De volta putra vez



Passou quatro mês, as coisas já estavam um pouco melhor, Sly tinha ido para a Drumstrang e até tinha feito amigos, era o que ela dizia nas cartas pelo menos. Ariel tinha se mudado para a casa das garotas logo depois que Sly foi para a escola. Mas Maya não havia esquecido o amor que sentia por Lúcio, mas agora sabia dividi-lo com Ariel, ou pelo menos fingir. Tinha acontecido tudo muito rápido, as vezes ela até se pegava pensando em quando tudo iria voltar a ser como era antes.
Naquele dia Maya acordou cedo, Ariel já estava levantado, a mesa estava posta e ele estava sentado no sofá lendo o jornal, enquanto Kelvin varia o tapete. Maya passou por eles sem perceber.
- Não ganho um beijo? – Ariel falou largando o jornal
- Ah, você está aí, achei que tinha saído. – Maya falou indo até ele e se jogando no sofá
- Sabia que a cada dia que passa eu te amo mais... – ele falou beijando-a
Toda vez que Ariel dizia isso Maya estremecia, e lembrava de Lúcio. A como ela ainda conseguia amar aquele homem. Seu tio, como, como, como?
Sentou-se novamente, pegou o jornal em cima do sofá, folheou-o.
- Ah não! Não pode ser! – Maya falou levantando e largando o jornal
- O que houve? – Ariel pegou o jornal e abriu na pagina que Maya tinha se assustado – Essa aqui não é a sua...
- A minha irmã! – Maya berrou – E esses do lado são meus tios! Eles pegaram minha irmã! Minha irmã Ariel! – Maya berrou – Eu vou para Londres ainda hoje!
- Você vai para Londres? Ainda hoje? Eu vou com você!
- Não, eu preciso ir sozinha! – Maya berrou correndo para seu quarto
As 18h daquele mesmo dia, Maya estava dentro do trem indo para Londres. Deixando novamente tudo que ela um dia conseguiu amar, pelo menos um pouco. Sentada olhando pela janela, tentando não pensar no que lhe esperava em Londres, chegar em avisar, sem mandar um coruja, porque Sly tinha mentido? Lúcio teria feito algo contra ela?
Na manhã seguinte o trem parou na estação King Kross, Londres. Maya desceu do trem com o coração no esôfago, não conseguia pensar direito, não conseguia acreditar que havia voltado para Londres. Mas estava com pouca bagagem, pretendia voltar no mesmo dia. Não acreditava que passaria mais que um ou dois dias ali, naquela cidade que tantas más lembranças a traziam.
Kelvin caminhava atrás dela, levando a mala. Pararam em uma loja para comprar alguma coisa para comer. Maya comprou batatinhas para Kelvin e um sanduíche para ela. Pegou um táxi, e deu o endereço da mansão. Esfregava as mãos suadas uma na outra, a respiração estava ofegante.
Depois de alguns minutos de angustia dentro dom táxi, ele parou na frente da grande Mansão Malfoy, cheia de frescuras como sempre. Maya saiu do táxi, Kelvin saiu logo atrás com a mala. Pagaram e ficaram esperando o táxi desaparecer de vista. Enfim Maya se virou para o portão, a casa continuava a mesma, havia algumas árvores novas e alguns canteiros a mais, mas estava normal.
Empurrou o portão e atravessou o jardim, Kelvin sempre atrás segurando a mala. Bateu na porta três vezes e ficou esperando que um elfo abrisse a porta. Esperaram cinco minutos parados na porta e ninguém vinha abrir. Maya bateu mais uma vez com força.
Um elfo abriu a porta ofegante e olhou assustado para a garota. Maya empurrou o elfo para o lado e entrou na casa.
- Kelvin me espere na cozinha, Bufê leve o meu elfo e lhe de boa comida. – Maya ordenou ao elfo
- Maya? – Narcisa tinha sido atraída pelas conversas no saguão de entrada – O que você faz aqui?
- Ora, ora titia. Não gostou de me ver? Além do mais ninguém nunca me expulsou daqui! – Maya falou irônica
- Não seja mal educada com quem lhe deu abrigo garota! – Narcisa falou ríspida
- Nunca precisei da ajuda de você para nada! – Maya falou em um tom desafiador – Vim buscar minha irmã! Que o seu marido pegou de mim!
