encontro dele, ou se trancar em um quarto escuro para poder derramar suas lágrimas até não mais agüentar-se de chorar? Quantas vezes quis gritar para ver se a dor passava, mas não podia pois as boas maneiras não deixavam, ou talvez por que se não iria se sentir pior gritando no meio da multidão.
Por que? Queria às vezes fugir. Os problemas têm se agravado mais ainda com a chegada de Voldemort. Como alguém pode espalhar tanto medo assim, como alguém pode ser como ele é? Às vezes gostaria de desistir de tudo, jogar tudo pro alto e fazer tudo o que deixou de fazer para cumprir os status. Isso iria acabar lhe matando... e estava...
Gostava do Rony, mas havia necessidade dele ser tão grosso com ela daquela forma?
Ás vezes era tão amável, e às vezes tão idiota...
Não tinha idéia de onde ou quando tudo aquilo acabaria, nem sequer tinha idéia se viveria para contar historia...
Do you ever feel out of place?
(Você já se sentiu fora de lugar?)
Like somehow you just don’t belong
(como se de alguma forma você não fosse daqui)
And no one understands you
(e ninguém te entendesse?)
Perfeitinha? Era o que alguns julgavam que a filha mais nova dos Weasley, Gina weasley, fosse. Como eles são tolos, não? Não conseguem enxergar nada além daquilo que podem ver! A sociedade da qual vivia era completamente tola. Se refugiava em coisas e mais coisas para ver se conseguia esquecer seu amor. Sua vida era boa, não tinha do que reclamar, mas aquela noite, só mais uma entre as várias que viveu e viria a viver, uma nostalgia tomou conta de si. Não sabia explicar, sentia falta de sua inocência. Ninguém podia negar que ela era agora uma mulher, que havia superado a fase “sou apaixonada por Harry Potter”. Não era mais aquela menininha que mandava um recado através de um cupido estúpido para o cara por quem estava apaixonada. Não, ela era a mulher que chegava e obtinha o que queria. Mas não conseguia possuir o que o seu coração ansiava: ser dona de um certo moreno, de olhos verdes e cabelos despenteados, pois ele só tinha olhos para Cho Chang que nem sequer dava a atenção que ele merecia...
Gina se debulhava em lágrimas, e mais lágrimas a cada hora... E foi no meio de suas lágrimas é que a moça adormeceu, com sonhos e pensamentos conturbados.
No you don’t know what it’s like
(Não, você não sabe como é,)
When nothing feels all right
(quando nada está bem,)
You don’t know what it’s like
(Você não sabe como é,)
A melancolia dominante nesses pobres corações. É claro que é difícil de imaginar. Até mesmo para uma sacerdotisa de alto nível, é o que chamamos de coincidências da vida...Mas que na realidade não são, pois tudo na vida há um propósito, para um bem futuro, é como o círculo da vida que não para de girar, é como a roca que não para de girar. O que você consegue quando o tear termina o seu serviço? Um grande presente, não é mesmo? Assim também é a vida...
“A Lei do Karma é a força que conduz todos
os acordes em direção à tônica, é a força que espalha as
pequenas ondas provocadas pela pedrinha lançada para dentro do
lago até que as marés venham a submergir um continente, muito
depois de a pedra se ter afundado e ter sido esquecida.
Esta é a história de uma pedra assim, lançada para o lago de
um mundo que se afundou muito antes de os Faraós do Egito
terem empilhado pedra sobre pedra"....
Ensinamentos de Rajasta, o Mago
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Nota da autora: Por onde eu começo? Do começo é claro, não? Pois bem, mil perdões pela demora do capitulo!!! A verdade é que uma semana eu estava ocupada demais, na outra minha mãe não permitiu, na seguinte, ocupada novamente. E depois quando eu consegui escrever, tudo que havia feito a mão tinha dado apenas sete paginas e eu demorei mais um tempo até conseguir escrever o resto, falando nisso eu acordo cedo todo santo dia e estou aqui até tarde escrevendo, amanhã eu estarei mais quebrada do que eu estava hoje...Vamos então as explicações sobre o capitulo:A “estória” ainda esta na maior parte na visão da Morgause, podem ficar tranqüilos que daqui pra frente será muito diferente. Bem, eu não tava nem um pouco afim de escrever(quer dizer digitar) aquele processo de seleção, então só coloquei ela recordando alguns flashs. Outra coisa que quero deixar claro, iram acontecer momentos em que a historia vai voltar um pouco para trás.Quanto a musica desse capitulo(acabei escrevendo uma song sem perceber) ela se chama Welcome to my life, do simple plan. Duvido que ninguém a conheça. Bem esse ultimo trecho ai que esta em negrito é uma parte do livro a queda da atlântida que em breve estará disponível em meu blog(já estou tratando disso).Bem o blog também esta sem atualizações e provavelmente só será atualizado apos o próximo capitulo. Outra coisa é que vcs devem ter reparado é que tem umas partes exclusivamente em iatilico, uma parte é do diário da morgause, que ocorrera durante toda a fic, as outras duas interprete como acharem melhor, a Deusa, a rainha do reino encantado das fadas ou até mesmo uma parte do diário da morgause.
Bjos...(os outro próximos dois capítulos estão quase prontos)
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