- Saia daqui Maya! Vá para sua casa! – Narcisa berrou – Você não quer que eu seja bruta com você! Quer?
- Não esqueça que agora eu também posso retribuir na mesma moeda! Eu sou maior de idade posso fazer magia! – Maya falou calma
Empurrou a tia para o lado fazendo-a a cambalear e adentrou a casa, Lúcio estava no escritório se ouvia. Ele devia estar conversando com alguém, discutindo negócios. Era uma ótima hora para atrapalhar.
- Maya! Não ele está tratando de negócios importantes! Não atrapalhe! – Narcisa berrou
- Tia ele não pensou se ia atrapalhar minha vida antes de tirar a minha irmã de mim! – Maya berrou abrindo a porta dupla do escritório e adentrando
Lúcio se levantou, os olhos furiosos. Havia um grupo de homens de negócios lá dentro, todos se viraram para Maya com curiosidade.
- Minha irmã? Onde a Sly está Lúcio!? – Maya berrou
Lúcio não respondeu, só olhava com raiva para Maya. E foi naquela hora que Maya se sentiu fraca, desprotegida, com medo. Como uma criança sem sua mãe no meio de uma multidão que a olha. Deixou-se cair no chão e começou a chorar. Lúcio se dirigiu a ela sem falar nada. Levantou-a pelo braço e saiu do escritório fechando a porta. Subiu as escadas arrastando Maya que berrava coisas sem sentido. Abriu a porta do seu quarto e jogou a garota em cima da cama.
- Você é louca? – Lúcio berrou esmurrando a porta – Você quer me deixar na miséria!?
- Eu quero que você morra Lúcio! Que você morra na minha frente, eu quero ter o prazer de ver! – Maya berrou se levantando
Lúcio se aproximou, e jogou Maya na cama outra vez. Ela se levantou e puxou Lúcio pelo pescoço beijando-o loucamente. Mordeu-lhe os lábios fazendo sair sangue.
- Idiota! – empurrou o tio para o lado rugindo de dor e se levantou – Onde esta minha irmã?
- Ela não está aqui! – Lúcio falou se levantando – Eu não ia ser idiota de deixar ela aqui!
Maya se jogou na poltrona verde esmeralda que tinha no canto do quarto e começou a chorar. Lúcio se aproximou da sobrinha e agarrou-a pelo braço, fazendo-a levantar.
- Não adianta você ficar chorando, a Sly não está aqui. E eu não vou te falar onde ela está... – Lúcio falou aumentando a força no braço de Maya
- Porque? Porque você está fazendo isso comigo? – Maya falou começando a chorar novamente – Eu não te fiz nada, eu fui uma boa sobrinha!
- Você estragou meu casamento! Você me amou! – Lúcio berrou com fúria – Você fez eu te amar!
- Eu fiz você aprender a amar, é por isso? Você não podia amar ninguém! – Maya falou soluçando – Mas eu te amo, e você me rejeitando não vai mudar isso!
- Sai da minha casa por favor Maya... – Lúcio pediu baixando o tom de voz
- Não! – Maya berrou se soltando dos braços de Lúcio e jogando um vaso que estava em cima da lareira no chão – Eu quero ficar perto de você! Eu sinto sua falta! Eu te amo Lúcio! – ela berrava jogando as coisas no chão
- Saia daqui Maya! Vá embora! Agora! – Lúcio berrou segurando a sobrinha pelo braço – Se você não vai sair por bem, eu te ponho pra fora!
- Não! Lúcio... Eu sei que você também me ama, vem comigo! Fuja comigo! – ela susurou no ouvido do tio – Eu e você... Sem a Narcisa, o Draco e a Sly! Longe disso tudo...
- Cale a boca Maya! – Lúcio berrou – Vá embora, por favor!
Lúcio se deixou cair na cama, com as mãos no rosto chorou. Foi a primeira vez que Maya viu seu tio chorar.
- Lúcio, você...
- Vá embora! – ele berrou possesso – Antes que aconteça o pior!
- Ok, eu vou... Mas você só vai sofrer mais. – Maya falou saindo do quarto e deixando a porta entre aberta
Foi até a cozinha, chamou Kelvin. Foi-se embora para Moscou atrás de Ariel, com quem havia brigado antes de sair, mandou-o embora de sua casa disse que não o amava, em Moscou deixou o homem que mais tinha lhe amado na vida.

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